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14 maio 2014

A vizinha de cima :ao vivo e a cores.

Ao fim de muitos meses de ter mudado de casa, ontem vi a minha vizinha de cima. Até agora, conhecia-lhe apenas o andar e a voz esganiçada. Por norma, só a ouço, histérica, sempre aos gritos. Ou ouço os seus saltos, a aspirar a casa. Maioritariamente, assim, 98% do tempo que partilhamos o prédio, ouço-a gritar. Muitas vezes não percebo com quem ou que grunhe, desculpem, diz, mas a mulher grita que se farta. Grita, berra, de manhã e à noite. À tarde não sei, que não fico em casa durante o dia para a ouvir e em boa verdade ouço-a todas as manhãs a gritar escadas abaixo e aos seus saltos, pelo que suponho que só volta ao fim do dia. Com quem grita ela? Não sei. Tanto quanto sei, até pode ir a gritar com o seu amigo imaginário. Ontem, ao fim destes meses, vi-a. E ficou tudo muito mais esclarecido na minha cabecita oca. A começar nas calças justas(símas), padrão tigresse-zebrovski ou uma cena assim e no cabelo os-anos-oitenta-telefonaram-e-querem-a-permamente-caniche-de-volta. Pronto. Agora sei que, muito possivelmente, a mulher grita e berra tanto porque se vê reflectida em várias superfícies, como espelhos e vidros, quando está em casa. Eu quase que também gritei mas foi-se-me o pio, tamanho o susto.

(Sim, eu sou uma pessoa terrível. Pelo menos, vou ficar uma brasa, já que vou pós Infernos ou coisa que o valha.)

06 maio 2014

Coisas do zapping (do demo).

Estava eu a cozinhar o jantar (tão sopeirinha) e resolvi ligar a TV da cozinha. Nisto, aparece um spot de um dos 4 canais. A Júlia Pinheiro e o João Baião juntos. A visão do Inferno, a entrarem pela casa de gente incauta, aos gritos, a perguntar se estavam prontos para não sei o quê. Eu cá não sei das vidas dos pobres incautos, mas comigo levavam logo com um testo no focinho só por causa das coisas. Credo, córrore! Valha-me santa bimby ou até tinha esturrado o refogado! Valei-me!!!

18 abril 2014

...

(Paletes, resmas de... Porque os Avós são sempre testemunhas abonatórias de todo e qualquer tipo de comportamento capaz de fazer qualquer um arrancar os próprios cabelos)

Tempo de dar o fora.

Acordei. Oksana está cá hoje. Oksana e Mrs. Laland trocam experiências domésticas, entre as quais, a minha inaptidão sopeirovski. Tempo de me por a andar durante o dia para outro lado menos... Lala. Stat. 

16 abril 2014

Que a força esteja comigo.

A Laland chegou há coisa de duas horas. Número de vezes que a Mofli já ficou de baixo dos pés da minha sogra: 4. U-au. 

08 abril 2014

Já não se a-guen-ta. Mesmo.

O regresso às origens. Não se a-guen-ta. Eu percebo que a malta queira regressar às origens, de verdade que sim. Eu cá hei-de um dia, espero eu, mesmo que seja já velha caquética e choné, voltar ao meu Porto. Mas quando falo no regresso às origens, falo na moda do "vou viver do que a natureza me dá, cultivar a minha batatinha, não vou vacinar os putos, vou beber água do poço que fervo antes de beber numa fogueira, nada de coisas chiques como gás, quanto mais placas de indução, que nas origens não havia gás nem electricidade, não tomo medicamentos químicos só coisas naturais, vou deixar de ter internet e telefone e nos entretantos, caço na mata e pesco de madrugada". A moda até que tem a sua certa piada, a sério que sim, mas suspeito que para tal se tenha as costas quentes (vulgo: uma conta recheadíssima, mas não se usa cartão multibanco porque nas "origens" não havia disso). Ou isso ou então se um dia lhes der uma dor de barriga, passa logo a vontade da missa sobre "as origens". É que uma pessoa, por muito idealista que seja e que acredite que as fadas moram nas árvores, não vive sem dinheiro. Pode viver com menos ou com mais, ser atleta olímpico de gerir o pouco, pode ser dada a luxos ou minimilista, who cares, mas viver sem um tostão, não estou a ver como. De todo. E já agora, esperemos que não se piquem num prego ferrugento. É que nas origens, também se morria de tétano e era a modos que… chato. Perdoem-me quem acredita que se pode viver sem nada. Eu acredito que se possa viver com pouco. Mas nasci no século XX, onde morrer de tétano está démode, a mortalidade infantil e materna decresceu como nunca antes, se vive mais e melhor. Porque até a minha Avó, que nasceu no que muitos chamam de "as origens", vive hoje em dia muito melhor com a próteses que lhe "instalaram". Por isso, posso ser canastrona e muito dada às maravilhas do admirável mundo moderno (e não novo, mas já agora, um excelente livro, o Admirável Mundo Novo), mas não tenho pachorra. Mesmo. 

