- E então, olha ali Mánhe, óooooolha Mánhe, o "Rei Jesus" a dar abraços às pessoas e sem bater palmas!
28 fevereiro 2015
27 fevereiro 2015
Bicho de mim.
(continuo a não gostar de pessoas no geral. gosto muito de algumas em particular. mas continuo avessa à ideia de que somos todos bonzinhos. acredito que a natureza humana é intrinsecamente má. não gosto de pessoas. seria péssima a lidar todo o santo dia com muitas e diferentes pessoas. tenho o condão de me rir das coisas mais estranhas nas alturas menos oportunas. diz que isso afasta as pessoas, pelo menos as fófinhas delicodoces que não conhecem a expressão "humor negro". não gosto muito de pessoas mas quando gosto, gosto. gosto muito das minhas pessoas, aquelas que me tornam um bocadinho menos bicho do mato. um bocadinho vá, não vamos ser loucos, está bem?)
26 fevereiro 2015
A culpa e os macacos.
Ide aqui à tabanca da Modern Ana ou aqui e não passeis apenas os olhinhos minha gente, é ler com atenção! Da próxima vez que a 'mhá rica Filha me ignore no "pára de tirar macacos do nariz, Francisca!" ou em público (e pior), com imeeeeenso orgulho me informar (e a vós que estão ao redor, para meu embaraço total) em tom de voz bem alto:
-"Mánhe, tirei uma macaco gigante do nariz e fiz um cócó enorme, assim até ao céu!!!"(de braços esticados e ar orgulhoso dos seus feitos), vou-me lembrar que a culpa não é minha. Não, a culpa não é minha. Ouviram? Leram bem? Vá, pelo menos daqueles 10 itens a culpa é qualquer coisa que não me assiste.
(por cá, a nº7 bate recordes)
Rorschach da sua Mãe, meu bicho bom!
Nos últimos dias, Francisca tem feito uma espécie de desenhos na Escola que traz para casa, amarfanhados na mochila, mas de onde os retira com orgulho imenso, estendendo-os na minha direcção com as suas mãos ainda pequenas mas que desde sempre carregam tesouros tão maiores do que ela alguma vez saberá. Francisca olha-me de olhos brilhantes e diz-me de sorriso rasgado:
- São para ti Mánhe, fiz para ti! Olha: aqui estás tu, a minha cadélinha Mofli e eu, vês?
Pois que... não. Lamento, mas não. Vejo muitos riscos, muitas cores e é isso, assim numa primeira análise a frio. Francisca tem tanto jeito para desenhar como eu, a sua Mãezinha, trôpega de morte nas artes manuais. Mas a maternidade trouxe-me novos olhos, mais serenos, mais atentos, mais sedentos. E com esses olhos, eu, derretidinha de coração tolo de Mãe, digo que estão lindos. Apesar de parecerem ao meu lado racional uns borrões dignos de Rorscharch (e o que vês aqui? belos pastos verdes? então pastai que vos faz bem!) não são os sarrabiscos que me deixam tão de peito cheio... é o acto de mos querer dar, da sua felicidade ao apontar para mais uns riscos toscos e dizer "Mánhe, aqui estou de mão dada contigo, vês?". Não vejo (nem com muita imaginação), mas sinto em mim. E assim, os sarrabiscos tomam a forma que o meu coração quer. E que Francisca me dá.
25 fevereiro 2015
Olha, deu-me, sim?
Estou farta de gente new age. De malta do "bem" olha-a-fonte-de-água-do-Buda-Zen-paz-e-amor-todos-em-comunhão. Estou tãaoooo fartinha de gente que acorda e não faz chichi(ou mija, como se diz em bom portuense) mas que lhe saem arco-íris felizes e que defeca (caga) borboletas todos os dias. Estou tãaoooooooo fartinha, mas tão fartinha que nem vos passa minha gente! Estrelinha que vos guie masé, 'dass.
24 fevereiro 2015
Sometimes I get lost inside my mind...
Se tivesse um super poder, gostava de ser invisível. De me tornar invisível. Não gostava de ter mais força, de voar, de ler mentes. Gostava, apenas, de ser invisível. Esfumar-me no ar para parte incerta ou apenas permanecer em movimento, tudo sob o manto da invisivildade. Teria, claro, um calcanhar de Aquiles, como todos os super heróis têm a sua kriptonite, a sua antítese, o seu ponto fraco. Poderia ser a impossibilidade de me tornar em nada, em vazio, para os olhos dos que são de mim. Gostava de ser invisível, pudesse escolher eu um super poder. Especialmente, porque em certos momentos, gostaria de ser invisível a mim mesma, aos meus olhos. Esfumar-me. Ir com o vento. E "se perguntarem por mim? Digam que voei". *
* um livro da minha infância.
22 fevereiro 2015
21 fevereiro 2015
Eu sofro dos nervos.
