01 março 2012

Não sei se eu mudei, se eles mudaram, se foi a vida que mudou...

Sinto falta de alguns Amigos. 
Não sei se por circunstâncias da vida, se por minha culpa, se por culpa da outra parte, mas sei que sinto a falta deles... Das conversas, das discussões, da troca de ideias, do diz que disse. Do falar porque sim. Do falar porque estamos sozinhos, do falar porque estamos felizes, do falar porque estamos tristes... 
Não sei se eu mudei, se eles mudaram, se foi a vida que mudou. 
Nos últimos oito meses passei por situações complicadas e menos agradáveis, tanto a nível físico como emocional. 
Fui Mãe. 
Fui quase ao fundo do poço e voltei à tona, como sempre tenho feito. Reencontrei-me de novo e muito tenho a agradecer a quem me rodeia por me ter dado uma bolha de oxigénio quando estava submersa.  
Talvez tenha sido isso que causou o afastamento. Talvez inconscientemente me tenha isolado na minha dor. 
Se foi o que aconteceu, aqui peço desculpa (mesmo não fazendo a mínima ideia se essas pessoas lêem o que escrevo, apesar de saberem da existência do tasco...). Não foi ponderado e propositado esse afastamento. Foi como teve de ser...  
Não sei se eu mudei, se eles mudaram, se foi a vida que mudou. 
E, subitamente, hoje que a Francisca faz meio ano, dou-me conta que algumas dessas pessoas, de quem sinto muita falta, ainda não conheceram a minha filha. E eu gostava tanto que a conhecessem, que voltassem a estar perto de mim, de nós. 
Não sou pessoa de fazer amizades facilmente. Sou desconfiada, céptica e tenho sempre medo de me vir a magoar e sofrer desilusões. Não quer dizer que não as sofra, de uma maneira ou outra, mas tento proteger-me, estando certa ou errada. Fico no meu canto a observar as pessoas, a ponderar se "valem a pena ou não". Mas quando abro o meu coração e a minha vida, é de maneira plena. Sem reservas, sem esqueletos no armário... 
Sinto muito, muito a falta desses Amigos. Dizem que quem se vai embora não era para ficar. Não consigo pensar assim. E é por isso que sinto tanto a falta dessas pessoas...  
Não sei se eu mudei, se eles mudaram, se foi a vida que mudou... Mas sei que me fazem falta, mesmo que, talvez, não sintam a minha... 

2 comentários:

raquel disse...

Minha querida, nem imaginas o que este texto é verdadeiro e real para mim.
Tal como aconteceu contigo tive muitas pessoas que se afastaram, que nos afastamos e sinto falta. Algumas não entendo.
Sou muito amiga, quando gosto, gosto mesmo. Dedico-me de corpo e alma e esperava mais de algumas pessoas.
Tenho saudades, sinto falta.
Pessoas que não conhecem o meu pequenito, que nunca o viram. Mas confesso que fico triste...
Com algumas pessoas muito triste.
E não consigo passar por cima. Acima de tudo porque não entendo, porque não o faria.
E houveram alturas (e continua a haver) que precisei muito de algumas delas. De falar, de desabafar, de abraçar, de ouvir, de apenas trocar o olhar e ser entendida.
Foi a vida que mudou? Foi, sem dúvida... Mas nós podemos acompanhar a mudança*

Beijo muito especial, para ti. Com carinho verdadeiro e sentido.
Gosto muito de vocês*

Vanilla disse...

Minha querida eu sou da opinião que um amigo, aquele AMIGO arranja sempre um tempinho para visitar e para conhecer o nosso filho. Tambem tenho amigos que ainda não a conheceram pessoalmente, mas por circunstancias compreensivas, para alem de já não nos vermos tanto, ainda estudam e abandonaram a terrinha e quando voltam é mais que normal que queira passar esses momentos com os seus. Outros que mesmo pertinho nem sempre nos cruzamos mas que teem sempre um tempo para ligar e perguntar como estamos e como é que ela está.
Eu entendo a ausencia como indiferença e sim tambem noto que agora que fui mãe de certa forma fui posta de lado, já não recebo tantos convites, ás vezes mesmo sabendo que não podemos, la recebemos um convite na mesma, só porque fica sempre bem perguntar. E sabe bem quando se lembram de nós.
A resposta é simples, nós mudamos, eles mudaram e a vida mudou! Já passei tantas vezes por estas mudanças que já não estranho tanto.
Sou como tu, sou razoavelmente sociavel, isto é custo a dar de mim, porque quando dou, dou 100% de mim. Mas já me dei tãooooo mal. Custa muito, por isso não confio muito nas pessoas hoje em dia. Raramente me engano, mas as pessoas querem sempre algo em troca, há sempre algum interesse pelo meio. Odeio isso! Enfim...ce la vie!