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16 dezembro 2013

Abóboras que não viram carruagens e vai tudo à minha frente.

Se eu fosse uma pessoa prendada, não andava até hoje a ruminar a vaca da abóbora. Chamo-lhe vaca porque sou uma menina bem comportada e não me apetece a estas horas da manhã abrir a boca às tourettes. Pensando melhor, eu adoro vacas por isso chamar vaca à abóbora não combina. O importante a reter (não retenham, não vale a pena), é que eu sou um desastre na porra da cozinha. Maneiras que vos vou contar, após dias a digerir o último(s) desastre(s) na cozinha, o que sucedeu com a porra da abóbora. Sim, acho que já estou preparada para o fazer. (respira fundo) 
Aqui vai: 
1) havia abóbora congelada; 
2) havia muita abóbora congelada e estava a apoquentar-me; 
3) está a chegar a cena coise de Natal; 
4) por causa de 3, o ano passado fiz uns biscoitos terríveis; 
5) juntando 2, 3 e 4, achei que este ano eu estava uma super chef, depois de ver tanto master chef (a devorar gomas e meias de leite), que decidi fazer "compota de abóbora com nozes" para ofertar (atentai na palavra, ofertar é muito bom); 
6) fui comprar uns potes de vidro todos giros para enfiar o que resultaria de 5; 
7) o facto de ser na Bimby Maria que iria proceder à elaboração da coisa, indicava que 5 iria correr bem; 
8) porém, todavia, contudo, por causa de 1 e 2 a coisa saiu uma valente merda. Supostamente não se pode fazer compotas com cenas congeladas. No livro da Bimby Maria não dizia e eu não adivinho, está bem? Eu é que sabia que não podia ser congelada a porcaria da abóbora, pfff… Saiu uma cena meia pega monstros líquida com as nozes que me custaram 5 euros lá no meio. Os frascos que enchi na esperança de que a coisa solidificasse um poucochinho foram na vassoura as well;  
9) derivado de 8, mandei tudo para o lixo, enervadíssima da vida e a pensar que a porcaria da abóbora não me ia levar a melhor; 
10) derivado de 9, fui furiosamente comprar mais abóbora, desta vez fresca, e mais as tais nozes que me custaram 5 euros. Ainda tinha frascos póneis; 
11) voltei a acreditar no pressuposto nº7 e fui-me à receita cheia de fé; 
12) saiu tudo uma valente bosta, again, assim um pega monstros viscoso liquidíficado e as nozes, ai as nozes que me custaram 5 euros, lá pelo meio; 
13) Repeti 9, mas desta vez rendi-me à minha inaptidão culinária, fazendo questão de atirar com força os frascos para o saco do lixo, para que percebessem a frustração que a coisa  me causou. Óh que dor, eu não ter aptidões sopeiras (not).
Resumindo: arranjei mais uma maneira de me enervar com o Natal. Não sei fazer compotas, quero que as compotas vão para o raio que as parta. Acho que este ano vou dizer que a tradição ainda é o que era e ofertar (atentai de novo, que erudita sou, ofertar!) : um pack de 3 meias de desporto (daquelas com a raquete, estais a ver quais são?) para os senhores, uma saca de pout pourri a cheirar a remédio dos ratos para as senhoras. Ah, não é a época mais maravilhosa do ano? Hein?

13 dezembro 2013

"Tens qualquer coisa partida dentro de ti"...

