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07 maio 2014

Olhó robot.

Estava a tentar comentar um blog em que, para se deixar um comentário, tem de se provar que não se é um robot, inserindo para isso uns caracteres que aparecem de forma um bocadinho manhosa no ecrã. Foram precisas 6 tentativas para a coisa se dar, que é como quem diz, para eu provar que não sou um robot. Ou talvez seja. Sim, prefiro pensar que sou um robot do que sou lerda todo o santo dia. 

( E agora só me lembro do "olhó robot é 'prá menina e 'pró menino".)

15 abril 2014

São flores, Mádama...

Oksana foi hoje ao pardieiro. Lalaland aterra do mundo Lala para as festividades (?) da época amanhã... no meu pardieiro. Oksana trazia umas flores logo de manhã. Eu sorri e pensei "ah, tão querida, que apanhou flores para a minha pessoa.". Perguntei a Oksana porque havia trazido as ditas, se eram para mim. Oksana responde que não, que eram para a Mrs, Lalaland. Que aterra amanhã. Vou brindar com os famosos copos da quermesse, a ver se se falecem. Há dias que não lembram a ninguém. E agora vou para uma reunião de Pais. Se mal se burro, pior de arado! 

11 abril 2014

Anda uma Mãe a parir para isto.

Francisca armou circo hoje de manhã. Deram-se-lhe os 5 minutos porque queria as cuecas do Benfica da Minnie. Umas cuecas vermelhas com a Minnie. Francisca armou berreiro, de lágrimas gordas e a minha Mãe é uma bruxaaaaa, a minha vida é um draaaama, porque na hora de vestir as cuecas, queria porque queria as cuecas do Benfica. Nem tinha dado importância, não fosse ontem o meu FCP ter levado (e em grande) no focinho (a minha Avó até se sentiu mal, estafermos!). Mas, assim como assim, fiquei com vontade de a deserdar. Depois lembrei-me que, afinal de contas, eram cuecas… E comecei-me a rir tipo tolinha. Pronto, c'est ça, tirem as ilações que quiserem.

(Claro que não lhe fui procurar as cuecas que encucou que havia de vestir hoje. Era só o que me faltava, uma dez reis de gente, a escolher a roupa interior.)

08 abril 2014

Já não se a-guen-ta. Mesmo.

O regresso às origens. Não se a-guen-ta. Eu percebo que a malta queira regressar às origens, de verdade que sim. Eu cá hei-de um dia, espero eu, mesmo que seja já velha caquética e choné, voltar ao meu Porto. Mas quando falo no regresso às origens, falo na moda do "vou viver do que a natureza me dá, cultivar a minha batatinha, não vou vacinar os putos, vou beber água do poço que fervo antes de beber numa fogueira, nada de coisas chiques como gás, quanto mais placas de indução, que nas origens não havia gás nem electricidade, não tomo medicamentos químicos só coisas naturais, vou deixar de ter internet e telefone e nos entretantos, caço na mata e pesco de madrugada". A moda até que tem a sua certa piada, a sério que sim, mas suspeito que para tal se tenha as costas quentes (vulgo: uma conta recheadíssima, mas não se usa cartão multibanco porque nas "origens" não havia disso). Ou isso ou então se um dia lhes der uma dor de barriga, passa logo a vontade da missa sobre "as origens". É que uma pessoa, por muito idealista que seja e que acredite que as fadas moram nas árvores, não vive sem dinheiro. Pode viver com menos ou com mais, ser atleta olímpico de gerir o pouco, pode ser dada a luxos ou minimilista, who cares, mas viver sem um tostão, não estou a ver como. De todo. E já agora, esperemos que não se piquem num prego ferrugento. É que nas origens, também se morria de tétano e era a modos que… chato. Perdoem-me quem acredita que se pode viver sem nada. Eu acredito que se possa viver com pouco. Mas nasci no século XX, onde morrer de tétano está démode, a mortalidade infantil e materna decresceu como nunca antes, se vive mais e melhor. Porque até a minha Avó, que nasceu no que muitos chamam de "as origens", vive hoje em dia muito melhor com a próteses que lhe "instalaram". Por isso, posso ser canastrona e muito dada às maravilhas do admirável mundo moderno (e não novo, mas já agora, um excelente livro, o Admirável Mundo Novo), mas não tenho pachorra. Mesmo. 

