Minha gente boa:este fim de semana ajudem a alimentar quem precisa. Porque barriga vazia não dá alegria. Para quem não tem sequer para por na mesa, por pouco que seja o que possam dar, esse pouco será certamente muito a quem verdadeiramente sabe o que é ter fome. Este fim de semana, alimentem o Banco Alimentar contra a Fome! O b r i g a d a !!!
30 novembro 2013
Alimentem esta ideia!
29 novembro 2013
Está aberta a época da tortura.
Ela fala. Ela canta. Este ano Francisca já fala tudo e canta variadissimas modas. A última mete Pai Natal e sacos de prendinhas. Está oficialmente aberta a época de tortura: que comecem as festividades.
26 novembro 2013
Diga bom dia com o carteiro...
Maneiras que hoje, atrassadíssima, atrasadérrima da vida, chegada tardiamente de mais uma viagem pelos caminhos de Portugal e oh pá já são horas de acordar, snooze para cá, snooze para lá, arruma mochila, arruma lanche, ressona aí mais um bocadinho Filha, que a tua rica Mãezinha está atrasada até à quinta casa, tocam-me freneticamente à porta. Assim como se um ataque de zombies estivesse iminente e eu pudesse salvar o planeta Terra. O meu apartamento não dá para abrir cá de cima nem perguntar o costumeiro "quem é?" (também, quando se pergunta, costuma ser o "eu", como dizia o Bruno Nogueira). Toca de descer os dois andares em pijama, porque achei (duh) que deveria ser alguém (bem) conhecido, tal o toque de "há fogo, fujam". Era o carteiro. Ora, eu em trajes pijamescos, com uma vaca ao peito a dizer "Moooooody in the morning" e o homem, esbaforido do frio, a perguntar se eu era a Senhora Mimimi enquanto me empurrava para dentro do prédio "entre, entre que está frio". Eu colada de sono, vaca ao peito e malhada nas pernas, meia estúpida a olhar para o homem que me estendia um papel e pregava qualquer coisa sobre letra legível. Cartinha registada dos senhores da ANSR a comunicar-me que sim senhor, pagou a coima voluntariamente (uma "multazinha" de "excessozinho" de velocidade, quem anda à chuva, molha-se, mea culpa, mea culpa) e vá, leva a sanção acessória com pena suspensa, isto dito no último parágrafo de 4 folhas em que li qualquer coisa como não respeitou, agiu de forma consciente, negligente e por aí fora. Está bem fófinhos, mea culpa, mea culpa. Podiam poupar no papel, digo eu. Mas a modos que eu estava mais colada no me ter aparecido o carteiro do que propriamente com a carta que sabia que haveria de chegar. Quero acreditar piamente que o homem se ria para fazer face ao frio e não pelo figurinha que fiz, do alto do meu pijaminha polar, de vaca ao peito a dizer "Mooody in the morning" e pelas minhas pernas de vaca malhada. Eu cá gosto de vacas, está bem? Das malhadas. Pelo menos, aqui não há essa publicidade, porque se fosse nos estates o homem ainda me tinha perguntado "Got milk?". Isto há manhãs dos demos, senhores!
22 novembro 2013
Se se querem torturar, experimentem isto.
Partam o rabo ( cóxis). Continuem com a vossa vidinha porque é a vida das Mamíferas. Marquem consulta no dentista porque tem m e s m o de ser por causa da infecção prévia a rabo partido. Vão ao dentista. Aguentem hora e meia sem dizer " em vez de me anestesiar a boca, importa-se de me anestesiar o rabo?".
21 novembro 2013
20 novembro 2013
Porque hoje é Dia Nacional do Pijama.