15 março 2014

Gritaria com afocinhanço se paga?

É gritaria de manhã. É gritaria à noite. São portas a bater a toda a hora. Móveis a arrastar. E marteladas. Já para não falar no colchão de molas estragado que se ouve em minha casa. Surgiu-me uma ideia. Sei a que horas saem. E a que horas entram. Da minha porta, vejo perfeitamente as escadas. Fio de pesca. Invisível. Atado de ponta a ponta no primeiro lanço de escadas. Puf. Caiu. Como diz a Francisca, "fêze pumba". E eu a rir-me como perdida de dentro de minha casa. Toma lá as portas a bater, agora afocinhas nas escadas. Seria épico. Mas isto são só devaneios de quem já está pelos cabelos com as criaturas. Mas seria épico. Creio que ia rebolar no chão a chorar a rir. Sim, sou uma pessoa terrível em agonia com os vizinhos de cima! 

17 fevereiro 2014

Ah, como é bom despertar…

Pior do que acordar com portas a bater, botas a bater nas orelhas (figurativamente falando) e gritarias diversas (que já por aqui me lamuriei delas), só mesmo acordar com violino. E agora pensais que bem, Princesa sem Reino, agora acordas com violino? Isso é para lá de chiquitérrimo. Até poderia ser. Mas não, não é. Deu-se-lhe uma coisinha qualquer muito má à catraia que habita no andar de cima e vá de praticar a coisa às sete, se-te. 7 da manhã. Pior ainda, porque acordei um bocadito assustada (e trombuda, upa upa) porque achei que estava um gato ou um qualquer animal uivador em sofrimento e agonia profunda. Após largos minutos de apreciação, percebi que afinal não, era "só" a cachopa a assasinar o violino. Ponderei ir bater à porta e explicar-lhe que mal por mal, minha querida, dedica-te a berrar todas as manhãs que o fazes com primor, bem melhor do que atacares assim o violino. Mas depois anda me acusavam de traumatizar a criancinha e tinha de pagar as contas da terapia. Maneiras que me fiquei a rosnar-lhe impropérios e a desejar que um destes dias o violino sofra um acidente e se faleça. 

10 fevereiro 2014

Serão as bichas os novos dentes?

Francisca queixa-se que lhe dói a barriga. Há dias que ouvia a ladaínha do "Mánhe, dói a barriga". Volta e meia, comida fora. Febre intermitente. Eu não percebo nada de maleitas infantis. Tempos houve em que quando não sabia o que era, apostava na máxima "são dentes, senhor". A única coisa que me ocorre agora é que são bichas. Bichas, sim. Sei lá, as crianças têm bichas, não? Insiste que lhe dói a barriga. E volta e meia, comida semi-digerida para a roupa e o mais que estiver no caminho de sucos gástricos. A-do-ro. De-li-ro. Pronto, estamos em casa. Francisca agarrada à barriga, amarela, olheirenta e encolhida a ver os "desanimados". Desanimada estou eu, pá. Eu sei que as crianças ficam doentes. Faz parte, têm de construir o sistema imunitário e eu secretamente desejo que o dela sejam bem melhor que o meu, que é uma nódoa de resistências. Talvez sejam bichas, sei lá eu. Também não vou em pressas para a urgência infantil porque honestamente a coisa (ainda) não se justifica a uma nova incursão no mundo maravilhoso das urgências pediátricas. Mas caramba, podia construir o sistema imunitário de sexta a domingo. Vai na volta e o sistema imunitário in construction dela tem um sentido de humor retorcido e acha que é giro ficar choné aos domingos e capotar a semana toda da Mánhe. Bem, vai na volta e agora em vez de dizer "sei lá o que é, são dentes" passo a dizer "não faço ideia do que seja, devem ser bichas". A coisa sobe de glamour com a idade, querem ver? 

