... mas trago a Primavera nas mãos.
Pela exquisite mão da Marlene...
E chegam ao fim dias de Família. A nossa pequena família.
Malas arrumadas. Outra vez. A estrada, longos km que me esperam.
O voltar à merda de vida que me convenço que não vai ser para sempre. Lágrimas nos olhos, coração pequenino.
Procurar forças para enfrentar os km. Como? Como? Como??? Fazer das tripas coração? Já não tenho mais para dar... Tanto sacrifício, para quê? Não sei. Talvez se soubesse, tudo ficasse mais leve, menos penoso...
Arrancar-me da minha casa. Os longos e penosos km. Arrancar a nossa filha da nossa casa. Sim, aqui é o nosso lar. Arrancar a nossa filha dos teus braços carinhosos.
E as lágrimas, sempre as lágrimas.
O sentimento de impotência, o sentimento de culpa que me devora por dentro. E os km, sempre os km de asfalto que nos levam para longe. Conduzir como um robot. Primeira, segunda, pé no acelerador, cada vez mais rápido, cada vez mais longe. Contar os km que ficam para trás. 10, 20 30, 100, 455 km.
Fica aqui parte do meu coração. A outra parte, vai na cadeirinha, com o KikoNico. Incompleta, porque uma família devia estar junta. Hoje, amanhã, ontem, sempre. E o sentimento de culpa...
E as lágrimas, sempre as lágrimas...
(...)
There's so many times I've let you down
So many times I've played around
I'll tell you now, they don't mean a thing
Every place I go, I think of you
Every song I sing, I sing for you
When I come back I'll wear your wedding ring
So kiss me and smile for me
Tell me that you'll wait for me
De acordo com SuperMaridão, mora cá em casa um Duende. Ao estilo Fada dos Dentes, mas versão roupa suja.
Vejamos então a prova irrefutável da existência do "bicho":
- a roupa suja amontoa-se atrás da porta do quarto. Sorrateiramente e pelo breu da noite (aonde é que fui buscar isto? Deumalibre...) o Laundry Elf entra quarto adentro, pega nos "peúgos" e demais itens e, como que por magia, a roupa acaba no cesto onde sempre deveria ter estado ou, melhor ainda, na máquina de lavar roupa. Et voilá, Teorema do Laundry Elf demonstrado.
Conclusão lógica de SuperMaridão: mora um duende ou algo do género cá em casa que se encarrega da roupa suja. Elementar meu caro...
O sacaninha nunca, mas é que nunca mesmo, aproveita a sua intrusão no quarto para levar as minhas coisas... Como é que é possível esta falta de consideração? Hã?
Só por causa disso, hoje vou deixar ali a roupa e esperar que o tal Duende passe e a leve para o seu devido sítio... Sim, que Duende que se preze trabalha até nas vésperas de Páscoa...
P.S. Há horas que estou à espera que dê o ar de sua graça e nada. SuperMaridão contínua firme na sua crença...
É Sexta feira Santa. Para nós, será a bela da santa Sexta feira.
Tempo de aproveitar a sério os meus mais que tudo. De dar beijinhos, abracinhos e coisas delicodoces acabadas em -inhos.
De ir buscar aquela manta fofa e quente (quando tenho sono, tenho sempre muito frio) alapar o meu rabo (grande) no sofá e deixar que a TV me faça uma lavagem cerebral, bloqueando toda a informação que nos últimos dias tenho armazenado à custa da Dissertação em mimimimi. Enquanto isso, planeio garantir com afinco que os níveis de glicemia não vão abaixo dos 400, enfardando gomas e amêndoas de chocolates até à exaustão (depois queixo-me... 'tou nem aí. Sweet tooth mode on).
Sounds like a plan, doesn't it?
Tenho sono. Estou rabuja.
Quando finalmente ia para o aconchego da cama, doce cama, tocava o cuco as cinco da manhã, Sua Alteza Texuguesa vá de acordar.
Histérica, aos gritos, qual bola pinchona na sua cama fofinha.
Shhh, shhh, shhh, dorme por favor, qual é o teu problema, faz-me um desenho.
Pois que não, dormir não... Saltitona, a dar aos braços. "Pega-me burra, que estás a fazer? Vamos para a coboiada !!!"
Shhh, shhh, shhh... Serão dentes, será fome? Fome não é certamente, que de noite quem come são os burros. Será bicheza? Serão gases? Fui ver. A única coisa que vi foi a porta onde me enfiei de cara..
Oh Sua Alteza, durma e deixe dormir...
Shhh, shhh.
Dorme crianchinha, pelo amor da Santa...
Shhh, shhh, shhh...
E às sete e meia, let's rewind. "Pega-me burra, que estás a fazer? Vamos para a coboiada !!!Já dormiste que te chegue..."
Tenho sono. Tenho muito sono. Quero dormir...
Passa da uma da manhã (ei, bem vão duas da manhã, ei...) e acabei de tomar o enésimo café do dia.
Já tudo ronca (literalmente) nesta casa há horas. Sobro eu e o computador. Até a Mofli me abandonou com desprezo (traidora), trocando-me pelo aconchego da cama quente.
Mais uma voltinha, mais uma mísera frase escrita...
... dizem que quando uma porta se fecha algures se abre uma janela.
E por isso sonho.
E peço que essa janela se abra para mim.
Porque preciso. Porque já não sei dar mais de mim. Porque já não tenho mais para dar.
Porque o cansaço já me pesa nos ossos.
E peço, que essa janela se abra, para mim, não por mim. Por nós. Porque sei quetenho de sersou capaz de a abrir de par em par.
Para que esta nó na garganta se desate de uma vez por todas e encontre a paz interior, ao fim destes anos todos... at last...
Leap of faith...