31 março 2013

Bom Domingo de Páscoa...

Não sou uma pessoa religiosa mas sou uma pessoa de fé. Não vou, por norma, a missas, não comungo, não rezo nos moldes estipulados. Não me confesso a mais ninguém que não a mim, nos meus silêncios e aos de Quem os conseguir ouvir. Sou uma pessoa de fé embora tenha muita pena de nunca ter sido uma pessoa tocada por uma fé profunda, inquestionável, certa da verdade dos Dogmas. Discordo de imenso do que existe na minha religião e ao longos dos anos fui-me progressivamente afastando. Mas tenho fé nos princípios básicos da mesma. Quanto mais não seja, prefiro ter fé na bondade do coração humano... Porque no dia em que até nisso deixar de acreditar, na capacidade do ser humano ser bondoso, bom, genuinamente preocupado com quem lhe passa ao lado, na capacidade do ser humano contrariar a sua natureza que acredito ser profundamente má, nesse dia, então pouco mais me resta para acreditar como algo superior à mortalidade de cada um de nós. Boa Páscoa... 

Ai, agarra que é ladrão!

Roubaram-me uma, UMA, hora de sono. Uma. Está bem, está bem, eu sei, os dias vão ficar maiores, horário de Verão e mimimimis. Daqui a bocado ou eventualmente passa-me. Mas agora mesmo,  vou ressabiar para o sofá a hora de sono que me levaram... 

30 março 2013

The thing is...

... quando se é atirada para o desterro no Burgo, fazer umas centenas de km para ir tomar "café", começa a ser aceitável. Ou para ir ver mar. Ou para ir ver movimento. Ou coisas bonitas. Ou simplesmente porque sim, pode apetecer-me (processem-me) Estou tão "americanizadazinha" que o Matt se havia de orgulhar de mim e em saber que, agora, a europeiazinha-não-faço-mais-que-45-minutos-para-comer-'tás-louco? já não se ri dele, ao ouvir que fazia 500km para ir almoçar. Maneiras que dúvidas houvesse, eu cá combino na per-fei-ção com o local do meu desterro. Mas, assim, à bruta... 


Páscoa...

Durante muitos anos tive Páscoas verdadeiramente felizes. Passava as férias a correr, a brincar, a sujar-me, a esfolar-me no campo, em Trás-os Montes. Via a minha Avó amassar o folar. Havia sempre um pequenino, feito especialmente para mim, que provava ainda quente, saído do forno a lenha que deixava um cheirinho bom no ar. Durante muitos anos, vi a minha Avó preparar a casa para receber o Compasso com a casa cheia de filhos e netos. Vi o fogo do forno ser espevitado com vides que, quando em brasa, se tornavam no local perfeito para assar o cabrito (que não aprecio), alheiras, batatas a murro. Almoçava-se tardiamente, enquanto o Compasso percorria a Aldeia. A casa da minha Avó era das últimas, onde o Padre chegava já tocado, mas não negava mais um copo de Tinto da casa e um bom salpicão. Depois, o meu Avô morreu e Vida tomou o seu caminho, de acordo com as opções que cada um quis tomar. Alguns, cegos pelo sentimento de posse, decidiram destruir a unidade que havia. Alguns, decidiram que o caminho da Justiça seria o mais indicado para reclamar o que achavam seu, ferindo de morte o coração de Mãe da minha Avó. A minha Avó envelheceu, permitiu que o cansaço reclamasse o peso dos anos. As mãos, cheias de artroses, não mais permitem que amasse o folar, o melhor de todos. Não haverá mais económicos feitos pelas suas mãos cansadas, a minha Filha não saberá o que é ter um folar numa forma pequenina, carinhosamente feito para si. O forno não voltará a ser ateado com vides. Não mais se discute quanto dinheiro se põe no envelope e se esconde para impedir que a criançada ou um adulto mais brincalhão tire a nota e seja entregue um envelope vazio. As portas estão fechadas ao Compasso por tempo indeterminado. A casa sei-a vazia, de portadas fechadas. Sem barulho. Sem gente. Sem vida. O campo em frente deve ter papoilas a despontar, verde das chuvas, lamacento, perfumado e onde em tempos pastavam os cavalos. Hoje, deve ter só um silêncio. Quase tão duro e pesado como o que sei que habita no coração da minha Avó, ao chegar mais uma Páscoa. 

29 março 2013

Sabes que passaste muitos anos...

... a ser cliente regular CP longo curso, quando olhas para o relógio, vês que marca 21h39 e pensas: ... Intercidades para o Porto a sair do Oriente, o último do dia...

Está o barraco armado...

Eu não gosto mesmo de Circo. Menos ainda de circos! Eu não simpatizo com Castelos de Princesas mimimis e estórias Cindy"f"ella. É mesmo coisa que não me assiste. Depois ofertam-me este barraco para a cria. E estou indecisa se lhe ensine que é um barraco ou uma casota. Talvez uma casinha psicadélica. Vou pensar...

28 março 2013

Quem minha Filha beija...

Antes de ser Mãe, achava a expressão estranha. Caricata. Descabida até. Nada havia, porque simplesmente não poderia, em mim, que me desse capacidade de a sentir. Hoje em dia, percebo-a. Sinto-a perfeitamente no meu peito quando alguém faz um carinho ou esboça um sorriso à minha Filha. Quando no trabalho me pedem para a levar até lá e lhe dão colo. Usam o seu tempo para brincar com ela. Para lhe dar uma bolacha. Para fazerem desenhos com ela. Sem nenhum tipo de obrigação ou imposição, fazem-no. Quem minha Filha beija, minha boca adoça. De maneiras e sabores que nunca conheci antes deste papel. De maneira que não se transpõe para palavras.

Em Português da boa música...

... para os meus ouvidos! Seja agora!
(...) Nós havemos ambos de encontrar 
um destino qualquer 
ou um banquinho bom para sentar 
Vai ser tão bonito descobrir 
que no futuro só 
quem decide é a vontade (...)

Bom dia... Bom dia!

O alarme do telemóvel toca. Não abro os olhos... procuro-o com a mão. Encontro-o ao fim do que me parecem largos minutos mas que devem corresponder a apenas alguns segundos. Shhhhh.... Esqueci-me que hoje Francisca está de mini férias e como consequência, também eu de um dos muitos eus de mim. Alarme toca de novo... Shhhhhhh.... Hoje, posso ficar mais 50 minutos nos 5 minutos dos começos do meu dia ou até ela acordar, até ela me chamar, num misto de autoritária e doce. Entreabro os olhos.... Shhhhhh... Não há mais alarmes, hoje... Shhhhh.... Ouço a Oksana lá dentro e sei que ela sabe como se funciona quando o silêncio começa os dias. Shhhh... aconchego-me a mim mesma, quentinha.... Shhhhhhhhh... Não volto a dormir profundamente, simplesmente eu não quero acordar... Quero só ver o dia a começar lá fora.... Shhhhh... Bom dia... 

27 março 2013

Coisas de alergias...

Pronto... ai a Primavera córrore as minhas alergias e sai mais um espirro em direcção a mim, obrigadinha (eu não vejo prima de ninguém mas eu preciso de ir comprar óculos, deve ser por isso). Parece-me que tudo tem alergias. Sou mesmo ralé, pobre de mim. Não tenho alergia a pó. A pólen. A flores. A campo. A cidade. A perfumes. A cheiros bons. A ácaros. A leite de vaca, mas o leite de soja sabe mal que dói. A doces. A salgados. A animais, menos a coelhos como já disse, mas isso é da cabeça. Olha, alergias da cabeça tenho bastantes mas essas não contam para Zyrtec. Ah, espera afinal tenho alergia a marisco ao ponto de já ter precisado de andar com uma caneta gira daquelas para espetar na veia que me davam os abafos. Depois, com os anos, melhorou. Ou isso ou foi o eu  nunca mais me ter dedicado a jogar roleta russa e ver se me sufocava a coisa. Melhor não, pode correr mal e a caneta já nem sei dela. Afinal tenho uma alergia. Das de cabeça, mais que muitas. Mas não entram neste rol de espirros santinha, benzá Deus. 