Não voltarei a engravidar. Não terei mais bebés recém-nascidos nos meus braços, saídos do meu ventre, onde durante 9 meses lhes senti o movimento e ouvi batimentos cardíacos através de uma sonda colocada no meu ventre, a fazer ecoar aquele tum-tum-tum de Vida em mim e também ainda minha, até ao corte do cordão umbilical e à dor mais profunda que se diz poder sentir, a primeira golfada de ar. Porque não quero, por motivos meus e que só a mim e aos que privam comigo de muito perto dizem respeito. E estou no meu perfeito direito de assim o decidir. Tenho uma "Maria Paquica" maravilhosa, saudável, linda, perfeita. Mas por vezes, muito de vez em quando, penso que talvez, tal-vez, um dia, se sentir que sim, se assim o quiser, se a Vida a isso me conduzir, a Francisca venha a ter um irmão. Ou uma irmã. Sim, por vezes penso na adopção ou em ser Família de acolhimento. Eu sei que é um processo complicadíssimo, que nem sempre corre bem, que para alguns membros da minha Família seria muito difícil de aceitar, que para alguns encaixar esta ideia nem à marretada, mas por vezes, penso nisso. Hoje é Dia Nacional do Pijama. Infelizmente e para grande pena minha, a Escola da Francisca não aderiu à iniciativa. Hoje por ser Dia Nacional do Pijama e por também acreditar que "uma criança tem o direito a crescer numa família", dei comigo a vaguear neste caminhos da encruzilhada que consegue ser a minha mente. Não sei para onde a Vida me leva. Mas sei que há muitas crianças a precisarem de um colo, de um beijinho de boa noite e de um beijinho cura dói-dóis. Por isso, à parte a minha decisão pessoal no respeitante ao meu ventre, talvez, um dia, se a Vida por aí me levar, eu seja o porto de abrigo de uma dessas crianças. Porque o sangue que corre nas veias de todos não é o que determina os afectos e cria laços fortes e inquebráveis. Talvez. Talvez um dia. Ninguém sabe o dia de amanhã. E sim, sometimes I get lost inside my mind...
19 novembro 2013
Pardon my french.
Resumindo a coisa: parti o rabo, ou seja, o cóxis. Ontem lá fui às urgências porque estava com bastantes dores e já eram tantas as alminhas a pedir-me para ir, que desta vez fui mesmo. Raio-X feito e pronto, tenho o rabo partido. Não há nada a fazer a não ser esperar que cicatrize por si, tomar uns drunfes e aguentar. Pareço o robocop a andar ou até poderia dizer que tenho um andar novo, mas isso poderia dar azo a outras especulações que não se coadunam com a situação actual. Tenho umas dores quando me sento que me fazem querer soltar imensos palavrões. Dor de rabo é uma grande merda, o que dito assim, não deixa de ser irónico. Se isto fosse com outra pessoa qualquer, eu ria-me, mas como é comigo, dá-me é vontade de ganir. Mandaram-me fazer repouso e eu vim trabalhar. É a vida. Além disso, tenho uma criança de dois anos e da última vez que reparei, repouso é coisa que, quando saio do que dizem ser a minha profissão e entro na minha profissão a 24 horas /365 dias por ano (não me venham com a treta de Mãe a tempo inteiro que eu, como todas as Mães que trabalham fora de casa, são-o), repouso é luxo gente! E eu não tenho nem tempo para luxos, nem tempo para me por a pensar nas dores que tenho. Por isso, vou arrumar os meus tarecos, buscar a minha piquena criatura, cerrar os dentes e não chorar. Porque como a Francisca diz "a Mãe é muito "porte", a Mãe não chora". E sim, vou-me atirar à app do meu covil favorito e comprar uma coisa qualquer, que é como quem eu diz, eu já sei bem o que de lá quero desta vez. Já que tenho de ter dores no rabo, ao menos tenho de arranjar alguma coisa para que me sirvam, nem que seja para fazer "order" numa coisa qualquer sob a capa do "é uma espécie de remédinho". Dói-me o rabo. E estou meia fodida da vida porque caramba, há merdas que parece que só me acontecem a mim. Pardon my french, sim?
18 novembro 2013
Shit happens.
