29 julho 2014

Elogios em modo pausa.

Francisca recebeu um elogio ao seu fato de banho, coisa chiquitérrima achada na Primark e giro de se comer, nem digo o preço para não provocar um crash "féshionista". Francisca não agradeceu. Francisca fez o seu típico tique de atirar o cabelo para trás e disse à outra menina, com uns 8 anos, que sabia que sim, que tinha um fato de banho giro. Respondeu-lhe literalmente e com um sorriso "eu sei". Deveria ter-lhe dito que se dizia "obrigada" mas perdi-me na minha cabeça a pensar que quero que Francisca cresça capaz de agradecer e sobretudo de ser humilde, mas que quero também que seja capaz de reconhecer o bem e o bom que nela traz... mas aquele que vai muito para além e aquém das roupas. 

25 julho 2014

Deve ser uma espécie de humor negro...

Ir a um restaurante japonês cuja decoração consiste em nada mais, nada menos do que... aquários nas paredes! Eu a empaturrar-me de sushi como se não houvesse amanhã e os belos dos peixinhos a nadar no aquário. Humor negro, na certa, na senda do directamente do produtor para o consumidor, matéria prima do mais fresquinho possível. Valha-lhes (-me) a memória de peixe... 

Bom dia, bom dia

(latitudes diferentes. de searas. de flores silvestres e selvagens. latitudes diferentes. de mar e de nevoeiro. de azul imensamente profundo de paz no seu revolto. latitudes diferentes. mais ou menos minhas, nesta minha longitude) 

24 julho 2014

Eu sofro dos nervos.

Maneiras que hoje me obriguei a levantar o meu real rabo da cama às oito da manhã (às oito senhores, podia ter dormido até às nove mas nãaaaaaao, ai que estou a pagar o ginásio por causa de Pilates e não ponho lá os pés e aiiii que com aquele dinheiro comprava mais um ou dois pares de sapatos). Cheguei ao ginásio, já depois de ter lavado a cara, os dentes e me ter penteado, com um ar remeloso e profundamente miserável de sono. Mas já que pago e preciso mesmo de aliviar as dores de costas e é das poucas modalidades que posso e gosto m e s m o  de fazer, lá fui. A aula super, a Professora uma querida, mimimimi. Mas, porque tinha de haver um mas, estou para aqui com os nervos on fire. Ninguém, mas é que nem eu senhores, ninguém mesmo merece 45 minutos de Pablo Alborán às oito e meia da manhã. 45 minutos que me pareceram 3 horas e 50 minutos!!!!. Perdono-te o baralho, atira-te aos cães, estrelinha que te guie, mas por qué no te callas?!? Claramente, a manter-se a banda sonora, as minhas costas e postura vão melhorar na proporção inversa ao meu estado zen e "não morde, porta bem"!

Bom dia, bom dia...

23 julho 2014

... (verdadinha!)

Sometimes I get lost inside my mind…


Perguntei se me chamava. Se estava feliz. O que tinha feito. Ouvi-a lá atrás, no telefonema, às risadas e em correrias com o Primo. Ouvi a gargalhada do meu Pai. Soube e senti que estava tudo bem. Soube que a minha Filha não é minha, mas de mim. É cada vez mais do Mundo. Perguntei se me chamava na hora de adormecer, na hora de fazer os "chiquis" de nariz. Disseram-me que não. Francisca está feliz. Na terra que, além de minha, é também a sua e onde tem as raízes mais profundas que algum dia lhe poderei dar. Respirei fundo, em paz, num sentimento de quem percebe que não é indispensável, mas sim insubstituível, porque me dizem que há cantilenas, manhas, expressões que a eles lhes são indecifráveis, mas que eu, ah eu que tão bem as sei, tal como a curva do seu pescoço, o desenho do seu sinal na perna, o cheiro do seu cabelo, as curvas do seu sorriso. Francisca está feliz. E existe algo na sua capacidade de lidar com a ausência do meu regaço que me tranquiliza e me assusta, que me dá paz e desassossego. Acredito que estou a criar uma Menina que se virá a tornar uma Mulher de coração bom. A minha Filha não é minha, mas será sempre de mim. E cada vez mais, quero que seja do Mundo e que ajude a fazer dele um lugar melhor. Porque no meu pequenino Mundo, aquele que começa e acaba no meu umbigo, Francisca é o todo. 

21 julho 2014

Uma mancha de óleo.