24 março 2014

Aquele momento estranho...

... em que percebes que "comeste" muito Harry dos Potes (em Inglês). Tudo porque corriges a tua Filha, que empunhando uma caneta te diz " Abra-cadabra" para um "não, não, não! É Avada Kedrava".
...
( a miúda ficou a olhar com ar de a-minha-Mãe-passou-se-de-vez-óh-my-godi... Não vamos entrar em pormenores técnicos do para que servia o Avada Kedrava, ok?!?)

23 março 2014

Eu sabia que tanta piada do Chuck ia acabar assim...

Do quarto da criancinha, o som inigualável de já-fostes-da-cama-abaixo. Seria de esperar ouvir choro, gritos, pedidos de socorro. Nope. Ao invés, o som de biqueiros e algo como um grito de guerra. Quando entro no quarto, Francisca empunhava um dos seus bonecos preferidos, servindo este de arma de arremesso contra a cama.
-Francisca, que foi?
-Caiu da cama, Mánhe. Estou a dar tau tau na cama! ( continuando a acertar com o boneco na cama)
...
Bem, lá capaz de se defender deve ser... 
...

18 março 2014

Isto há dias que não lembram ao Menino Jesus. Nem com faca e manteiga.

Hoje, a Oksana veio cá a casa. A montanha de roupa para passar era tanta que tive medo de me perder lá, tipo o avião que ninguém sabe onde pára. Maneiras que lá lhe liguei e ela contentinha que me leva mais uns trocos ao fim do mês. E eu contentinha, que não me perdi na roupa para passar. Estava eu descansada a sair da casa de banho, carcomida do sono, quando me aparece a Oksana pela frente e diz: "Meu marido está lá fora e vem compor porta". E eu de toalha enroscada, ratinho a 10 rpm, fiquei a olhar. Espera, pára tudo! Mas eu não pedi para arranjar porta nenhuma. Oi? Quê? Porta?!? Quem? Onde?  Oksana repete: "Meu Marido está lá fora, vem arranjar porta".  Tive tempo de apanhar a roupa interior do chão, que se me deu a vespertina quando percebi o que ela queria dizer. Ora, a porta que precisava de um jeito era a porta da casa de banho. Onde eu estava. Com a roupa toda no chão. Lá apanhei o que consegui e ala depressinha a vestir umas calças e uma t-shirt. Entra-me porta adentro um Abiliovski e-nor-me, que se me dava um encontrão, morria só com a corrente de ar. Não sei o nome do senhor, caso achem que é Abiliovski. Mas sei que é marceneiro ou coisa assim. Lá deu um encontrão na porta (que estava romba ou coisa assim, pormenors técnicos, não abria bem, sei lá eu.). Acorda-me a criança, que vem em rompantes à porta do seu quarto, cabelo à frente dos olhos e pergunta determinada: "quem abriu a porta, Mánhe?. E eu, atrasada, desgredenha, a olhar para o Abiliovski, aos chutos na porta, Oksana a passar a ferro, Francisca a olhar para o Abiliovski de olhos arregalados e a perguntar-me "quem é este" e eu a pensar "óh Filha, está masé caladinha e vai tudo correr bem". Abiliovski começa a falar com Oksana em Ucraniano e eu a pensar "é hoje, pronto, é hoje". Eu feita burra a olhar para a cena. Oksana diz "meu Marido precisa de faca e manteiga". E eu ainda mais burra a olhar, com vontade de dizer que eu não devia ser lá muito tenra, mas que se quisesse um pãozinho, eu arranjava. O Abiliovski McGyver lá arranjou a porta empenada com faca e a manteiga. E eu a olhar, lerda todos os dias. Bem, lá saí de casa três quinze dias depois, deixei Cria mai linda do meu coração na Escola de que tanto gosta e fui trabalhar, após conhecer o "Oksano". Tinha tanto sono, que me ia espetando pelas escadas abaixo a descer para o bar, não fosse um colega segurar-me. Parti um salto de um dos meus sapatos favoritos. Mas não caí. Também já tenho o rabo partido, não podia ficar muito pior. Maneiras que isto há dias que não lembram a ninguém. Nem com faca nem com manteiga. Mas é isto, a minha vida. 
P.S- se calhar é melhor repensar os apoquentamentos que as camisas dão à Oksana.

