14 dezembro 2011

Do silêncio da manhã...

Depois de dar o biberão à Francisca, a manhã fica por minha conta. Minha e da Mofli. Minha e do silêncio. Marido sai muito cedo e ficamos as 3 em casa, em silêncio. Aprecio-o verdadeiramente, gosto de o ouvir para me conseguir ouvir a mim mesma...
Como em qualquer casa, há sempre qualquer coisinha para fazer e assim vou passando o tempo. Mas essas coisas não me ocupam a mente, não exigem esforço mental, levando a  que a minha mente fique livre para começar a divagar e a pensar demasiado...  
Dou por mim sentada a olhar para a parede e a única coisa que me ocorre é: Shoulda, Woulda, Coulda...  
A vida poderia ter sido muito diferente. Pergunto-me, muitas vezes, se a minha vida não tivesse feito aquela curva mal feita aos 13 anos, se o meu hoje seria diferente...
Shoulda, Woulda, Coulda... não me ter deixado vencer e vergar por essa doença... 
Shoulda, Woulda, Coulda... não ter causado tanto sofrimento aos meus Pais, durante tantos anos... 
Shoulda, Woulda, Coulda... ter sido capaz de a erradicar de uma vez por todas de mim...
Mas, se o caminho fosse diferente, talvez não me tivesse levado até vós. Talvez hoje não te abraçasse e me desses um beijo de boa noite. Talvez hoje não fosse brindada pelo sorriso envergonhado da nossa filha quando acorda. A nossa filha... Nós... Teria sido diferente? Seria eu uma pessoa completamente diferente? Será que tudo acontece por uma razão...? 
Talvez. Mas, mesmo assim, no silêncio das manhãs, estes pensamentos tomam, muitas vezes, demasiadas, a minha mente de assalto... 
Shoulda, Woulda, Coulda...

13 dezembro 2011

Dos progressos II...

Com 3 meses, 1 semana e seis dias, a  Texuguinha virou-se sozinha.  
Foi a seguir ao banhinho, enquanto a Mamã se entretinha a besuntar a mini com os seus cremes póneis. De barriga para baixo, abana para um lado, abana para o outro, et voilá, de barriga para cima ficou!!! 
Mamã e Papá babados (babadíssimos, íssimos, íssimos), soltaram um grande e sonoro UAAAAU. Francisca olhou para os Pais, de olhos muito arregalados como que a pensar que, pronto, foi hoje que se passaram de vez. 
Estás a crescer tão rápido piquena. Cada dia, mais qualquer coisa nova... 
Way to go Francisca! Yay!!!

Do que dá ler sites de cusquices II...

Nas minhas leituras de frivolidades, que são bem precisas a bem da minha sanidade mental (ahahah, como se ainda morasse alguma nesta casa) ou da de qualquer Português, que com tanta história de Troika e crise, só dá vontade de ganir bem alto, (e com as novas taxas na saúde começo a pensar que se calhar um funeral sai mais barato... whatever) deparei-me com a seguinte pérola:
" Suri Cruise está a escrever um livro. De acordo com uma amiga da família, a filha de Tom Cruise e Katie Holmes, que tem apenas 5 anos, está a escrever uma espécie de autobiografia, sobre o dia-a-dia de uma menina de Beverly Hills. “Ela não só está a escrever como está a trabalhar em todas as ilustrações. A Suri é realmente muito talentosa para a idade que tem”, diz a mesma fonte. Tom Cruise e Katie Holmes estão, conta o mesmo amigo, cheios de orgulho na filha. “É claro que eles acham que ela é um pequeno génio, mas têm o cuidado de não a empurrar para tarefas difíceis.”
 in  Revista Lux , nº605
Não sei se é para rir, se para chorar. Não faço a mais ínfima ideia do que uma catraia de 5 anos poderá ter de tão interessante na sua vida (para além de um armário que eu não me importava nada de ter, mas com tamanhos de adulto) para escrever uma autobiografia. Acho, no mínimo, rídiculo... Mas a filha não é minha, not my problem, not my spoiled brat... (mas é gira a piquena, há que o dizer!!!)
Deu para rir... Especialmente esta parte "É claro que eles acham que ela é um pequeno génio, mas têm o cuidado de não a empurrar para tarefas difíceis.” Well done folks!!!
É o fim da picada!!! Priceless...