Tem dias que não percebo. De verdade. Devo ter um íman poderoso para desastres, que é como quem diz, quedas diversas, patologias variadas e azares que não lembram ao menino Jesus. Primeiro, apanhei uma infecção num dente e fiquei com a cara em obras. Depois, fiquei com uma gripe e com uma otite, passei uns dias muito zombie e em modo "não me apanham nas urgências a não ser que esteja com os pés na cova". Coisas da vida. Ontem já estava bem melhor, maravilha, de volta à "normalidade", oba oba, palminhas para a Miss Train Wreck. Depois, bem, depois foi a risada até às lágrimas, as lágrimas nos meus olhos que não deixei cair entre uns "ais" e uns palavrões que abafei para a piquena não ouvir e a criatura a correr casa fora a gritar " a Mánhe tem dói-dói no rabo". Basicamente, mandei uma valente cuzada, uma valente pandeirada com o pandeiro. Coisas que tem dias que acho que só me acontecem a mim, não percebo. Bem, lá gani o que tinha para ganir e fui-me sentar quietinha e com uns anti-inflamatórios no bucho. Passei uma noite de merda, com as dores. Hoje, levantei-me e com dores no rabo. Isto dito assim, parece muito labrego, por isso vou antes dizer que me levantei e constatei que continuava cheia de dores no cóxis (parece melhor, não?). Sentei-me para conduzir e ia vomitando com a dor, mas lá me arranjei e siga, vamos embora que isto não é vida. Mas porque é que estas coisas só me acontecem a mim? E a Francisca no banco de trás a dizer que "a Mánhe tem dói dói no rabo e na mão. Nas duas mãos". Pronto, trilhei um dedo há uns tempos e agora está todo negro e ainda estou a cicatrizar uma ferida que fiz há umas semanas, quando me deixei cair de tanto sono, devido a sua Alteza me passar a noite aos gritos. Voltando ao meu rabo, ou melhor, ao meu cóxis, para não ser estrebeira. Há muitos anos atrás, a andar de patins em linha, estalei o dito. Lembro-me de ir às urgências arrastada pela minha Mãe e de me sentir bastante desconfortável com todo o aparato em volta do meu rabo. Passei um mês a sentar-me numa daquelas almofadas tipo donuts, muito à senhora idosa. Nunca mais me armei em patinadora artística a descer a rampa só numa perna. Agora, aqui, não há Mãe nem as colegas da Mãe para me virem prestar auxílio. Estou a pensar, enquanto enfio no bucho mais uns anti-inflamatórios, se vou às urgências ou não. E chego lá e digo o quê? "Olhe, desculpe, era para as urgências de ortopedia, dói-me o rabo?" O cóxis desculpem. Ou digo, "olhe, caí e dói-me para burro o rabo a ponto de quase não me conseguir sentar? e me apetecer gregar com a dor?" Também posso dizer, "olhe fui de rabo ao chão e estou que nem posso". Parecem-me todas coisas muito giras de dizer à entrada da urgência. Imagino a risota à minha volta e sei lá, a senhora da recepção a gritar para a triagem, "está aqui uma com dores no rabo, óh Maria". Maneiras que continuo aqui meia sentada, à espera que passe. Não me apetece ter gente à volta do meu rabo, perdoem-me, cóxis. Nem de me por de rabo para o ar para fazer raio-x ao dito. Para verem o hematoma (palavra fina, atentem) já eu o vi de manhã ao espelho e está uma categoria, fiz uma bela merda no rabo (lá se foi a finesse). O mais giro é que se isto não se tivesse passado comigo, não estivesse eu cheia de dores, também me ria como uma tolinha da situação. Sim, sou uma pessoa terrível. Mas sabeis que mais? Pimenta no cú dos outros é refresco. Literalmente.
16 novembro 2013
E nem tirei ticket...
Maneiras que desta vez fui a ficar de molho com uma gripe e a bela da otite. Pelo menos desta vez, foi à vez com a piquena. Descobri que o algodão que enfiei no ouvido que gane é muito útil. Não só para não me doer tanto e proteger, como também serve para, em chamadas Skype across the country to the Lalaland land, usar o escudo do "ai desculpe, não ouvi, é do ouvido, 'tá a ver?". Sim, sou uma pessoa terrível. Deve ser por isso que tudo me pega.
12 novembro 2013
Eu nem sou de ser fófinha...
... nem de gostar dos "Aviões" e assim, mas esta é mesmo fófinha. Nem que seja porque começa por falar do meu Porto e do Senhor de Matosinhos. Porque me faz lembrar a minha Casa e o meu Mundo. E também porque é fófinha. Mesmo que eu nem seja dada a fofuras, às vezes distraio-me. Assim...
Como quando o Porto perde em casa
Ou me deito com o grão na asa
Fico tonto, zonzo assim só de me lembrar
Ou como quando andava nos carrinhos
Do senhor de Matosinhos
Perna à banda, bamba assim só de me lembrar
E agora, quem me diz onde é o norte?
Se fui tonto em tentar a sorte
Com quem não tem dó de mim
Tanto que eu às tantas fico tão, tonto de ti.
Como quando me negaste um beijo
Na noite do cortejo
Fico zonzo, zonzo assim só de me lembrar
Ou como daquela vez na escola
No recreio a cheirar cola
Fico tonto, zonzo assim só de me lembrar
E agora, quem me diz onde é o norte?