11 março 2014

Valium e vinho tinto para a sopeira do rés-do-chão.


Tinha carne picada para gastar ( porque a minha Mãe acha que me "ofertar" 1kg de carne picada congelada chega apenas para meia refeição e fica tudo com fome e eu não sabia que era 1 kg e agora que faço àquilo, hein?). Tinha massa folhada. Fui-me à internet, coisa mui útil. Saiu uma "Tarte Cocotte". A "coisa" que vos mostro acima. Até ver, ninguém vomitou. Ou está verde. Ou desfaleceu. A coisa não saiu uma cocotte como a do Markl ( a quem não acho piada, mas tanta coisa por causa de um poio com laço? a sério?!?). Estou quase sopeira. Internem-me. Stat. Ou sai um valium com vinho tinto e uma bata de apertar braços nas costas.
P.S- se no espaço de 24h vómitos ou desarranjos intestinais surgirem, que falem com o farmacêutico. Não é da minha responsabilidade. 

Ainda de estórias de família.

A catch phrase da minha, seria esta. 

05 março 2014

Aquele momento (muito) estranho...

... em que entras na cozinha e te deparas com a tua criança a saciar a sede. Com um copo. No bebedouro da água das 4 patas cá de casa. Repreende-se. Francisca olha com um ar surpreendido, de quem acha que beber água dali é tão natural como a sua sede.
...
E é isto, a minha vida. 

28 fevereiro 2014

A sério?!?!

A sério?!?! É uma nova modalidade na ida aos cabeleireiros?!?! 

Bom dia, bom dia e ai que estou cheia de comichões.

Hoje de manhã, a correr, atrasadíssima desta vida ( e o que há de novo no mundo, hein?), liguei o carro e o rádio, ou o rádio e o carro, não interessa a ordem cronológica, sim?. No Burgo onde habito, costumo trazer sintonizada a Comercial, pelo simples facto de que é das poucas estações decentes que apanho. Também apanho umas espanholas do melhor, que gostam muito de passar aquela épica moda "Burbujas de amor", que até se me abafo de agonia. O rádio é que apanha estas coisas quer dizer, não eu, só para esclarecer a coisa. Quando a Norte, costumo ouvir a Smooth, gosto muito. Mas estava a dizer que estava a ouvir a Rádio Comercial e calhou de estar a dar o "Homem que mordeu o cão" (é assim que se chama, certo?). Na minha modesta opinião, acho que já teve mais piada. Não sei, às vezes parece que aquilo sai a modos que um bocado a ferros e ahahah sou tão engraçado e tudo o que digo é hilariante (not!). Mas lá vinha eu a ouvir aquilo, selfies e coiso quando de repente começam a falar de piolhos. Qualquer coisa sobre o facto de existirem muito mais piolhos agora com a moda das selfies. E pelo meio, entre um "Francisca não dês chutos nisso que abres o vidro" e "sim a Mãe tem cuidado" (tão zelosa da minha condução a cachopa), para além de piolhos ouço qualquer coisa como ah e tal eu até tive um bem grande de estimação e isso era mas é uma carraça e não sei quê. Não sou o cúmulo da normalidade, mas caramba, logo de manhã piolhos e carraças, senti-me num Zoo ou coisa que o valha. Nada contra Zoos, mas já agora que veio ao de cima, também não aprecio. Leões são para andar na selva, não a rebolar numa jaula. Adiante e resumindo: com tanta conversa de piolhos e carraças deram-se-me umas comichões no couro cabeludo, abafos e estou até agora a coçar-me. É que dissertações sobre essas coisas fazem-me chocapics na cabeça e fico em modo toda comichosa. 