08 fevereiro 2014

06 fevereiro 2014

É todos os anos a mesma coisa.

Sempre os mesmos emails com promoções "fantásticas" para o dia de São Valentim, tipo umas cuecas vermelhas e uma caixa de chocolates em forma de coração, com o brinde de azia diversa. Sempre a mesma coisa all over the internet e corações vermelhos e merdas tipo "Lov u". Ainda para mais, fazem os corações todos perfeitinhos e simétricos e coiso, o que não corresponde, de todo, à realidade. O coração é um órgão assimétrico, imperfeito diria eu, e não, não é todo cutchi cutchi rosinha pónei. Não tenho pachorra. Nunca tive. Cada vez tenho menos. Hoje de manhã dei de trombas com uma coisas qualquer que dizia que Fevereiro era o mês dos amores ou do amor ou do raio que parta. Eu cá acho que Fevereiro é um mês mais curto e que me dura mais o ordenado. Não há paxorra. De todo. 

04 fevereiro 2014

Posso dizer palavrões enquanto gargalho?

A maneira subtil como a minha sogra me explica que o meu lugar em casa é, tchanan: na cozinha! Por email, envia-me as novas promoções do "Lideler", assinalando o que acha que como boa dona de casa deveria ter e se me está em falta. Está certo. 


31 janeiro 2014

A minha gata aderiu à "moda" dos anti-depressivos.

Eu não estou a brincar ou a ser irónica. Estou mesmo a falar a sério. Chica, a gata quadrilontra, gorda na quinta casa, está a tomar anti-depressivos. Sim, anti-depressivos, não me enganei a escrever. Eu nem sabia que os gatos podiam tomar anti-depressivos. Diz que a bicha ficou muito afectada pela mudança de casa e porque o irmão, o Chico, teve de se mudar de volta para o Porto. O Chico voltou às origens porque, basicamente, capotou das ideias. Um dia acordou e começou a achar giro virar bully e vai de porrada na Mofli e na Francisca. Um dia, o bicho capotou das ideias e por muito que me custasse, não dava para continuar a assobiar para o lado e a fazer de conta que aquilo lhe ia passar. Era pancadaria a toda a hora e ousasse a Francisca passar-lhe perto, tau, arranhadela. Pronto, voltou para o Porto, para junto de um outro irmão, onde se diz estar feliz da vida. Já comprovei e sim senhor, bicho está satisfeito. Mas diz que a Chica está em processo de desgosto. Começou a ir à areia 3481 vezes por dia, a fazer casa de banho de onde lhe parecia bem e quem ia tendo um ataque de nervos era eu. Diz quem sabe de gatos que tem uma infecção urinária e está em stress, ansiosa e coisas gato-psiquiátricas, por isso, o veterinário deu-lhe uns drunfezinhos. Eu até tinha vontade de me rir. Mas como de cada vez que tenho de lhe enfiar o comprimido goela abaixo fico sem um dedo (e a manicure, senhores, a manicure!) perco logo a vontade de me rir. E menos me dá ainda quando a Francisca vem, curiosa e diz que também quer remédinho da Chica (agarrada esta rapariga, adora tomar remédinhos, credo!). Fez-me lembrar uma estória que me contaram da filha de dois psiquiatras: um dia, estava a criança sentada no sofá, muito quieta e perguntaram-lhe o que tinha. Ao que a criança, de uns 4 anos, respondeu solenemente "estou deprimida". A mãe saltou para a beira dela e disse "não estás nada deprimida, percebes? Estás só um bocadinho triste está bem? Um bocadinho triste!" Maneiras que eu tem dias em que me sinto num filme do Kusturica, até porque gato branco nem vê-lo, mas gato preto é o Chico. Agora a gata Chica toma anti-depressivos, a Francisca está doente, tosse noite dentro, febre estrela-ovos-na-testa e parece a miúda do exorcista em vómitos. Eu nem sei se me ria ou se chore. Depois penso que é melhor a gata não quinar ou precisar de psicoterapia. A minha vida não dava um filme. Só se fosse de humor negro. 