Há uns dias atrás, alguém trauteava uma música de Natal no estaminé. Perguntei, sorrindo, se estavam com vontade de morrer, assim, sei lá, à laia de me dar um ataque psicótico com os "queristemas-cároles" com que sou bombardeada nas poucas lojas onde entro, que só são poucas porque neste Terra do Inferno não há muitos e de onde saio depressinha, saía de qualquer das formas porque são horrorosas, mas com "queristemas-cároles" ainda sou mais lestinha das pernas. Maneiras que já me perdi. Bem, o que eu queria dizer era que há uns dias, após a minha saída Grinch, alguém me disse "tens qualquer coisa partida aí dentro, temos de te reabilitar". Não sei se foram estas as palavras ao certo, mas foram muito próximas disto. "Tens qualquer coisa partida dentro de ti". Quando a Francisca nasceu, disseram-me que eu ia voltar a gostar do Natal, que a (suposta) magia iria regressar. Tinha ainda a Francisca meses, eu recuperava de uma depressão pós-parto e decidi esforçar-me nesse ano. Fiz uma Árvore de Natal, daquelas até ao tecto, decorada a meu gosto, simples. Mas não senti magia nenhuma, não senti o que quer que fosse. Senti que tinha tido imenso trabalho a montar aquilo e que por mim ia directa como estava para a arrecadação quando chegasse o dia de Reis. Não senti o que me haviam prometido que haveria de voltar a sentir. No ano seguinte, ou seja, no ano passado, recusei-me a fazer Árvore de Natal, porque pura e simplesmente não o passo neste lado do País. Convenci-me de que a Francisca já tinha coisas natalícias q.b. na Escola e que teria em casa dos Avós a tal Árvore de Natal. Nesse mesmo ano, no ano passado, voltei a não sentir o que me haviam prometido regressar quando fosse Mãe. Não senti nenhuma magia. Não senti nenhum espírito mais aberto, mais sensível ou o que quer que fosse. O quente que senti foi dos copos de vinho que fui bebendo. Não senti que a alegria da minha Filha ao ver os presentes na mesa e as prendas embrulhadas de forma a serem mais apetecíveis, fosse diferente da que expressa quando lhe dou uma goma ou a levo a comer doces. Senti que estava alegre e feliz , tudo bem, mas a Francisca é alegre e feliz (quase) todos os dias, especialmente no mimo dos Avós. Este ano voltei a não fazer Árvore de Natal. Vou mudar de casa e para quem se choca comigo e com a minha inaptidão natalícia, uso esse motivo como desculpa para não me moerem o juízo, porque sinto que não sou obrigada a gostar do Natal e muito menos a ter de me justificar. Ninguém é obrigado a gostar do que quer que seja. Respeito imenso o lado religioso da época, apesar de me ter desligado um pouco ao longo dos anos. Mas não gosto do Natal. "Tens qualquer coisa partida dentro de ti". Talvez. Talvez algo se tenha mesmo partido dentro de mim há muitos anos atrás e nunca mais volte a sarar. E quando a Francisca crescer e começar a perguntar porque é que não tem Árvore de Natal em casa como os outros Meninos? O que irei responder? Como lhe vou explicar que a Mãe não gosta do Natal? Como irei explicar a uma criança que talvez a Mãe tenha mesmo algo partido dentro dela e que nenhum beijinho mágico cura dói-dóis sabe tratar? Não sei. Este ano não há Árvore e ainda não existem as perguntas incómodas. "Tens qualquer coisa partida dentro de ti". Talvez...

11 dezembro 2013

Das "heranças" de outros Natais e chutos em calhaus...

Vinha eu no alto do meu salto (sim, tenho dores, mas já que as tenho de ter, prefiro tê-las de salto alto que de sabrina rasa), quando mandei um valente chuto num calhau do passeio. Apeteceu-me praguejar em voz alta mas, por estas bandas, as "virgulas" do Porto são motivo de boca aberta, por isso, esquece lá o praguejanço. Sem mais nem porquê, lembrei-me daquele filme que passa, ou passava, sei lá, não importa ao caso, todo o santo ano na televisão. Eu me confesso (açoitem-me) que o via e que cheguei a ter uma valente panca com o Capitão von Trapp, até descobrir que o senhor tinha idade para ser meu Avô (btw, o Christopher Plummer continua um senhor muito charmoso). Vá, não me lembrei do filme em si, lembrei-me de uma música (sim, açoitem-me com vontadinha, que eu vi tantas vezes o filme quando era miúda que anda hoje sei as letras de cor). Lembrei-me da my favourite things, numa versão da Jewel, de um álbum muito giro chamado "Once upon a lullaby", sendo que outras constantes do mesmo são lullabies d(n)a minha vida...
Raindrops on roses and whiskers on kittens
Bright copper kettles and warm woolen mittens
Brown paper packages tied up with strings
These are a few of my favorite things
Cream colored ponies and crisp apple streudels
Doorbells and sleigh bells and schnitzel with noodles
Wild geese that fly with the moon on their wings
These are a few of my favorite things
Girls in white dresses with blue satin sashes
Snowflakes that stay on my nose and eyelashes
Silver white winters that melt into springs
These are a few of my favorite things
When the dog bites
When the bee stings
When I'm feeling sad
I simply remember my favorite things
And then I don't feel so bad
E depois de me lembrar da música, pensei nas minhas coisas favoritas: o cheiro da minha Filha, o sorriso e o riso da minha Filha, as mãos pequeninas da minha Filha, a maneira chantagista como me chama de "Mamã, Mamã", gomas, lareiras crepitantes, vinho tinto, sangria, sapatos de salto alto novos em folha, o cheiro da terra molhada, o cheiro do meu perfume de sempre, o som da chuva a cair na janela, a Mofli... these are a few of my favourite things. E depois, já nem me apeteceu praguejar. Coisas idiotas de que me lembro mas que fazem dos meus dias dias meus.   
P.S- entretanto, cresci e descobri que eu de Maria tinha muito pouco, para não dizer, zero. Olha eu no meio do monte a cantar e com uma ranchada de filhos. Definitivamente, nada de Maria. Quando muito, dava mais numa de Baronesa...

