Mostrar mensagens com a etiqueta Saudades. Mostrar todas as mensagens
Mostrar mensagens com a etiqueta Saudades. Mostrar todas as mensagens

14 fevereiro 2014

O Porto é...

(imagem daqui
Chuva e vento, muitos dias dos 365 (ou 366) do ano e um nevoeiro sublime, inexplicável. Francesinhas, no Aviz, no Piolho ou no Fase. É o sabor das Bifanas do Conga.  O rio Douro. A Foz. A Ribeira. Da Ribeira até à Foz e aquele azul de mar, tão meu. O Porto é o arco da Ponte da Arrábida. Ou a ponte Dom Luís, onde passa o Metro de brincar da minha Cidade. Ou qualquer uma das outras pontes de atravessam o (meu) rio de Ouro. É a Rua de Santa Catarina. A Rua das Flores. A Avenida Brasil. A Rua de Cedofeita. A Rua Álvares Cabral, onde se me avariou o carro pela primeira vez, em dia de São João. O Porto é o São João, a festa mais democrática que conheço, a rua é de todos e para todos. É os Aliados, que ainda me recordo de terem árvores frondosas e lagos (charcos) no meio, onde corria atrás das pombas. O Porto são também os autocarros da STCP, apinhados em dias de chuva e a cheirar a ressoado e aquela velhinha que todas as manhãs levava flores no 79 (há muitos anos), para deixar na campa da Filha, todos os dias, flores frescas, sem excepção "porque sabe Menina, era a minha flor que se foi e só assim a consigo ter perto de mim". O Porto é gente de "pelo na benta", que usa palavrões como quem mete vírgulas no discurso, mas sem malícia, não é defeito, é feitio. É a 31 de Janeiro, onde já me espalhei ao comprido, rua abaixo, do alto dos saltos. É a rotunda da Boavista e o atentado visual que para mim é a Casa da Música. Não gosto, pedregulho, meteorito espacial caído naquela zona. O Porto são os croissants da Doce Mar e os rissóis da Império. E as flores no Mercado do Bolhão, onde há sempre um sorriso e um pregão para levar e ouvir. O Porto é também o meu Dragão que já foram as minhas Antas, não tenho como dissociar. O Porto é o Vigorosa, nos pliés e demi-pliés que lá fiz. No gesso das pontas e nas fitas bem apertadas, por vezes não muito. O Porto é a VCI onde gastei muitas horas, onde tenho saudades de me irritar, onde já cantei e buzinei um pouco (só um bocadinho…). É a lembrança de ter subido aos Clérigos com o meu primeiro namorado, que coisa mais melosa e adolescente, mas ficou-me na memória. São as re-inventadas Galerias Paris e as caipirinhas. São os Biscoitos da Ribeiro, o cheesecake da Ribeiro, tudo da Ribeiro. Na dos Pinhais da Foz ou na dos Leões, mas esta última em competição com os éclairs da Leitaria da Quinta do Paço. O Porto é o vinho, mas que não se faz nem fica no Porto, mas é assim, é vinho do Porto. É o Teatro Carlos Alberto e as noites em que lá dancei, tutu de tule. É o Fantasporto. É fantasma da Mariana e da Teresa, tão presentes na Cadeia da Relação e que velam o Porto, do lado de lá do rio, na Serra do Pilar, num Amor de Perdição. Foi a Cidade que me viu nascer e crescer e viu nascer a minha Filha. É terra onde se chama alguém de morcão mas povo pouco dado a morconices, de gente de coração na boca, de finos e não de imperiais. É as saudades do meu dia-a-dia, extraviada a Sul. O Porto é de quem lhe quer bem e dele gosta tal e qual como é, naquele cinza pardacento ou num azul curvilíneo, nos seus morros e becos, na sua pronúncia, tão nossa, tão minha. O Porto é mais, muito mais, muito para além de e das palavras. O Porto, vive-se. Não se explica. Não se traduz. Não se ensina. 

12 fevereiro 2014

De manhãs.

