21 julho 2014

Uma mancha de óleo.

Um dia perguntaram-me como definiria a tristeza. Ocorreu-me algo que se assemelhava a uma mancha de óleo no azul profundo do mar. Uma mancha de óleo que alastra, indefinida e sem rumo, contaminando tudo e levando o bom consigo. A tristeza é como uma mancha de óleo, respondi. Controla-se, minimiza-se mas não se pode apagar as marcas que deixa, disse resoluta e com a certeza de tal ser uma verdade absoluta. Continuo a achar que a tristeza é algo como uma grande mancha de óleo sobre um azul de mar imenso, que alastra sem medos e sem destino se não for controlada. Mas agora sei que as marcas dos óleos da vida se apagam, se mitigam e se tornam (quase) invisíveis. 

2 comentários:

Magui disse...

Gostei... É isso mesmo!

Pitú disse...

Porque o azul de qualquer mar é sempre muito mais forte! E o azul do mar do Norte?? Uiii esse então ;)