Se fui tonto em tentar a sorte
Com quem não tem dó de mim
Tento há tanto tempo que ando tão, tonto de ti.
Tonto de ti.
Tonto de ti.
E agora, quem me diz onde é o norte?
Se fui tonto em tentar a sorte
Com quem não tem dó de mim
Tento há tanto tempo que ando tão, tonto de ti.
Tonto, tonto de ti.
Tonto, tonto de ti.
11 novembro 2013
Outras coisas que descubro sobre mim no Facecoisa.
Cheguei também à conclusão, depois de abrir o Facebook após dias sem lhe por as vistas em cima, que sou uma pessoa do mais démodé possível, independentemente de me entreter a ver o que há de novo no meu covil preferido. Assim, passo a expor a situação:
- não tenho uma horta ou mini horta biológica em casa. Eu nem uma planta consigo manter viva quanto mais hortas e alfazemas e mangericão para depois cozinhar. Talvez batatas fosse capaz, mas não estou muito para aí virada;
- também não me dediquei a ser "chef" na cozinha com as cenas biológicas que supostamente é in ter na varanda ou no parapeito da janela. Cozinho porque tenho de dar de comer à piquena, que eu sou pessoa de me manter a meias de leite, tostas e torradas. Se houver gomas, também dão sustento. O lema da minha "vasta" experiência culinária é "fast, cheap and easy" o que não se coaduna com alfazema biológica. E sim, eu até há uns tempos achava que alfazema se punha na roupa para cheirar bem e não na comida. Sou labrega, habemus pena;
- também não lhe dou na arte de empratar, tirar fotos bonitinhas do que confecionei e postar na tal rede, depois de as tratar com um programa específico para a coisa. Até porque o meu conceito de empratar passa por "chega aí o prato e diz quando está bom". Muitas vezes, vai tacho para a mesa e tudo, que isto de sujar muita louça, implica muita louça para lavar e a vida está cara;
- descobri que tenho uma série de pedidos para fazer "likes" em diversas páginas de pessoas que conheço que se lançaram nos seus próprios negócios, fruto do que as suas mãos de fada sabem e conseguem fazer (às quais desejo o maior sucesso!). Ele é bolos, cupcakes, organização de eventos, roupas, adornos e coisas diversas. Já acima referi que cozinhar é cena que faço por necessidade. Tenho capacidade para organizar o meu dia, sendo que o alinhamento vai variando várias vezes ao dia, o que se fosse transposto para organizar um evento dava, a ser optimista, uma valente porcaria. Mas tenho o meu armário dos sapatos organizado, só para que conste. Quanto às outras artes manuais, tenho a dizer que tenho tanto jeito para as ditas, que o botão que caiu do bibe da minha rica filha e eu preguei, com afinco e dedicação (tradução de afinco e dedicação: a linha combinava), demorou 2 dias a cair de novo. Acho que este último facto diz tudo sobre o meu talento de agulha e linha.
Estou ultrapassada. Out of style. Démodé. Mas tenho o meu armário dos sapatos organizado, está bem? E com sorte, tem alfazema por lá, para perfumar o ambiente.
O Grinch chegou em Novembro.
Armei-me em pamonha e abri o Facebook (mas quando é que eu ganho coragem e acabo de vez com aquela porcaria que só serve para me vasculharem a vida?). Descobri umas quantas aves raras que hoje, aos 11 de No-vem-bro, Novembro!, já colapsaram na loucura do Natal e fazer a árvore e as luzes, ai as luzes nas ruas, vamos toooodos ver os enfeites nas ruas, ai espera ainda não ligaram as luzes, vamos todos para a Baixa ver como vai ficar lindo quando acenderem, também é giro ver assim apagado, obriga a puxar pela imaginação e depois lá voltaremos, quando ligarem o interruptor das ditas, a levar com frio no toutiço, que coisa tão linda, as luzes (shoot me). Fechei o Facebook (acho que estou cada vez mais perto de fechar a conta daquela merda, tanto que pelo meu perfil parece que morri e me esqueci de avisar, que sim pessoa decente no facebook até isso deve postar). Vou continuar a não fazer porra de árvore de Natal nenhuma em minha casa, que nem lá passo o dito. O facto de na Lalaland se apregoar que estão a fazer uma prenda "liiiiiindaaaa" e "enooooorme" para a minha cria faz-me temer pelo que aí vem. Mais pelo meu fígado do que pelas "tourettes" que se me irão acometer em surdina enquanto mordo a língua e me escondo na garagem com uma garrafa surrupiada ao meu Pai. Hoje são 11 de Novembro e eu já vomito o Natal. Ena, por uma vez na vida estou antecipada. Nem que seja a entrar no Grinch mode e p'lo amor da Santa pá estamos em Novembro, atirem-se aos cães! E levem a Popota e a Leopoldina e o raio que as parta, sim? Agradecida.