Erros ortográficos mexem-me com a psique. Quem escreve constantemente com erros ortográficos, assim em jeitos de cada sachada sua minhoca, devia ser taxado a 23%, no mínimo. E a falta de acentos? Escrever sem acentos e com erros ortográficos creio ser uma arte em expansão, assim uma espécie de Saramagos da era digital. Escrever com "escrita inteligente" tem dessas merdas, toda uma chatice, mas pasmem-se: (suspense) há uma opção que permite editar e por analgésico no pontapé permanente à gramática. Não dói, prometo! Também não custa nada, não tira pedaço e não revira os olhos. Já agora, existem diferenças entre o "à", o "há" e o "ah"! Em caso de dúvida, é só perguntar ao Google, sim?De nada.
17 fevereiro 2015
Slow down.
slow down mummy, there is no need to rush,
slow down mummy, what is all the fuss?
slow down mummy, make yourself a cup of tea.
slow down mummy, come spend some time with me.
slow down mummy, let's pull boots on for a walk,
let's kick at piles of leaves, and smile and laugh and talk.
slow down mummy, you look ever so tired,
come sit and snuggle under the duvet, and rest with me a while.
slow down mummy, those dirty dishes can wait,
slow down mummy, let's have some fun - bake a cake!
slow down mummy, I know you work a lot,
but sometimes mummy, it's nice when you just stop.
sit with us a minute,
and listen to our day,
spend a cherished moment,
because our childhood won't stay!
R. Knigh
(para me lembrar, de cada vez que a Francisca me diz com as mãos cheias de Legos "Mánhe, estás sempre, sempre, sempre ocupada"... : Slow down. Pausa. Parar.)
13 fevereiro 2015
Sometimes I get lost inside my mind ...
Não tenho tido tempo para escrever. Não tenho tido vontade de escrever, talvez seja mais correcto e verdadeiro. Não que tenha perdido o gosto por escrever e por esta minha tabanca. Longe disso, gosto deste blog, gosto do que representa para mim e do prazer que me dá, a mim. Mas faltam-me as palavras. Sobram-me pensamentos. Falta-me conseguir traduzir em palavras o que sinto por vezes. Sobra-me a vontade imensa de me guardar. De me fechar em mim, por vezes, de me proteger do invisível, do que não quero ver nem ouvir e de mais nem sei eu bem o quê. Faltam-me as palavras para conseguir explicar o que sinto de cada vez que olho para os pés da Francisca, antes tão pequeninos e frágeis e que agora já não me cabem nas mãos quando brincamos às chulecas fedorentas. E que saltam e correm e rodopiam sem parar Mánhe, rodopiar sem parar. Falta-me conseguir expressar numa palavra ou de forma simples o que perceber que a Francisca cresce todos os dias mais e que dou por mim a olhá-la e a não acreditar como foi possível fazer uma criancinha perfeitinha e que me faz rir com a sua lábia, me provoca de forma visceral, animal, instintiva. Falta-me encontrar a motivação, a que me fazia dormir pouco e estar sempre em bem, a que perdi algures não sei onde, para voltar ao modo vai tudo à minha frente e dar o melhor de mim profissionalmente, sem ses, sem pensar no quão a sociedade se está a marimbar para o que faço (eu e tantos mais, tantos que já foram...) , porque não vende, não rende, não dá pano para mangas. Falta-me conseguir relativizar uma série de coisas, falta-me enfiar outras tantas no cesto do "encolhe-os-ombros" e muitas mais no caixote do "que-se-foda". Falta-me fechar definitivamente feridas antigas e aceitar as feridas novas, viver com elas e fechá-las, de uma vez por todas. Falta-me conseguir fazer com que novas não se abram. Falta-me paciência para a debilidade do meu corpo e para as caixas de medicamentos que se acumulam nas prateleiras juntamente com as facturas atiradas para uma gaveta.
Sobram-me as saudades de Casa, dos meus Pais, dos Amigos, do meu Douro e do meu doce nevoeiro. Sobram-me as ruas vazias desta cidade onde estou, mas onde não pertenço. Sobra-me o sotaque deslocado mas que pronuncio com orgulho.
(por estes dias e até me passar a neura, encontrem-nos mais @Instagram. )
11 fevereiro 2015
Atirem-se aos cães, sim?
Por cada mulher com as hormonas e afins aos saltos pela estreia das 50 sombras de Grey, de bilhete pré-comprado na mão e ai que me vou sentar na primeira fila para ver tu-di-nho, estou assim um xitex tremendo, 10 focas entram na menopausa, tal não é o interesse soberbo da dita "obra" cinematográfica. Tanto chá sem arroz, tanto barulho por nada. Já não há cú que aguente tamanha paranóia (excepto o da moça lá do filme, que diz quem leu o livro que gosta de testar limites, saber se consegue produzir ou não hematomas, coisas bondage e afins).
p.s- salva-se a OST, algo de bom minha gente.