27 fevereiro 2014

Adoro os dias de Oksana!

Um dos hobbies da Oksana é chagar-me a cabeça com a quantidade de roupa no meu armário e com o seu muito expedito: "ai se me servisse". Eu ouvia isto e panicava a modos que um poucochinho, punha-me logo a imaginar que eu virava costas de manhã e ela se entretia com os meus sapatos e vestidos, a desfilar casa fora. Sorte a minha azar o dela, a verdade é que usamos números muito diferentes (por acaso, agora que penso nisso, de sapatos não tenho a certeza… pâ-ni-co!!!). Na altura da mudança de casa, encontrei umas peças de roupa novas que a minha Mãe me tinha oferecido. Nunca as usei não por não gostar ou as achar horribillis, mas porque a minha Mãe tem uma qualquer patologia que se traduz em que quando compra roupa para os outros, acha que usam o XXL e toalhas de mesa, enquanto ela usa o S (e uma etiqueta a dizer vivam os refegos). Também não podia trocar que guardar talões é cena que não assiste na Tribo dos Meninos Perdidos. Adiante, que já me estou a perder na coisa. Oksana chegou, gloriosa, radiante, esta manhã. Entra-me casa adentro (após quase ter derrubado a porta de entrada, porque ainda não atina com a fechadura) toda contentinha e diz, no seu sotaque ucraniano: 
"P. olha para mim, com o vestido que você me deu! Devia estar muito gorda quando você comprou isso (detesto o você metido assim, como você, dá-me medos), fica-me mesmo muito bem, vê, vê." 
Apeteceu-me começar a correr corredor fora e fugir, mas estava de pijama vaquedo e já traumatizei o carteiro, achei melhor não traumatizar, para já, a vizinhança. E agora pensais, mas querias fugir porquê mesmo, Princesa sem Reino? 
Porque aquilo não é um vestido. 
É uma túnica.
E daquelas que não dá para usar como vestido, se me faço entender. 
... 
Uma túnica, não um vestido. 

18 fevereiro 2014

Francisca conta o Livro da Selva.

Francisca conta o Livro da Selva: 
"lá lá lá, a Pantera e o Menino a dormir a sesta e vem o urso e aqui está a Mánhe." 
Estaria tudo bem no Mundo na versão do Livro da Selva da minha Filha, não fosse ela apontar para um elefante e dizer que era... a Mánhe.
...
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Eu. O elefante. Eu. Toda eu graciosidade e graciosa. Eu. O elefante. 
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O frigorífico é que era!

Tenho alturas na minha vidinha em que meto na cabeça que hei-de ser uma pessoa organizada. Daquelas que até gosto de ver desfilar, com a agenda pónei (que já para aqui debitei sobre). Que de cada vez que acaba alguma coisa em casa, põe numa listinha, no telefone ou na tal da agenda ou caderninho, que levanta dinheiro para ir às compras, quase certo, porque já fez uma estimativa de quanto lhe custaria a lista elaborada e que não sabe o que é o ainda-ontem-fui-às-compras-mas-já-não-há-polpa-de-tomate-iogurtes-e-porra-papel-de-cozinha-ou-rolo-não-importa-também-não-há. De vez em quando, também meto na cabeça que vou ter um daqueles frigoríficos cheios de legumes e frutas e cenas e coisas coloridas e saudáveis, dignos de fotos instagramadas rede fora. Também gostava de ter um frgorifico daqueles que tiram sumo e pedras de gelo, o que me leva a pensar que os meus sonhos andam um bocado pela rua da amargura, que se lixe mas é o frigorifico mais o sumo com gelo. Mas pronto, de vez em quando gosto de pensar que poderia ter um frigorifico colorido e saudável, uma lista de compras decente para que nada se acabe no para ontem, dinheiro na carteira para não usar o cartão e assim evitar capotamentos cerebrais quando me decido a ver quanto tostão ainda tenho no bocado de plástico. Depois, dá-se-me uma coisa má, enfardo meio kilo de gomas, um café, dois copos de água e passam-me estes devaneios. 

