30 novembro 2014

Nem à Mofli confesso.

[a Princesa Sofia, personagem principal de uns desenhos animados da Disney, tem uma música que versa qualquer coisa como "quero a Mãe... e o que faço eu então, quando eles aqui estão? eu queria ser só eu e a Mãaaaaeee. Francisca canta-a, de voz melada e olhos de Gato das Botas. Eu canto a música com ela. A música emociona-me. Não pela música. Mas pela forma como ela me abraça e a cantamos. ]*

Disparate, emocionarem-se com musicas de bonecada. Non-sense. 

*[lamechas/kg de peso]

29 novembro 2014

Princesa sem Reino, que fazeis este fim de semana?

Voluntariado. 
(#FAZESFALTA)

Alimentem esta ideia!

Este fim de semana, ajudem a que a fome seja uma realidade menos presente em muitas famílias, contribuindo para a recolha de alimentos do Banco Alimentar contra a Fome. Por pouco que possam dar, 1 pacote de massa, por exemplo, fará a diferença! Obrigada por alimentarem esta ideia! 

28 novembro 2014

A sério?!? A SÉRIO?!?!

Um dia, o meu pior pesadelo, torna-se realidade. Na mochila da Cria, um puto de um bilhetinho a informar que este ano, gostavam muito (e o que é que eu tenho a ver com os vossos quereres, hein?) que os meninos levassem uma decoração de Natal feita em casa para a Escola, para enfeirarem a dita com isso (se calhar só querem poupar uns trocos e dão esta desculpa masé, até porque aqui não há o senhor ou senhora, ou lá o que é, sueco para ir comprar estrelas da moda. Adiante. Pedem ainda (mais nada, não? Um perú recheado com Prozac, que tal?) para que o dito adorno artesanal leve uma mensagem sobre o Natal. Ah. Ah. Ah. ... Ah. 
Maneiras que, a ver, alminhas: 
- eu não gosto do Natal; 
- eu não tenho paxorra para estas pantominas;
- eu tenho o mesmo jeito para artes manuais que um elefante teria, nuns stilletos de 15cm dois números acima da pata, para dançar o tango;

Posto o acima, avizinham-se mais uns anos valentes de terapia para a minha Criancinha. A malta faz lá as cenas, que fama de bicho já tem (e eu com isso) mas não promete que não seja uma experiência absolutamente traumatizante... para todos os envolvidos. 



Ah, o Burgo...

Não há Burgo-cú-de-judas sem a existência do "Xerife". Facto. Dogma. Não o Xerife do Velho Oeste, aquele com dois coldres e chapéu giro, nada disso. O "Xerife" é aquela mítica personagem que apenas se vê nas terreolas e que possui mercearias, lojas de roupa, lojas de quinquilharia, medeia seguros, dá uma perninha de dança e mais outros 500s. O "Xerife" detém 85% do comércio local (nada em escalas de Tio Belmiro ou do Tio Ortega, esses fofos, não vos desgraceis em confusões 'plo amor da santa, que eu estou a falar de coisas piquenas!) O "Xerife" é um faz-tudo-sabe-tudo-and-I-am-a-big-shot-in-terreola-pow-like-a-boss. O "Xerife" vive um nível acima de todos, numa nuvem de piqueno-pónei-rainbow-style, pairando sobre os comuns seres "burgoenses" porque afinal de contas. se é para ser Xerife, há que transportar uma aura de superioridade e olhar, com ar de verdadeiro enfado, para os que por ele passam, pobres criaturas serventes da sua "autoridade" e sabedoria. Maneiras que constato que esta criatura não é mítica, existe verdadeiramente. Ah, gosto taaaaaaanto mas taaaaaaanto da vida no campo… NOT! Arre lá para a Terrinha e mais o camandro. Valei-me! 

26 novembro 2014

Para memória futura.