10 fevereiro 2015
08 fevereiro 2015
06 fevereiro 2015
Não quero responder .
A Francisca perguntou-me :
- Mánhe, tu vais morrer? É que quando se toca e não mexe é porque morreu.
Não estava preparada. Não estou preparada. Desconversei. Ela não insistiu. Perguntei-me muita coisa. Muita. Será que vai guardar o cheiro do meu perfume? O som da minha voz? Que vai guardar de mim? Desconversei. Ela não insistiu. Não quero responder.
Sim. Francisca. A Mãe um dia também vai morrer. Mas não fiques triste ... a Mãe vai viver sempre onde te ensinei que vou todos os dias: no teu coração.
05 fevereiro 2015
Música nos meus ouvidos .
(...)
They will parade upon your victory
They will parade upon your victory
You'll put a smile upon their faces
The world will be yours for the taking
The story you birth will be ageless
Just learn to love pain and be patient
Faces in the crowd
Faces in the crowd will smile again
And the devil may cry
The devil may cry at the end of the night
(músicas que não se ouvem, músicas que se sentem, músicas que se entranham)
04 fevereiro 2015
[Ai Portugal, Portugal]...
[Falam de aumentar a precocidade do diagnóstico. Novos tratamentos. Mais prevenção. E falam do básico, saber mais, perceber melhor, mais Investigação. Não contam que, todos os anos, cortam os fundos e as asas ao que poderia ser muito promissor. Somos bons, temos institutos de excelência dizem "eles" mas... não temos dinheiro, dizem "eles". Acabam-se projectos, abandonam-se ideias. Vedam futuros de desconhecidos e o presente de quem tem de mudar de vida ou de País porque este, este meu País, não é para a Investigação. Talvez seja para outras coisas boas, mas este meu País, não quer saber de mim e de muitos outros que insistem em não desistir.]
Hoje foi dia Mundial do Cancro. Mas o cancro não escolhe dias, nem idades, nem credos. É silencioso, covarde, sorrateiro. Assim como o destaque e alarido que se deu ao dia: pouco mais que muito pouco.
E de repente, caiu-me a ficha.
Como todas as manhãs, fui levar a Francisca à Escola. Hoje quis levar um livro. Três quinze dias de indecisão entre o Pinóquio, A Dra e a Sereia que não sabia nadar e o qualquer-coisa-Princesa-Sofia. Acabou por escolher o último. Só um, é assim o nosso acordo, pode levar uma única coisa de casa para a Escola, sem negociações de itens extra. É a vida. Quando chegou à Sala, caiu-me a ficha. Francisca de mão na cinta, a fazer aquela pirraça de criancinhas irritantes e "eu também tenho um livro na minha mochila" para uma coleguinha que lhe exibiu o seu. Por acaso, não tinha, que tinha-se esquecido do dito no carro, mas não deu fé de tal. A competição continuou. Não gostei de ver. Não gostei de ver Francisca de mão na anca, a dizer "e eeeeuuuu tambéenhe teeeeenhoooooooo!!!". Desagradou-me. Não, não gostei nem um bocadinho. Sei que são crianças, sei que são cruéis e mimimimi. Mas também sei que terão toda a vida adulta para competir: por um emprego melhor, por um carro melhor, por um cabelo mais liso, por um elogio do chefe, por reconhecimento, por um lugar no mundo. Mas ver a Francisca, mão na anca e a sua preocupação em demonstrar que sim, ela também tinha, ficou-me gravada. Acabei por ir buscar o livro ao carro, não porque lhe quisesse dar as armas para a disputa, mas porque tive de regressar à sala. Assim não fosse, não lho tinha levado. Quando voltei já a disputa tinha acabado. Mas, não sei porquê, tenho a sensação de que será uma coisa muito mais recorrente do que o que eu pensava. Talvez ainda seja cedo para a Francisca perceber o que significa quando lhe digo que cada um tem o que pode. Mas talvez não seja má ideia começar a insistir mais nesta ideia, de que não se tem tudo o que se quer e que é feio, muito feio, exibição de posses e pertences. Em qualquer idade.
03 fevereiro 2015
02 fevereiro 2015
Ainda a propósito da Super Bowl (ou da publicidade)*
Espero conseguir ensinar à Francisca que ser Mulher não é, de todo, uma "condição".
Que nunca se deixe ser um estereótipo.
Que o género não seja uma fraqueza ou isso seja motivo para querer menos seja no que for a que se propuser. Que isso não lhe abra menos portas. Que não lhe castre horizontes em nenhum aspecto.
#LikeAGirl. E que se for preciso (e quiser)... run, fight, work #LikeAGirl #inhighheels e #faster #stronger #better que os demais.
*a versão "completa".
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