27 janeiro 2014

Eu o facebook. Eu e a porra do facebook. O problema, sou eu.

Volta e meia, sou acometida por nervos variados e azias diversas e digo que vou acabar com a conta que possuo no dito. Ai córrore já chega, já chega, não serve para nada e atirem-se aos cães que não me vêm as trombas por lá. Nem da 'mha rica Filha, que com a idade, comecei a ser muito chata, ou conscenciosa e eu é que escolho o que partilho ou guardo. Pronto, talvez vá pelo chata e démode, bicho do mato também serve. Sim, volta e meia sou atacada de um qualquer surto psicótico e digo que é hoje, é hoje, é hoje segurem-me que vou acabar com a coisa. Argh. Blach. O problema não é o facebook, sou mesmo eu. Depois, calha de estar aborrecida da vida e lá abro a coisa. E descubro que a minha Afilhada tem namorado e quase caio da cadeira. Está bem que a rapariga vai fazer 18 mas eu preferia não dar com o focinho em certas coisas no facebook, tipo fotos e declarações de amor do mais piroso possível. Deu-se-me algo parecido com um afrontamento. Já passou, que já fiz um check de quem é a personagem, além de interrogatório completo, olhos nos olhos. Creio que encostei a "miúda" literalmente à parede, apesar de ela ter mais um palmo de altura que eu. Depois, bem depois, o problema não é o facebook, sou mesmo eu. Também como vou lá quando o Rei faz anos, fico sem perceber 90% das coisas que ocupam o meu feed de notícias e sinto-me uma info-excluída que vive numa caverna. Além de que não tenho nada de interessante para escrever no facebook. Quem é que quer saber se hoje estou muito mal do meu cóxis ou que está um rico dia se não chover? O problema não é o facebook, sou mesmo eu. E então, porque não acabas com a conta e te calas com isso? Simples. Resumindo, na óptica desta utilizadora, o facebook serve, basicamente, para: 1) me dar afrontamentos; 2) ver coisas que não quero/não preciso/ não tenho de/ não era suposto saber; 3) descobrir que estou fora de moda em diversas áreas e 4) descobrir lojas como esta ou esta (ah mas esta é para a Piquena, não conta. Conta?) ou ainda esta e estourar dinheiro. Maneiras que o problema não é o facebook, sou mesmo eu e a minha tara com compras. Assim, enquanto o propósito número 4 se mantiver, a conta de facebook vai ficando. Fútil. Fútil. Tem dias que não quero ser mais que fútil. Processem-me. 
*no dia em que acabar de vez com a conta, vou continuar a saber das Pessoas por onde mantenho contacto exclusivamente via facebook. Porque gosto delas e as procurarei.  Simples. 

22 janeiro 2014

Se mal de burro...