Durante alguns anos, todas as manhãs levava a minha Mãe para o seu trabalho. A minha Mãe tem carta mas não conduz, algo que nunca consegui perceber. Não implicava sair mais cedo, a minha Mãe trabalhava (e trabalha) a 5 minutos a pé da Faculdade onde estudei. Todas as manhãs, passávamos por um Infantário. Sempre por volta da mesma hora. Cedo. Todas as manhãs, a minha Mãe dizia que sentia uma pena enorme ao ver aqueles meninos pequeninos, aninhados no colo dos Pais, que os transportavam, tentando abrigá-los da chuva e do vento nas manhãs de Inverno. Todas as manhãs, dizia-lhe que a vida é assim, os Pais tinham de ir trabalhar, assim como ela e o meu Pai o tinham de fazer e tinham feito quando eu era pequena. Todos os dias, a minha Mãe me respondia que eu tinha tido a sorte de ter ficado em casa até aos 3 anos, fazendo (hoje vejo isso muito melhor) uma ginástica temporal incrível, para trocar turnos, sair a horas. Não guardo memórias desses dias. Em que a VCI talvez se chamasse outra coisa e onde os carros eram menos de um terço dos que hoje passam na Ponte da Arrábida todas as manhãs e todas as noites. Não guardo memória de andar no Fiat 127 e gritar "Mar, Pai… Maaaaaaar!!!", enquanto o meu Pai lutava contra os minutos para ir buscar a minha Mãe e a deixar num outro sítio, para um novo turno. Contam-me que sim, que delirava a cada travessia do Rio  Douro por ver o Mar à minha esquerda. Ou à minha direita. Nessa altura, também não sabia para que lado era a esquerda ou a direita e não me fazia diferença, sabia que ali era o Mar. Sabia que gostava do Mar, que me encantava. Hoje vi uma Mãe de manhã, já não tão cedo como eu via com a minha outras a deixarem as suas crianças para irem trabalhar. Porque como lhe dizia, é a vida. Lembrei-me dessas manhãs. Lembrei-me da Ponte da Arrábida. Lembrei-me do Engenheiro que quando a construiu, meio mundo achou que a ponte cairia, tal o arco que a sustentava. Lembrei-me da estória que conta que Edgar Cardoso se sentou debaixo da ponte e disse que se caísse, cairia com ele ali. Não sei se é verdade ou não, mas acho-lhe piada. Hoje, ao ver aquela Mãe com uma criança mais pequenina que a minha Francisca, lembrei-me de todas essas manhãs. Todas elas passado. Todas com o Porto como factor comum. O meu Porto. Nas saudades do meu presente. 

02 dezembro 2013

De despedidas.

Hoje, o meu dia começou com despedidas. Despedidas de a quem me afeiçoei. Mais uma. Vão (re)começar a Vida num novo sítio. Vi o carro carregado com as últimas coisas. Vi as chaves na mão prestes a serem devolvidas. Não chorei. Atabalhoei-me com a verdade de que estava muito atrasada para não me desfazer no meio da rua. Dei abraços e beijinhos e o meu atraso segurou-me de choros públicos. Não expliquei à Francisca que o bebé Gonçalo já não ia mais estar na porta ao lado da nossa e que aquela mesma porta já não mais será a da Ticha, como ela sempre dizia quando saía ou entrava em casa. Disse-lhe para acenar e mandar muitos beijinhos. Não chorei. Hoje, está sol. Espero que a nova vida, a continuação da que hoje levam, seja assim, cheia de sol, cheia de "Blue Skies...". De despedidas e saudades se fazem, também, os meus dias. 

12 novembro 2013

Eu nem sou de ser fófinha...

... nem de gostar dos "Aviões" e assim, mas esta é mesmo fófinha. Nem que seja porque começa por falar do meu Porto e do Senhor de Matosinhos. Porque me faz lembrar a minha Casa e o meu Mundo. E também porque é fófinha. Mesmo que eu nem seja dada a fofuras, às vezes distraio-me. Assim...
Como quando o Porto perde em casa 
Ou me deito com o grão na asa 
Fico tonto, zonzo assim só de me lembrar 
Ou como quando andava nos carrinhos 
Do senhor de Matosinhos 
Perna à banda, bamba assim só de me lembrar 
E agora, quem me diz onde é o norte? 
Se fui tonto em tentar a sorte 
Com quem não tem dó de mim 
Tanto que eu às tantas fico tão, tonto de ti. 
Como quando me negaste um beijo 
Na noite do cortejo 
Fico zonzo, zonzo assim só de me lembrar 
Ou como daquela vez na escola 
No recreio a cheirar cola 
Fico tonto, zonzo assim só de me lembrar 
E agora, quem me diz onde é o norte? 
Se fui tonto em tentar a sorte 
Com quem não tem dó de mim 
Tento há tanto tempo que ando tão, tonto de ti. 
Tonto de ti. 
Tonto de ti. 
E agora, quem me diz onde é o norte? 
Se fui tonto em tentar a sorte 
Com quem não tem dó de mim 
Tento há tanto tempo que ando tão, tonto de ti. 
Tonto, tonto de ti.  
Tonto, tonto de ti. 