05 dezembro 2013

Não, não gosto... Mas...

... a publicidade deste ano da Optimus respectiva à época de "coise" faz-me relembrar o que era o Natal quando eu ainda gostava dele. Há muito, muito, muito tempo atrás, em terras bem longíquas daquelas onde hoje me encontro (à laia de a long, long, time ago, in a galaxy far far away...). Faz-me lembrar o pão no forno feito pelas mãos da minha Avó, da noite gelada, da fogueira no centro da Aldeia e do céu, o céu estrelado que quando assim calhava de estar, era tão bonito, tão calmo, tão em paz. Porque sim, em tempos eu tive um Natal em que se ia à fogueira, não havia gajos de barbas a descerem por chaminés alheias, nem bolachas para a engorda (tanto que o Senhor meu Pai dizia para esquecer as bolachas e se eu queria mesmo deixar o que quer que fosse, antes uns copinhos de Tinto). Sim, em tempos houve o que eu, na minha modesta opinião, acho que deveria ser o Natal. Não o que aconteceu depois. Não o que é agora. E esta publicidade, leva-me de volta ao tempo da Menina dos cachos e cabelo pelas costas. Simples. Bonita. Pacífica. 

04 dezembro 2013

Caro gajo das barbas:

Eu cá não sei se tu és ou não dado a vingançazinhas pessoais, mas quer-me cheirar que sim. Não, não fui nem sou uma Menina boa, essas vão para o céu e eu gosto de andar a dar água sem caneco. Tenho uma wish list de coisas variadas que eu sei há anos e anos que não vais ser tu a botar no meu belo sapatinho de salto alto, mas sim o cartãozinho de plástico mágico. A Francisca não sabe, mas sei eu. Está descansado, que até ela crescer eu não lhe conto toda a verdade, deixa-a de fora do teu esquema, estás a ouvir? Estás a ouvir, gajo da barba branquinha? Agora lembrei-me: deves ficar com as barbas um nojo quando comes as bolachas e o leite que as criancinhas deixam cheias de felicidade. 'Ca nojo, só de pensar em leite azedo na barba, blach blach blach. Também podias comer menos bolachas, come granola ou assim, já tens uma pança de meter medo ao susto. Ah, e os teus óculos estão démodé, passa para lentes ou usa uma coisa mais feshione. E já agora, que raio de cinto é esse que usas, hein?!? É para quê, mesmo? Mas eu tenho em crer que és gajo de vingançazinhas, tenho tenho. É que até ver, desde que começou a dita most wonderful time of the year (shoot me), fui presenteado com o seguinte: parti o rabo, roubaram-me uma escova do limpa pára-brisas do carro e até que foram fófinhos, deixaram a que limpa a do lugar do morto, dá um jeito desgraçado; fiz alergia à cera da depilação (eu gosto pouco de ser macaca) e fiquei com as pernas em modo de sou-um-bicho-fujam. Agora, estou quase afónica e tu, só porque eu detesto o Natal, castigaste-me e puseste-me com o nariz versão Rudolfo. Deve ser porque de cada vez que a Francisca se põe com "o Pai Natal lai lai lai" eu tenho de me morder para não dizer coisas como "o Pai Natal cheira mal lai lai lai." A ver se a gente se entende: mim ser prima do Grinch, a Grincha que guincha. Se tens problemas com isso, põe na beirinha do prato. Ou escreve e processa-me, por não ter feito nem ir fazer Árvore de coiso em minha casa. É que sabes, não passo lá o dito e eu tenho mais que fazer do que controlar dois gatos, uma cadela e uma criança em ataques furiosos à dita. Aceita que eu não gosto do que o Natal se transformou em mim e segue em frente. Agora presentear-me com uma atrás da outra não está com nada pá!  Por isso, na remota hipótese de esperares que eu te mande uma lista de coisinhas que gostava de ter, da mesma apenas constaria isto: já chega de maleitas! Não há cú que aguente. E o meu já está partido!