08 novembro 2013
Ai, que bem, que estou quase uma pessoa saudável e sopeira!
Eu gosto de rissóis. Gosto de rissóis de quase tudo menos de camarão, porque lhes faço alergias daquelas que se me falta o ar e me dão abafos. Mas gosto muito de rissóis. Só não gosto de ter de os fritar, que o cheiro a fritos entranha-se na pele e demora dias a sair, não importa a quantidade de vezes que se esfregue o cabelo e os azulejos. Um destes dias, comentava que tinha lá para casa uns rissóis tão caseirinhos e de bom aspecto e que desciam mesmo bem, mas que só de pensar em fritá-los, me passava a coisa. Ao que me disseram que os podia fazer no forno, só tinha de os pincelar com azeite. Fiquei toda contentinha e a babar pelos ditos. Vai dái, ontem à noite armei-me em cozinheira e zumba com o pincel azeiteiro neles. Acho que exagerei nas pinceladas que lhes dei, mas isso agora não interessa nada. Ficaram comestíveis e foram todos com um belo de um arroz. Vá, o aspecto era assim molarengo e mau às vistinhas, mas sabiam bem, há que chutar para canto a parte dos olhos também comerem. Maneiras que é isto, estou quase uma verdadeira sopeira de mão cheia e a ser uma pessoa com uma alimentação saudável. De sobremesa, enfardei um café com sete ou oito bolachas de doce húngaro e uns drunfes para a dor de dentes. So much para a parte de saudável. E quanto a sopeirices, bem... o pirex dos famosos rissóis à lá forno ainda está na banca. Aquela visão de gordura, fez-me coisas cerebrais, calcei as minhas luvas cor de rosa pónei, muni-me do spray para a dita e borrifeio-o como se não houvesse amanhã. Mas de longe. Há coisas que não mudam.
07 novembro 2013
O colo chegou pelo correio.
O colo da minha Mãe chegou hoje de manhã, numa grande caixa de cartão. Chegou enquanto eu me tentava calçar, ao mesmo tempo que tentava vestir o bibe à Francisca, que por sua vez chamava (gritava) pelo KikoNico (como se ele viesse ter com ela e dissesse"'bora pá Escola"), ouvir o que a Oksana estava a tentar dizer-me (qualquer coisa relacionado com uma notícia macabra lá do país dela, abanei a cabeça, funciona sempre) e raios parta a dor de dentes, desampara-me a loja. O colo da minha Mãe chegou na forma de doce húngaro e croissants de que gosto, como eu gosto, como aqui não encontro. O colo da minha Mãe chegou com prendas para a Neta dentro da caixa de cartão, que chegou no meio da correria das minhas manhãs. O colo da minha Mãe chegou porque como ela diz, no seu ar frio e implacável de I told you so: "elas não matam, mas moem". Porque se calhar a minha Mãe percebeu que esta Mãe precisava de colo. E foi a maneira como conseguiu que chegasse até mim, nas doçuras das coisas de que também tenho saudades.
06 novembro 2013
Coisas que devem ter uma explicação lógica mas eu não faço a mínima:
- porque é que os ataques de tosse infantis escolhem sempre, sempre, sempre o pós-meia noite para lhe dar com força?- porque é que tenho uma dor de dentes estúpida ( eu sei a resposta a esta parte: fosses ao dentista quando devias, ursa medricas mariquinhas!) que, à noite, decide atormentar-me ainda mais do que durante o dia?- porque é que aguardente diz que ajuda à dor de dentes se o propósito é bochechar e não beber? Se fosse beber até que percebia, bochechar só me dá cheiro de bêbeda sem o proveito.Maneiras que me doem os dentes e Francisca tosse. Mas só depois da meia noite a tosse dá o ar de sua (des)graça... é quando a pista abre. Mas a minha dor de dentes abana o capacete que é uma ma-ra-vi-lha!
05 novembro 2013
De realidades.