Francisca, 
Não tenho grandes ensinamentos para te deixar, passar, transmitir. Cada vez mais, estou em profundo crer que sou uma espécie de "brócullis" andante e que vais pelo mesmo caminho, com esta tua Mãe, que tem a mesma paciência para frosquices que tem para pantominas à coroa. No entanto, deixo-te este alerta para a tua vida futura: desconfia sempre de gente que nunca se passa da marmita e manda um merda, @uta que pariu ou f&da-se. Quando lhes estiverem a apertar os calos e tal não lhes sair da boca porque sentem as entranhas revolvidas, desconfia. Não que não possam ser boa gente mas diz-me a minha mísera experiência que são mais de confiar aqueles que de vez em quando põe o coração na boca. Não mastigam tanto a vida e a quem por ela lhes passa, percebes?
Não te atrevas, no entanto, a dizer estas belas palavras do vocabulário português tão cedo, terás a tua vida adulta toda para as destilares com quem te mói o juízo. Nunca te deixes pisar. Nunca te sintas inferior. E desconfia sempre dos nhónhós, dos que tanto se lhes dá como se lhes deu.  
A tua Mãe. 

Sometimes I get lost inside my mind...

Adorava ver Mentes Criminosas. Fascinava-me o quão retorcida, sombria e fria a mente consegue ser. O lado escuro de humanos desprovidos de humanidade. Esta semana apanhei, de raspão, um episódio. Quando terminou fiquei com a sensação de que, apesar de ser ficção, haverá no mundo real algo semelhante. Pela primeira vez em muito tempo, tive medo do Mundo. Não das pedras, das máquinas, dos desastres naturais, Tive sim, medo das pessoas. Do que a mente humana é capaz de fazer. Do que se fica quando a alma, a suposta alma, aquelas estimadas 21g, desaparecem de corpos vivos. Talvez não volte a ver a série. Talvez tenha sido um medo irracional e me passe. Talvez tenha medo de viver num Mundo assim. 

25 novembro 2014

Me, my make up & I ...

Este é "só" o melhor iluminador ever! Toda eu pareço menos morta viva! Hooray!  
(Se não tivesse mais que fazer ao dinheiro, era menina para me dedicar a coleccionar mais e muitos tarecos da Benefit! )

23 novembro 2014

[And we'll never be royals]

[geneticamente, eu e a minha Cria, estamos programadas erroneamente. temos o estranho hábito de usar roupa quente no Inverno. layered up winters, camadas de roupa, com a intenção de não entrar em hipotermia e arroxear para a vida. meias calças. botas. kispos. não padecemos de frio apenas na cabeça ou nas orelhas, as quais cobrimos com gorros ou chapéus. Francisca sempre viu  o uso de touca interdito sobre o pretexto de se assemelhar a uma criança von Trapp. Não há saia, vestido ou calções que não leve umas meias calças. Deveria ser meias até ao joelho, com berloques ao dependuro de preferência, mas veda-se o acesso a um mundo de elite-pópi porque as pernas são vestidas com meia calça. * Yes, we'll never be royals. But we will always be royalty] 
Porque raio é que as criancinhas über féshione andam sempre com a perna ali de fora da saia ou do calção?!?? Não sofrem de frio? Ou uma pessoa diz "óh Filha bota-te aí pá foto, não tremas, sorri criança, sorri muito que quando tiver frames do mais nice, logo te visto umas meias daquelas que os sem berço usam no Inverno, tá bénhe?". É assim que funciona a coisa?  
* as da Zippy são uma boa compra, caso vos interesse saber. 

22 novembro 2014

O primeiro (pseudo) corte de cabelo.

O primeiro corte de cabelo de Francisca foi assim…  uma emoção... ! Francisca, bicho bom pindérica de sua Mãe, a-do-rou ir ao cabeleireiro! Desde o lavar o cabelo "comá Mánhe e oh Mánhe vamos ficar princesas Mánhe, e vou-me ver nos espelhos Mánhe"! Foram só uns poucos cms de cabelo, a ver se começa a crescer mais forte e sem perder os caracóis (ainda). Mas o melhor da coisa foi ver Francisca feliz da vida no Cabeleireiro. Gosto disso! 

