Então, não uses calças de elástico na cinta que facilmente vão até aos joelhos. Cenário: Domingo da preguiça, calças de andar por casa, estou confortável, não quero nem saber de ser feshione. Francisca vem até às minhas pernas. Francisca quer colo. Francisca puxa as calças para pedir atenção desta Mãe distraída na conversa. Resultado: calças nos joelhos. Roupa interior aos olhos de quem a quiser ver. Retroescavadora para mim, faxfavôre...
17 dezembro 2012
Não queres passar vergonhas?
Dear Monday...
Trazes contigo o tic tac doc para voltar (voltarmos) à minha (nossa) adorada Cidade. Aos meus cheiros, às minhas vielas, às minhas manhãs de nevoeiro e aonde a minha pronúncia se mistura nas conversas sem ser automaticamente "apanhada". O tic tac doc para voltar ao colo da minha Mãe, que as meninas grandes também gostam e precisam sempre dele. Ao sorriso e aos rezinganços do meu Pai. À minha Avó. À minha família, que embora louca e avariada que só ela, é a minha. Aos meus Amigos. E permite leva-la de volta ao colo e mimo dos Avós, que renascem a cada gracinha da "Menina Jesus" daqueles 4 corações derretidos.
Nunca pensei que me fosse tão difícil este corte de cordão umbilical com as (minhas) origens. Não o foi em outras paragens porque havia um prazo para voltar. Aqui, neste Burgo, não há prazos. Serão anos, mas não sei (sabemos) quantos. 3, 5, 8? Nenhum de nós sabe. Apenas sabemos que eventualmente a mudança terá de acontecer, mas nunca mais de volta ao Douro, à Ribeira, às Francesinhas, ao São João. Deve ser por isso que tanto me tem custado. Mas o tempo tem amenizado esta sensação de perda que não sei explicar. O tempo e as pessoas que vou conhecendo e às quais, devagarinho, me vou apegando com carinho genuíno. Sei que vale a pena, faria tudo igual uma e outra vez. E volto (voltamos) sempre que podemos às nossas origens que são as origens também dela. Ao cheiro a maresia e ao mar revolto. Por isso, Segunda-feira do demo, hoje trazes-me o tic tac doc que sobre a capa da época festiva (urticária...coça, coça, espirra, ai deslarga-me Rudolfo, sai bicho...), me vai permitir matar saudades por mais que 48 horas. E nem me apetece ranhosar (muito) contigo...
Bom dia!!!
16 dezembro 2012
Love tastes like pancakes...
...e a café, a café com leite (e não o inverso). E a um mimo no rosto, a um piscar de olho, a um beijo. Love tastes like pancakes aos Domingos de manhã... Um gesto tão simples, tão fácil e tão, mas tão bonito para mim.
15 dezembro 2012
Olha, olha: um selinho!
A Magda E. passou-me um selinho, que consiste em responder a estas duas perguntas:
Quem é que mais admiras e porquê?
Não admiro uma pessoa em particular, nunca fui pessoa de ídolos. Tenho um grande carinho pela minha Avó. Considero-a uma Mulher fantástica, uma verdadeira força da Natureza.
Porque decidiste criar um blogue? Sentes que mudaste desde então?
Criei o blogue em 2010 antes de partir para os Estados Unidos, mas nunca mais lhe liguei até ao dia em que estava farta de estar na cama devido à gravidez, aborrecida da vida, aborrecida dos blogues cor de rosa onde me vendiam a maternidade como um mundo cor de rosa e eu desconfiava que não devia ser bem assim. Para ocupar as horas, apeteceu-me voltar a escrever, descobri que era uma forma de exorcizar os meus demónios. Falo de tudo e de nada, do que me passa pela cabeça, da minha vida tão imperfeita, do Mundo no seu todo. Divirto-me imenso a "bloggar". Conheci pessoas fantásticas graças a este estaminé. Se mudei desde os primórdios do tasco? Mudei claro: fui Mãe o que só por si é uma mudança brutal, passei por uma DPP, passei por várias montanhas russas a nível profissional e pessoal. Acho que mudamos sempre um pouco todos os dias, aprendemos com os erros. E isso, é uma forma de crescer e assim mudar.