Um dia perguntaram-me como definiria a tristeza. Ocorreu-me algo que se assemelhava a uma mancha de óleo no azul profundo do mar. Uma mancha de óleo que alastra, indefinida e sem rumo, contaminando tudo e levando o bom consigo. A tristeza é como uma mancha de óleo, respondi. Controla-se, minimiza-se mas não se pode apagar as marcas que deixa, disse resoluta e com a certeza de tal ser uma verdade absoluta. Continuo a achar que a tristeza é algo como uma grande mancha de óleo sobre um azul de mar imenso, que alastra sem medos e sem destino se não for controlada. Mas agora sei que as marcas dos óleos da vida se apagam, se mitigam e se tornam (quase) invisíveis. 

Todas as Mães são um bocadinho tolinhas*

Francisca foi com os Avós para o Porto. Tinha pedinchado a semana toda por isso. A Mãe está cansada, assim a pontos de começar a balir no meio da rua e a ganir dentro do carro. Mesmo muito, muito, cansada. Francisca queria ir para o Porto e deu-se-lhe uma coisinha má que toda a semana passada implorava para não ir para a Escola. Nunca tal tinha acontecido e apesar de ter as minhas suspeitas do porquê, assobiei para o lado e claro que ia para a Escola. Mas Francisca insistia que queria ir para o Porto. Estão lá os primos e os mimos dos Avós. Vieram buscá-la, O Bubú Zé e a Bobócita. Francisca, meu passarinho pequenino, foi "passar férias" para longe do meu regaço. Mais ou menos, porque Sexta-feira já lhe cheiro a curva do pescoço e cantamos a música da Shenanis Woolita. Esta noite, acordei 5 vezes a achar que a ouvia a pedir água, que tinha frio, que tinha calor. Falei com ela de manhã, despachou-me em menos de nada, dizendo apenas "Sim, Mánhe, claro que dormi bem! Estou a comer 'trelitas. Beijinho". E foi. O meu passarinho voa do meu regaço, cada vez mais alto, cada vez com mais sustentação, num planar mais aperfeiçoado. E enquanto eu podia aproveitar para rebolar a dormir, tomar banhos de imersão, e o diabo a 4, imagino que a ouço chamar-me e fico especada à porta do seu quarto por ora vazio. Sim, eu cá acho que as Mãe são todas um bocado tolinhas com laivos esquizofrénicos. Pelo menos, eu me assumo como tal. 
* sem tentativas de generalização, quem não se enquadrar ou identificar, pois que muito bem. 

18 julho 2014

Eu sofro dos nervos.

Adoro esta minha nova "novela". O enredo consta do seguinte: há uma nova colega, que até é simpática e tal. Mas, tinha de existir um mas, tem um vício, hábito, panca ou lá o que é, que consiste em que de cada vez que entra na sala, sendo o meu computador o primeiro na linha de visão quando se entra, vir à minha beira, esticar o pescoço, olhar para o meu ecrã e perguntar: 
- O que estás a ver? (também pode ser "O que estás a fazer?", depende do lado que vem o vento suponho). 
Sendo que eu sou uma pessoa que sofre bastante dos nervos, estou indecisa entre responder: 
a)estou a ver que queres problemas;
b)estou a ver que estás a invadir o meu espaço;
c)estou a ver que vais na vassoura;
d)estou a ver aquele filme muito porreiro que se chama "None of your fucking business". 
Outro cenário, no qual a pergunta é o que estou a fazer, estou com dúvidas nas seguintes opções de resposta: 
a) estou a fazer o que me apetece;
b) estou a fazer o que me apetece e tens zero que ver com isso;
c) estou a fazer muita força para que encontres a estrelinha que te guie;
d) estou a controlar-me para não te mandar ao bilhar grande. 
Maneiras que isto é um verdadeiro drama para mim, ter de escolher o que responder, que já se sabe, eu sofro (muito) dos nervos. 

Bom dia, bom dia...

17 julho 2014

Oksana e quando a "guerrilha" (me) chega mais perto que o noticiário.

Oksana vai de férias ao seu País. Volta em Setembro, como sempre. Trabalha feriados e tudo o que precisar e ela puder por isso parece-me muito justo que Oksana só regresse em Setembro. Providencia sempre uma substituta de sua confiança, que as minhas aptidões sopeiristicas, especialmente no "dar a ferro" têm tanto de hilariante como de deprimente. Liguei-lhe a desejar boa viagem e boas férias, porque na correria da minha manhã, não atentei à data do calendário. Oksana agradeceu e com voz embargada explicou que para onde vai está tudo mais ou menos calmo. Mas que o Genro, Pai do Neto, das Forças Armadas Ucranianas, está estacionado perto de Donetesk. E que não sabe o dia de amanhã. Porque a guerrilha que por lá se vive entra-me em casa não só pelo noticiário mas, principalmente, pelos olhos preocupados de Oksana e sobretudo hoje pela sua voz. Oksana é uma personagem, mas também já faz parte da "mobília" da minha casa. E ao ouvir os últimos desenvolvimentos, aperta-se-me o coração... porque conheço rostos e não só rodapés de telejornais. 