Um dia, a casa vem abaixo...

Quer-se dizer, não é a casa vá. É mais eu. Eu escadas abaixo. Tão bom! Eu acho que sim senhor que é bom escadas e faz bem ao rabo segundo dizem. Mas todas as manhãs dois andares, 11 kg de gente que s'abana perigosamente, uns quantos kg de tenda na carteira, outros tantos na pasta e o peso do meu lombo do alto das botas tem tudo para um dia ver as escadas da perspectiva lombo no chão. Ou isso ou piquena aprende a descer escadas. Também podia ir descalça assim, na loucura. Ou deixar os saltos. Não espera, isso não é opção, deixar os saltos ahahahah gotta be kidding! Maneiras que no dia em que lombo for ao chão casa vem abaixo, vem. Mas é de eu praguejar com pontuação do Norte. Se isto interessa? Sei lá!

26 março 2013

A propósito da Páscoa...

Não percebo, a sério que não. Todos os anos, a coisa repete-se. Ofertam-me amêndoas de açúcar com amêndoa dentro ou chocolate. Mas assim bastantes. E eu não gosto, detesto, e estamos todos cheios de pés de galinha de o saber. Isso e coelhos. Tenho medo a coelhos. Não faço ideia porquê, mas tenho. Os de chocolate também não lhes acho grande piada. Só se for do bom, que sou assim a modos que moça dada a coisas haute couture. Se for do bom, acho piada a arrancar-lhes a cabeça porque aos de verdade tenho assim, não é medo vá, mas não lhes simpatizo muito, aos bichos. Nem eles a mim, estamos quites. Mas as amêndoas não percebo. Nem gosto. Eu gosto é de gomas. Agora amêndoas.... E nem tentem as de licor, até podem ter álcool, mas eu para beber é do copo. Ou da garrafa. Agora amêndoas... 

Bom dia, versão eu quero ser assim quando for grande...

Eu, quando for grande, quero ser como uma Amiga minha no que respeita a ser autefite-put-together. A sério que sim. As minhas manhãs são, por vezes, casos anedóticos em que tento passar os collants sem lhe por malhas enquanto piquena cria se m'agarra às pernas, em que quero uns sapatos e estão-me à frente dos ojolhos e não os vejo, em que despejo, literalmente, conteúdos de carteira em carteira, qual tirar, vira e segue, o que está, está, o que não está, estivesse. Tenho manhãs em que bebo o leite em pé, com piquena cria agarrada às minhas pernas com as mãos gordurosas do que apanhou em cima da mesa. Tenho manhãs em que enfio a escova do rímel olho adentro e depois o olho lacrimeja e choro e borrato-me e irrito-me e Maria Francisca deslarga-me as pernas, plo amor da santa, deslarga! Maneiras que se conseguir combinar a cor da carteira com os sapatos, ganhei o dia. Mas eu tenho uma Amiga que é assim, toda put together, que consegue combinar a cor da roupa interior com a cor do autefite do dia. Ah pois é, mais put together que isso, não dá. Quando for grande, vou ser assim. Até lá, maneiras que é o que eu digo, se sair carteira e sapatos em pandant, já me dou por feliz e contentinha. E no meio de tanta combinação e coiso... Bom dia, Mundo! 

25 março 2013

Ela (também) é assim!

Francisca acena a quem passa. Acena a quem aguarda na sala de espera. Faz cú-cús às administrativas sisudas que se derretem e alinham. Francisca tem um sorriso fácil de rasgar. Francisca manda beijinhos. Francisca é uma criança feliz. E eu sou uma Mãe com o coração quente e a transbordar. Mas não contem a ninguém... Se perguntarem, digo só que Francisca é um "bichinho" extremamente social e sociável...

24 março 2013

Porque é a única coisa certa na Vida...

Não tenho medo de morrer. Por mim, quero dizer. Não me assusta nem preocupa minimamente se há um Inferno para me acolher, Purgatorio ou se há absolutamente nada. Mas num curto espaço de dias, duas pessoas muito próximas de mim perderam um dos Pais e a realidade e inevitabilidade da morte assomaram num canto qualquer da minha mente. E sei que não o devia dizer, que pode não ser politicamente correcto... Mas em flash, passou-me o pensamento de que ainda não, seja quem decide, Não! A minha Filha ainda é muito bebé, precisa de mim. Não tenho nem nunca tive medo da Morte. Mas agora temo-a por quem cá deixo, por Ela. E lembro-me, ao vislumbrar os corpos ao longe, que porra, a Vida é curta de mais para não viver. Para não ser feliz. Para não se sentir. Para que se leve a arrastar, dia após dia, nos indiferentes do caminho.

A fútil, disserta...

 
Eu não gosto de usar base, não gosto, pronto. Sinto que tenho uma máscara e que se me rir, coisa que felizmente muito faço, fico com riscos de base atravessados nas bochechas. Já experimentei as texturas todas, as marcas brancas, as que custam ojolhos da cara e definitivamente, é coisa que não me assiste. A sobrevivente à foundation-rage  é da Bobbi Brown, líquida e vê a luz do dia quando o Rei faz anos. Nada contra, mas não é a minha cena. Eu cá gosto é de BB creams. Ficam uma maravilha por cima do meu creme de dia, misturam-se facilmente, não me "prendem" a cara e ajudam a dar um arzinho mais saudável a quem, como eu, é da equipa neoblanc (deslarguem-me "Médicos Pantones" de serviço, possíveis de encontrar em cada esquina "Ai filha, estás tão branca". Estou não, sou. E hoje um bocado mais que foi uma semana de merda, o meu rim não está feliz da vida e eu que o ature. "Ai filha estás tão branca, tens anemia, de certeza. E amarela também." Bem, decidam-se nos pantones, eu vou à minha vidinha).  Long story short: gosto de BB creams e de ser branquinha. O que por si só, dificulta a coisa, dado que arranjar algo que se misture bem em tanto branco é coisa digna de registo. Primeiro, foi o da Garnier... Me-do, ficava amarela e se é para ter ar de doente, que seja ao natural. Depois foi a vez do da L'Oréal e se aquilo é para peles claras então eu sou a Gisele... Me-do. Depois comprei o da Erborian e gostava até ao dia em que meti na cabeça que ficava com pinta de prima da malta do Madame Tussauds. Em desespero de futilidade de causa, córrore, córrore, misturava o da Erborian com o da L'Oréal e corria melhor, ficava como me agradava... ou melhor, ficava nos dias em que acertava com a quantidade de cada um. Além disso, se de manhã tiver tempo para me pentear direitinho já vou cheia de sorte, quanto mais ter tempo para misturadas cosméticas. Maneiras que a fútil que mora em mim  andava apoquentada com o BB cream e tinha porque tinha de arranjar solução para o BB drama que me assolava as manhãs. Deve ter sido por isso que me venderam este piqueno tão bem. Tanto, que eu até fiz de conta que não vi o preço. Até ver, gosto muito. Do cheirinho, da textura, de como me assenta na pele. Gosto! Menos do preço... Tenho de me esquecer do preço... Já mandei o talão fora que é só porque sim... (é só um creme, não deve ser levado muito a sério... ).


23 março 2013

Coisas a que eu era muito boa de manter...

A meias de leite, escuras e de leite magro. Mais 1/4 de leite e o resto em café. A torradas, quase esturradas, não gosto de mariquices de pão levemente dourado e torrada é com manteiga, não me venham cá com plantas e arbustos que eu gosto é de manteiga. A croissants, simples ou tostados com fiambre. Mas fiambre mesmo, não sugar coat de fiambres saudáveis de carne branca e lenha. Era menina de me manter assim. Mas diz que não pode ser. Seca... (Atentem no pormenor do leite magro...)

Podia dar-me para pior...