11 novembro 2013

O Grinch chegou em Novembro.

Armei-me em pamonha e abri o Facebook (mas quando é que eu ganho coragem e acabo de vez com aquela porcaria que só serve para me vasculharem a vida?). Descobri umas quantas aves raras que hoje, aos 11 de No-vem-bro, Novembro!, já colapsaram na loucura do Natal e fazer a árvore e as luzes, ai as luzes nas ruas, vamos toooodos ver os enfeites nas ruas, ai espera ainda não ligaram as luzes, vamos todos para a Baixa ver como vai ficar lindo quando acenderem, também é giro ver assim apagado, obriga a puxar pela imaginação e depois lá voltaremos, quando ligarem o interruptor das ditas, a levar com frio no toutiço, que coisa tão linda, as luzes (shoot me). Fechei o Facebook (acho que estou cada vez mais perto de fechar a conta daquela merda, tanto que pelo meu perfil parece que morri e me esqueci de avisar, que sim pessoa decente no facebook até isso deve postar). Vou continuar a não fazer porra de árvore de Natal nenhuma em minha casa, que nem lá passo o dito. O facto de na Lalaland se apregoar que estão a fazer uma prenda "liiiiiindaaaa" e "enooooorme" para a minha cria faz-me temer pelo que aí vem. Mais pelo meu fígado do que pelas "tourettes" que se me irão acometer em surdina enquanto mordo a língua e me escondo na garagem com uma garrafa surrupiada ao meu Pai. Hoje são 11 de Novembro e eu já vomito o Natal. Ena, por uma vez na vida estou antecipada. Nem que seja a entrar no Grinch mode e p'lo amor da Santa pá estamos em Novembro, atirem-se aos cães!  E levem a Popota e a Leopoldina e o raio que as parta, sim? Agradecida. 

24 dezembro 2012

É só para dizer...

... que nós também desejamos um Natal muito feliz a todos que por cá passam e que lêem, esporádica ou frequentemente, este estaminé. 
Com um grande beijinho,     
Princesa sem Reino 

22 dezembro 2012

Princesa sem Reino, já comprasteis as prendas de Natales?

Ainda não (tirando a maravilhosa para a minha cria mai' linda, a mais importante ómessa, que já aqui contei!)!!! Estava a ver se o mundo acabava e levava os trocos para a tumba, mas a coisa não se deu, chatice, pá, cha-ti-ce pegada. 
Maneiras que a combinar com a época festiva na Tribo dos Meninos Perdidos, vou (vamos,  que Mêhóme não se escapa. Sofremos juntos que isto é uma bela democracia onde comem todos)  hoje enfiar-me num shopping. Em minha defesa posso alegar que também não havia dessas modernices no Burgo onde me desterrei, só loja chênes ou loja "isto não é para tesos menina". Meter-me num centro comercial a estes dias da Coisa N, é a minha fustigação pessoal. E claro, a desculpa perfeita para de seguida ir encher a barriga de Sushi com Mêhóme, ai que estou traumatizada, acorre-me à sanidade, salva-a com sushi e sangria, afastem-me da luz. Pronto é isto. Episódios do meu Natal rocambolesco. A tradição é para se respeitar, certo?

19 dezembro 2012

(...) que vivia num lindo Carrossel...

Estava em busca da prenda perfeita. Sem ideias. Tanto boneco, tanto macaco, tanta coisa, tanto barulho, tanta coisa a magoar-me os olhos. Até que fui ao estaminé da Maria de Lurdes para ler as suas Maravilhas de que tanto gosto e... encontrei. Ali estava ele. O presente perfeito para a minha menina. Tão simples, tão harmonioso, tão como queria para a infância dela. A cor foi mesmo o maior problema. O Pai queria Algodão Doce, a Mãe queria Menta e a frescura que lhe veio à memória com a evocação do nome. A Mãe ganhou. 
E agora, no sapatinho da minha piquena cavaleira, estará um cavalinho doce, vindo deste Carrosselo qual desejo que seja um enorme sucesso. A galope... sem parar! 