Obrigada Magda!
E agora, passar a 4 blogues para fazer a coisa direitinha:
Magui ;
M.P;
Piiiip, Mamã, Pipppppp!!!
Começou com o KikoNico piqueno branco. Eu gostava do boneco e do conceito da coisa. Desde o primeiro dia e companheiro de entrada no infantário, onde agora dormem a sesta juntos. Depois vieram os primos, um por cada mês feito: o Pako, a Moo, a Mapi, o Leo, a Missi e outros tantos. Curiosamente, o Pippo (diz que representa a fidelidade) é a sua paixão É o Pip. Dormem juntos, com abraços, beijinhos à esquimó, óoo-óooo, mas de manhã, vai borda fora, que é para aprender como se começa o dia. Os dias começam invariavelmente com um Mamãaaaaaaa, Mamãaaaaa, Pip, Piiiip, em desespero ao ver que o seu amiguinho está do outro lado das grades da cama. Indiferente ao facto de ter sido ela a expulsar o pobre do quente da cama, fica em verdadeiros cuidados pelo bicho.
14 dezembro 2012
A Enfermeira e as balas sem sentido que juntam duas estórias...
Tardiamente, sentei-me a pensar no assunto da morte da Enfermeira Jacinta, vítima mortal de uma brincadeira que tinha tudo para ser hilariante, mas que correu mal. Sobretudo, sinto muita pena no rescaldo desta novela. Pena dos animadores de rádio que irão carregar a cruz de terem, muito provavelmente, sido a gota de água que fez o copo transbordar. Pena da Kate e do William por verem este episódio associado à gestação do filho (s?) que esperam, manchando e ensombrando o que deveria ser um momento de paz e felicidade. Pena dos filhos que ficaram sem Mãe, pena do Marido que perdeu a Mulher. Acredito que a prank call foi apenas o acender de um rastilho que por ali andaria. Ninguém põe termo à vida de ânimo leve. Ninguém acorda de manhã e decide que está um rico dia para se morrer só porque sim, porque se foi alvo de chacota devido a uma partida onde não se pesaram as consequências. Só quando a dor de viver se torna maior que a dor de partir se colocam essas opções. E depois, tenho pena que os monstros disfarçados de humanos não tenham a coragem necessária para por termo à sua vida, usando o seu livre arbítrio para por pontos finais na vida dos outros. Pelo menos 26 pessoas partiram num tiroteio sem sentido, sem terem escolhido que o pano podia cair. 26 famílias desfeitas, destroçadas, marcadas pela morte. Tudo porque um covarde achou que poderia resolver os seus problemas descarregando balas nos outros. Em pequenos corpos, inocentes, indefesos. Talvez também ele tivesse um rastilho por ali, que precisasse de ser cuidado. Talvez sofresse de alguma doença mental, que são as piores porque não se "veem", mas doem mais, muito mais que uma fractura exposta. Talvez fosse "apenas" genuinamente mau. Não faz diferença agora. As balas sem sentido acabaram com o sentido da vida a quem não o pediu, a quem não o escolheu. Duas estórias que poderiam ter tido outro fim, fosse usado o livre arbítrio de maneiras diferentes.
Eu juro que não sei a quem ela sai...
A panca mais recente:
Alçar a perna. Fazer força. Apoiar bem as mãos na trave da cama para dar o impulso. Preparar para aterrar, muito provavelmente de cabeça. Mãe entra no quarto. Benze-se e pensa "Olha-me o raio da rapariga!!! Então méqué a nossa vida Maria Francisca, vais dar de fuga da cama?". Receber o olhar de "Olha lá, eu chamei-te lesma. Como não vieste logo, rapidinho, on my demand, a malta tem de fazer pela vida..."
