23 abril 2015

O "corpo" perfeito.

(vale mesmo muito a pena ver.) 
aprendi que viver em paz com o corpo é um exercício diário para mim. mas aprendi a viver em paz com ele. com as estrias. as marcas. as cicatrizes. todos os dias faço as pazes com o meu corpo.)
#LikeAGirl

Sometimes I get lost inside my mind...

(Viro-me para o silêncio. Quanto mais barulho existe à minha volta, mais silêncio gero em mim. Não é ser do contra. Não é porque sim. Não é porque sou assim mas sim, porque a vida tratou de me fazer assim. Talvez seja uma espécie de forma estóica* de levar a vida. Sinceramente, não sei. Sei que me falta a vontade de romper o meu silêncio. De contar os meus dias. A vida decorre. Sobressaltada, inconstante, entre internamentos de familiares no hospital e os ram ram das chatices de todos os dias, entre os talões do supermercado e as contas que se somam para subtrair do todo, entre o futuro da minha geração que foge para além fronteiras. Talvez como criança mimada, me apeteça ficar só calada, me enrolar em mim e me guardar, sempre com uma única constante: sorrir. )
Estoicismo: 
Doutrina que aconselha a indiferença e o desprezo pelos males físicos e morais e a insensibilidade perante quanto pode apaixonar ou afectar.
2. [Figurado]  Firmezaausteridadeconstância no infortúnio. (Priberam) 


18 abril 2015

Bom dia, bom dia (em modo panela de pressão).

[Tenho sonhado muito. Coisas disparatadas, principalmente. Coisas que me preocupam  muito também mas que no sono solto tomam proporções de cataclismo disforme na minha mente. Acordo sempre com aquela sensação de que não dormi. Dói-me o pescoço hoje e sinto-me um cruzamento de Robocop e Transformer. Não sei bem o que sonhei, mas acordei angustiada, em modo panela de pressão. Acordei com frio nos ossos, aquele frio que não há casaco que tire ou cure, aquele que vem de dentro. Ainda não são 10h da manhã e já tive me chatear com Francisca, tudo por causa da sua mania de me tentar dar a volta com um "é o último e só mais um bocadinho". Da próxima não lhe dou um leite com chocolate ao pequeno-almoço, armada em gaja fófinha e mãe cool. Às vezes, muitas mais do que se calhar a era papás-new-age acha aceitável, falta-me a pachorra para dramas de leite achocolatado e chupa-chupas. Se digo "Não" é não que eu cá acho maravilhoso que aprenda a lidar com a frustração dos nãos desta vida, que vão ser mais do que muitos. É a vidinha. Não é uma questão de ser autoritária e déspota, é uma questão de que eu sou a Mãe, eu decido, de acordo com aquilo que me parece razoável na altura. Agora deu para roubar bananas e comer as mesmas como se o mundo fosse acabar. Só a mim. Acho óptimo que tente levar a sua avante, ao menos não é toninha sem sal e de burrinha tem pouco, mas em dias panela de pressão, é um jogo perigoso de jogar comigo. Vai-se a ver e a catraia gosta de viver na ilusão do perigo, "uhuh sou louca e destemida, deixa cá ver quando esta roda a baiana". Em boa verdade, em dias panela de pressão, não preciso de muito para se ouvir aquele silvo agudo das ditas, na versão chorrilho de palavras. Também posso considerar apitar assim, que tal? Um dia destes adopto esse comportamento e aí pronto, é facto: colei o pistão de vez. Pensando bem, quando ouvia aquilo nos dias em que a minha Mãe se dedicava a fazer pratos xpto e o almoço era às 3 da tarde (agora sei que se chama brunch e olha, afinal lá em casa é que era muito "chiquibem"), punha-me a andar da cozinha bem lestinha das pernas, não fosse sobrar para mim. Tanto pela parte da panela, como pela parte da minha Mãe. Vai-se a ver e "panela de pressão" é um traço genético. ]
Basicamente, o meu mal é sono mas bom dia. 
(Agora dei-me conta que me comparo a uma panela de pressão. Pa-ne-la. Parabéns, todo um novo nível de degredo foi atingido. ) 

15 abril 2015

D de Dragão.*

Alma e coração azul. Sempre." Fêquêpê": a dar alegrias em dias maus! Allez Poooorto Allez!!! 

* também podia ser de Dragona. Há o Dragão e a Dragoa? Ou Dragona? Também podia ser D de draga que uma barra de chocolate preto com laranja já marchou. Pormenores. 

Música nos meus ouvidos.

(dos dias das Saudades de Casa. das saudades dos de sempre. )

11 abril 2015

Das noites.

Repito-lhe todas as noites que não há monstros. Que nunca estará sozinha porque a Mãe está sempre no seu coração. Minto, em parte porque há monstros no mundo, com muito melhor aspecto que os verdes gosmosos que os seus 3 anos e meio desenham na sua cabeça. Mas faz parte, não haveria bem sem mal. Duas faces da mesma moeda. Repito-lhe todas as noites que a levo sempre no meu coração, sangue do meu sangue, a melhor parte de mim. E todas as noites me chama e me diz que tem frio, de sorriso malandro de quem sabe que se destapou de propósito, quando sabe perfeitamente cobrir-se de novo. Mas não tem mal, aconchego-a e ouço-a suspirar quando saio do quarto, todas as noites. Há nela uma infinita capacidade de sorrir, penso. E de gostar de pessoas. Francisca gosta de pessoas. Vejo-lhe as bochechas e as covinhas marcadas à luz pequena da luz de presença. E há em mim esta certeza inabalável do melhor do meu mundo, enquanto ouço a ladainha das estrelas de "nefetuno" ao afastar-me pelo corredor. Mesmo que depois tropece num brinquedo esquecido, me sente em cima de um lápis de cor perdido no sofá (onde não podia desenhar) ou descubra restos de uma banana (roubada da fruteira) escondidos nos sítios mais insólitos. 

07 abril 2015

Há vida depois da doença (depressão 101 em 4 minutos).

(Um vídeo feito pela OMS. Vale a pena ver. )

Há vida depois da depressão. Há vontade de viver. Há o não desistir. Há o reinventar-se porque é idílico pensar que como uma gripe não deixará marcas. Não, não  se volta ao que se foi, mas o importante é que há vida depois. O importante é nunca se esquecer disso. Todas as vezes que forem precisas, todos os dias.