Sometimes I get lost inside my mind…

" Não sei se viro menina, se viro mãe, se viro todas.
Se viro artista, se viro vento ou viajante
Viro santa ou viro doida
Quem sabe viro onça
Viro a mesa, viro o jogo, viro a página,
viro a vida do avesso e viro outras
Sim, eu me viro."  
Yohana Sanfer 
Porque há dias em que viro tudo e viro nada, quero é virar para o outro lado da cama num nada onde viro tudo,  no meu sono. 

Bom dia, bom dia...

16 julho 2014

Poneisadas a que dedico os meus euros.

Não tenho grande fé que a coisa vá fazer com que a celulite me desampare a loja e que vá de malas feitas para longe das minhas coxas e rabo. Mas este creme tem um efeito tão refrescante que tive de o trazer comigo para casa. Tão, mas tão fresquinho, que hoje até o pus nos braços. Eu e calor miserável do Inferno temos uma relação demoníaca. Maneiras que se ajudar a ter uma pele nessas zonas críticas (não é nos braços, mas eu tinha calor e o creme é meu logo faço o que me der na real gana) mais apresentável, já dou por bem empregue os euros que lhe dediquei com muito carinho, que vão na proporção directamente inversa à que nutro por calor e celulite. Gosto deste creme pónei. E é isso. 
( já usei outros produtos da Collistar e adorei todos! O Talasso scrub então, é assim só di-vi-nal!) 

As perguntas óbvias deviam pagar taxa.

Se por cada vez que abro a boca num sítio onde sou "desconhecida" e me perguntam "não é de cá, pois não?", me dessem 50 cêntimos, por esta altura já tinha uns Manolo, uns Choo e uma Birkin. 

Bom dia, bom dia...

14 julho 2014

Sometimes I get lost inside my mind… *

Aprendi a gostar do carinho de algumas (ênfase no "algumas") pessoas. Da preocupação delas. Aprendi a não desconfiar de perguntas e a não calcar e trancar tudo no meu peito. Aprendi a não  responder em monossílabos ou pequenos grunhidos quando questionada sobre questões de saúde. Hoje, quando voltei ao estaminé, perguntaram-me pela minha Menina. E eu contei e deixei que a minha cara transparecesse a minha preocupação, a que me invade noite dentro em pesadelos e a que me faz doer o lado esquerdo. Pequenas cirurgias são as feitas nos outros, nos que não conheço ou que me dizem qualquer coisa nula. Nunca são as que são feitas nos meus e muito menos as que eu tomaria o lugar da minha Filha em menos de nada.  
* Francisca precisa retirar as adenóides stat e ainda ser sujeita a mais uns procedimentos. A audição está já comprometida e eu nunca notei nada, nunca vi nada, não sei, não sei, não sei. Sei que eu sabia que não era normal tanta adenoidite, tanto antibiótico, tanta coisa que eu não consegui impedir. Não sei como o teria feito mas queria ter feito. Sei que a cirurgia é coisa rotineira, mimimimimi, nada de extraordinário, lálálá. Mas eu sou a Mãe. Eu sou a Mãe. E o que sinto bem cá dentro, bem, isso, não se explica. 

...

(esquece as bolachas, foca-te no café)

13 julho 2014

Bom dia preguiça...

( tenho planos variados para o dia de hoje como fazer nada, seguindo-se fazer nenhum e ainda absolutamente nada. calor de terra d'inferno e eu é uma combinação muito proveitosa na arte da preguiça. ) 

12 julho 2014

Bom dia, bom dia...

(Acho que as Mães, eu incluída, depois de parir, se tornam num bicho estranho muito dado a laivos esquizofrénicos. Depois, afinal de contas, sou uma mulher das ciências e sei que a operação que Agosto trará à minha Menina é coisa de "peaners" como diria o Jesus. Mas não me importa a ciência toda do mundo e o que sei e o que aprendo, que passei na mesma dois dias com uma dor enorme no peito e não me venham chatear com os cigarros a dizerem que são os causadores de semelhante sintoma, que ando a ver se me deixo dessas coisas, ponho as moedas num jarro pop-pónei e no final logo vejo o que compro ou faço em vez de comprar cigarros.  Pois que a dor que se me instalou no peito, onde reside o coração, eram mesmo nervos. Sofro bastante dos nervos, no que toca a maleitas que envolvam a minha criança, mesmo que eu diga que não e faça umas piadolas. E também não me venham dizer que o coração não dói, que se a coisa é músculo pois claro que dói. Gosto destes laivos esquizofrénicos que se me dão derivados da Maternidade. Além de me ter feito Mãe, Francisca fez de mim um ser humano melhor. Muito melhor.) 