04 novembro 2013

Dos dias de saudades...

Novembro traz castanhas. Eu não gosto de castanhas. Não sei porquê nem porque não, mas não gosto. Nunca gostei. O magusto nos tempos de Escola nada de interessante me trazia a não ser o como esconder as 6 castanhas que me passavam para a mão embrulhas numa página das páginas amarelas sem me moerem muito o juízo. Nos tempos de Faculdade, bebia a jeropiga e alguém que comesse as castanhas, não era esse o propósito da coisa. Mas, gosto do cheiro de castanhas assadas no ar. Faz-me lembrar Santa Catarina  nos dias já frios de Novembro. Às seis em ponto aquele relógio, que quem conhece Santa Catarina sabe onde fica, tocava. Será que ainda toca? Sou má das minhas saudades de Casa. Santa Catarina faz parte de Casa. Tenho saudades de Santa Catarina em Novembro. Tenho saudades do "meu" Porto pardacento todos os dias, na luminosidade dos seus dias cinzas frios. 

21 agosto 2013

Do outro lado do azul, talvez...

Por esta altura, suponho que o S. está sobre o imenso azul do Atlântico. Ou ainda a arrastar-se por Barajas, onde se lamentava que ia esperar umas horas pelo voo que o levará a uma vida nova. A um recomeço. Foi mais um caso de ódio à primeira vista no meu historial de recomeços. Até hoje, ambos nos lembramos da primeira vez que nos vimos, apresentados por aquela que viria a ser a nossa Chefe comum. Eu pensei porque carga de água está este caramelo a olhar para mim assim. Ele pensou que raio está esta Barbie de T-shirt cor de rosa a fazer aqui. Levamos o nosso tempo. Em boa verdade, foi mais o S. que se esforçou por me conhecer e me integrar no meu novo (agora semi-antigo) local de trabalho. O ódio à primeira vista acabou por se converter numa grande Amizade. Crescemos juntos à medida que os anos do Doutoramento iam passando por nós. Rimos muito. Desabafamos muito sobre tudo, sobre nada, sobre quando tudo corria de mal a pior.  Discutimos ciência mas também sobre a catota do ribossoma, porque a vida se expande fora de batas brancas. O S. foi (e é) um pilar importante, muito importante para mim, quando o que mais queria era atirar tudo aos cães. Sempre me ajudou em tudo o que precisei. Sempre teve tempo para ouvir os meus disparates. Para se rir de mim comigo. Para perceber quando "agora não fales comigo que eu mordo". O S., por esta altura, talvez esteja sobre o imenso azul do Atlântico. Ou ainda por Barajas, talvez a pensar nos meus sábios conselhos (ou não) de que as dutty free são o melhor queima tempo em escalas. Honestamente, não sei bem onde o S. anda. Sei que hoje partiu para um recomeço, para uma vida nova, do outro lado do azul imenso do Atlântico. Honestamente, também sei que isso pouco importa. O S. fará sempre parte da minha Vida. Recomeçar não é simples, tem um preço associado. Mas sei que vai correr tudo bem, nesse novo País, nessa nova cultura. Sei que sim, porque sei que ele merece o melhor que esta nova vida tiver para lhe oferecer. O S. é uma das minhas Pessoas. E sempre será. 
(S. se leres isto, livra-te de me vires perguntar se agora estou a ficar mole e sensível. Ou se o fizeres, ao menos avisa primeiro que chegaste direitinho para eu não te soltar os cães) 

19 agosto 2013

Sim, há outras coisas boas...

