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17 dezembro 2013

Brilhante!

in P3
Porque me fez lembrar uma conversa muito boa com alguém que me começou a ser muito querido! 

02 dezembro 2013

De despedidas.

Hoje, o meu dia começou com despedidas. Despedidas de a quem me afeiçoei. Mais uma. Vão (re)começar a Vida num novo sítio. Vi o carro carregado com as últimas coisas. Vi as chaves na mão prestes a serem devolvidas. Não chorei. Atabalhoei-me com a verdade de que estava muito atrasada para não me desfazer no meio da rua. Dei abraços e beijinhos e o meu atraso segurou-me de choros públicos. Não expliquei à Francisca que o bebé Gonçalo já não ia mais estar na porta ao lado da nossa e que aquela mesma porta já não mais será a da Ticha, como ela sempre dizia quando saía ou entrava em casa. Disse-lhe para acenar e mandar muitos beijinhos. Não chorei. Hoje, está sol. Espero que a nova vida, a continuação da que hoje levam, seja assim, cheia de sol, cheia de "Blue Skies...". De despedidas e saudades se fazem, também, os meus dias. 

06 outubro 2013

Sabes que da fama não te livras...

(C. ao telefone): 
- O que andas a fazer? 
- Estou a jogar à bola com a Francisca. 
- Eh pá, deixa-te disso e senta-te! Da maneira que tu és ainda partes alguma coisa ou ficas mais desfeita. Senta-te quietinha masé.  
As minhas Amigas, mesmo de longe, sabem do que a casa gasta. 

21 agosto 2013

Do outro lado do azul, talvez...

Por esta altura, suponho que o S. está sobre o imenso azul do Atlântico. Ou ainda a arrastar-se por Barajas, onde se lamentava que ia esperar umas horas pelo voo que o levará a uma vida nova. A um recomeço. Foi mais um caso de ódio à primeira vista no meu historial de recomeços. Até hoje, ambos nos lembramos da primeira vez que nos vimos, apresentados por aquela que viria a ser a nossa Chefe comum. Eu pensei porque carga de água está este caramelo a olhar para mim assim. Ele pensou que raio está esta Barbie de T-shirt cor de rosa a fazer aqui. Levamos o nosso tempo. Em boa verdade, foi mais o S. que se esforçou por me conhecer e me integrar no meu novo (agora semi-antigo) local de trabalho. O ódio à primeira vista acabou por se converter numa grande Amizade. Crescemos juntos à medida que os anos do Doutoramento iam passando por nós. Rimos muito. Desabafamos muito sobre tudo, sobre nada, sobre quando tudo corria de mal a pior.  Discutimos ciência mas também sobre a catota do ribossoma, porque a vida se expande fora de batas brancas. O S. foi (e é) um pilar importante, muito importante para mim, quando o que mais queria era atirar tudo aos cães. Sempre me ajudou em tudo o que precisei. Sempre teve tempo para ouvir os meus disparates. Para se rir de mim comigo. Para perceber quando "agora não fales comigo que eu mordo". O S., por esta altura, talvez esteja sobre o imenso azul do Atlântico. Ou ainda por Barajas, talvez a pensar nos meus sábios conselhos (ou não) de que as dutty free são o melhor queima tempo em escalas. Honestamente, não sei bem onde o S. anda. Sei que hoje partiu para um recomeço, para uma vida nova, do outro lado do azul imenso do Atlântico. Honestamente, também sei que isso pouco importa. O S. fará sempre parte da minha Vida. Recomeçar não é simples, tem um preço associado. Mas sei que vai correr tudo bem, nesse novo País, nessa nova cultura. Sei que sim, porque sei que ele merece o melhor que esta nova vida tiver para lhe oferecer. O S. é uma das minhas Pessoas. E sempre será. 
(S. se leres isto, livra-te de me vires perguntar se agora estou a ficar mole e sensível. Ou se o fizeres, ao menos avisa primeiro que chegaste direitinho para eu não te soltar os cães) 

19 agosto 2013

Sim, há outras coisas boas...

... mas "apanhar" os dois últimos "Jambes Divines" após percorrer meio Porto, (tentar) testar a coisa e espalhar no pé, ter de ser socorrida a bem do nome do produto e "óh emigra ainda levas uma saca do Yetman, 'ca luxo" tem outro sabor assim. Sempre. Porque os (teus) chocolates adoçam os meus dias, mas há laços que adoçam muito mais a Vida. Há muitos anos. Por muitos mais. 