Das séries...

Sou viciada em algumas (muitas) séries. É indiferente se me fazem rir ou chorar, só precisam de me cativar. 
Esta é uma aquisição recente para o portefólio de séries que gosto. Foi um mero acaso que me levou a começar a vê-la. Calhou de estar a dar um episódio na Fox Life (a minha companhia) um dia qualquer e me chamar a atenção (muitas vezes a TV está ligada mas nem estou a ver, só quero o barulho de companhia...). Mostrei a minha mais recente descoberta ao Maridão, que também gostou !(nem sempre concordámos... séries de zombies marados não é, de todo, a minha praia). 
Os nossos últimos serões (depois de a Francisca ter  barriga cheia e estar a dormitar)  têm sido passados a ver episódios da dita. 
Great parenting advice... or maybe not...
I love Sue !!!... Reaaaaaaally?  
 

11 dezembro 2011

Dos filmes da minha vida IV...

Nunca li o livro. Tenho de corrigir isso um dia destes. 
Mas vi o filme. Marcou-me. Faz parte da lista de filmes da minha vida, porque é ,simplesmente, ...fabuloso.

"- What's it like not to feel anything?
- Let's say there was a little girl, and from the time she could understand, she was taught to fear... let's say she was taught to fear daylight. She was taught that it was her enemy, that it would hurt her. And then one sunny day, you ask her to go outside and play and she won't. You can't be angry at her can you? 
- I knew that little girl and I saw the light in her eyes, and no matter what you say or do, that's still what I see. 
- We are who we are. People don't change. "
(1998)

Do sugar coating...

Hoje apraz-me dizer que gosto de sugar coating... Mas, e aqui é que a porca torce o rabo, esse meu gosto apenas se aplica a bolos, doces e iguarias afins. Nesses sim, gosto, e muito. 
Na vida real, na que se constrói e vive todo o santo dia, não. Há que chamar as coisas pelos nomes, feios ou bonitos... Pegar o Touro pelos cornos, como diz o sábio povo... 
Colocar band-aids, atirar areia para os olhos ou enfiar a cabeça na areia como a avestruz (ou o que mais se lembrarem para acrescentar à lista), é coisa que não combina muito comigo. Et voilá, fez-se luz na minha tiny tiny mind. Deve meeeeesmo ser esse o meu grande problema.. Não "comer" o sugar coating que me insistem em servir nas mais variadas e estranhas situações... 
Acho que já não vou a tempo de reclamar com os meus Pais esse defeito de fabrico. Calculo que a garantia ou o tempo de devolução para partes danificadas (tinha mais algumas a acrescentar à lista)  expirou há uns valentes anos. Resta-me aguentar-me à bronca.  
C'est la vie... 

10 dezembro 2011

Do pseudo Homem das Cavernas...

Não caçaste a onça nem me trouxeste uma pele de zebra para por aos pés da cama (ia ser o delírio total... NOT). 
Mas como em ti ainda sobrevive algo do instinto de sobrevivência do homem das cavernas (confirmado quando grunhes frases que não consigo perceber at all, porque não se encaixam em nenhuma das cinco línguas que sei falar...), és esperto. 
Aprendeste a sobreviver aos "ataques ferozes" da fêmea. Ontem, trouxeste o casaquinho da Zara da tua "caçada", porque o teu instinto de sobrevivência te avisou que a fêmea grande (temos mais duas minis, há necessidade de fazer distinção), a fera, a que fica em casa com o "colar de pérolas" (à la Flinstones) e muito (demais) tempo livre para pensar, estava mesmo mesmo mesmo a um triz de lhe dar os cinco minutos e mandar tudo na vassoura. E não ia ser bonito. Não ia, mesmo...  
E eu... Bem, eu não resisti... Nuuuuuuuunca te resisto (para mal dos meus pecados)... É quase impossível ficar zangada ou algo do género por mais de, digamos, umas dez horas... Arrebatas sempre o meu coração e fazes-me sorrir... E é também por isso te amo. Sabes levar-me como ninguém... 
Damn it para ti, pseudo homem das cavernas... 

Adenda...