18 dezembro 2012

Pensamentos bonitos que me ocorrem...

... a x-y dias do Natal, o qual descobrirei quando calha quando a Tribo quiser ir às comrpras, porque não há Bacalhau/Polvo e óhhhh Linhooooo traz polvo e bacalhau e pão para um Regimento da Infataria meets Pelotão de Fuzilamento. Mas o Linho não pode ir porque não sabe da chave do carro, óooooh GuimGuim, onde meteste a chave do Linho, GuuiiiiiimGuuuuuuuuuiiiiiiiim, já.  Depois o carro não terá gasolina o que se traduz que nas minhas mãos dava para ir e vir aí umas 4 vezes até a coisa se arrastar a vapores, vidas e coise. Depois chegam os meus sogros hohoho super gaiteiros com o Natal e a minha sogra canta e eu percebo porque me casei com um subdotado musical, caso de estudo, verdade.  E no meio disto, já não sei da minha filha na Tribo, agora é minha, deslarga, anda cá, dá miminho, vem passear com a Avó, não com o Vovô, não é a minha vez e eu já me agarrei à bebida, mas coisa de classe, nada de coisas canastronas. Isto. É isto o que me ocorre. Podem até pegar fogo na barraca, que eu estou nem aí. Verdadinha, ora mordam aqui a ver se eu deixo. Uns vão ao Circo, o Circo vem a mim. Uma questão de nível. Pelo menos este ano, estou adiantada em relação ao Natal. Já me comecei a queixar antes de dia 20! 

13 dezembro 2012

E as festas de Natal? Ufa, que ainda não é desta!

Hoje é dia de festa de Natal na escola de piquena cria (urticária severa). E eu toda contentinha, palminhas, dança Gangnam style. É que como a sala dela ainda é dos piquenos patinhos de fralda de andar desengonçado, ainda não fazem nada nessas coisas de actuações de festas de Natal, com aquelas músicas que me deixam os pelos de ponta. Maneiras que este ano, estou (ainda) dispensada de assistir a coros de meninos que cantam o "Pinheeeeeeirinho, pinheiriiiiiiiinhoooooo, de ramos artificias de plástico" (não é assim, mas faz de conta) enquanto o da fila da frente tira macacos do nariz com afinco. Sim, porque há sempre um, assim reza a história. Maravilhoso. E eu cá já disse a Educador mai' lindo de sua cria (lembrar de lhe agradecer a paciência, paxorra e o bom trabalho que faz, que eu cá noto as diferenças no meu Terror d'Aldeia, filha mai' boa desta Mãe. Obrigada, obrigada, beijinho, beijinho): contem comigo para o que quiserem, menos, jamé, em tempo algum, para fazer de vaca excluída em presépios, de cantora de "All that I want for Xmas is youuuuuuu-u-u-u" em frente a plateias com coreografias in cold turkey (aka, sóbria). Às vezes acho que um dia serei aquela Mãe que nessas festas se encosta a um canto, a sonhar com um Martini e get me out of here. Aliás, agora que penso nisso, eu era aquela criança que só queria que a porra da festa acabasse de uma vez por todas. Mas este ano, ainda (yay) não sofrerei esses apoquentamentos.... Princesa sem Reino 1- Natales 0! Sacode!

11 dezembro 2012

E já que é tempo de Natais...

Gente boa: 
NÃO ofereçam cães, gatinhos, cachorros ou gatos porque a criancinha quer e é pequenino e tudo o que é piqueno mete graça. Pensem bem. Um animal que se acolhe em casa é uma responsabilidade, a qual merece ser acarinhada e cuidada com todo o respeito.  Os meus, são família e mais que muita da que partilha carga genética. Se o escolhem adoptar no seio da vossa família, não é para chegar a Agosto e "ai que não dá jeito que vou de férias" e tau, rua com eles. Pessoas que abandonam animais deviam ser presas. Ou abandonadas numa estrada à laia de unshit yourself, foste muito giro e coiso mas afinal diz que não. Pensem nisto, sim? 
Agradecida!

06 dezembro 2012

As crianças dos outros e a minha...