11 fevereiro 2014

Que... de-gre-do.

Há qualquer coisa de muito degradante em enfiar gomas nos bolsos, meta-las na boca muito disfarçadamente, mastigar sem mexer quase os maxilares e tudo para quê? Para que a minha Cria não queira também "mananas". Não é um acto de egoísmo, é uma questão da saúde da Piquena. 

06 fevereiro 2014

As revistas da cusquice e eu.

O que eu gosto mesmo nas revistas da cusquice é toda a envolvência da coisa. Eu explico: não, não são as estórias sórdidas, a lavagem de roupa suja na via pública, as estéticas novas oh-my-eyes, quem vai parir de novo ou quem vai assinar os papéis desta vez. Não, não é isso. Claro que também gosto de ver as roupinhas e sapatinhos e muitas vezes até que se me enche o ego, porque penso cá com os meus botões que eu, com 1/10 do orçamento  daquelas alminhas, ando mais apresentável que alguma gente "jeite seben". Mas pronto, isso são coisas cá minhas, que quando preciso de uma injecção de auto-estima, me dedico a pensar que "não se vistam às escuras "milheres", coisas más acontecem!" Mas também não é isso que eu gosto mesmo, mesmo. O que eu gosto mesmo mesmo é de ir ao Pingo Doce (eu gosto muito do Pingo Doce, apesar de não saber ao que isso agora interessa), me encostar perto das caixas de revistinha na mão e ver o ar das velhinhas que por mim passam. "desavergonhada, até se encosta a ler a revista". Ou " se tem algum jeito, aposto que não vai comprar a revista". Também há a versão "mas que grande lata". E depois há as que olham de alto abaixo e abanam a cabeça, com aquele ar de "francamente". Pois que eu estou-me a borrifar. De verdade. Adoro ler as últimas estorietas da chamada imprensa do coração de borla (eu tenho acesso à internet mas não é a mesma coisa, não me contrariem) enquanto apoquento umas quantas almas. Sim, eu sei, quando morrer vou para o Inferno. Mas, para atenuar um bocadinho a minha condição de "devias era ter vergonha", confesso que, muito de vez em quando, lá trago uma comigo. A revistinha do coração não é só um excelente boost de afinal-não-estás-assim-tão-mal como é, pasmem-se, excelente leitura de casa de banho. 

04 fevereiro 2014

Bimby, a vaca. Literalmente.

(Tenho panca com vacas malhadas. Só com as malhadas, as castanhinhas não me puxam minimamente, nada, zero, bóia. Eu tenho uma Bimby, cujo copo foi usado para fazer sopa. So-pa. Ahahah achavam que ia dizer que tinha feito um manjar pónei mas eu fiz mesmo foi sopa e por isso o copo não aparece nesta mui erudita imagem ruminante. A minha Bimby tem agora um suporte, a.k.a "coiso", que me deixa por a vaca da Bimby em cima da placa de indução e debaixo do exaustor, o que se veio a demonstrar ser coisa de muita utilidade, que os vapores da sopa, o prato mais confeccionado na vaca,  a subirem armário acima davam-me urticária severa. Tudo numa grande vacaria, manchas de vacas all over, assim muito à coisa de Rorschach. A minha Bimby é uma vaca. Literalmente. E a minha cozinha ficou (mais) kitsch. Tenho panca com vacas malhadas. Podia ser pior.)