Quando era pequena, queria ser piloto de F1. Também passei por uma fase em que o eu queria mesmo ser, era Miss, daquelas que dizem que querem paz no Mundo, borboletas e acenam com a mão graciosamente. Seguiu-se uma fase em que o meu maior sonho era entrar nos "Jogos sem Fronteiras". Depois, voltei à parte de ser piloto de F1, até ao dia em que o meu Pai me acabou com o delírio, sem dó nem piedade, dizendo que não me poderia oferecer um F1, porque o carro era muito baixinho para andar ainda mais (aprendi anos mais tarde ser uma questão de aerodinâmica) e como no Porto havia muitos buracos na rua e ruas de calçada, o carter partia-se e estragava-se o carro. Foi inteligente da parte dele não referir a pipa de massa que a coisa custaria, uma vez que eu com 20 escudos me sentia a dona da minha rua e mais um par de botas. Fui crescendo sem saber ao certo o que havia de fazer de mim, sabendo apenas para o que tinha jeito e o que nunca conseguiria ou quereria ser. Aliás, há uma série de profissões para as quais eu seria dada como inapta ao fim do primeiro dia. Ou acabaria na cadeia. Um dia destes, do nada, a Francisca olhou para mim e disse, com todas as letras: "A Mamã é muito bonita. Gosto muito da Mamã". Não cheguei a ser piloto de F1. Não cheguei a entrar nos "Jogos sem Fronteiras" e ainda bem que a ideia de Miss me passou rapidamente do alto dos meus 5 anos. Não fui e fiz muito do que aos 5, aos 10 e aos 20 sonhei. Por muito que não se queira e se tente evitar, há sempre qualquer coisa que vai ficando para trás à medida que se cresce e os sonhos não chegam a tornar-se realidade. Mas há realidades que não se sonharam ou imaginaram que são melhores. Como ouvir dizer "A Mamã é muito bonita. Gosto muito da Mamã". Por incrível que pareça, dá mais adrenalina do que conduzir a alta velocidade.
04 novembro 2013
Eu, a nódoa do lápis de cera.
"Mánhe, faz uma Menina! Mánhe, faz uma cara!". Eu não sei desenhar. Não sei. Nunca soube. Não gosto. Não quero. O gato diz que não interessa e burro velho não aprende línguas. Mas mesmo assim, a criatura não desiste. "Mánhe, faz uma filori". Acho que ela ainda não percebeu que a Mãe tem uma grave falta de jeito para Giottos. Ou isso ou gosta de arte abstracta. Ou então, sendo que esta deve ser a mais provável, quer garantir que a comida lhe continua a aparecer à frente, tal o contentamento com os rabiscos que faço. Deve ser graxa. Só pode!
Dos dias de saudades...
Novembro traz castanhas. Eu não gosto de castanhas. Não sei porquê nem porque não, mas não gosto. Nunca gostei. O magusto nos tempos de Escola nada de interessante me trazia a não ser o como esconder as 6 castanhas que me passavam para a mão embrulhas numa página das páginas amarelas sem me moerem muito o juízo. Nos tempos de Faculdade, bebia a jeropiga e alguém que comesse as castanhas, não era esse o propósito da coisa. Mas, gosto do cheiro de castanhas assadas no ar. Faz-me lembrar Santa Catarina nos dias já frios de Novembro. Às seis em ponto aquele relógio, que quem conhece Santa Catarina sabe onde fica, tocava. Será que ainda toca? Sou má das minhas saudades de Casa. Santa Catarina faz parte de Casa. Tenho saudades de Santa Catarina em Novembro. Tenho saudades do "meu" Porto pardacento todos os dias, na luminosidade dos seus dias cinzas frios.
01 novembro 2013
Princesa sem Reino, qual foi o teu primeiro acto...
... no pós-quarentena infantil (assim o espero)? Fui arranjar as mãos. E pintei as unhas de preto. E o mais estranho? Gostei. Guess black is the new... qualquer coisa.
Porque o cerne é no in time.
Acho que devia lembrar-me mais vezes de que "and in time, this too shall pass". Francisca já aceita a comida muito melhor. Voltou a dormir decentemente, longe do perfeito mas está bom assim. para já. E o sorriso dela, voltou! Assim como a energia e ai que hoje já me tentou alimentar a mai 'belha com doce húngaro, que foi roubar da mesa. Porque no fundo, a questão está no "in time...", que por vezes faz de dias semanas.
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