19 março 2015

P de Pai como P de Paula.

Por tudo, também hoje, obrigada Pai. Pelos ralhetes. Pelas palmadas (poucas, mas mais que merecidas). Pelo chamar dos dois nomes próprios que carrego de uma forma só tua e que mais ninguém tem direito a assim me chamar.(ter até têm, mas eu não respondo). Pelos "sim" mas sobretudo, pelo "não" que me deste nas alturas certas. Pelo teu abanar de cabeça. Pela tua maneira peculiar de demonstrares afecto. Pela paciência. Pelo silêncio. Pelo teu "se comesses e bebesses mas é e te deixasses dessas coisas". Por me teres feito sentir capaz de não desistir. Por me levares à Escola todas as manhãs. Por me ires buscar à Escola.  Por me levares ao Conservatório. E ao ballet. E quando me magoava, me levares aos tratamentos. E ao cabeleireiro. E me esperares, pacientemente. Por me proporcionares fazer tudo o que estava ao teu (e da Mãe) alcance. Por me dares um livro sempre que te pedi, e pedi muitas e tantas vezes. Por me esperares quando ia ao cinema com os meu amigos no tempo do 3º ciclo, para não ter de regressar a casa ao frio. Por me levares a passear. Por apoiares por muito que discordes e aches disparatado. Por discutirmos. Por seres Avô da Francisca, como mais ninguém é e seres o seu Bubu Zé, aquele que vai viajar com ela até à Terra do Nunca e aquele que ela chama quando a Mãe (eu) lhe aperta os calos.  Por nunca teres desistido de mim. Por nunca teres tido vergonha de mim, nem nos anos mais negros que passei. Por estares. Por seres. Por tudo, não só hoje, mas também, obrigada Pai. 
P.S- dispensava os rins manhosos e este nariz, mas pronto, vou dar de barato.
 


4 comentários:

raquel disse...

<3 <3 <3
um texto tão bonito, como tu!

Bi disse...

Tão bonito!! Um grande beijinho*

M.P. disse...

Oh pá, tu és um máximo! Esse remate final... ;-)))) beijinhos grandes!!!

Magui disse...

Que texto delicioso... E adorei a parte dos rins manhosos!