Não sei se é da altura do ano, mas todos os dias passo os olhos no Facefronhas e encontro mais um apelo de quem precisa de ajuda. De Mães, de Pais, de Avós, que pedem desde a um milagre a um aconchego de barriga. Há dias em que esses apelos me parecem como que agulhas, como que cair em águas gélidas. Magoam-me, perturbam-me, entristecem-me, reviram-me toda por dentro e deixam-me com um nó na garganta e à beira das lágrimas. 
A minha criança nunca esteve verdadeiramente doente até ao momento em que deito esta dor de alma fora. Claro que já teve as suas coisas, como qualquer outro petiz. Mas nada de grave, nada que não fosse passível de resolução com maravilhas farmacêuticas, muito colo, muito mimo, muita ternura. Nunca dei por mim a pensar que não teria possibilidade de trocar o leite xpto pelo leite assim ou pelo leite assado, se teria fraldas até ao fim do mês, se lhe poderia por pão na boca e leite na barriguinha. Se teria um agasalho mais quente para um dia mais frio, e tantos outros ses que vêm com o peso de trazer uma vida ao Mundo. Por isso, as estórias de crianças gravemente doentes ou com necessidades básicas que não se consegue suprimir, atiram-me, sem dó nem piedade, para aqueles momentos em que ponho a mão na consciência, ajoelho-me de fraqueza e pequenez e agradeço. Agradeço por tudo o que até hoje nunca faltou, desde saúde a bens essenciais. 
E depois, penso que se calhar o Natal que tanto me aborrece, até terá alguma utilidade na sociedade, despertar consciências talvez seja uma delas. Mas lembro-me que o Natal é só uma vez por ano (ufa) e que estas crianças precisam de muito e que não apenas a "caridadezinha" do espírito da época, para quem o tem. E mais uma vez, entristece-me que só se lembrem das "crianças dos outros" porque, afinal de contas,  é tempo de Natal... 

E é isto minha gente, que diz que é Natal...

Os Pais fófinhos escolhem as melhores fotos das suas crias, nos seus melhores autefites de aprumo e bom comportamento, para impingir aos Avós na quadra de coiso. Os Pais extraviados percorrem as fotos t o d a s à procura das melhores caretas, cara de gozo, cara de safada, cara de rufia, para compilar e embrulhar com lacinho. E é isto... 

22 novembro 2012

Mas os blogues das "outras" são, o arquétipo da perfeição...

Este estaminé é meu, "sou eu". Diz quem associa o nome à cara. Poucos, que é o que se quer. 
E eu? Bem, eu acordo despenteada, praguejo de manhã, penso muitas vezes no que ando a fazer da vida e nunca chego a uma conclusão, não faço listas de nada e esqueço-me de tudo, como da chave do carro na ignição, das chaves dentro de casa, do nome daquele que passou. Eu acho um desperdício gastar um ordenado em roupa de crianças que se remelam no chão, que brincam e se sujam e fazem jabardice à hora da refeição porque são crianças porra, são crianças. E eu? Bem, eu tenho dias que não me suporto, dias que não suporto o mundo, dias que o quero abraçar de uma só vez e beijá-lo amargamente, perdida em doçuras proibidas. E eu? Bem, eu fico feliz quando vejo que ainda há sopa para a piquena, que saí de casa sem uma malha nas meias, que ainda há restos para o jantar da noite. E eu? Bem, eu apetece-me fustigar-me numa esquina quando a piquena passa a noite a choramingar e eu tenho de atravessar o corredor no frio da madrugada e acalmá-la sem dar meia dúzia de gritos, que não se me dá para os delicodoces nesses cenários. Ela não é perfeita e eu gosto dela assim. Eu não faço bolos, mas como com verdadeiro agrado os que me dão. Eu não gosto do Natal, não gosto de enfeites de Natal, não gosto de músicas de Natal, não gosto de doces de Natal, não gosto de Árvores de Natal e pondero este ano nem fazer semelhante, que não me apetece ver dois gatos, uma micro canina e criancinha a treparem por ela acima e a comer as luzes que seriam do chenês. 
E eu? Bem, eu sou assim. Aqui não há espaço para a perfeição. Há espaço, muito espaço, para viver... 

08 novembro 2012

Um dia, asso-te bicho!