... mas "apanhar" os dois últimos "Jambes Divines" após percorrer meio Porto, (tentar) testar a coisa e espalhar no pé, ter de ser socorrida a bem do nome do produto e "óh emigra ainda levas uma saca do Yetman, 'ca luxo" tem outro sabor assim. Sempre. Porque os (teus) chocolates adoçam os meus dias, mas há laços que adoçam muito mais a Vida. Há muitos anos. Por muitos mais. 


Winter, spring, summer, or fall, all you have to do is call and I'll be there, yeah, yeah,
you've got a friend.
If the sky above you should turn dark and full of clouds
and that old north wind should begin to blow,
keep your head together and call my name out loud.
Soon I will be knocking upon your door.
You just call out my name, and you know where ever I am
I'll come running to see you again.
Winter, spring, summer, or fall, all you have to do is call and I'll be there.
Hey, ain't it good to know that you've got a friend? People can be so cold.
They'll hurt you and desert you. Well, they'll take your soul if you let them,
oh yeah, but don't you let them.
You just call out my name, and you know where ever I am
I'll come running to see you again.
Winter, spring, summer, or fall, all you have to do is call, Lord, I'll be there, yeah, yeah,
you've got a friend. You've got a friend.
Ain't it good to know you've got a friend. Ain't it good to know you've got a friend.
Oh, yeah, yeah, you've got a friend. 
 P.S- Tenho de me dedicar a besuntar com a coisa, já que tanto trabalho deu a encontrar... 

21 maio 2013

Tenho saudades de andar de comboio...

Tenho saudades de andar de comboio. De sentir que vou a algum lado. Que vou para algum lado. Que me levam para algum lado. De ver a paisagem correr em sentido contrário. De pegar na saca e esperar numa plataforma. De o ver chegar. De ir. De sentir o doce embalo sem adormecer. De por a música que me apetece e ir. De ir buscar um chocolate e o saborear. No doce embalo de um comboio, de olhos fechados, música minha e doce na boca. De ver as pessoas passarem. Umas carregadas. Outras com pouco. Umas com ar de quem vai em trabalho. Outras de passeio. Das crianças que andam pela primeira vez de comboio e do espanto na cara delas. Da alegria na cara delas. De ouvir o apito de partida, talvez o de chegada para alguns. O de despedidas ou o de reencontros para outros. Tenho saudades de pegar na minha saca e ir. De me deixar embalar sem adormecer. Saudades de sentir que me levam para algum lado, num doce embalo, quase pela mão, quase ao colo. Tenho saudades de andar de comboio. 

17 abril 2013

Tens saudades de Casa?

Perguntam-me entre um veste bata, tira bata, se tenho saudades. Saudades de casa. Saudades de onde estive. Saudades... Se não prefiro muito mais esta qualidade de vida, sem engarrafamentos. Com mais tempo ao fim do dia a não ser gasto numa fila de trânsito e a demorar 45 minutos a fazer uns míseros 6 km. Procuro rapidamente a resposta em mim, apesar de a saber de cor, Gosto desta qualidade de vida. Do tempo que ganho todos os dias para mim, para ser Mulher, para ser Mãe. Mas tenho saudades. Porque simplesmente, não encaixo aqui. Diria que sou, com este sítio onde estou, algo como água e azeite. Não me misturo. Não me dissolvo. Não há um uníssono sequer. Mas co-habitamos. Toleramo-nos. Água e azeite não se misturam. Co-existem. E a minha cara denunciou a resposta que daria, porque quem ma perguntou sorriu e disse que lhe era muito familiar esse sentimento. A saudade de aonde se pertence. A saudade que vou aprendendo a deixar viver em mim, sem tristeza.

04 janeiro 2013

O 3 de Janeiro...