Alguns dos posts deste blog relativos a assunto que muita preocupação e dor causou foram removidos. Assim, sem dó nem piedade. Não quero "coisas" (não têm outro nome possível) dessas a manchar o meu pequeno espaço de ecrã, o meu espaço de partilha e desabafo. Não faziam o mínimo dos mínimos sentidos. Zero. Porque, pura e  simplesmente, há pessoas doentes. Muito doentes... por muito que me custe a acreditar, . E tenho medo da merda de mundo em que a minha filha vai crescer...
E eu... bem, eu estou mais furiosa que um urso polar enjaulado na malinha da Mofli em pleno verão Alentejano. Mas... karma is a bitch... What goes around...

09 dezembro 2011

Das músicas que me aquecem o coração XXI...

Podia ouvir esta música horas a fio... Dias...Semanas... Meses... 
Sou incapaz de me cansar de a escutar e sentir...
E da beleza de tudo o que se pode dizer sem uma única palavra...

Da tentativa gorada...

Dizem que as mãos são o nosso cartão de visita. Que é pelas mãos que se vê uma Senhora.  
Já tinha falado da minha panca com esse assunto. Ultimamente, à conta de tanta lavagem de mãos com sabão azul (nada delicado nem cheiroso mas muito eficaz a matar bichezas), líquidos desinfectantes, água ensaboada para lavar os biberões, etc e tal,  mãozinhas silky touch não moram nesta casa. Paciência, há coisas bem piores... 
Hoje saí um bocadinho de casa. Apanhar ar (bem frio por sinal) na tromba. Arranjei o cabelo e as mãos, na esperança de "eu" voltar para casa... 
Mas nem essas poneisices tiveram o efeito esperado. Fiquei contente claro, por ver as manápulas decentes, mas... o torpor que me invadiu, a sensação de desânimo, teima em não querer fazer as malas e ir pregar para outra Freguesia. 
Há dias assim... Amanhã será melhor (esperemos). After all, tomorrow is another day...

Das músicas que me aquecem o coração XX e Do Desânimo...

Por vezes, sinto que sou arrastada no meio de situações, palavras e mais mil e uma coisas que não consigo entender. Mas tento. Muito. Demais... 
Hoje, é me igual. Simplesmente indiferente. Decidam por mim, façam por mim. Façam... o que quiserem... 
A minha cabeça está cansadaMuito. Demais... 
It's not worth the fight, at least nor today or tomorrow. 
Whatever...  
A heart that's full up like a landfill
A job that slowly kills you
Bruises that won't heal
(...)
No alarms and no surprises
No alarms and no surprises
No alarms and no surprises
Silent, silent
(...)
Such a pretty house, such a pretty garden
No alarms and no surprises (let me out of here)
No alarms and no surprises (let me out of here)
No alarms and no surprises please (let me out of here)


08 dezembro 2011

Do que me "alembrei"...

A Troika (raios os partam, para não dizer pior) tirou a porcaria do subsídio de Natal, acabando com um dos poucos motivos pelos quais eu ainda ia gostando da época. 
A gravidez deixou-me a bacia em obras mas trouxe-me o meu raio de sol, a minha vida, a luz dos meus olhos.  Mas saltos altos, os meus amados sapatinhos sky high esquece lá isso mais uns meses, ò escadeirada. 
Os próximos dias devem ser repletos de lições de savoir faire, o ideal (not!!)  para a minha cabeça deficiente em serotonina.  
E tu, amanhã, vais tratar daquele assunto que me dá urticária crónica, deixando-me para aqui ao deus dará com lições de socialmente correcto. 
Hoje é o "antigo" Dia da Mãe. Diz que sim. Vai daí, eu, Princesa sem reino, tive uma ideia maravilhosa, esplendorosa, magnífica. Cá em casa, teremos dois dias da Mãe!!! Hã, que tal? Ideia de génio (na tua cabeça, estás a pensar: "Ideia de jerico, do que esta gaja se lembra...". 
Como sou tua mega amiguinha, até te deixo imagens do que podes trazer para casa amanhã (um pouco como os homens pré-históricos, que traziam onças para presentear as mulheres, mas sem teres o trabalho de correr atrás do bicho e tudo mais) para acalmar a fera. Estão numa Zara pertinho de ti. 
Vais ver que não dói nada, prometo!!!

P.S- O Blackberry que chega amanhã não conta espertinho, é prenda de Natal. É só para me antecipar ao teu argumento...