21 novembro 2014

Sometimes I get lost inside my mind…

[vivi muitos dias da minha vida verdadeiramente zangada com o meu corpo: porque tinha 10 microgramas de celulite aqui; porque tinha a pele mais flácida ali; porque devia ser 3672 gramas mais magra, 12 cm mais alta; porque não era o que o que queria na minha mente doente. vivi muitos anos zangada com ele. maltratei-o. e maltratei-me a mim. agora, de cada vez que adoeço, como nos últimos dois dias, penso que agora é o meu corpo que está zangado comigo, verdadeiramente zangado comigo. havemos de fazer as pazes. agora agradeço o e ao meu corpo. as cicatrizes que carrego, as estrias que se formaram, as rugas dos anos, das lágrimas e dos risos, o milagre de, apesar de tudo e contra a estatística, me ter permitido gerar uma vida, saudável e perfeita, no meu ventre. agradeço-lhe a resiliência para quando tudo me parece demais não me fraquejar. havemos de fazer as pazes. eu já as fiz. ]
Podia ser pior. Pode sempre. A recuperar de mais um episódio das heranças de família, continuo a pensar que apesar de tudo, mais valia estar na lista de heranças os pratos e canecos de porcelana, aquela louça cara horrorosa e aquele serviço de chá inglês às flores rosa, que diz que custa uma pipa de massa, mas que a mim só me aflige as vistas. Não há cães de louça para herdar, o que é uma pena, porque dava um ar kitsch à coisa e sempre os podia por à porta de casa a ladrarem aos vizinhos de cima, bichos horribilis, que me agoniam com tanto berro, todo a santa manhã, todo o santo fim de tarde. Quase boa. Não tenho tempo para doenças. 

19 novembro 2014

Quem minha Filha beija...

Francisca chegou a casa a dizer que lhe tinham dado determinada coisa. Francisca tem un bocadinho a mania de inventar. No dia seguinte avisei que Francisca tinha levado algo que não lhe pertencia. Foi-me então dito que Francisca não tinha inventado e que sim, aquele travessão era agora para os cachos dela. Ia morrendo de qualquer coisa que me deixou de boca aberta de tão feliz e sem jeito de agradecer. Não tanto pelo travessão mas pelo carinho que ela lhe dá, todos os dias. E quem minha Filha beija, minha boca adoça. E muito. 

18 novembro 2014

Nop, still not a morning person… *


O meu estado basal é ter sono. Existem depois algumas variantes da coisa: 
- o tenho muito sono; 
- o tenho tanto sono que me apetece chorar; 
- tenho tanto sono que me dou mini-bofetadas para não adormecer em qualquer canto; 
- o tenho tanto sono que se tens a infelicidade de me dirigir a palavra descobres que estou possuída pelo Dexter.  
Mas o normal mesmo é mesmo ter sono. 
*para piorar este meu transtorno quiçá patologia, arranjei um grown-up-babygrow polar, daquela loja que quando abriu em Matosinhos a senhora se emocionou muito e enfio-me dentro daquilo, fecho até ao pescoço e pronto, o Mundo pode desabar. Mas, de preferência, quando não tenho o carapuço com orelhinhas posto, o que vá, volta e meia se sucede. 

17 novembro 2014

A sério?!?

Malta em desespero absoluto e agonia profunda porque ainda não fez a porra da árvore de Natal… : eh pá, a sério?!?! a sério?!?! São essas as vossas angústias e preocupações?!?! Estrelinha que vos guie mais ao wish coiso! 

Ainda falta muito para Janeiro? 

15 novembro 2014

Perlin plim pim.


Mánhe, vou transformar-te numa princesa! 
(não fossem os plins e pluns e coiso que o arabesco faz, até era menina de me por a jeito a ver se a coisa fazia efeito... mas como sofro dos nervos estou a tentar, disfarçadamente, soltar a patilha mágica da pilha e plin, silêncio de plin perlin pim pim..."

14 novembro 2014

Hospitais, aprendizagens e afins.

[durante anos, muitos, não percebia a coisa de levar flores a quem estava doente num hospital. achava um desperdício de dinheiro e que não iria fazer a pessoa doente sentir-se melhor... o que ajudava mesmo era o ir lá, só. depois, passei muito tempo em camas de hospital, em corredores frios e percebi que fazem sentir melhor, sim. quando a hora da visita acaba, quando todos vão embora, quando se fica com as dores e as cicatrizes a sarar, ajudam a lembrar que nos esperam recuperados, que precisam de nós. hoje fui visitar a minha Madrinha. espero que as flores a lembrem que a menina dos cachos nunca se esquece dela. nem a que os teve, nem a que hoje os tem]. 

