22 outubro 2011

Do trabalho árduo da canina...

A Mofli trabalha imenso. Diria mesmo que é incansável. Nem de noite pára o seu importantíssimo trabalho de "comer" o que estiver à mão (neste caso, à pata) e for minimamente útil. A semana passada foi um carrinho de criança, propriedade do meu afilhado "índio" (o "Sinhore" me livre e guarde de a Francisca me sair assim, dá-me uma coisinha muito má). Dei por ela, andava a canina com uma roda do dito preso nos dentes. Duas noites atrás foi o meu pente, mas esta foi tarefa incompleta. Dei conta antes que a bicha conseguisse roer o cabo, ficou-se pelos dentes do pente... 
Mas esta noite esmerou-se. Fez um trabalho óptimo, quase perfeito. A tarefa consistiu em roer um fecho eclair todo de uma camisola, cuidadosamente e propositadamente deixada em cima da cama para vestir de manhã cedinho, quando a Bebé Milupa exigisse o seu pequeno almoço (em breve deve estar a chamar por mim para lhe servir o brunch) e não ficar geladinha até aos ossos (para mim, está sempre frio, no matter what. Longe vão os tempos de grávida em que me davam os calores)
Acorda uma pessoa de madrugada para dar de caras com uma cadela com um ar estouvado, com bocados de fecho (vermelhos, impossíveis de ignorar, mesmo à meia luz) espalhados pela cama, a enfeitar as suas longas melenas e a pender da sua grande bocarra. Desengana-se quem pense que, assim que me viu e reparou que eu, mesmo bêbada de sono a estava a ver a fazer asneiras, parou e foi dar uma voltinha como se não fosse nada com ela. Não, nada disso. Teve a distinta lata de olhar para mim com um enorme ar de reprovação por ter, momentaneamente, interrompido a sua função desta noite. I'm deeply sorry my Lady... E continuou na sua tarefa, não fosse esta não estar terminada antes de o Sol nascer... 
É este o respeito que a destravada tem por mim. Nenhum!!! 
Mas eu adora-a na mesma... 

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