Adoro os dias de Oksana!
Um dos hobbies da Oksana é chagar-me a cabeça com a quantidade de roupa no meu armário e com o seu muito expedito: "ai se me servisse". Eu ouvia isto e panicava a modos que um poucochinho, punha-me logo a imaginar que eu virava costas de manhã e ela se entretia com os meus sapatos e vestidos, a desfilar casa fora. Sorte a minha azar o dela, a verdade é que usamos números muito diferentes (por acaso, agora que penso nisso, de sapatos não tenho a certeza… pâ-ni-co!!!). Na altura da mudança de casa, encontrei umas peças de roupa novas que a minha Mãe me tinha oferecido. Nunca as usei não por não gostar ou as achar horribillis, mas porque a minha Mãe tem uma qualquer patologia que se traduz em que quando compra roupa para os outros, acha que usam o XXL e toalhas de mesa, enquanto ela usa o S (e uma etiqueta a dizer vivam os refegos). Também não podia trocar que guardar talões é cena que não assiste na Tribo dos Meninos Perdidos. Adiante, que já me estou a perder na coisa. Oksana chegou, gloriosa, radiante, esta manhã. Entra-me casa adentro (após quase ter derrubado a porta de entrada, porque ainda não atina com a fechadura) toda contentinha e diz, no seu sotaque ucraniano:
"P. olha para mim, com o vestido que você me deu! Devia estar muito gorda quando você comprou isso (detesto o você metido assim, como você, dá-me medos), fica-me mesmo muito bem, vê, vê."
Apeteceu-me começar a correr corredor fora e fugir, mas estava de pijama vaquedo e já traumatizei o carteiro, achei melhor não traumatizar, para já, a vizinhança. E agora pensais, mas querias fugir porquê mesmo, Princesa sem Reino?
Porque aquilo não é um vestido.
É uma túnica.
E daquelas que não dá para usar como vestido, se me faço entender.
...
Uma túnica, não um vestido.
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