04 novembro 2011

Das coisas que (des)aprendo com o meu afilhado...

O Teco ficou mais sozinho, pobrezito. O Tico não suportou o golpe que lhe foi hoje aplicado (vamos fazer uma corrente de luz para que um dos meus últimos neurónios supere esta fase má). Tenho sérias dúvidas que alguma vez recupere.  
O meu afilhado (e primo) índio até que é um miúdo querido. Quando quer. Meia volta e parece que cresceu no meio dos bichos ou algo nessa linha. Depois de uma manhã inteira a levar com um canal qualquer para criancinhas e com o pequeno a explicar-me pormenorizadamente quem eram as personagens da bonecada, a cantar as músicas em alto e bom som (às vezes penso que deve ser meio mouco, mas dado que é capaz de reproduzir a quem quiser ouvir as conversas tidas em voz baixa entre os adultos cá de casa, não me parece muito provável essa hipótese), a imitar tudo o que o totó  Ruca fazia (e eu à procura de uma esquina qualquer para dar lá com a minha cabeça e acabar com o meu sofrimento), eis que o pequenote desfere o seu último golpe na minha muito reduzida sanidade mental. Do alto dos seus quase 4 aninhos (partilhamos a data de aniversário, giro não é? E também assisti ao Parto e cortei o cordão (o Pai da criancinha desmaia a ver sangue). Na altura, foi tudo muito lindo e uma emoção... Duas semanas depois, quando me lembrava, dava-me a volta à barriga... Blach), fez questão de gritar bem alto " Olha Madrinha, olha depressa, a Popota!!!" E em seguida, abanar-se todo, de forma psicadélica, ao som da dita sinfonia, enquanto um hipopótamo cor-de-rosinha "Lopez" se abanava também, envergando umas vestes vistosas e brilhantes...
Há um ano atrás tinha que me preocupar com o que ver na Trash TV das Américas, daí ter-me esquecido completamente que, logo no ínicio de Novembro, começam a meter o Natal pela casa "adentro". E logo a mim, que detesto o Natal... (talvez a Maternidade tenha algum efeito neste meu profundo desagrado pela época... -sorrisinho céptico-). Já não me recordava bem (e que feliz era) do bicho hipopótamo cor-de-rosa que assombra cada intervalo para publicidade.
No fundo, sei que daqui a uns anos a cena se irá repetir. Mas, desta vez, com a minha rica filha... ( a parte de canais para criancinhas e desenhos animados meios idiotas, não a parte do ser índio, que quem manda aqui sou eu, Maria Francisca). Por isso, de cada vez que ficar a olhar pelo Índio, vou pensar que é assim como que uma espécie de vacina para o futuro ... 
 ( hoje, já tive o "prazer" de a ver aí umas 945 vezes...) 

1 comentário:

Anónimo disse...

he he he
Confesso que até acho uma certa piada à Popota... O que não gosto é, ainda estarmos em Novenmbro, e começarem já com as publicidades natalícias. E tanta publicidade até baralha as crianças.. e os adultos!

Beijinhos, bom fim de semana :)