Winter, spring, summer, or fall, all you have to do is call and I'll be there, yeah, yeah,
you've got a friend.
If the sky above you should turn dark and full of clouds
and that old north wind should begin to blow,
keep your head together and call my name out loud.
Soon I will be knocking upon your door.
You just call out my name, and you know where ever I am
I'll come running to see you again.
Winter, spring, summer, or fall, all you have to do is call and I'll be there.
Hey, ain't it good to know that you've got a friend? People can be so cold.
They'll hurt you and desert you. Well, they'll take your soul if you let them,
oh yeah, but don't you let them.
You just call out my name, and you know where ever I am
I'll come running to see you again.
Winter, spring, summer, or fall, all you have to do is call, Lord, I'll be there, yeah, yeah,
you've got a friend. You've got a friend.
Ain't it good to know you've got a friend. Ain't it good to know you've got a friend.
Oh, yeah, yeah, you've got a friend. 
 P.S- Tenho de me dedicar a besuntar com a coisa, já que tanto trabalho deu a encontrar... 

08 agosto 2013

Shinning on me now...

Como prenda, os meus colegas juntaram-se e ofereceram-me um relógio. Gosto muito de relógios. O meu primeiro relógio foi um flick flack de pulseira azul escura. Tinha 5 anos. Ainda o tenho. Ainda funciona. Acho que começou aí o meu gosto. Coleccionei dezenas de swatch ao longo dos anos. Lembro-me de quando aquele ou o outro me vieram parar ao pulso e pelas mãos de quem. Depois comecei a gostar de outros relógios. Tenho bastantes. Todos com uma estória associada, sem serem apenas objectos mas sim, parte da minha estória. Ironicamente, ando sempre atrasada. Este, foi-me dado no fim de um capítulo muito, muito, muito importante. Hoje, trago-os comigo no meu pulso. Mas sempre, shinning on me. Num cantinho muito especial. 

29 junho 2013

Porque sou má de pessoas...

Já o disse antes: eu sou má de pessoas. Por norma, não gosto muito delas, das pessoas. Em alturas da minha Vida em que tudo o que mais precisava era de sentir humanidade, essa que se diz quente, senti fel e frio. Muito frio. Senti olhares gelados, dilacerantes. Senti indiferença. Senti palavras que me ecoaram e me deitaram literalmente ao chão. Levantei-me, sempre. São marcas que não se apagam. São marcas que nunca vou conseguir apagar porque simplesmente não quero, porque me ensinaram e ensinam a valorizar o doce, o bom, o bem. Enquanto tiver capacidade de me lembrar, não quero esquecer. Não fui sempre assim. Não importa, sou assim agora. Quando gosto das pessoas, gosto mesmo. Gosto de verdade, não gosto mais ou menos, não gosto hoje e amanhã nem por isso porque me dói a cabeça, gosto. Há uns meses atrás, precisei de amparo para mim e para a minha Filha. Adoecemos ambas ao mesmo tempo. Precisei muito de ajuda. De colo. De carinho. Lembro-me de naqueles dias ser um farrapo rasgado pela doença e pela angústia de não conseguir cuidar da Francisca. Não pedi ajuda, a ajuda veio ter comigo. Levou a minha Filha doente e cuidou-a como se dela fosse. Passou a noite em claro com ela, tendo ela também dois filhos pequenitos para cuidar. Alimentou-a. Medicou-a. Deu-lhe banho. Vestiu-a. Deu-lhe colo e mimo, como se fosse dela. E eu nunca vou esquecer isso. Muito mais do que quem minha Filha beija, minha boca adoça, ela foi Mãe para a minha Filha quando a doença me deitou numa cama. Ela, vai sair desta Cidade onde me desterrei de raízes e das minhas Pessoas. Ela, a quem eu tanto me afeiçoei e de que tanto gosto, vai finalmente sair desta Cidade para a que há muito desejava, para melhor. Vai ser mais feliz, ou pelo menos, é o que se espera. Fico feliz por ela, de verdade que sim. Mas sei que no dia em que precisar, não lhe poderei ligar, despida de merdices de durona e dizer "preciso de ajuda". Sei que não vai haver tão cedo alguém que saiba que eu sou uma merda enquanto durona fechada entre quatro paredes e que se aperceba que eu preciso de ajuda muito antes de o admitir. Sei que sou má de pessoas. Mas sei que quando gosto, gosto mesmo. Gosto de verdade, não gosto mais ou menos, não gosto hoje e amanhã nem por isso porque me dói a cabeça, gosto. E por muito que a Vida mude, a Vida deu-me a benção de conhecer uma Pessoa assim. E o meu Mundo de Pessoas ficou mais bonito também por causa dela, porque um dia, aprendi que o que ela fez, poucos o fariam por mim. E que mesmo sendo má de pessoas, há Pessoas que se cruzam comigo e que me fazem perceber que afinal, apesar de ser má de pessoas, a Vida me tem dado a sorte de Pessoas como ela se cruzarem no meu caminho. Serei-lhe eternamente grata.  Quero que quando for tempo de ela começar a sua nova Vida, numa outra Cidade, numa outra rotina,  num outro céu azul, leve um abraço bem sentido meu e a sensação de que, por muito que a Vida mude, estarei aqui para ela. Como ela esteve para mim. 