Faz-me confusão visitar os meus em hospitais. Muita. 

13 novembro 2014

Nos dias de chuva ...

… de que tanto gosto, esta música, em repeat… Homesick… 

Sometimes I get lost inside my mind…

Há alturas que penso e repenso a minha vida. Alturas em que me coloco apenas no papel de espectadora de mim. Vejo mentalmente, de forma mais ou menos vagarosa, os anos que passaram por mim. O que fiz e o que me fiz neles. Sempre em retrospectivas. Sempre o que foi. Sempre o que fiz: bem, mal, o que não consegui simplesmente. Aceitar, sempre, o que não foi como era suposto, esperado, desejado, aquilo que nunca chegou a ser. Agradecer por tudo de bom mas, sobretudo, agradecer por tudo de mau e o bem que isso me trouxe. Sempre em retrospectivas. Nunca em projecções futuras. Porque não sei desenhar mapas, porque não sei ler mapas, porque tudo é uma constante inconstante, hoje será ontem amanhã, presente que passará a ser passado mas que já foi um futuro. E nestas certezas, penso-me em retrospectiva. Aceito. E humildemente, agradeço por tudo que me faz o todo que sou. 

12 novembro 2014

"Nós somos Porto. Somos Porto. Porto. Ponto"

"Nós somos Porto. E digo “nós” porque é essa a nossa essência. A nossa alma. Somos mais que o conjunto de cada “eu”. Somos Porto. Uma força que não se explica, mas que se sente. Uma forma de estar. De ser. Podemos ser de qualquer clube, torcer por qualquer cor, mas somos sempre Porto. Somos o talento, a irreverência e a coragem.
 
Nós somos Porto. Podendo viver em Londres, em Luanda ou em Lisboa. Somos a marca que nos define. Uma marca que atravessa os limites da cidade. Uma marca que representa todo um Norte. Tantas vezes desprezado. Tantas vezes esquecido. Tantas vezes...
 
Nós somos Porto. Da terra onde são feitos os empreendedores. Os industriais. Os melhores arquitetos e jornalistas. Somos a investigação, a medicina, o calçado e o mobiliário. Somos os têxteis, as indústrias criativas. Somos a indústria transformadora. Somos o vinho. O rio. Somos a grande universidade.
 
Nós somos Porto. Da terra onde se escrevem e cantam as grandes canções, os melhores poemas. Onde se fazem os realizadores. Da terra onde se vencem as taças, onde se cortam as metas mais difíceis. Da terra onde se pedala mais que os outros. Onde nunca de desiste.
 
Nós somos Porto. O Porto da gastronomia. Do turismo. Do património. O Porto que sabe receber. Que se preocupa com quem o rodeia. Com quem o visita. O Porto do teatro. Da fotografia. Da ligação ao passado projetado para o futuro. O Porto da literatura, da filosofia, da moda. O Porto da pintura, da escultura e até da política. Somos Porto.
 
Nós somos Porto. Somos o Porto da religião. Da engenharia. Da criatividade. Somos o Porto que faz acontecer. No Porto ou fora dele. Somos Porto. Mil vezes somos Porto. Somos equipa. Somos força. Somos Porto. E cada um de nós que se espalha pelo mundo alastra ainda mais este sentimento nortenho de ser Porto.
 
Nós somos Porto. Esteja ou não o Governo preocupado com isso. Haja ou não apoio para o que é preciso fazer. Existindo ou não centralismo. Tantas vezes exagerado. Quase sempre exagerado. Nós somos Porto e haveremos sempre de ser Porto. O Porto que resistiu e que ainda hoje resiste. Sem ceder. Sem se vergar.
 
Nós somos Porto. Um lugar que extravasa os seus próprios limites. Um conceito inclusivo. De participação.
 
Não é por isso de estranhar que foi no Porto que nasceu o P3. Só podia.
 
