16 dezembro 2013

Abóboras que não viram carruagens e vai tudo à minha frente.

Se eu fosse uma pessoa prendada, não andava até hoje a ruminar a vaca da abóbora. Chamo-lhe vaca porque sou uma menina bem comportada e não me apetece a estas horas da manhã abrir a boca às tourettes. Pensando melhor, eu adoro vacas por isso chamar vaca à abóbora não combina. O importante a reter (não retenham, não vale a pena), é que eu sou um desastre na porra da cozinha. Maneiras que vos vou contar, após dias a digerir o último(s) desastre(s) na cozinha, o que sucedeu com a porra da abóbora. Sim, acho que já estou preparada para o fazer. (respira fundo) 
Aqui vai: 
1) havia abóbora congelada; 
2) havia muita abóbora congelada e estava a apoquentar-me; 
3) está a chegar a cena coise de Natal; 
4) por causa de 3, o ano passado fiz uns biscoitos terríveis; 
5) juntando 2, 3 e 4, achei que este ano eu estava uma super chef, depois de ver tanto master chef (a devorar gomas e meias de leite), que decidi fazer "compota de abóbora com nozes" para ofertar (atentai na palavra, ofertar é muito bom); 
6) fui comprar uns potes de vidro todos giros para enfiar o que resultaria de 5; 
7) o facto de ser na Bimby Maria que iria proceder à elaboração da coisa, indicava que 5 iria correr bem; 
8) porém, todavia, contudo, por causa de 1 e 2 a coisa saiu uma valente merda. Supostamente não se pode fazer compotas com cenas congeladas. No livro da Bimby Maria não dizia e eu não adivinho, está bem? Eu é que sabia que não podia ser congelada a porcaria da abóbora, pfff… Saiu uma cena meia pega monstros líquida com as nozes que me custaram 5 euros lá no meio. Os frascos que enchi na esperança de que a coisa solidificasse um poucochinho foram na vassoura as well;  
9) derivado de 8, mandei tudo para o lixo, enervadíssima da vida e a pensar que a porcaria da abóbora não me ia levar a melhor; 
10) derivado de 9, fui furiosamente comprar mais abóbora, desta vez fresca, e mais as tais nozes que me custaram 5 euros. Ainda tinha frascos póneis; 
11) voltei a acreditar no pressuposto nº7 e fui-me à receita cheia de fé; 
12) saiu tudo uma valente bosta, again, assim um pega monstros viscoso liquidíficado e as nozes, ai as nozes que me custaram 5 euros, lá pelo meio; 
13) Repeti 9, mas desta vez rendi-me à minha inaptidão culinária, fazendo questão de atirar com força os frascos para o saco do lixo, para que percebessem a frustração que a coisa  me causou. Óh que dor, eu não ter aptidões sopeiras (not).
Resumindo: arranjei mais uma maneira de me enervar com o Natal. Não sei fazer compotas, quero que as compotas vão para o raio que as parta. Acho que este ano vou dizer que a tradição ainda é o que era e ofertar (atentai de novo, que erudita sou, ofertar!) : um pack de 3 meias de desporto (daquelas com a raquete, estais a ver quais são?) para os senhores, uma saca de pout pourri a cheirar a remédio dos ratos para as senhoras. Ah, não é a época mais maravilhosa do ano? Hein?

2 comentários:

Magui disse...

Ahahah eu sem bimby maria já caí na mesma asneira... Mandei-me à abóbora congelada para fazer doce e adivinha... Pois, ficou uma bosta!
Dizem que há truque, que se tem que escorrer a coisa e mais não sei quê, mas eu não sabia... E eu que tenho a mania que tenho jeito (e já tinha feito de tomate e tinha ficado bem bom) achei que sabia os truques todos! Venham de lá as meias de raquetes :D!

M.P. disse...

Muito bom!!!!