O 3 de Janeiro foi ontem, bem sei. O 3 de Janeiro foi marcado a lágrimas no meu calendário há muitos anos atrás. A uma sensação de deriva. A uma sensação de medo e uma dor que nunca tinha sentido antes. A 3 de Janeiro de há muitos anos atrás, ele partiu para o outro lado do Atlântico e eu fiquei. Partiu por muitos meses. Mas voltou para mim., como volta sempre. Lembro-me de vir no carro com os agora meus sogros e tudo eram lágrimas. Era um dia de sol de Janeiro, frio que só ele. E eu nunca me tinha sentido tão fria, tão congelada, tão só. Mesmo tendo na mão o bilhete de avião que me levaria a ele em Abril. Mas Abril era longe e eram muitos dias e muitas noites ainda para sentir saudade do beijo. Do cheiro. Do calor. Do sorriso. Cheguei a casa da Tribo e sentei-me nas escadas. As pernas falharam-me para subir as escadas e meter-me na cama a beber o sal das minhas lágrimas. A minha Mãe amparou-me e confortou-me. Senti que também ela temia por mim e que sentia a minha tristeza como se a dela fosse. Vi-lhe lágrimas nos olhos pelas que me via derramar. Talvez ele não se lembre, mas eu recordo-me nitidamente da noite em que ele me disse que sim, que se confirmava e que por ano e meio a Mérica seria o seu lar. E lembro-me dos seus medos. Do medo que sentiu em que eu poderia sair da vida dele. Tontinho. Do medo de eu não querer "esperar" e de o Oceano nos separar definitivamente. Tontinho. Talvez ele não se lembre, mas uma música tocava de fundo. E ficou sempre guardada em mim. Pode ser lamechas. Pode ser pirosa. Pode até ser parola. Não me importa. Guardo-a com o carinho todo do mundo em mim. Porque a letra fez sentido. Porque a letra me faz sentido ainda hoje. E não foi a distância que nos separou mas nos uniu com a força de um amor que eu não sei explicar, que nasceu em mim sem aviso, com a força de uma paixão que tantos anos volvidos me deixa as pernas a tremer e borboletas na barriga. Ontem ouvi-a imensas vezes. E as saudades que sinto hoje são as mesmas que sempre senti quando estamos longe. Porque me completas. Porque me conheces melhor que eu mesma. Porque me deste a vida maravilhosa com que eu nunca ambicionei. Não fazia parte dos meus planos casar. Ter filhos? Nem pouco mais ou menos. Mas depois, tudo fez sentido. Casei de véu de 5 metros, mas tinha casado contigo na primeira noite que dormimos juntos, muito tempo antes. Deste-me a filha que me ilumina os dias. E sabes que mais? 
Nothing’s gonna change my love for you  
You ought to know by now how much I love you  
The world may change my whole life through 
But nothing’s gonna change my love for you. 

Ah, Sexta-feira...

Pena, hoje não o é para mim. Não, não, não. E bato o pé e digo não, quero lá eu saber do que diz o calendário. Sexta será Quarta. Para mim. 
Mas mesmo assim, bom fim-de-semana!!!

02 janeiro 2013

Começa o Ano...

Se há coisa que me persegue há alguns anos e me começa a parecer tradição é o a primeira semana do ano ser sempre solitária. Em dois anos seguidos o Atlântico e fusos horários meteram-se no meio. Num outro ano, foram as "As" todas que rasgam Portugal de Norte a Sul. E num outro depois e mais um. E neste também... A primeira semana do ano deixou-me esta casa fria, despida de ti. Ainda tem o teu cheiro na nossa cama... Tomara que perdure nestes longos dias em que a saudade volta a ser Rainha de mim...

12 março 2012

Viagem ao passado...

 ... mesmo que apenas por umas horas. 
E sabe bem, muito bem, perceber que há coisas que não mudam, que nunca vão mudar. Mesmo que a noite termine muito antes do que o que era rotina, que a idade já pesa, a bacia está em obras e a cria exige o seu pequeno almoço à hora certa bem cedinho , que a alegria de estarmos juntas, mesmo que não tenha sido possível todas, permanece. 
Que sim, que eu mudei, que elas mudaram, que a vida mudou. Mas são os pequenos imutáveis que dão vontade de repetir, sempre. Mais vezes, muitas mais...  
" 'Cause the older you get the more you need the people you knew when you were young... "

Good night dear, sleep tight...#30

Ah, o tempo, esse bastardo ingrato... 
Arrasta as horas em que não estás aqui e corre veloz nos minutos em que te abraço... 
O tempo, sempre o tempo... Que o tempo passe, que não passe... Que passe rápido e que Sexta esteja ao virar da página... 
Tic tac, tic tac, tic tac... 