Nós somos Porto. Somos Porto. Porto. Ponto."

Sempre. 

Aquele momento para lá de estranho...

… em que vejo uma chamada não atendida no meu telefone e leio "Obama". E em que demoro mais do que o que devia a perceber que afinal quem me queria falar era mesmo Oksana, a Mandona e não Obama, the Big Boss. Que não me trate que não preciso não… 

11 novembro 2014

De São Martinho a Casa.

Não gosto de castanhas. Nem cozidas, nem assadas, nem coiso. Não gosto. Mas gosto do cheiro de castanhas assadas. Gosto muito. Faz-me lembrar a Rua de Santa Catarina em dias de frio. E a calçada molhada, escorregadia, irregular. Faz-me lembrar a Capela das Almas e o vendedor ambulante que tinha sempre poiso naquele cruzamento, com as suas Páginas Amarelas. Faz-me lembrar o esperar pacientemente, uma hora, duas horas, três por vezes, até que a minha Mãe saísse para depois me encontrar e lanchar na Mengos. Ou na Império. Sou de cheiros. Sou péssima de nomes e de caras. Mas dificilmente me esqueço dos cheiros dos dias. Castanhas assadas cheiram a Casa, cheiram a Santa Catarina, cheiram a tarde escura e à azáfama de gente em direcção à Praça da Batalha. 

...


10 novembro 2014

"The perfect body".

Há uns dias gerou-se uma onda de polémica em torno de uma nova linha de soutiens da Victoria Secrets (saudadinhas de Terras de Tio Sam, pá). Tudo porque a dita se intitulava "The perfect body" e aqui d'el rei quem é a Victoria Secrets para dizer o que é o corpo perfeito. Não há corpos perfeitos. Nem os Anjos da VS são corpos perfeitos (mas andam lá muito perto). No entanto, não percebi o porquê da celeuma. Pus-me aqui a olhar para uma série de cremes e besuntices que possuo, metade das quais uso uma semana e depois me esqueço que existem, e há, no mínimo, umas 4 marcas diferentes que apelidam de perfect qualquer coisa ou dizem que vão fazer não sei o quê perfect, desde pestanas a pernas. O mal não está na VS, não, não reside na marca o demo *. Há muitas mais marcas que usam o termo para nos entranharem coisas olhos a dentro. Não acho nem bem, nem mal. Sou contra a perfeição, essa coisa utópica,que me levou muitos anos de vida e me deixou sequelas. Aprendi que cada corpo é único, bonito e perfeito nas suas imperfeições. Com cicatrizes, marcas do tempo, marcas de ser Mãe, marcas da vida e quem não gostar, não olhe ou então que bote na beirinha do prato. Maneiras que continuo a não perceber o porquê de tanta indignação contra a VS... Será porque se trata de lingerie e coisas mais desnudadas? Não sei. Estou aqui a olhar para um creme que diz "the perfect cover" e nem por isso me assusta para longe as minhas olheiras até ao rabo. Não me vou insurgir contra a marca, é marketing e eu caí nele. Ponto. Se acho que se deve, cada vez mais, apelar ao não estereótipo da beleza doente? Sim. Se acho que é caso para tanto protesto contra o nome da linha de lingerie da VS? Not in a milion years. Mesmo que uma pessoa olhe para os "Anjos" e pense que porra, a perfeição anda por ali muito perto, não adianta puxar cabelos e insurgir-se contra a marca. São modelos, o corpo (e cara) são a sua maior fonte de rendimento e trabalham horas a fio para o exibirem na passarele e em sessões fotográficas. Se são perfeitas? Não. Nem todos podemos ser Alessandras por muito que gostássemos, mas tenho para mim que até a Ambrósio, aquele Mulherão, é moça para ter dias em que não se suporta ao espelho e que até gostava mais disto assim ou assado. Aceitar o nosso corpo é o principal, sobretudo as imperfeições, o que nos torna únicas e não Barbies. Uma opinião, que vale o que vale, 
p.s- a VS só é o demo porque na Europa diz que não abre lojas, excepção feita a terras de sua Majestade...

Bom dia lá lá lá (rosno?)