21 junho 2013

E no dia mais longo do ano...

A minha Tese de Doutoramento tem para aí umas 200 páginas. Cinco anos da minha vida (o tempo de cama devido a gravidez de alto risco e a licença de maternidade também contam, que não desliguei). Cinco anos de coisas muito boas, de coisas muito más. Cinco anos onde conheci pessoas que me marcaram para a vida, pelo bom e pelo mau que me trouxeram. Sobretudo, pelo bom. Essas pessoas, sabem quem são. No meu jeito muito próprio de lhes dizer, porque sou má de pessoas. E elas sabem-me e sabem-no. Cinco anos que me proprocionaram experiências pessoais únicas. Onde aprendi que me podem mandar para o outro lado do Mundo sozinha, à laia de unshit yourself, que está tudo bem. Onde aprendi o significado de "Ever tried, ever failed. No matter, try again. Fail again, Fail better". Cinco anos de algumas (muitas) noites mal dormidas. Cinco anos onde cresci. Em tic-tac de contra relógio, fui a Casa e soube quando seria o dia do fim do principio de uma nova fase, como dizia Churchill "Now this is not the end. It is not even the beginning of the end. But it is, perhaps, the end of the beginning." Sei-lhe o dia. Sei-lhe os dias que faltam. Sei que será o que tiver de ser. Depois, nem tudo se resume a números. São 200 páginas. Foram cinco anos. Mas não consigo contabilizar tudo o que ganhei durante esses dias nesses 5 anos da minha vida. Também perdi, quanto mais não seja, alguma sanidade mental. Mas ganhei muito, muito mais. Em todos os aspectos. São 200 páginas de papel. Para mim, são 200 páginas de muito de mim. O "Doutora" é só um título que nada me diz. Tudo o resto, também sou eu. Em tic tac de contra relógio, dei por mim a ter a noção de que me fazem falta muitas pessoas, logo a mim, que sou má de pessoas. Que me fazem falta. Muita. Que me acarinham e acarinham a melhor parte de mim e isso, a mim, que sou má de emoções, me toca profundamente, num doce esconder da voz tremida. Em tic tac de contra relógio, voltei a pegar num recém nascido. Já não me lembrava de como são. Pequeninos, indefesos, num Mundo deles. Dormir. Comer. Comer. Dormir. Chorar. Sujar fraldas. Dormir mais. Chorar mais. Já não sabia o peso de um ser tão pequeno nos braços. Mas lembrei-me que de facto, gosto muito mais das fases seguintes. Não senti saudades da minha Filha recém-nascida, admito. Não senti nada cá dentro que me dissesse "que saudades tenho de bebés". Não tenho. Mas gosto daquele pequenote, gosto muito. Segurei-o e pensei que o importante é que cresça feliz, saudável. Que se torne num Homem bom. Desejo àquele pequenote o mesmo que desejo para minha Filha. Desejo que a Vida os molde para serem pessoas profundamente boas. O resto, virá. No dia mais longo do ano e porque a vida não funciona em binários, sorrio ao relembrar o que em três dias de contra relógio fez crescer em mim. Porque os tic tacs são pulsações, rítmicas ou descompassadas. No dia mais longo do ano, de mais luz, por mais tempo, em tic tac de contra relógio, sem outra meta que não viver. Sempre um bocadinho mais, a cada dia. 

26 maio 2013

'Cause the older you get...

Quando se quer, quando se pode, do perto se faz longe. E sim, o mundo das telecomunicações dá uma ajuda muito, muito grande. Mas não é a mesma coisa. Nunca será. Porque há brindes e risadas que não se passam através do virtual. Porque há desabafos e desaforos que só     sentidos frente a frente. Porque quanto mais longe estou e mais velha vou ficando, mais as quero no meu Mundo. Porque fazem parte dele. No matter what. Mesmo que se dance ao som do rádio " she's up all night to geeeet lucky...". ' Cause the older you get, the more you'll need the people you knew when you were young... E como dizia a outra, elas são as minhas pessoas. Neste meu Mundo.

22 abril 2013

5 minutos do meu tempo...