Que emoção, tanto carro junto a um Sábado. Acudam-me que me vai dar uma coisa má de tão boa cá dentro, assim à lá Bê-Cê-Iê style. Fico contentinha com cada coisa que chego a pensar que daria uma cobaia excelente para aquelas análises a cabeças, aquelas em que metem um borrão à frente e uma pessoa tem de dizer que aquilo é tudo menos um borrão, mas eu cá fico na minha, é um borrão, mais nada, um borrão. E depois lembro-me de ratos a correr sem sair do mesmo sítio e acho que seria um aborrecimento de todo o tamanho e  desisto de ser cobaia, aborrece-me a ideia. Isso e os borrões, claro. Maneiras que é assim, isto nestas bandas não é para quem quer, é para quem (se) gosta e eu cá gosto de passear Bê-Cê-Iê para a frente, Bê-Cê-Iê para Norte, Oeste ou coiso, percebo zero de orientações, esquerda e direita está excelente. Ah, e a chuva, se cair. lava-me o carro. Win win! 

22 março 2013

Atingiste a maioridade dos eventos sociais...

... quando os convites para bodas e baptizados te deixam de incluir como agregado familiar, o que, por sua vez, leva a que a necessidade de criar desculpas esfarrapadas para não me arrastar(em) a semelhantes propósitos diminua drasticamente. Até que enfim !!!

Isto não tem interesse absolutamente nenhum (mas o estaminé é meu...)

Aborreço-me de morte, aborreço-me verdadeiramente, sou moça pouco dada a vegetar na cama e a filosofar sobre o tecto branco, dá-me assim a modos que coisa de medos, isso. Como tal, levanto-me cheia de vontadinha. É melhor mais meia hora... Pego no computador e vejo investimentos futuros. Mais sapatos. Sapatos, deixa cá ver o que há de novo... Nunca se tem sapatos a mais. Giro, feio, córrore, my-eyes-my-eyes-help, I die, giro, bonito, credo... Não sei, mais uns? Três vezes nove vinte e sete... Falta-me agilidade mental para isso, tenho o cérebro meio colado de tanta porcaria que tomo. Se ficar aqui sentadinha, estou porreira. Sinto-me uma verdadeira matrona de cabelo em desalinho, olheirenta e desenxabida. Se fizer um ar de compostinha, até posso acenar a quem passar no corredor, o que de momento é bastante bizarro, dado que nem a Mofli por lá se passeia. Isto mais meia hora e passa. Ou meia hora vezes dois. Daria a tabuada das meias horas, as meias horas que já passaram. É que há luz do lado de fora da janela e a chave do carro ri-se ali pousada. Quero é sair de casa. Não é para hoje, é para ontem! Mas diz que pronto, fica para amanhã. Consigo ser tão fútil quando m'apetece que, na lócura, penso (sort of) e acho que me vou internar no cabeleireiro em Sábados desta vida. E vai na volta, estou para aqui a dizer que vou toda contentinha armar-me em pónei e acabo de novo com os costados na cama meia inconsciente de drunfes. It's a 50-50 chance. Ah e os sapatos? Pois, não sei. Fechei o separador. 

Ah, Sexta feira...

Há uma frase de uma música (que não é bem uma música... mas eu acho que se qualifica a meio termo como música... adiante, não é o importante) que me costuma ocorrer quando o corpo me falha: " 'Cause the older you get the more you'll need the people you knew when you were young". Volta-se ao conforto destas mantas e à voz guinchante e estridente da Mãe, reclamando e insistindo, qual velho do Restelo, que um dia me corre mal. Volta-se aonde ninguém sabe onde está o telefone e o desgraçado toca e toca e toca... Volta-se à meia de leite que a D. Fátima me trouxe, aldrabada de café como só ela sabe, arrombando porta do quarto adentro, e "óh Menina, pelo amor de Deus, tudo lhe acontece! Já para cima  sentadinha e a comer tudo. E sem desculpas a enfardar a medicação, vamos lá... Fique aí quieta, não a quero ver nem ouvir, entendeu? E coma tudo que eu estou a ver!" É..." 'cause the older you get the more you need the people you knew when you were young... ". 
Bom fim de semana!

21 março 2013

De tempos idos em tempos que são...

Tenho saudades delas. Tenho saudades de me perder sem o fazer nas ruelas. Tenho saudades da Tavi. Tenho saudades de ver as horas escorrerem-me pelas mãos, entre um café e meia dúzia de barbaridades. Tenho saudades delas. Tenho muitas saudades delas. E queria muito não as rever hoje pelo motivo que me leva a por a chave na ignição. Queria muito não ter o coração mirrado pela dor que nem imagino que a B. esteja a sentir. Porque o cancro é a doença mais covarde. Porque tudo o que eu diga ou faça nunca apaziguará a dor da perda de uma Mãe. Porque a Vida é assim. E só o tempo melhorará tudo. Dar tempo ao tempo. Com o coração pequenino, fiz as malas, a minha e da minha filha. Cerrei os dentes à minha dor física e faço estes 450 km, atrás do volante, com o coração triste, com um nó na garganta. A pedir para o corpo não me trair hoje, para conseguir. Só preciso de umas horas, umas horas de dor suportável. Depois, não me importa, mas não agora, não me falhes agora. Aguenta-te. Porque a Amizade que lhe tenho vale tudo. E só lhe quero dar um beijinho, com todo o meu carinho. Porque os laços de Amizade que se criaram são para sempre.

19 março 2013

Bom dia... ( eu só quero uma esquina para me enfaixar...)

Francisca não acorda, sua alteza real sostra é tirada a ferros do leito. Francisca berra MÁAAAANHEEEEEE (long time, no see Mamã). Francisca berra mais alto, incomodadíssima de a Mãe ter de fazer pela vida e eu só penso "minha linda, dá-te com muita sorte pelo horário flexível da minha pessoa". Francisca não quer mudar a fralda. Francisca esperneia mais ainda para mudar a fralda e acerta no estômago da Mãe e Mãe morde-se para não mandar uns valentes palavrões. Francisca não quer o leite. Francisca agora quer o leite mas aborrece-se e a porra do biberão voa e vou ter de trocar de roupa à pressa. Respira fundo. Respira fundo. Respira fundo. Francisca grita mais alto. Mãe acha que é cedo para beber um gole. Francisca não deixa despir. Francisca chora (chora nada, birra, manha) se ouve sim. Mãe canta o que lhe apetece, ignora a birra. Francisca chora se ouve não. Francisca não quer vestir. Respira fundo, you can do it... Depois acalma-se e vira doce, melada, abracinho e 'mha Mamã. Francisca quer a idiota da Fanny. Francisca quer o popó. Eu quero é a porcaria das chaves do carro, mas porque é que eu nunca sei onde meto as chaves do carro... Tic tac tic tac... Porquê, senhores??? Mofli ladra. Francisca corre atrás da Mofli, Mofli finta-a e Francisca cai. Francisca chora de raiva ao ter falhado o alvo da sua correria em fúria. Mãe chama a atenção a Francisca que assim não dá, vamos lá a ter calma, cal-ma. Respira fundo, respira pelo menos. You can do it. Francisca não quer descer as escadas ao colo. Francisca agora quer colo, não desgruda das minhas pernas e fico em equilíbrio precário entre um dossier, uma carteira, uma mochila, uma pasta e o lanço de escadas seguinte. Francisca quer tudo e quer é nada. Mãe pousa a tenda antes que caía e ao nível dela, explica que tem de se acalmar, a bem da sanidade mental de alguém que não a minha, que essa, já era. Francisca não quer sentar na cadeirinha e arqueia as costas em prancha. Mãe está quase na red line... Respira, pelo menos. Baixo a voz. Uso o você e a Maria Francisca está a passar-se?. Cara fechada (vais-me pagar um bom creme das rugas minha Menina quando cresceres. Detesto fazer esta cara, marca-me as rugas de expressão que já tenho). Francisca percebe, finalmente, que já estou virada do avesso. Quanto mais seca, quanto mais impessoal, mais ela se acalma. Mãe finalmente prende os cintos. Francisca bate palmas quando ligo o rádio, abana as pernitas e acompanha alegremente as modas que a Mãe ouve, nada de Pandas ou afins, Menina ouve o que eu ouço, quando crescer e se não gostar, escreva no livro de reclamações. Nem Pandas, nem Tigres. Francisca vai para a Escola. Mãe devia ir para um Spa ou para o manicómio. Ou fustigar-se numa esquina. Com vontadinha... Porque há dias que quem quer colo, sou eu. E a porra do rim a relembrar-me que não se esqueceu do que anda a aprontar... de novo... inútil. Não é todos os dias em que me apetece que me carreguem, que não sou menina de precisar disso. I'm a bloody Queen, no Princess saving needed. Mas há dias em que o que eu queria mesmo era atirar com a merda da coroa... Maneiras que é assim, pode sempre piorar, do mal o menos... And again... I'm holding my crown high... Bom dia, digo eu! Bom dia, bom dia... 