04 março 2012

Good night dear, sleep tight...#25

É Domingo , again... 
(...) 
Promise me you'll wait for me 
'Cause I'll be saving all my love for you  
And I will be home soon  
(...) 
Não sei quando, mas prometo que um dia não estaremos separados por centenas de quilómetros...
E acabarão os Domingo à noite, em que, subitamente. a cama se torna  grande demais, fria demais... 


Boa Noite G. 

01 março 2012

Não sei se eu mudei, se eles mudaram, se foi a vida que mudou...

Sinto falta de alguns Amigos. 
Não sei se por circunstâncias da vida, se por minha culpa, se por culpa da outra parte, mas sei que sinto a falta deles... Das conversas, das discussões, da troca de ideias, do diz que disse. Do falar porque sim. Do falar porque estamos sozinhos, do falar porque estamos felizes, do falar porque estamos tristes... 
Não sei se eu mudei, se eles mudaram, se foi a vida que mudou. 
Nos últimos oito meses passei por situações complicadas e menos agradáveis, tanto a nível físico como emocional. 
Fui Mãe. 
Fui quase ao fundo do poço e voltei à tona, como sempre tenho feito. Reencontrei-me de novo e muito tenho a agradecer a quem me rodeia por me ter dado uma bolha de oxigénio quando estava submersa.  
Talvez tenha sido isso que causou o afastamento. Talvez inconscientemente me tenha isolado na minha dor. 
Se foi o que aconteceu, aqui peço desculpa (mesmo não fazendo a mínima ideia se essas pessoas lêem o que escrevo, apesar de saberem da existência do tasco...). Não foi ponderado e propositado esse afastamento. Foi como teve de ser...  
Não sei se eu mudei, se eles mudaram, se foi a vida que mudou. 
E, subitamente, hoje que a Francisca faz meio ano, dou-me conta que algumas dessas pessoas, de quem sinto muita falta, ainda não conheceram a minha filha. E eu gostava tanto que a conhecessem, que voltassem a estar perto de mim, de nós. 
Não sou pessoa de fazer amizades facilmente. Sou desconfiada, céptica e tenho sempre medo de me vir a magoar e sofrer desilusões. Não quer dizer que não as sofra, de uma maneira ou outra, mas tento proteger-me, estando certa ou errada. Fico no meu canto a observar as pessoas, a ponderar se "valem a pena ou não". Mas quando abro o meu coração e a minha vida, é de maneira plena. Sem reservas, sem esqueletos no armário... 
Sinto muito, muito a falta desses Amigos. Dizem que quem se vai embora não era para ficar. Não consigo pensar assim. E é por isso que sinto tanto a falta dessas pessoas...  
Não sei se eu mudei, se eles mudaram, se foi a vida que mudou... Mas sei que me fazem falta, mesmo que, talvez, não sintam a minha... 

26 fevereiro 2012

Bah...

Na plataforma número um, o Alfa Pendular pôs-se em andamento, acelerando sem ter em conta que te levava para longe de mim, de nós. Passava furiosamente por mim, enquanto eu, encolhida pelo frio e pelo aperto no peito, caminhava na direcção oposta.  
Duas vidas que se entrelaçaram há muitos, muito anos atrás, gaiatos de escola ainda, que quando chega Domingo à noite, são arrastados em sentidos opostos... 
Odeio a porra da plataforma número um, linha dois, ou lá como é... Odeio de morte Domingos à noite... 

21 fevereiro 2012

Good night dear, sleep tight...#18

Hoje parece-me Domingo. Muda o cenário, muda o dia de semana. O resto... é igual.  
Pelo menos Sexta feira está mais perto do que nas ditas semanas "normais", dentro da anormalidade da nossa rotina. 
Hoje vou dormir com os pés frios (ou em versão idosa com a botija de água quente cor de rosinha pónei nos pés... O cúmulo do sexy...). 
Boa Noite G.

05 fevereiro 2012

Good night dear, sleep tight...#10

Um fim de semana absolutamente maravilhoso... 
Mas é Domingo, again...  
E fazer fast forward para Sexta? 
Boa Noite G.  
Imagem retirada daqui...