Os "sem noção" são uma sub-espécie humana. Há vários marcadores (não genéticos, espero eu) que fazem com que um aparente ser humano normalíssimo possa ser categorizado como "sem noção".
Aqui ficam alguns desses marcadores para que atentem e saibam se estão em presença destas aves raras ou não:
- se vão ao Ginecologista e são inquiridas como correu a consulta por um humano XY, que não o vosso Marido (ou esticando muuuito a corda, Pai);
- se se levantam da vossa mesa, em vossa própria casa e são sempre inquiridas de qual o vosso destino (vou só ali fazer um chichizinho, oh deixe por favor...);
- se são inquiridas do local onde a vossa cria foi concebida, com direito a insistência na impertinente questão (pode, em casos extremos, ser acompanhado de inquirição sobre a posição do acto, não que alguma vez o tenha presenciado);
- se o ser humano em questão tem memória de peixe, fazendo refresh a cada 3 segundos (isto sem que aquele senhor Alemão, tanto quanto se saiba, lhe ande a toldar as ideias), fazendo com que a mesma questão seja colocada over and over again, testando o limite da vossa paciência (e a capacidade de morder a língua e não responder com uma bela frase "nortenha");
- se o ser humano em questão tem opinião sobre o número de filhos que o casal deve ter, porque sim ;
- se o ser humano em questão vem visitar a vossa criancinha doente e insiste em sentar-se ao lado dela, segurando-a pela mão, enquanto tosse qual D. Maria de Noronha (se não vos lembrais de quem é, ide ler Frei Luís de Sousa de novo) noite fora, enquanto a Mãe da criancinha se debate se o que está a ver é realidade ou se bateu com a cabeça numa esquina e está a ter alucinações;
Se alguma destas situações vos diz alguma coisinha, então poderão ser indícios da presença de um "sem noção" na vossa vidinha.
Após várias pesquisas e estudos científicos, ainda não se descobriu a cura para um "sem noção". Existem alguns estudos remontantes ao tempo dos Vickings que sugerem que a melhor maneira de lidar com esta sub espécie é usando a técnica faça-cara-da-cú-e-use-da-cabeça-para-responder-à-letra. Outros estudos há, que apontam como melhor caminho a seguir o sou-mouquinha-desculpe-mas-não-ouvi-por-isso-não-posso-responder. Fica ao encargo do próprio decidir qual das técnicas deverá usar, quando confrontado com feroz sub espécie. Eu continuo sem saber qual devo aplicar, limitando-me a fazer cara ainda mais de parva incrédula...
E depois, eu é que preciso de maravilhas farmacêuticas... Está bem está...
3 comentários:
hi hi
Há mesmo gente sem noção!
:) já me ri que me consolei!
Esta sub-espécie parece que me persegue.
Tem alturas que parece que fui escolhida para "os acolher".
Enfim! haja paciÊncia, minha amiga. haja paciÊncia*
Ui... estou a ver que há gente sem noção por todo o lado... e por vezes acabo por pensar se fui eu que esgotei a minha paciência e que ganhei a mania da perseguição...
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