18 março 2013

Deve estar a delirar, a pobre...

Francisca lê uma revista de receitas. Não sei de onde m'apareceu esta relíquia. Francisca aponta e diz "mham mham, Máááaaanhe!!! " Mãe ri-se como uma perdida e diz "dream on on that souflé pónei... Not gonna happen!"

P.S-lembrei-me agora que se diz revista de culinária ... Enquanto não saiu um revista de comidas...

Porque sou avessa a dias no calendário...

O meu Pai é único. Tem o cabelo grisalho. Tem rugas marcadas, profundas, na testa. Usa uma capa dura, fria, insensível. Mas tem um coração do tamanho do Mundo, puro, genuinamente bom, incapaz de fazer mal a quem quer que seja. Nunca me dá um beijinho ou um abraço, mas sei que gosta muito de mim. Sei-o em tudo que não me diz, porque o sei. O meu Pai embalou-me em pequena. Levou-me a ver o Mar sempre que lhe pedi. Mostrou-me que tenho força em mim, que venho de gente de fibra, no sangue que me corre nas veias. Deu-me a segurança para ser curiosa e nunca me acomodar ao medíocre. Que mereço mais que isso. Mostrou-me que o Mundo é um sitio cruel se nada fizesse para melhorar o meu Mundo. O que começa e acaba em mim. O meu Pai deu-me Vida. Por duas vezes. Por duas vezes, o meu Pai deu-me a possibilidade de viver. Sei que o matei por dentro, quando me deu uma segunda oportunidade para viver. Quando a Vida quis que não fosse como eu decidi e o colocou ali. Sei que o meu Pai me perdoou. Mas também sei que nunca mais foi o mesmo. Vivo com isso. O coração do meu Pai já o traiu duas vezes e eu senti o meu Mundo desabar sem que nada pudesse fazer. O meu Pai é insubstituível. A pessoa que mais profundamente amo neste Mundo, como amo a minha Filha. O meu Pai tem sempre colo para a Neta, a Menina dos seus olhos. O meu Pai deu-me o meu Mundo. E Vida. E por isso, também por ele, vivo. Porque lhe devo isso. Ao meu Pai. E sei que amanhã é dia dele. Mas sou avessa a dias estipulados. Todos os meus dias são também dias dele.

Dear Monday...

Só para esclarecer o meu ponto de vista...

17 março 2013

Over Skype...

Mãe:
- Mostra-me a Francisca! Quero ver a minha Menina!
(Eu sou apenas o elo criança/tecnologia)
- Coitaaaaaadiiiiinha da minha Menina, está sempre doente agora. Coooooitadiiiiinha, se tem algum jeito!
( claro, ia ser especial de corrida, queres ver? Criança que se preze passa mais tempo doente no primeiro ano de Escola que de saúdinha. Faz parte!)
- Ai os caracóis da minha Menina! Iguais ao da destrambelhada da tua Mãe quando era pequenina. Minha riqueeeeeeeeza!
( obrigada, I guess...)
- Quando vens ver a Vóvó?
( ela vai só ali ver a agenda dela e já responde)
- Se não vens depressa, vou eu aí! Estás a ouvir? Vou eu aí!
( pânico. 2 dias a ouvir critica a tudo que decido, tudo que escolho, onde ponho a porra do carrinho de chá, como guardo o arroz. Não me parece que esteja na linha ferreirista. Credo!)
- E tu? Que cara! Estás com mau aspecto. Pareces da família Adams. Vai por blush.

Pelo menos, pode-se sempre contar com ela...

16 março 2013

Uau, aplaudam-me...

Atingi o supra-sumo da sopeirice! As três máquinas a funcionar e ao mesmo tempo. Acertei nos detergentes de duas e no programa da de secar! Marco importantíssimo para a sopeira que há em mim. (Eu podia ser uma gaja tão, mas tão mais porreira...)

Todo o tempo do Mundo...

Às vezes, torna-se complicado gerir em mim o trabalho e o ser Mãe. Torna-se numa luta entre o querer, o dever e o fazer. Quando saí para ir buscar a Francisca à Escola, depois de mais uma vez ter feito um febrão, pensei imediatamente em tudo o que tinha para fazer e no que havia de levar comigo para casa, contando já não voltar mais essa semana e quem sabe, uns dias da seguinte. Arrumei tudo e fui buscá-la. Passei a tarde nas urgências, com uma miúda bem disposta, na boa. Mas o pensamento de "e agora, como vou fazer o que preciso?" quando soube que estava doente, deu-me um aperto cá dentro. Às vezes, tenho muito medo de me tornar na Mãe que tive até uma certa idade. Na prática, não tive. Cresci pelas mãos do meu Pai. A minha Mãe, sempre a trabalhar, sempre ocupada, sem tempo, sem disponibilidade mental sequer para ouvir as minhas gracinhas, os progressos ao Piano, as aulas de dança, os meus primeiros amores falhados, as boas notas, as festas de aniversário a que ia, as zangas com as coleguinhas. Na altura e na proporção da idade, tudo dramas de faca e alguidar. Cresci pelas mãos do meu Pai. Cresci bem. Cresci muito na onda de brincar com tudo que não bonecas e tachos. A saber como funciona uma embraiagem, o que significa sangrar os travões e o que é um carter, por exemplo. A saber que ninguém é mais que ninguém e não se pisa, não se usa, não se trepa, seja porque motivo for. E a minha Mãe, continuava no seu trabalho. Quando nasci, trabalhava em dois sítios. Saía de um turno e entrava noutro. Depois, entrou na vida da Academia e o tempo ainda mais (me/lhe) escasseou. Houve alturas em que a via, com sorte, dois dias por semana. O tempo, para mim, que crescia ali, era reduzido, dado a conta gotas. E eu crescia e entrava na adolescência e como se sabe, ser adolescente é uma grande merda. É, é uma grande merda. O Mundo está todo contra nós, ninguém percebe o drama que se vive porque naquele dia nos apareceu uma borbulha. E eu, já mais crescida, comecei a fechar-me. O meu Pai é Homem pouco dado a carinhos, não lhe ia correr para o colo a dizer que o Mundo ia desabar porque as calças tinham ido para lavar e tinham de ser aquelas. Não lhe ia correr para o colo a perguntar o que estava de errado comigo, porque achava que nunca nada estava bem. As notas tinham de ser 100% porque pura e simplesmente, mais não dava. O Piano tinha de ser o mais sentido. A Dança tinha de ser a mais fluída, a mais graciosa. Tudo nos extremos da perfeição. Perfeição, perfeição, perfeição. Ao mm, à milésima, à mg do peso. A cara não estava bem, o cabelo não estava bem, a barriga não estava bem, as mãos não estavam bem. Tudo estava mal em mim. Tudo. Tudo. Tudo. Nunca nada era bom o suficiente, sempre a mesma sensação de falhar, sempre o mesmo sentimento de não ser boa o suficiente em nada e para nada. Sempre. Atacou-se o mais simples: eu, a mim mesma. Fechada, calada, presa na minha cabeça que depois me prendeu no meu próprio corpo. Livre, dentro de uma prisão, que eu mesma fiz. Um dia, os Professores começaram a reparar nas olheiras. No cansaço. No olhar perdido, triste. Na menina que já não ria, já não sorria, não gargalhava, não queria brincar, não queria nada, a não ser uma qualquer perfeição que aprendi à força ser utópica. Chamaram a atenção, perguntaram o que se passava. O meu Pai disse que nada sabia. Como poderia? Fechada. Calada. Em silêncio. Num sofrimento atroz que me desfez por dentro, bocadinho por bocadinho, com o passar dos dias, que deram lugar a semanas, que se transformaram em meses e que duraram anos. A minha Mãe, profissional de saúde, desvalorizou, coisas de adolescente. O tempo, o tempo que lhe faltava para me ver e não só me olhar. Um dia, os Professores ligaram a informar que tinha desmaiado e caído mal. Nesse dia, percebeu tudo. Viu-me e não olhou só. Nesse dia, a minha Mãe ligou à Terra. Nos anos seguintes, o tempo passou a ser gerido, balançado e não a pender só para um lado. Eu, juntei os bocadinhos todos do que fui, e das muitas lágrimas fiz de mim o que sou hoje, com um sorriso. Gosto muito da minha Mãe. Reconheço-lhe todo o mérito e esforço para estar onde está. Foi e é a melhor Mãe do Mundo, a que pode ser, a que sabia ser. É a minha Mãe. Mas de quando em vez, temo. Porque penso, muitas vezes, que não me mato tanto para nada. Que quero ir mais longe, mais além, mais qualquer coisa. E temo. E organizo-me. E relativizo. E faço contas às horas dos dias e das noites. Ainda é pequena, a minha Filha. Mas vai crescer. E eu quero que ela tenha a certeza que a Mãe tem todo o tempo do Mundo para ela. Para um abraço. Para ver a nova gracinha. Para ralhar. Para educar. Para saber como reage a algo. Para curar um dói-dói. Para passear na rua. Para saber o nome dos Amigos que a Vida lhe há-de trazer e o nome dos que a Vida lhe vai roubar. Todo o tempo do Mundo, Francisca. Porque em nenhum livro vem a receita mágica, porque faço o melhor que sei, que posso, que consigo. vou testando. Porque o meu colo, fisicamente a chegar ao limite que o ter-te impôs na minha resistência, no que aguento sem lágrimas nos olhos, existe porque tu, Francisca, existes. E nele, terás sempre todo o tempo do Mundo... 