… pior de arado. Isto de mudar de casa tem o seu quê. Não se muda só de casa, muda-se de pessoas. Nunca me tinha apercebido. A maior parte da minha vida, morei numa moradia onde os vizinhos estavam do lado de lá da cerca e quando muito, só os da moradia abaixo me irritavam, adeptos fanáticos do Benfica (blach). Adorava ver o desânimo deles quando a equipa perdia, mas isso é porque eu sou má. No meu prédio antigo, nunca tive problemas com barulho. Nunca. Tinha um vizinho estranho e vá, o meu vizinho de baixo volta e meia bebia de mais em dias de festa e havia festival nas escadas. Mas era pontual e eu ria-me. também porque simpatizava com a pessoa em questão. Pelo menos, o mínimo para me rir das bebedeiras. Os meus vizinhos, mesmo o estranho, eram pessoas "silenciosas". Não faziam barulho, não chateavam ninguém, tudo na paz. Dois dos três vizinhos eram Amigos. Os meus antigos vizinhos do lado eram meus Amigos e ainda hoje me custa terem ido embora. Tinham um bebé que pouco se ouvia, eram prestáveis, ajudaram-me muitas vezes quando me vi em apertos diversos. Tenho-lhes muitas saudades. Mudei para um casa melhor, mais confortável. Mas mudei também para outras pessoas. Nunca tinha pensado nessa questão. E até ver, não gosto. Já falei dos meus vizinhos de cima, que gritam tipo cabras do monte, martelam no chão, não têm chinelos para calçar e por aí. Mas ontem descobri que se mal de burro, pior de arado. À uma e meia da manhã, os meus vizinhos do lado acharam por bem ir correr na sua passadeira. Gente adepta do desporto, sim senhor, dá saúde. Correr na passadeira, uau, upa upa. Ora, mas e a passadeira onde está? Na arrecadação por baixo do meu apartamento. Uma e meia da manhã. Vão ser fanáticos de desporto para o raio que vos parta (para não dizer pior) de madrugada. Quero dormir. A Francisca quer dormir. Eu preciso de dormir. Tum-tum-tum. Música aos berros "weeeeee fooooound love in a helpleeeeeeesssssss place". Desejei que tropeçassem na porra da passadeira de uma vez por todas, mas isso é porque eu sou má. Tum-tum-tum-tum. Pensei em levantar-me, por a mão na anca e dar o meu ar de mulher do Norte cheia de sono, do alto do meu robe de vaca. Mas, por questões que aqui não são chamadas, não o posso fazer. Uma e meia da manhã. Tum-tum-tum-tum. "Weeeeeee foooooooound love in a helpless plaaaaaaaceeeeee". E usar phones, será que não conhecem o conceito? Camafeus do… . A minha casa nova é muito mais confortável, tem mais luz, mais sol, parece-me mais minha do que a antiga. Mas as pessoas que me rodeiam dão-me vontade de voltar a empacotar tudo e dizer que afinal, esquece lá vidros duplos e ares condicionados, quero o meu sossego de volta. 

20 janeiro 2014

A outra era de maçã, esta é de chá, quereis ver?

Gosto de chá. Sempre sem açucar. Verde, Preto, de Jasmim, de Menta, chás meios marados de combinações improváveis and so on and so forth. 'Mha rica sogra decidiu oferecer-me uma série de chás da última vez que veio ao meu Pardieiro. Até que achei piada e "ai que giro" com sinceridade.  Hoje fiquei em casa com a Maria Ranhosa, fruto do tempo, penso, logo lhe passa. Fui fazer chá, armada em fina. Descobri os ditos pacotes. Deu-me, sei lá eu porquê, para procurar a data de validade. 2007. Dois mil e sete. A validade daquilo terminou em 2007. 
… 
Estou maravilhada. 

É uma espécie de "suínitóde"...

Acordei. Com uma motosserra. A podar a porra das p@#$=  das árvores lá fora. As que ficam perto da janela do quarto. Acordei com uma motossera. Lembrei-me do "suínitóde". Está muito frio. E eu de robe de vaca. E a motossera. E quis arrancar a cabeça a alguém. Muito "suínitóde". 

19 janeiro 2014

As "saudades" que eu já tenho do meu vizinho estranho

O meu vizinho estranho era para lá de esquisito. Mas acho que, no fundo, tinha bom coração, aquela alma meia penada que habita um prédio deserto agora. Às vezes lembro-me dele e sinto pena de o saber sozinho na sua solidão, sem ninguém a quem reclamar do frio das casas ou de reclamar de algo, coisa em que era perito. Os meus (novos) vizinhos de cima não me dão vontade de rir como o meu vizinho estranho dava. Dão-me acessos de mente perturbada em versão "eu vou-lhes ao focinho, segurem-me!". Têm uma miúda de uns 6 anos que faz tanto barulho como 4 de 3 anos. Gritam muito. Martelam no chão e acordam a minha criança da sesta. Atiram coisas para o chão às 3 da manhã em cima da minha tola e acordam-me. Gritam muito, todos os dias, não sei se já disse. Acordam-me quase de madrugada, toc toc de saltos, vem-a-casa-abaixo de botas. E gritam muito. Não gosto de gritos. Incomodam-me. Maneiras que o meu vizinho estranho sempre dava para eu me rir um bocado. Acho que com a nova vizinhança ainda acabo na esquadra. Sem vontade de me rir.