09 novembro 2014

Portugal mesquinho.

Não há adjectivo para qualificar esta notícia do Expresso. Baixa, no mínimo. Tudo porque estava a trabalhar no aniversário do Filho. Tudo porque é Mulher e Mãe. Se fosse Homem, suponho que se acrescentaria que tinha feito um grande sacrifício e mimimi. Enoja-me profundamente este tipo de informação e jornalismo. Deixa-me mal disposta, com o estômago às voltas. As Mães também são profissionais. Também continuam a ser Mulheres. A quem teve a lata de escrever esta bela bosta, sugiro que vá obrar para o meio de um mato. Portugal mesquinho de mentes tacanhas. 

Sometimes I get lost inside my mind...

Better. Faster. Stronger. Mais. Melhor. Nada ao acaso. Perfeita. Irrepreensível. Perfeição? Chega! Nunca mais. Enough. 

08 novembro 2014

07 novembro 2014

(D)as dores (do mundo).

Diz-se que o limiar da dor tem um valor para cada indivíduo, na natureza única de cada um de nós... "Como classificaria a sua dor numa escala de 1 a 10?". Consigo apontar para onde me dói, sei que é de natureza palpável, visível aos olhos da medicina moderna. E isso, para mim,  é um conforto. Antítese? Não. Durante anos, existiam outras dores tão mais fortes e que não eram vistas num ecógrafo, num raio-x, em valores alterados de análises. Prefiro estas. Diz-se que uma pessoa se consegue adaptar e habituar a quase tudo, até a viver com dor crónica. Sim, uma pessoa habitua-se a tudo. Sim, a vida decorre, a terra continua a girar sobre o seu eixo, dia-noite-dia-noite... Prefiro dores claramente identificáveis, aqui, ali, mais para a esquerda...sim, prefiro estas, as que cedem a analgésicos. E depois, "after all tomorrow is a new day...". E a vida decorre, dia-noite-dia-noite... 

06 novembro 2014

Sometimes I get lost inside my mind..

Quando andava a tirar a carta, sôfrega de pegar na chave e ir para onde quisesse a meu bel prazer (ou assim achava eu, que depois de recuperada de uma cirurgia ao pé que me tinha deixado dependente e de canadianas durante 10 meses, estava tola da vida para dar uso ao carro que me esperava na garagem, tão tontinha senhores… ), o percurso acabava sempre, invariavelmente no regresso à casa de partida, por passar pela Rua da Escola Normal. Fazia-me muita confusão ter de travar naquela rua, chegava a ser pânico. Para quem não conhece, a Rua da Escola Normal desce a pique e desemboca em Santa Catarina, rua de sentido único, com uns semáforos mesmo, mesmo, mesmo no fim. Invariavelmente, acabava a pedir às alminhas que o semáforo estivesse verde. A Rua da Escola Normal, mais propriamente as travagens na dita, inundavam a minha cabeça de imagens dantescas, em que eu travava a fundo e o carro girava sobre o seu próprio eixo 180º, acabando eu assim de cabeça para o ar, a ver o fio grosso de ouro com o crucifixo do meu instrutor pendente do seu pescoço, a abanar como nos filmes trágicos enquanto a poeira assenta (ou algo assim, só para dar a ideia de cenário de horror). Em todas as hipóteses que eu colocava, o ter de travar naquela rua angustiava-me sempre.  E se o carro fizesse o pino? E se os travões falhassem e eu me enfaixasse na montra da Hertz? (muito cena à 007, mas aí não era um Yaris vermelho nem a Hertz, era um Série 7 e uma Avis, mas vai dar ao mesmo, não interessa muito ao caso). E se eu acertasse no semáforo? E se eu ficasse daltónica e visse verde e fosse albarroada por quem descia do Marquês? Ou pior, se fosse albarroada por um autocarro dos STCP em hora de ponta, cheio de gente irada? Tirei a carta.Travei muitas vezes nessa rua e noutras a pique. Até hoje, nenhum dos carros que conduzi deu uma volta de 180º, fez o pino, nem eu entrei num salto galopante para dentro de uma montra qualquer ao volante. Independentemente disso, nunca me esqueci do que a Rua da Escola Normal fazia ao meu imaginário de condutora maçarica. Não sei porquê, mas hoje, ao travar por alguma coisa, lembrei-me da Rua da Escola Normal, dos seus semáforos e de como eu implorava, aos santos e alminhas, que o semáforo estivesse verde. Tudo, para não ter de travar. 