15 março 2013

E da noite, se faz dia...

... com esta companhia... Somersault... 

Mofli & agendas...

Sabes que algo de errado está na ordem porque programas o programa das festas quando, em vez de pensares quando vais ao cabeleireiro, olhas para o calendário da próxima semana e vês o dia que dá mais jeito para levar a Mofli ao banho&tosquia. Algo de muito errado me surge nesta equação ( mas a última vez que me entreti a fazer de barbeira canina a coisa correu para lá de mal... Maneiras que é melhor ver quando dá, é...)

Ah, Sexta-feira...

Mudança de planos. Stop. Francisca doente. Stop. 450 km. Stop. Febre alta. Stop. Impraticável e cruel para piquena. Stop. Cancelam-se almoços&jantares. Stop. Ela é A prioridade. Stop. Fica-se no Burgo.  Stop. Está tudo bem na mesma. Stop. Continua a ser Sexta-feira... Bom fim-de-semana! 

14 março 2013

Boa noite, Francisca...

Não sei canções infantis. Sei-lhes a melodia e invento uma letra. Também não sei músicas de embalar. Nunca soube. Quando a Francisca me cabia no antebraço, sentava-me na cadeira de baloiço e cantava-lhe a Clandestino, dos Deolinda. Ainda hoje a minha voz naquela melodia, trocando as estrofes por vezes, a tranquiliza. Ainda hoje, enquanto a febre cedia ao ataque de ibuprofeno, a Clandestino, baixinho, no ritmo certo, completamente desafinada, foram o bálsamo para se dizer adeus ao Senhor Sol, olá Dona Lua, boa noite Kiko Nico, não é preciso ser perfeito para se ser bonito, bondade Francisca, bondade. Boa noite Pako Nico. Boa noite Missy. Boa noite Mapi. Boa noite Pipo. "E arranhada pelas silvas, sei lá eu que desejei, não voltar nunca...". Pode não ser um lullaby... Mas é o nosso...

Pensamentos de uma Mãe nas urgências de canalha...

Francisca achou giro tentar estrelar ovos na testa. Mãe achou que pelo segundo dia consecutivo, praticamente à mesma hora, a proeza de 40ºC, era coisa de ir dar um passeio. Francisca está a dançar a música do Noddy. Francisca está super na dela, bem disposta e gaiteira. Eu? Eu digo: raios partam as maleitas infantis, bichezas e o Noddy. Odeio o Noddy. (E nisto, toca o telefone de alguém e o pintinho piú e o pintinho piú...) E o Noddy senhores, o Noddy! Tirem-me deste filme ( mas este filme ajuda a que a culpa das Mães, a que se conhece desde que se põe uma vida no Mundo, não se entranhe em mim. Porque antes ouvir o Noddy e saber que ahahah nada de especial, do que o pensar e se? ) Mas calem-me o Noddy. Poooooor favooooooooor! P o r  f a v o r! ( e o pintinho piú ... De novo...) Se isto não é tortura da pior espécie, anda lá muito perto... (em caso de dúvida aplicar o : são dentes Senhor(a), são dentes!) 
P.S-descobri que não se algalia a canalha. Há umas saquinhas póneis de colar. Sinto-me tão mais culta!

ADENDA: também pode ser aplicado o: é uma virose, Senhor (a), uma virose...!

Chaves e chavinhas...

O meu molho de chaves parece o molho de chaves de um cangalheiro. Verdade. Tenho aí umas boas 15 chaves ali metidas. Claro, óbvio, que nunca encontro a que preciso para a fechadura que está à minha frente. Nunca. Fico a olhar para elas e será esta? Será aquela? Experimenta. Não dá. Next. Isto até é muito giro e faz-me lembrar, sei lá eu porquê, aquela cena da amiga Olga... "A chaaaaaabeeeee, a chaaaaaabeeee, o dinhéeeeeeiroooo, o dinhéeeeeiiiiroooooo". Claro que isto é tudo muito giro e "ai és tão cromo". Sim senhor, que sou... Mas juntem a este cenário piquena cria uluante, entre cháãooo, cháãooooo e as minhas costas e a minha bacia e queres chão, siga... E anda cáaaaa Maria Francisca, onde vais???. Eu só queria acertar na porra da chave, mais nada. Anda cá Maria Francisca, raça da catraia, deixa o cáãaaaaooooo... E queria não me começar a rir sozinha porque me lembro da Amiga Olga. 

13 março 2013

Convites absolutamente surreais...


"Caríssimos:
anuncio que Dom 17/Mar se celebra o meu solene 28º aniversário. Gostaria de vos convidar para um drink em minha casa, no Sábado (16/Mar) a partir das 21h30. Obrigações profissionais (yayayayaya, já lhe ouvi chamar outras coisas, mas vou adoptar essa terminologia) impedem-me de poder ser o anfitrião de um jantar decente, pelo que o copo after-dinner (a essa hora janto eu, artolas!) se apresenta como única alternativa viável. Agradecia que chegassem bem vestidos (mais nada?) e que saíssem bem bebidos! (seja feita a sua vontade!) Um bem haja (mas quem é que diz bem haja no final de um convite para copos? claro... malta com quem me dou, óbvio)!
Maneiras que a questão que se põe é: janto álcool??? Peço pipocas? Who cares, anyway? Festa, meus amigos, é festa! Mais nada! 

Francisca...

... a piquena Pónei! Mooooove Mommy, apanhei a tua carteira, sou pónei mais pónei, mooooove! ( estou bem arranjada...)

As "casas" porque onde se passa e onde se fica...

Quando vim para este novo estaminé trazia uma ideia. Depois escrevi-a. Depois disse que saía só geograficamente, manteria laços com a minha última "casa".Depois a minha "casa" a meio tempo também quis fazer parte. E agora, a primeira "casa" onde aprendi as bases de tudo, junta-se a esta ideia. E eu fico feliz, de saber que no que achava que seria uma despedida, se tornou neste reencontro! Mesmo com todos os ses... gosto muito destas vidas que escolhi!

12 março 2013

Desabafo de uma Mãe à beira da lócura...