08 julho 2014

Eu é mais pizza.

Estava para aqui a saltar de pensamento em pensamento (parvo) e concluí que hoje vou fazer pizza para o jantar. Meti na cabeça que hoje vou fazer pizza. Tudo, porque vi algures uma foto que constava do seguinte: uma progenitora de cabelo super, roupa super, maquilhagem super, ensinava à sua criança, de roupagem digna de ida a casamento, a fazer massa de pizza, a deixar levedar a coisa, a estender a coisa e por aí fora. Achei bonito. Profundo até. O quadro que constará para futura memória da Francisca será um pouco ou tudo diferente, qualquer coisa como a Mãe, de rabo de cavalo, autefite caseiro, cara lavada (mas com água micelar que também dou uma perninha no lado fino), Francisca em trajes de remelar por casa e provavelmente descalça como gosta e a seguinte explicação dada pela minha Pessoa, a Progenitora:

*"Francisca, meu bicho bom:
a isto, "távere" chama-se base de pizza fresca. Dá na mesma um ar pop-caseiro à coisa, bem mais à frente que as que a minha Mãe, senhora sua Avó, usava no meu tempo para fazer pizzas "mais saudáveis". Abre a embalagem, desenrola assim, '"távere"e depois, pega ali na Marie Bimby, tritura o que deseja de base para a pizza pónei-saudável-bem, espalha nesta base de pizza para lá do caseiro que a sua Mãe descobriu no supermercado e coloca os ingredientes que quiser, basicamente, despeje umas coisas aí por cima,  assim sei lá, atum e milho, esqueça as anchovas Filha, que a Mãe não vai nessas coisas" 
Maneiras que eu cá acho que também deixarei uma memória bonitinha, qualquer coisa assim "ah, os serões a fazer pizza com a Mãe, que bom, tão toininha a minha rica Mãezinha". Ou isso ou a miúda aprende que encomendar pizza também é sempre uma opção extremamente válida. 

* não trato a Francisca por você, sosseguem. Foi só mesmo para dar um ar composto à coisa. 

Bom dia, bom dia...

07 julho 2014

Medalha d'ouro, eu.

M#rdas que me atrofiam as sinapses.*

Ser saudável está na moda. Sim, senhora, aplaudo de pé. Comer o que a terra dá, comer menos alimentos processados, beber cenas menos maradas, correr até cair para o lado por falência muscular ou porque o pulmão diz que afinal não gosta, tudo em prol de uma vida mais feliz. Mas esperem, oh porra, nunca ninguém parou para pensar no reverso da medalha? Pois… Não. Eu acho que sim senhora, devemos todos ser saudáveis, não comer batatas fritas como quem come fruta e mexer o rabo. Mas para quem sofreu do inverso, para quem teve de aprender que comida não é bicho, para quem lutou anos para conseguir não tremer ao ver um prato com arroz (ou com qualquer hidrato de carbono), para quem passou ou está a passar por esse lado, não seria melhor um bocadinho mais de contenção? Bom senso? Respeito, até? Eu fui amicíssima da anorexia nervosa, convivemos largos anos até que eu tive de escolher: viver ou sobreviver. Eu admito que nunca se fica curada, que nunca se volta a ficar inteira, que quem se era morre algures entre a fragilidade física e a mental e que talvez, talvez por isso me revolvam as entranhas determinadas coisas. Admito que tenho um calcanhar de Aquiles e que talvez seja por isso que me sinto ofendida, desrespeitada com dicas de dietas porque sim, porque dá lucro, porque somos todos muito cool e sabemos um pouco de tudo. Respeito profundamente quem procura uma vida mais saudável. Mas tudo nesta vida se quer como o sal e se há merda que me irrita é quem não percebe que há sempre o reverso da medalha. 
*a propósito deste tema que hoje me enervou à dor de cabeça, tenho a dizer que a "Rainha" da Blogo (a.k.a Pipoca mais Doce), é das poucas bloggers que quando leio sobre este tema consegue sempre ser extremamente ponderada. Além de cómica, claro, mas isso são outros 500s. 

