13 maio 2013

Estados de alma

Há um componente nos meios de cultura que permite que solidifiquem abaixo de certa temperatura. Agar. Acima de uma dada temperatura, o meio fica líquido, mesmo na presença desse componente. Abaixo, solidifica. Agar. Em analogia de geek, diria que não sou muito diferente enquanto pessoa. Sei ser uma heartless bitch. Com uma pinta desgraçada. Consigo transparecer uma insensibilidade maravilhosa. Em estado sólido. Mas tal como o agar não consegue solidificar um meio de cultura acima de determinada temperatura, também eu desvio a capa de durona na presença de quem quero e me derreto em estado puro, em estado líquido. Na presença de quem me quer bem da maneira como sou. Sem me querer mudar, afinar, aperfeiçoar. Felizmente, a bem do que guardo debaixo da pele, é um processo reversível. Do quente se faz frio. Chama-se protecção.

3 comentários:

Magui disse...

E agora uma coisa que não tem nada a ver... Os meios de cultura cheiram mal, só de me lembrar dá-me voltas ao estômago, mas agora há agar para a culinária... Eu sei que o agar não cheira igual (e o de culinária muito menos deve cheirar), mas quando vejo receitas com aquilo embrulha-se-me logo o estômago!

Ah, fora isso adorei o texto e gosto de ti, em estado liquido :D!

Diana Mora Moraes disse...

Somos assim... do estado sólido ao estado líquido num ápice.. é bom ter estados, efectivamente não somos todos os momentos iguais...

raquel disse...
Este comentário foi removido por um gestor do blogue.