'Mha rica filha anda chata como a putaça ( está-me, de momento, pendurada nas costas a gritar: "manana manana". WTF is that???) . Mas come tudo que é uma M A R A V I L H A. Draga quase! Vê-se o lado positivo... ( alterna agora entre Mamãaaaaaaaa! Máánheeeeee! Mááãaaaaeee). Vou ficar surda. Louca já sou. Este post não faz muito nexo. Azar. Fruto do tempo. Aim for the head!!!

Apostas?

Não suspiro pelo Verão. Também não desejo que o frio se mantenha. Ou a chuva. Ou o vento. Mas gosto deles. Do aconchego dos casacos, das lareiras, da água na cara, do vento nas pernas, no cabelo. Mas também gosto do Verão. Dos dias compridos, cheios de luz.  De este ano poder levar a Francisca à piscina, ao jardim, de brincar na rua. De menos roupa no corpo. De jeans e t-shirts. Ou pólos. Ou camisas sem mais nada por baixo ou por cima. De lhe vestir vestidinhos leves. Mas o Verão relembra-me fragilidades que tenho. O calor intenso que me faz cair no chão, desamparada, sem tempo de me encostar, sem tempo de me segurar. Muitas nódoas negras, muitos sustos, muito açúcar na carteira à espera de ir parar à corrente sanguínea. O calor sufocante que me queima os pulmões e me dificulta a respiração. A pulsação fraca, que não acompanha o ritmo que o Verão aqui pede, numa bradicardia que me acompanha. Por isso, acho que vai ser uma época interessante, no mínimo. Aceitam-se apostas ao número de pacotes de açúcar que irei ingerir por semana. Para já e até lá, está muito bom assim. Desculpem-me os saudosos da torreira infernal, mas está bom assim, com estas Águas de Março e a promessa de vida no meu coração! 

11 março 2013

Não, claramente não é de Braga...

Não há porta que resista aberta nesta casa. Francisca vê porta aberta, zau, fecha. Francisca vem na vida dela, a arrastar a idiota da Fanny, que se aperta e guincha "dá-me um beijinho e gosto de ti" e a mim apetece-me sei lá, qualquer coisa, mas cala-te coisa hórrórósa, cala-te. Mete-me medo o raio da boneca, mas foi oferecida e a cachopa gosta de a arrastar. E acho que os tratos que leva são castigo ao seu "dá-me um beijiiiiiinho" que me apoquenta. Bem, adiante. Francisca vem na sua vida, atira a boneca para onde calha, volta atrás, zau, porta fechada com estrondo. Depois, Francisca quer sair e ir descobrir o que vai destruir nas redondezas nos próximos 5 minutos. Francisca ainda não sabe abrir portas, tanto que nem chega ao puxador. Mãe está alapadíssima no sofá, pesa-lhe o rabo. Francisca fica em frente à porta, largos minutos, a dizer algo na sua língua em tom de ditadora, dedo em riste, que imagino ser algo como "abre-me a porta, escrava". Mãe continua na sua vida e diz apenas que a porta era para estar aberta. Já me levantei 540 vezes nos últimos 10 minutos, pequena índia, mas agora... temos pena. Francsica revira os olhos, barafusta e por fim, acaba a descobrir deste lado da porta algo para destruir e assim riscar mais um item na sua "To do list". Nada muda. As portas continuarão a ser fechadas com estrondo. Eu, continuarei a ver de camarote até ela perceber a consequência de o fazer e o que lhe digo. É assim... habemus pena! 

Ai, córrore...

... pára tudo, pára tu-do! Tenho o verniz a lascar. É o drama. O horror. Tragédia grega instalada: falidíssima, reivindicativa e extremamente barulhenta, portanto. E é por estas nhoquices que gosto muito destas vidas de ser gaja. É que ter o verniz a lascar é coisa que "obriga" a ter de ir por um novo, não gosto assim. E o cheirinho do verniz, acabado de pintar, brilhante, numa cor qualquer, virada ao escuro... Sou tão fútil, quando m'apetece. E quem não gosta(r)... beirinha do prato. Nem precisa de agradecer. 

Dear Monday...

Daylight.. Tic tac... Mais 5 minutos... Daylight... Tic tac tic tac... Só mais 5 minutos, que diferença faz? Daylight... Tic tac tic tac tic tac... Daylight. Daylight. Daylight. Fora da cama... Devagar a levantar. Sem quedas, por favor... And when the Daylight... A cabeça longe. Comes I'll have to go... Mas o corpo, já acordado foi no ritmo do que o despertou... Afinal, sempre há qualquer coisa que (me) salva (n)as Segundas-feiras! Porque entre tic tac doc... há sempre mais qualquer coisa. Bom dia, Mundo!

10 março 2013

Coisas que faziam de mim uma gaja tão mais porreira...

Ter uma Maria. Ou uma Manela. Ou Vicentina. É pá, o nome não interessa. Eu queria era uma Maria todos os dias, ao fim do dia. Em que eu chegava a casa e dizia: "Olá Maria, está boa? Passou bem o dia? Olhe, alimente-me por favor. E a sopinha da Menina Francisca, preparou? Ai tão bom Maria, está excelente!". E eu ia toda pónei à minha vidinha, fazer coisas de que gosto, como dar banhos, explicar que o shampôo cheira bem mas não se come, mostrar o Pi-pi-á (cavalinho), contar diguis, "rockalhar" um bocadinho e outros afins. A Maria, preparava as comidas. A de cria boa e a minha. Maria empratava (o que eu acho delicioso a palavra "empratar...") o que me alimentaria. Nem precisava de ser nada de muito elaborado. Sou boa de manter a massas. Verdade. Dêem-me massa de quelque-coisinha e estamos muito contentinhas. A Maria só precisava de vir assim, sei lá, às 18h, todos os dias. À Sexta fazia mais uns extras para eu não comer só tostas ao fim-de-semana. Eu sei que é difícil de acreditar, mas eu era uma gaja tão, mas tão mais porreira se não tivesse de descascar cebola e chorar tipo Madalena e ser idiota e passar as mãos nos olhos ainda com cebola e chorar mais enquanto me rio como uma perdida, porque sou muito totó, senhores. Raios parta a cebola. Maneiras que diz que não, que não posso ser uma gaja ainda mais porreira. Não há cá Maria que me salve. Nem Manela. E eu nem sou esquisitinha com os nomes porra, qualquer um ia! Vidas... 

09 março 2013

Estrada...

Conduzir. Sozinha. Música alta. Muito alta. Consumo instantâneo. Gosto de ver o consumo instantâneo. Aborrecem-me as médias. iPod no colo. Muda-se quando não se gosta. Põe-se repeat quando se quer. E a estrada, é minha. E do que eu (mais) quiser...

Porque é assim...

... Friends will be friends!

Dos filhos que se têm, dos filhos do coração e não os filhos dos outros...

Esta semana, em conversa ao almoço, foi-me contada uma estória. A estória de um casal que queria muito ter filhos e não conseguia. Infelizmente, muito comum. A estória do sofrimento daquela Mulher, bombardeada de hormonas. O mesmo desânimo, penoso, a cada ciclo. Duas alegrias, duas perdas. O sentimento de incapacidade. Desistiram. Desistiram porque o corpo já não aguentava, porque a mente pedia paz, porque também, o factor económico não permitia mais que se insistisse no que a Natureza escolheu negar. Desistiram de ter um filho de sangue, decidiram ter um filho de coração. Escolheram a adopção. Sem restrições de cor, sexo. Pediram apenas que lhes fosse entregue uma criança até aos 3 anos. Mais nada. E agora, esperam. Há muitos meses que se transformaram em anos, pelo filho que será deles... Há uns tempos, a minha querida Magui tocou nesta questão, na dos filhos do coração. Se se amaria menos um filho porque nos foi depositado nos braços e não tirado do ventre. Aqui, lembro-me de outra estória que conheço de perto. Um filho nascido três semanas antes do divórcio dar entrada. Um filho que não é do sangue daquele Pai mas que em tudo se parece a ele. Gestos, expressões... Criou o filho de outro como dele. Quer aquele menino como se dele fosse. E depois, será que não é mesmo dele? Eu acho que sim, que é. Porque eu senti a minha filha ser arrancada de mim. Mas se me tivessem depositado qualquer outra criança nos braços, iria amá-la. Porque o amor de um Pai ou de uma Mãe não vem na carga genética de 23 cromossomas que se juntam a uns outros 23, células que se multiplicam e dividem e se instalam nun útero, confortavelmente. Em todo aquele DNA não vai amor. Esse, o que se nutre pelos filhos do ventre, vem do coração. Tal como o amor por um filho de coração... 