Estou para aqui derreadinha da cabeça. Em choque. É a treva.  
A música da (put)Popota na estereofonia quase que me fazia galgar a rotunda das oliveiras do burgo (porra, já agora, quem é que planta oliveiras no meio de uma rotunda? Hein?)  
Eu nem sabia que essas coisas agora botavam sinfonia também no carro. Imaginem que vinha eu a por o rímel matinal? Lá ia o coiso olho adentro, ficava vesga e tudo à costa da (put)Popota. Ou que vinha a tomar o meu pequeno almoço super saudável, composto de café&café? Hein? Quem pagava a conta da lavandaria (estou armada em fina) do meu autefite?
Por acaso, a (put)Popota faz-me lembrar a gorda que quer canja, já que tudo se arranja. A bicha rosa dava um bom churrasco.Com um bom vinho tinto, escorregava que nem gingas.  Não cabe no forno lá de saca, mas é como a canja, tudo se arranja. 
Xô bicho, xô!

01 novembro 2012

Tragam o spray!

Arre, a galdéria da Popota já me anda a infestar as manhãs de novo. Sai bicho, sai. Xô. 
Credo! 

10 janeiro 2012

Da Árvore de Natal da Tribo... Status update III...

Parece um post fora de época mas asseguro-vos que não é!  
A Árvore de Natal escoliótica da Tribo dos Meninos Perdidos, feita em vésperas de Natal ainda se encontra (e encontrará) a decorar a salaAssim manda tradição
Eu aposto que se mantém até ao Carnaval. Ou até a minha querida Dona Fátima se fartar de limpar o pó à bicha e a empalear para a garagem. Uma vez aí, deve permanecer montada até Junho, dia de São João é a minha estimativa. 
Manda a tradição que a porcaria da Árvore seja feita em cima do 24 de Dezembro mas que depois de montada e decorada, se mantenha ad eternum... 
A tradição ainda é (infelizmente) o que era na Tribo! 

26 dezembro 2011

Das músicas que me aquecem o coração XXIV... e da verdadeira prenda para ti, Francisca...

O dia de Natal chegou ao fim... (yes!!!)
Foi o primeiro Natal da minha Texuguinha. Não posso dizer que, este ano, por ter sido Mãe, o tenha vivido de maneira muito diferente de anos anteriores. Estaria a mentir  (e isso é coisa feia!!!). Para mim, todos os dias são uma nova aventura com a piquena. Não foi por ser 24 e 25 de Dezembro (tirando os outfits,  que estavam de acordo com a ocasião) que fez com que eu sentisse algo de extraordinário ou o espírito Natalício me tenha "possuído".
Não foi sempre assim. Nem sempre fui a prima do Grinch. Mas os anos e as peripécias da vida foram-me roubando a magia que deveria envolver esta época. Talvez para o ano, quando a Francisca já tiver capacidade para perceber melhor o que a rodeia e a luz e as cores desta época a fascinarem por completo, o verdadeiro espírito Natalício volte a morar neste meu coração. E quando ela for maiorzinha, sonho levar a piquena à Missa do Galo, uma tradição que se perdeu com os anos... Para que ela possa saborear (para mim, respeito muito quem discorde) o verdadeiro Natal. Aquele que não é feito de Popotas e onde reina o consumismo cego e desmedido. 
E por falar em sonhos, enquanto velo o sono tranquilo da minha Filha, um sono doce, feliz, penso que a maior prenda que gostaria de lhe oferecer seria o poder, a capacidade de nunca deixar de sonhar. Porque "o sonho comanda a vida"... Sei que este pequeno grande Tesouro, para o qual me delicio a olhar no seu berço, será capaz de me ensinar a sonhar de novo. A sonhar que tudo é possível... Essa sim, seria a prenda que eu queria dar à minha Filha. Todos os dias, "trabalho" para conseguir oferecer tal... 
Sonha Francisca, sonha minha pequenina, sempre... 
E baixinho, muito baixinho, escutamos as duas esta música, que eu tanto gosto...
 Eles não sabem que o sonho
É uma constante da vida
Tão concreta e definida
Como outra coisa qualquer
(...)
Eles não sabem que sonho
É vinho, é espuma, é fermento
Bichinho alacre e sedento
De focinho pontiagudo
Em perpétuo movimento
(...)
Eles não sabem nem sonham
Que o sonho comanda a vida
E que sempre que o homem sonha
O mundo pula e avança
Como bola colorida
Entre as mãos duma criança