Um dia, ele pergunta-me se tenho 5 minutos para o ouvir. Como não? Claro que tenho 5 minutos, 10, 1 hora. Arranjo sempre tempo para os meus Amigos. Não falamos pessoalmente, há um Oceano entre nós. Há também os fusos horários que fazem difícil o contacto diário. Mas, um dia, ele pergunta-me isso, a horas normais cá e eu desconfio que algo não está bem. Está triste. Está sem saber onde se perdeu. Porque a vida não foi nada do que sonhou. Do que planeou. Que há 10 anos atrás, se imaginava hoje com uma vida tão diferente. Que não a dele. Que não esta em que diz ter caído. Eu ouço. E só lhe digo que a vida nunca é o que se planeia. Nunca. Porque cada dia é único. Porque ninguém sabe o dia de amanhã. Que não conheço alguém cuja vida tenha corrido nos moldes em que a imaginou. Perfeita. Imaculada. Cor-de-rosa. E ele escreve que está triste. E eu só lhe digo que não há vidas perfeitas. Mas que há vidas cheias de imperfeições bonitas. Que a vida é curiosa. Que é para ser estimada e vivida. Independentemente dos solavancos do caminho. Porque a opção contrária, a de se arrastar uma vida sem vida, não é opção. Há que aceitar os solavancos, amortece-los como se consegue e seguir em frente. As lágrimas secam-se. Porque a perfeição imaginada magoa mais que as marcas das imperfeições reais. E por isso lhe digo que a vida se constrói em cada bocadinho. Para não ficar preso ao que imaginou 10 anos atrás. Porque isso não volta. Apenas rouba tempo ao que vem do outro lado do solavanco. 

11 abril 2013

Somethings will never change...

( tal como eu nunca beber os fundos do que quer que seja. A não ser que meta álcool. Mas isso são outros quinhentos ...) Mas diz que sim.., I choose my friends very carefully!





26 março 2013

Bom dia, versão eu quero ser assim quando for grande...

Eu, quando for grande, quero ser como uma Amiga minha no que respeita a ser autefite-put-together. A sério que sim. As minhas manhãs são, por vezes, casos anedóticos em que tento passar os collants sem lhe por malhas enquanto piquena cria se m'agarra às pernas, em que quero uns sapatos e estão-me à frente dos ojolhos e não os vejo, em que despejo, literalmente, conteúdos de carteira em carteira, qual tirar, vira e segue, o que está, está, o que não está, estivesse. Tenho manhãs em que bebo o leite em pé, com piquena cria agarrada às minhas pernas com as mãos gordurosas do que apanhou em cima da mesa. Tenho manhãs em que enfio a escova do rímel olho adentro e depois o olho lacrimeja e choro e borrato-me e irrito-me e Maria Francisca deslarga-me as pernas, plo amor da santa, deslarga! Maneiras que se conseguir combinar a cor da carteira com os sapatos, ganhei o dia. Mas eu tenho uma Amiga que é assim, toda put together, que consegue combinar a cor da roupa interior com a cor do autefite do dia. Ah pois é, mais put together que isso, não dá. Quando for grande, vou ser assim. Até lá, maneiras que é o que eu digo, se sair carteira e sapatos em pandant, já me dou por feliz e contentinha. E no meio de tanta combinação e coiso... Bom dia, Mundo! 

22 março 2013

Ah, Sexta feira...

Há uma frase de uma música (que não é bem uma música... mas eu acho que se qualifica a meio termo como música... adiante, não é o importante) que me costuma ocorrer quando o corpo me falha: " 'Cause the older you get the more you'll need the people you knew when you were young". Volta-se ao conforto destas mantas e à voz guinchante e estridente da Mãe, reclamando e insistindo, qual velho do Restelo, que um dia me corre mal. Volta-se aonde ninguém sabe onde está o telefone e o desgraçado toca e toca e toca... Volta-se à meia de leite que a D. Fátima me trouxe, aldrabada de café como só ela sabe, arrombando porta do quarto adentro, e "óh Menina, pelo amor de Deus, tudo lhe acontece! Já para cima  sentadinha e a comer tudo. E sem desculpas a enfardar a medicação, vamos lá... Fique aí quieta, não a quero ver nem ouvir, entendeu? E coma tudo que eu estou a ver!" É..." 'cause the older you get the more you need the people you knew when you were young... ". 
Bom fim de semana!

21 março 2013

De tempos idos em tempos que são...