05 novembro 2014

" Remember, remember...

... the 5th of November" 
(V for Vendetta)

Motherhood is not for sissies.

Ralhei-lhe logo de manhã, depois de uma noite mal dormida. Ralhei-lhe porque a sua birra non-sense me fazia sentir ainda mais a cabeça pesada de sono e vazia de calma. Ralhei-lhe baixinho, como faço sempre, sem gritos, de cócoras à altura dos seus olhos, os meus nos dela… "Francisca, acabou a birra". Secou as lágrimas gordas, cheias de sono depois de uma noite de tosse, acalmou-se e perguntou-me se estava triste. Disse-lhe que não, que a Mãe estava zangada porque a Francisca estava a "birrar". Francisca olhou-me nos olhos e perguntou, a limpar o ranho com as costas da mão, se eu gostava muito dela. Respondi que sim, que gostava muito dela, mais do que tudo neste mundo e em outros, mais do que tudo o demais, que sim, que a Mãe gosta muita dela e que a Francisca vai sempre no coração da Mãe. "E a Mãe no coração da Paquica". Ralhei-lhe logo de manhã, como não costuma acontecer. Teve de ser. Motherhood is not for sissies, they said. E eu concordo. 

04 novembro 2014

A sério?!?

Ah, o temido dia… Aquele dia em que a Cria me chega a casa com uma "prenda" de uma festinha de aniversário* (que para grande pena minha não eram gomas para eu enfiar o dente) e ao ajudar a desembrulhar a tão amável oferta, choco de frente, sem airbag nem nada, com um "coisinho" de fazer "bulhas" de sabão da… Hello Kitty. U-a-u! Não fosse a visão da coisa má o suficiente, descubro que a minha Criança, além de reconhecer a bixa horribilis, ainda diz: 
-Mánhe, óh Mánhe, é da Ailou Kéitê
Porquê? Pooooorquê????? Why? Uái? 
* e eu triste como a noite por Francisca, bicho tão bom desta Mãe, me ter nascido em pleno mês de Agosto, altura de férias. Tristíssima da vida… Upa upa!  

Bom dia, bom dia...

(uau, tenho em crer que o ter saído da cama foi o "achievement" do dia… ) 

03 novembro 2014

[and we'll never be royals]

[vi há pouco uma daquelas coisas que me fazem perceber que we'll never be royals. vestidos e fitas e laços e coisas especiais xpto para o Natal. especiais para a ceia e para o dia de Natal. o ano passado os vestidos (?!?) eram polares, sendo que havia, entre outros, um de vaca com tudo a que tinha direito e uma Minnie saltitona, embriagada de sono, brinquedos e mimo. Os polares, daquela loja que a Sra. agradeceu muito por ter aberto em Matosinhos, foram a edição especial Xmas '13. sim, we'll never be royals. But we will always be royalty] 
Ainda falta muito para Janeiro?  
(não, não vou dissertar sobre o meu choque quasi-anafilático à época) 

Em minha defesa.

Para quem diz que eu tenho um problema com compras (eu não tenho um problema com compras, tenho um problema em não ser euromilionária e ter bom gosto, está bem?), aqui fica escrita a minha defesa, sem possibilidade de mais acusações à minha pessoa, a que compra tarecos, trapos e sapatos. Sim, para calar essas vozes que se levantam em coro quando uma nova encomenda chega (palminhas, palminhas, que emoção), aqui fica a minha redenção: acabei de encomendar uma coleira com um laço para a Mofli, que faz matchy-matchy com um laço da Francisca . E assim, começo a minha segunda feira, com a sensação de dever pindérico cumprido. 
(lai lai lai … sou tão pindérica, tão pindérica e estou a criar uma piquena tão pindérica, tão pindérica! yay! "palminhas" lai lai lai )