Bom dia, bom dia...

06 julho 2014

O melhor do meu dia (versão fim-de-semana)

(fomos ver "osabiões" e veio a saudade de uma Air Race a sério, aquela que em tempos rasgava os céus da minha Cidade. Francisca delirou com andar num "barco de piratas". E vi Mar e Azul sem fim e Rio e Céu. E que falta me faz, aquele azul imenso. Dormi uma sesta com a minha doce Menina, algo tão raro de (deixar) acontecer, mas tão doce, tão único. A respiração da minha Menina, junto a mim, embaladas pela ondulação do Mar de que tanto gosto, num sono a duas)

03 julho 2014

Músicas que me aquecem o coração *

"Eu sei

Que a vida tem pressa
Que tudo aconteça
Sem que a gente peça
Eu sei
Eu sei
Que o tempo não pára
O tempo é coisa rara
E a gente só repara
Quando ele já passou
Não sei se andei depressa demais
Mas sei, que algum sorriso eu perdi
Vou pedir ao tempo que me dê mais tempo
Para olhar para ti
De agora em diante, não serei distante
Eu vou estar aqui
Cantei
Cantei a saudade
Da minha cidade
E até com vaidade
Cantei
Andei pelo mundo fora
E não via a hora
De voltar p'ra ti
Não sei se andei depressa demais
Mas sei, que algum sorriso eu perdi
Vou pedir ao tempo que me dê mais tempo
Para olhar para ti
De agora em diante, não serei distante
Eu vou estar aqui
Não sei se andei depressa demais
Mas sei, que algum sorriso eu perdi
Vou pedir ao tempo que me dê mais tempo
Para olhar para ti
De agora em diante, não serei distante
Eu vou estar aqui"


(* porque nem todas as lágrimas são de tristeza nos meus olhos. E hoje de manhã, ambas de voz de sono, meladas num bom dia tão nosso, eu só queria ficar ali, com ela nos meus braços, a cabeça nos seus caracóis, as mãos pequeninas, trôpegas de sono a segurarem o meu rosto e a ensaiarem meiguices. Queria que o Mundo parasse por um bocadinho. Só um bocadinho para que todos os sorrisos que lhe perco não se vão, enquanto Francisca abre novos caminhos no meu peito, que se rasga de doçura.)

Bom dia, bom dia...

02 julho 2014

De Sophia.

Como quase todos da minha geração, li Sophia na Escola. Não foi "A Fada Oriana" que me marcou a memória e muito menos "O Cavaleiro da Dinamarca". Foi um poema e um conto de um livro. Até hoje, "História da Gata Borralheira", do livro "Histórias da Terra e do Mar", vive na minha memória. Marcou-me, profundamente, toda a estória e o destino final trágico de Lúcia. Assim como este poema, inolvidável para mim:

"Para atravessar contigo o deserto do mundo
Para enfrentarmos juntos o terror da morte
Para ver a verdade para perder o medo
Ao lado dos teus passos caminhei 
Por ti deixei meu reino meu segredo
Minha rápida noite meu silêncio
Minha pérola redonda e seu oriente
Meu espelho minha vida minha imagem 
E abandonei os jardins do paraíso
Cá fora à luz sem véu do dia duro
Sem os espelhos vi que estava nua
E ao descampado se chamava tempo 
Por isso com teus gestos me vestiste
E aprendi a viver em pleno vento"
Ambos ocorrem-me quando ouço o seu nome. Assim como a imagem da sua casa na Granja, tão bonita, tão perto do meu Mar, que tantas vezes vislumbrei em manhãs de Verão. Sophia teve, felizmente em vida, todo o reconhecimento do seu trabalho e obra. Sophia, após a morte, continua a ser eterna.   

Deixai vir a mim os sapatinhos.

(Mango)

(adoro esta coisa de "Descontos "---" 50%". Eu vejo descontos 50%. O "até" que precede o valor do desconto está ali para motivos meramente decorativos. Assim c'omá assim, estas vieram morar cá para casa. Com desconto tabelado de pelo preço de uma vieram duas. Não foi bem assim mas não importa. Adiante)

Bom dia, bom dia...

01 julho 2014

...

(É mais ou menos isto, com zero para quem não gosta e sempre mais para quem aprecia. C'est la vie. )

Para lá do fófinho!



( e porque está a chegar o Verão e os Animais de Estimação NÃO são um brinquedo, NÃO são descartáveis, há sempre, sempre, sempre uma alternativa ao abandono. Quem não é bom para os animais de estimação, também não é boa peça com gente.)