Tenho saudades delas. Tenho saudades de me perder sem o fazer nas ruelas. Tenho saudades da Tavi. Tenho saudades de ver as horas escorrerem-me pelas mãos, entre um café e meia dúzia de barbaridades. Tenho saudades delas. Tenho muitas saudades delas. E queria muito não as rever hoje pelo motivo que me leva a por a chave na ignição. Queria muito não ter o coração mirrado pela dor que nem imagino que a B. esteja a sentir. Porque o cancro é a doença mais covarde. Porque tudo o que eu diga ou faça nunca apaziguará a dor da perda de uma Mãe. Porque a Vida é assim. E só o tempo melhorará tudo. Dar tempo ao tempo. Com o coração pequenino, fiz as malas, a minha e da minha filha. Cerrei os dentes à minha dor física e faço estes 450 km, atrás do volante, com o coração triste, com um nó na garganta. A pedir para o corpo não me trair hoje, para conseguir. Só preciso de umas horas, umas horas de dor suportável. Depois, não me importa, mas não agora, não me falhes agora. Aguenta-te. Porque a Amizade que lhe tenho vale tudo. E só lhe quero dar um beijinho, com todo o meu carinho. Porque os laços de Amizade que se criaram são para sempre.
21 março 2013
De tempos idos em tempos que são...
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4 comentários:
:((
:-( não imagino o que será perder uma mãe...
Fiquei aflita de te ler... Espero que a viagem tenha corrido bem e que te tenhas aguentado! Quem tem uma amiga assim nunca está sozinha! Um beijo muito muito grande
Minha querida.
Estou aqui de coração desfeito pelo teu post.
Porque hoje estou especialmente sensível, porque nem imagino o que a tua amiga esteja a sofrer.
Um beijo para vocês. E muita coragem...
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