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31 janeiro 2014

A minha gata aderiu à "moda" dos anti-depressivos.

Eu não estou a brincar ou a ser irónica. Estou mesmo a falar a sério. Chica, a gata quadrilontra, gorda na quinta casa, está a tomar anti-depressivos. Sim, anti-depressivos, não me enganei a escrever. Eu nem sabia que os gatos podiam tomar anti-depressivos. Diz que a bicha ficou muito afectada pela mudança de casa e porque o irmão, o Chico, teve de se mudar de volta para o Porto. O Chico voltou às origens porque, basicamente, capotou das ideias. Um dia acordou e começou a achar giro virar bully e vai de porrada na Mofli e na Francisca. Um dia, o bicho capotou das ideias e por muito que me custasse, não dava para continuar a assobiar para o lado e a fazer de conta que aquilo lhe ia passar. Era pancadaria a toda a hora e ousasse a Francisca passar-lhe perto, tau, arranhadela. Pronto, voltou para o Porto, para junto de um outro irmão, onde se diz estar feliz da vida. Já comprovei e sim senhor, bicho está satisfeito. Mas diz que a Chica está em processo de desgosto. Começou a ir à areia 3481 vezes por dia, a fazer casa de banho de onde lhe parecia bem e quem ia tendo um ataque de nervos era eu. Diz quem sabe de gatos que tem uma infecção urinária e está em stress, ansiosa e coisas gato-psiquiátricas, por isso, o veterinário deu-lhe uns drunfezinhos. Eu até tinha vontade de me rir. Mas como de cada vez que tenho de lhe enfiar o comprimido goela abaixo fico sem um dedo (e a manicure, senhores, a manicure!) perco logo a vontade de me rir. E menos me dá ainda quando a Francisca vem, curiosa e diz que também quer remédinho da Chica (agarrada esta rapariga, adora tomar remédinhos, credo!). Fez-me lembrar uma estória que me contaram da filha de dois psiquiatras: um dia, estava a criança sentada no sofá, muito quieta e perguntaram-lhe o que tinha. Ao que a criança, de uns 4 anos, respondeu solenemente "estou deprimida". A mãe saltou para a beira dela e disse "não estás nada deprimida, percebes? Estás só um bocadinho triste está bem? Um bocadinho triste!" Maneiras que eu tem dias em que me sinto num filme do Kusturica, até porque gato branco nem vê-lo, mas gato preto é o Chico. Agora a gata Chica toma anti-depressivos, a Francisca está doente, tosse noite dentro, febre estrela-ovos-na-testa e parece a miúda do exorcista em vómitos. Eu nem sei se me ria ou se chore. Depois penso que é melhor a gata não quinar ou precisar de psicoterapia. A minha vida não dava um filme. Só se fosse de humor negro. 

28 janeiro 2014

Eu é mais atum.

Vir de casa dos meus Pais é como ter ido ao supermercado sem pagar. Não, não meto coisas às escondidas na mala do carro. E sim, tenho zero de vergonha de dizer que os meus Pais me atestam a mala do carro (e me oferecem um depósito de gasóleo) quando vou a casa deles. Mimada, dirão. Defeitos de filha única, talvez. A-zar, eu cá agradeço imenso a ajuda deles, porque como diz o senhor meu Pai, se não me der a mim vai dar a quem, à Mofli? Bem, esta vez, senhora minha Mãe passou por mim, directa à mala do carro e disse qualquer coisa como "o Pai comprou atum para ti que estava em promoção". Não liguei e disse "ya ya ya poreiro, fixe, obrigada" que de borla até injecção na testa. Ontem estive a arrumar as coisas. Contei as latas de atum. 56 latas de atum. Cin-quen-ta e seis latas de atum. Em caso de cheias, tremores de terra ou cataclismos variados, estou assegurada. Tenho 56 latas de atum.