13 julho 2013

Vacinar devia ser obrigatório. Ponto.

Aonde me encontro em jeitos de tenho-de-comer-papers-para-defender-a-Tese-do-Inferno, só tenho os 4 canais de TV. À hora de almoço, liguei a TV para me distrair 5 minutos. Num canal generalista, apanhei um daqueles programas de entrevista a figuras públicas e "o que dizem os teus olhos" a uma actriz portuguesa. Apanhei a parte em que falava, convicta, da sua recusa em dar ao filho todas as vacinas do plano nacional de vacinação, uma vez que algumas tinham riscos associados. Diz ela que investigou e sabe o suficiente para tomar essa opção em consciência. Falou que acha que nós conseguimos curar tudo o que nos acontece, que nunca esteve no hospital ou levou o filho a um. Em seguida, defendeu que nunca deu antibióticos ao filho, dizendo que os vírus ficam cada vez mais fortes por se recorrer aos antibióticos por nada. Maravilhoso. Espero que saiba mais de vacinas que de antibióticos, uma vez que estes são usados em infecções bacterianas e nunca víricas. Espero mesmo que saiba mais de vacinas do que demonstrou saber sobre antibióticos. Cada um escolhe a Medicina que quer para si. Mas em e com plena consciência de que há opções sem retorno. Como a de não vacinar. Que nem deveria ser opção. É a minha posição perante posições como as que vi defender no tal programa, pela tal actriz. 

3 comentários:

Chainho disse...

Há gente muito ignorante... essa atriz devia ter alguém que lhe dissesse em que século estamos.... credo!

Magui disse...

A minha colega de trabalho defende o mesmo!
Eu já vi os resultados de uma meningite (a uma miuda que teve a sorte de não morrer mas o azar de em poucas horas ficar doente e desfigurada para o resto da vida)! Era um caso destes, como o desta miúda que eu conheço que estas almas ignorantes deviam conhecer! Nem que eu me desfizesse deixava de dar uma vacina contra uma doença como uma meningite a um filho! Agora vacinas da gripe e coisas que tais são mais discutíveis, mas ser pura e simplesmente contra a vacinação é o fim!

M.P. disse...

Não vi o programa, não sei quem é a actriz de que falas. Mas já não é a primeira que vem a público gabar-se de tal decisão. É mais um fundamentalismo da maternidade, que como todos os outros, acabam por parecer patéticos.