08 março 2013

E quase no final do 8 de Março...

... que dizem ser da Mulher, lembro-me desta música. Porque não há dias da Mulher na minha cabeça. Porque há, isso sim, dias para que todos se (re)lembrem que infelizmente ainda há Mulheres a quem não é permitido o serem no seu todo. Em sociedades, religiões, vidas, escolhas castradoras. Mulheres a quem não é permitido o serem no completo. E isso, não passa só pelo direito ao voto, por usar calças, por tomar a pílula. Vai muito além e para além disso.  
(...) 
You should have listened  
There was someone here inside 
Someone I thought had died 
So long ago 
Oh I'm screaming out 
And my dreams will be heard 
They will not be pushed aside or turned  
Into your own 
All 'cause you won't listen 
(...)

Unzipa para aí...

Francisca descobriu que os fechos de correr tanto correm ò para cima, como ò para baixo. Francisca descobriu que pode unzipar o seu babygrow. Francisca passa largos minutos fecho acima, fecho abaixo. Mãe entra em absoluto delírio. Francisca está calada, 'sogadita e entretida na sua vida por coisa de 10 minutos, sem me estar pendurada nas pernas a gritar 'Mha Mamãaaaaa, Mãaaaaaaeeeee, Mãaaaeeee. Mãe descobriu que gosta muito de fechos na roupa. Acho-os uma ma-ra-vi-lha. Encantadores, deveras. 

Ah, Sexta-feira ( dia da Mulher ?)...

Uma Mulher é forte. Uma Mulher é frágil. Uma Mulher seca as lágrimas. As dos outros,  as suas, com as suas próprias mãos. Uma Mulher pede. Uma Mulher exige. Uma Mulher olha nos olhos mas só deixa ver os seus, na sua profundidade, a quem quer. Uma Mulher ama como só uma Mulher sabe amar. Como só uma Mulher pode amar.  Uma Mulher tem um regaço quente e um peito aberto para oferecer conforto, mesmo quando em ferida. Uma Mulher cala. Uma Mulher fala e fala alto quando é preciso. Uma Mulher cura as suas dores em silêncio, no seu silêncio. Uma Mulher tem recantos escondidos em si que os sabe mas não permite que os saibam. Uma Mulher sabe a graciosidade dos saltos altos vertiginosos sem deixar nunca de ter os pés bem assentes no chão. Uma Mulher mima. Uma Mulher cuida. Uma Mulher cuida-se, nas curvas de um corpo que só uma Mulher sabe, sente, que lhe pertencem. Uma Mulher pertence-se a si, nunca a mais ninguém. Uma Mulher pode dar vida num sopro de uma palavra. Ou gerá-la no seu ventre. Uma Mulher é quente de emoção e fria à luz delas. Uma Mulher é completa. Todos os dias. Não só hoje. Sempre. 

07 março 2013

Eu só queria o meu vício senhores!

Sempre que está uma ventania, esqueço-me dele. Sempre que chove torrencialmente, esqueço-me dele. É matemático já. Acabo a improvisar. A entrar à socapa no lab e a "roubar" uma caixa de fósforos. Uma criminosa da pior espécie. Esqueço-me sempre do isqueiro. Sempre. Acabo a desfazer meia caixa dos ditos em 30 segundos. Porque um apagou-se com o vento, o outro igual, o seguinte idem aspas, o depois aspas idem e o outro molhou-se. Falta-me "só" a porra do isqueiro. Fósforos e eu não combina. Talvez se arranjar duas pedrinhas, corra melhor...  
E perdoem-me os puristas mas eu gosto muito do meu cigarrinho. Então com o café... Descansem, nunca fumei em gestação. E sim, vou para a rua fumar e é se quero. Cada um com os seus vícios, deixem lá o meu em paz.

Bom dia, bom dia!

Hoje, comecei o meu dia, depois de acordar mesmo, com esta. Procurei-a no Ipod.  Play. Baixinho para não acordar cria adormecida, ainda num sono solto, calmo, doce, tranquilo. E ouvi-a assim, baixinho. Só para mim. E lembrei-me do calor que me dá. Porque Just breathe é tudo o que é preciso. É tudo o que importa... Stay with me, let's just breathe... 

06 março 2013

Pessoas que admiro muito...

Mães solteiras. Seja por opção, seja por acasos da Vida. Têm todo o meu profundo respeito e admiração. Na minha Família, há (houve) um caso. Mãe solteira, há 20 e muitos anos atrás, era a desonra de uma Casa, de um nome. Era muito pequena na altura, teria uns 5 anos, não tenho mais memórias do que um dia, me terem deixado à pressa nos Tios porque tinham de ir rapidamente para Lisboa, porque algo tinha acontecido. O acontecimento tinha sido o nascimento do meu Primo. A minha Tia, de 20 anos, tinha sido Mãe. Sem marido, sem namorado conhecido. A desonra sussurrava-se. Escondeu a gravidez, não me perguntem como, até ao dia em que teve de dizer. Até ao dia em que o meu Primo nasceu. Depois, veio a luta para que o espaço "Pai" não ficasse em branco no papel, ninguém é filho de Pai incógnito. O procurar, o fazer assumir as responsabilidades, mesmo que apenas no papel, nunca passou daí, do dar um apelido. O meu Avô, ferido no orgulho de morte, rejeitou a Filha durante largos anos. Era como se ela, a última dos 7, não existisse. Não lhe falava. Não a queria em sua casa. Não perguntava se estava bem. Se estava viva sequer. Curiosamente, o Neto, foi a sua perdição, a sua paixão. Sim, o meu Avô foi até ao último segundo de vida louco pelo "neto zorro", como diziam na Aldeia. Era o seu Menino. Eram ambos loucos um pelo outro. Com o tempo, a idade amoleceu o coração do meu Avô. Voltou a falar com a filha mais nova. Perdoaram-se o mal que se fizeram. E quando o AVC lhe fulminou todas as capacidades motoras, deixando uma lucidez intacta, foi em casa desta filha que viveu até ao último dia. Foi também cuidado por ela, acarinhado, reconfortado. Tenho-lhe uma grande admiração. Sozinha, com os Pais a voltarem as costas, com a família ferida, principalmente a minha Mãe, por não lhe ter confiado o "segredo". Sim, principalmente os meus Pais. Estudava à data e vivia debaixo do tecto dos meus Pais, porque nA Cidade poderia ir mais longe. Acolheram-na e crescia ali ao meu lado como minha irmã, enquanto ela também crescia. E secretamente, crescia mais uma vida. Nunca vi nada. Os meus Pais juram até hoje que nunca viram nada de nada que denunciasse a gravidez. Eu acho que o pior cego é aquele que não quer ver. Com a família ferida, em choque, em mágoa profunda, teve de juntar as peças todas e começar a aventura da Maternidade. Sozinha. Hoje, à distância dos anos e à força da Vida, admiro-a. Porque não me lixem, que isto aqui não dá só gracinhas e sorrisos e mimimimis. Não. Dá trabalho. Dá cansaço. Dá preocupações. Dá abdicar de muito e reajustar tudo. Dá viver em função de, procurando não se ficar um zero à esquerda na equação Maternidade. É a profissão mais gratificante do Mundo. Mas a mais difícil. A mais exigente.  E tudo isto, sozinha, deve ser ainda mais intenso. E a quem se encontra nestes meandros de Mommy sozinha, dou o meu aplauso de pé e um abraço muito forte, verdadeiramente comovido. Porque há mulheres e Mulheres...

Coisas que gosto e não me levam à falência...