E é isto a minha vida...
Ah, Sexta-feira...
Ele acorda sempre primeiro durante a semana, após desligar o despertador aí umas cinco , seis vezes. Pelo menos já não é the Star Wars score às sete da manhã, mas creio que tem vindo a piorar drasticamente. Não me lembro do que foi hoje. Não é importante. Sai devagarinho da cama, sem fazer barulho, não quer acordar o bicho dormidoiro à bruta, não iria correr bem. Fico mais um bocadinho, aninhada na almofada dele, porque me sabe melhor que abraçar a minha. Volta devagarinho, sem fazer barulho. Quando está pronto, vem à minha beira com um beijo doce, meigo, ternurento. Um beijo muito leve nos meus lábios sonolentos, enquanto me diz "Bom dia Princesa, dormiste bem?". E depois, sai. E são estes pequenos tudos da minha vida a essência que me faz sorrir e acreditar que por muito que o mundo lá fora não seja o que me ilumina os olhos, vale a pena. Esta Sexta-feira e todas as outros, todos os dias, assim, juntos... This is the way it should be...
Bom fim-de-semana!
13 dezembro 2012
Não sabiam? A Oksana explica...
Logo de manhã, enquanto tentava ver os ml de leite que virava para o biberão por entre os restos de sono nos olhos:
Oksana (ler com pronúncia Ucraniana): Está preparada para dia 21?
Eu: Oi? Quê? Por Senhor meu Pai fazer anos? Hã? Esqueci-me de alguma coisa?
Oksana: De 21 a 24 não vai haver luz!
Eu: Então, esqueci-me de pagar ao chenês da EDP?
Oksana: Não. É o fim do mundo, mas só mais ou menos. De 21 a 24 não vai haver luz em sítio nenhum. Assim mete os planetas e o mundo (e coise Oksana, também?)
Eu (a rir-me sem conseguir parar): Oh Oksana, não me acredito nisso.
Oksana: Mas é verdade, tem de ir comprar velas que não vai haver luz.
Eu ( a rir-me quase nas lágrimas): E um camping gás para cozinhar a ceia também?
Não sabiam? Duh para vocês! Mas a Oksana explica que ela é fófinha!
E as festas de Natal? Ufa, que ainda não é desta!
Hoje é dia de festa de Natal na escola de piquena cria (urticária severa). E eu toda contentinha, palminhas, dança Gangnam style. É que como a sala dela ainda é dos piquenos patinhos de fralda de andar desengonçado, ainda não fazem nada nessas coisas de actuações de festas de Natal, com aquelas músicas que me deixam os pelos de ponta. Maneiras que este ano, estou (ainda) dispensada de assistir a coros de meninos que cantam o "Pinheeeeeeirinho, pinheiriiiiiiiinhoooooo, de ramos artificias de plástico" (não é assim, mas faz de conta) enquanto o da fila da frente tira macacos do nariz com afinco. Sim, porque há sempre um, assim reza a história. Maravilhoso. E eu cá já disse a Educador mai' lindo de sua cria (lembrar de lhe agradecer a paciência, paxorra e o bom trabalho que faz, que eu cá noto as diferenças no meu Terror d'Aldeia, filha mai' boa desta Mãe. Obrigada, obrigada, beijinho, beijinho): contem comigo para o que quiserem, menos, jamé, em tempo algum, para fazer de vaca excluída em presépios, de cantora de "All that I want for Xmas is youuuuuuu-u-u-u" em frente a plateias com coreografias in cold turkey (aka, sóbria). Às vezes acho que um dia serei aquela Mãe que nessas festas se encosta a um canto, a sonhar com um Martini e get me out of here. Aliás, agora que penso nisso, eu era aquela criança que só queria que a porra da festa acabasse de uma vez por todas. Mas este ano, ainda (yay) não sofrerei esses apoquentamentos.... Princesa sem Reino 1- Natales 0! Sacode!
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