Tenho saudades delas. Tenho saudades de me perder sem o fazer nas ruelas. Tenho saudades da Tavi. Tenho saudades de ver as horas escorrerem-me pelas mãos, entre um café e meia dúzia de barbaridades. Tenho saudades delas. Tenho muitas saudades delas. E queria muito não as rever hoje pelo motivo que me leva a por a chave na ignição. Queria muito não ter o coração mirrado pela dor que nem imagino que a B. esteja a sentir. Porque o cancro é a doença mais covarde. Porque tudo o que eu diga ou faça nunca apaziguará a dor da perda de uma Mãe. Porque a Vida é assim. E só o tempo melhorará tudo. Dar tempo ao tempo. Com o coração pequenino, fiz as malas, a minha e da minha filha. Cerrei os dentes à minha dor física e faço estes 450 km, atrás do volante, com o coração triste, com um nó na garganta. A pedir para o corpo não me trair hoje, para conseguir. Só preciso de umas horas, umas horas de dor suportável. Depois, não me importa, mas não agora, não me falhes agora. Aguenta-te. Porque a Amizade que lhe tenho vale tudo. E só lhe quero dar um beijinho, com todo o meu carinho. Porque os laços de Amizade que se criaram são para sempre.

13 março 2013

Convites absolutamente surreais...


"Caríssimos:
anuncio que Dom 17/Mar se celebra o meu solene 28º aniversário. Gostaria de vos convidar para um drink em minha casa, no Sábado (16/Mar) a partir das 21h30. Obrigações profissionais (yayayayaya, já lhe ouvi chamar outras coisas, mas vou adoptar essa terminologia) impedem-me de poder ser o anfitrião de um jantar decente, pelo que o copo after-dinner (a essa hora janto eu, artolas!) se apresenta como única alternativa viável. Agradecia que chegassem bem vestidos (mais nada?) e que saíssem bem bebidos! (seja feita a sua vontade!) Um bem haja (mas quem é que diz bem haja no final de um convite para copos? claro... malta com quem me dou, óbvio)!
Maneiras que a questão que se põe é: janto álcool??? Peço pipocas? Who cares, anyway? Festa, meus amigos, é festa! Mais nada! 

26 fevereiro 2013

It's all about confort food...

Vamos ambas ficar boas, é apenas uma questão de tempo, nada de grave que medicação, sopas e descanso (o possível) resolvam. Obrigada a quem se preocupou e acarinhou "desse lado". Um grande beijinho!!! E no meio disto tudo, descobri (-mos) que tenho (temos) uma nova rede, tão válida como a anterior. Ninguém cai com rede, muito menos eu. E enquanto recupero, abuso da confort food. Porque me sabe muito bem!

25 fevereiro 2013

E assim, sem airbags, um choque com a realidade...

A Francisca adoeceu Sexta. Picos de febre elevada, tosse, vómitos. Sábado, urgência. Amigdalite vírica e adenóides novamente muito congestionadas. Sábado à noite, a dor de cabeça começou. Não liguei, não tenho tempo para frescuras de dores de cabeça. Domingo, a febre e a certeza que sim, que no meu tempo, teria de arranjar tempo para adoecer. Mas uma Mãe não se pode dar a esses luxos, especialmente se tiver a cria doente e se encontrar desterrada (e temporariamente sozinha). É aí, sem aviso, que se bate de frente com a realidade. É aí que percebo, finalmente e sem margem a dúvidas, que toda a minha rede, tão bem cimentada ao longo dos anos, não existe mais para me amparar. Não há Pais perto. Não há os Amigos de sempre, aqueles que sabiam o que trazer e o que fazer, perto. Não há D. Fátima. Não há os Tios queridos, sempre disponíveis. Não há o ficar na cama, dormir, curar, comer e beber, descansar. Agora, eu sou a Mãe. Eu tenho de cuidar, mimar, ajudar em primeiro lugar. Agora, há o juntar as peças todas, uma cabeça em dor agoniante, o corpo quente, o ouvido que incomoda, as costelas que doem da tosse, um rim que me relembra que sim, que é só uma questão de tempo, e cerrar os dentes. Sair da cama. Mudar fraldas. Alimentar. Tentar entreter. E esquecer a dor física. Não vou morrer por isto... Nem pelo que quer que seja que acredito ter sido a piquena a (carinhosamente) me dar, nem por um rim que me relembra heranças de família. Antes pelo contrário. Renasço. Renasço, ao saber que agora, aqui, alguém me recebeu de braços abertos, com um carinho indescritível. Sem perguntas, sem reclamações, sem exigências. Que, automaticamente, ao saber o que se passava, tratou de criar uma rede para me amparar, agora, em que preciso. Em que o corpo me falha. E renasço, ao saber a sorte que tenho de pessoas assim se cruzarem na minha vida. Em que acolherão a minha filha. Para poder cuidar de mim. E depois, cuidar dela.