07 outubro 2014

Sometimes I get lost inside my mind…

Quando regressei encontrei no aeroporto, numa estatística improvável, alguém que fez parte da minha vida há muitos anos. Passado de mim, esse pretérito tão imperfeito. Há muitos anos que não a via. Não senti nada. Nada. Na distância dos anos e na ausência de sentidos e sentir, não consegui sentir nada quando a vi em direcção a mim e me cumprimentou como se ainda ontem tivéssemos estado numa qualquer aula, num estardalhaço tão típico seu e a contar as suas férias. Não me importei minimamente de não sentir, gostei, até, da ausência de fosse o que fosse. Nem alegria, nem zanga, nem riso, nem choro, nem tristeza, muito menos saudade. Nada. Talvez e só, indiferença. 

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