Pão de leite. Ou bicos de pato. Torrados, com manteiga. Sem serem torrados, fofinhos. Com queijo. Ou com fiambre. Ou com queijo e fiambre. Mas sem manteiga. Manteiga só se os torrar. Não sei se são bicos de pato. Ou se se chama pão de leite. São bons. E eu gosto. 

A detectora de cães....

Se houver um cão num raio de 50 metros, Francisca detecta-o! E alegremente, emite um aviso sonoro de CÁAAAAAÃAAAAAOOOO! CÁÁÁÁÁÁÃOOOO! Claro que são todos grandes e giros. Acho que ela ainda não percebeu que Mómó (Mofli) também é um cão. Não a condeno, aliás, percebo a confusão... 

05 março 2013

Lista da Nossa Mãe

A Bi, que tem uns dias e uma Carlota deliciosa, passou-me este desafio. Então, fica aqui a minha lista! Obrigada, Bi! 
Eu

Prato favorito: qualquer Massa. Ou Pizza. Ou Sushi. Ou qualquer coisa que leve atum. Sou uma perdida, não vale a pena.
Peça de roupa e acessório: Jeans e relógio 
Música favorita: Não tenho uma, tenho muitas...
Flor: Túlipa
Cor: Azul.
Cheiro favorito: O da terra molhada
Livro favorito: Podem ser livros? Podem, que digo que sim. A Casa dos Espíritos, Cem anos de solidão, 1984, Admirável Mundo Novo, A Praia... e por aí fora
Local: Beira mar. 
Brincadeira favorita: Gargalhar pode ser considerado brincadeira?
Quotes mais importantes para a vida – Frankly my dear, I don't give a damn; O que não (me) mata, engorda. Em frente que atrás vem gente; Amanhã penso nisso...
Bolo favorito: Cheesecake
Maior mentira: Só bebi água e meio copo de vinho ( ok, há mais e piores, mas fiquemos pelos básicos)
Maior traquinice: Sou uma santa, nada dada a isso (not...)
Gelado favorito: Limão
Profissão que queria ser: Piloto de Fórmula 1 (don't ask...)
Defeito da Mãe: Péssimo acordar quando o despertador lhe guincha aos ouvidos...
Qualidade da Mãe: Bem-disposta



Eu e a minha filha
Fecho os olhos e a primeira imagem que tenho de ti é... dos teus olhos rasgadinhos num ar de "ok... guys, wtf???"
Coisas que queres ensinar a ela: a saber sorrir e o valor de rir com vontade. 
O que guardarias na caixa de recordações da tua filha: fotografias, a primeira peça que lhe escolhi, o cheiro da Mãe, livros que me marcaram, estórias de família...
Locais onde querias levar a tua filha: Aonde ela quiser, aonde a Mãe já foi feliz, aonde a imaginação e o espírito de curiosidade a quiserem levar.
Coisas que gostas que ela te diga: ' Mha Mamã!
Coisas que não ias gostar que ela fizesse: Mal a quem quer que seja premeditadamente. Com um plano engendrado, calculado, "apenas" pelo prazer de magoar e ferir. Sem perdão. 
O que não gostas de fazer à tua filha: aspirar o nariz. É sinistro... 
Queres muito que a tua filha seja uma pessoa boa. Bondosa, bem-disposta, de coração puro. O resto, vem por acréscimo. 
E a vossa lista: MaguiRaquelM.P ,  Valsita e Sara? Estou curiosa !!! 

Claro que no rescaldo...

... do começo de um dia de costas no chão, teve de dar esta no dock. Bem pulada, bem cantada, bem... Ornatos! Esta é a minha espanta-o-que-se-quiser. Quem nunca cantou a "Chaga" com vontadinha, que se acuse! 

Bom dia... Bom dia...

Caí da cama. Literalmente. Figurativamente também, que se não fosse a queda, era menina de espremer mais uns 15 minutos à coisa. Mas caí, mesmo. Uma cama tão grande e mesmo assim, arranjei maneira de me espetar. Mentalmente, praguejei umas coisas impróprias, nem as disse em voz alta. Isso, exigia muita energia e era coisa que à hora que fui ver se o chão estava bom, não me assistia. Levantei-me trôpega de sono. Insultei, novamente mentalmente a cama e a minha aptidão para cair. Deveria por no CV que tenho muito jeito para cair. De cara, de rabo, nas escadas, na via pública (via pública é muito pónei). Dá episódios hilariantes. Ou talvez não, que não me deu vontade nenhuma de rir (ainda). Adiante. Arrastei-me para o duche. Cega. Sono. Peguei num gel de banho que parece que lhe desfizeram halls lá dentro. Frio. Quente. Quente. Frio. E acordei, de uma vez por todas. Abri os olhos. E o meu dia começou aí. As quedas, sejam da cama ou não, são muito úteis para aprender a levantar. E conforme poderia por no CV que tenho muito jeito para cair, também poderia por que tenho ainda mais talento para me levantar. O ficar de pé, é o que importa. Maneiras que entre uma queda da cama à laia de despertador e o café que me pôs o sangue a correr no ritmo normal... Bom dia, Mundo! 

04 março 2013

Uma questão de perspectiva...

A minha Avó sempre me disse que uma Senhora não bebe sozinha. Que dá mau aspecto. Que estraga a reputação. Eu cá acho que "with enough courage, you can do without a reputation"... 

Habemus newbies...

(Zara)
... e que bem que moram comigo! 

Dear Monday...

Hoje, não me vou lamentar pela chuva e vento. Gosto delas. E gosto muito voltar após uma semana de ausência a onde estou. E ter beijinhos. E ouvir "tivemos saudades tuas". E abracinhos bons. E sentir-me querida. O sono que trago? Café com ele! E assim, bom dia, bom dia!!!

03 março 2013

Crónicas da vida sopeira ou eu e a máquina do pão...

Aquelas geringonças de fazer pão são uma ma-ra-vi-lha. Que sim, que são. Compra-se a farinha que se quiser, desde simples a xpto, vira-se para a coisa, programa-se para que horas se quer e tem-se pão quentinho à hora que seja necessário. Maneiras que isto poderia ser muito mimimi e "ai tão bom, que emoção" mas a coisa tem um lado oculto. Tem. A coisa trabalha de noite. A coisa aptita a meio do processo e às vezes acorda-me e eu praguejo. E eu, a praguejar às cinco da manhã, é coisa que ninguém quer ouvir. A coisa começa a trabalhar, sem eu dar conta, madrugada dentro enquanto ando perdida à procura do chá. E como pessoa muito normal que sou, uma destas noites, a primeira coisa que me ocorreu foi que "ai Jasus, vem aí um Transformer"... Pois... Qualquer coisa como: Olá, esta sou eu. A minha máquina do pão é prima do Optimus Prime... Transformers... Quem é que se lembra disso? 

01 março 2013

Todos os gatos são pardos...

Meio pardo, meio azul, meio cinza... Meio cor de burro quando foge... Uma das maravilhas sem bula que muita coisa (me) cura!

Ao 1 que seriam 30...

Fazes 18 meses. 18 meses em que te tiraram do meu ventre e que este Mundo te recebeu. Faz 18 meses em que comecei a ser Mãe, te segurei contra o meu peito e senti o peso certo, bom, de uma vida nas minhas mãos. O peso, bom, de te colocarem no meu peito e dizerem para te fazer crescer, para te educar e amar. Francisca, nunca ninguém neste Mundo te amará como eu. Nunca. E quero, que com a fé no meu amor que te faz crescer, descubras o Mundo e tudo o que há à tua espera. Não és mais, desde aquele dia, minha. És de mim e serás sempre. E ao fim destes 18 meses percebo mais ainda que não estava preparada. Que ser Mãe não se aprende, vai-se aprendendo todos os dias, nos pormenores dos teus olhos rasgados e do teu sorriso fácil. Que ser tua Mãe foi o melhor acaso da Vida. Porque tu és a minha Filha, Francisca e anda, do alto do teu ano e meio, pela minha mão, ver o que há lá fora. Ajudar-te-ei a sentires que está aqui, sempre disponivel para ti. Mesmo quando já não a precisares sentir na tua, ficará a sensação de segurança. Prometo. Sempre.