06 dezembro 2014

#6 das coisas que 2014 me ensinou...

A minha bata nunca vai ser como as batas de CSIs desta vida; brancas imaculadas, sem vincos e bolsos sem coisas estranhas. A minha bata branca  terá sempre nódoas de BB cream, porque nem sempre me apetece tirar as luvas para coçar a cara ou afastar o cabelo dos olhos. A minha bata branca estará sempre meia encurrilhada, abandonada na cadeira onde me sento horas a fio. Não é fancy, não tem nomes ou paneleirices bordadas, mas é minha. Sempre com lenços e luvas duvidosas nos bolsos. Sempre de apertar mas costas. Já aprendi que não terei uma bata pristine. E não me importo. Passamos muitas horas juntas, mesmo que a meta a 90 na máquina, sozinha. Curiosamente, saem as nódoas de BB cream, mas nunca o meu nome, no lado direito da parte de trás, escrito há anos com uma qualquer caneta de acetato. O meu nome está naquela bata há anos. E assim continuará enquanto a decidir vestir. 

1 comentário:

Magui disse...

Deixa-me adivinhar... E o teu laboratório é claro e com muitas luzes ao contrário da penumbra do CSI...