13 agosto 2013

De Trash TV e empatias improváveis.

Ontem fui-me à Trash Tv que é como quem diz, fui-me ao TLC com fé. De vez em quando, gosto que me pare o cérebro. Estava a dar o "What not to wear", coisa que muitos episódios comi na 'Mérica. O episódio retratava uma jovem estudante de Direito que se vestia de slut-I'm-a-part-time-stripper. Ela defendia que era a sua maneira de se proteger e de acharem que era uma idiota, de forma a que quando abrisse a boca, as pessoas ficassem um bocado desorientadas, jogando isso a seu favor. Tirando a parte de se vestir, literalmente, como slut, senti empatia com a lógica dela. Não me visto como uma slut. Mas tenho a perfeita noção de que me visto fora dos standards da minha profissão e até da minha condição de Mãe. Sei que sou uma ave rara do alto dos meus saltos altos. Aprendi  com o tempo e umas valentes bofetadas da Vida, que é muito útil ser uma personagem. Aprendi que é um mecanismo de defesa excelente. Todos temos os nossos. É fácil criar uma  personagem de quem somos na realidade, essa que fica vedada e com acesso interdito a estranhos. No fosso que a altura dos 13cm cria e distância olhares alheios de quem sou, do alto dos meus saltos, a Vida é bem mais fácil de levar. E bem melhor.

2 comentários:

Sónia disse...

Temos de ser o que achamos melhor para nós, o que resulta. Se dá certo vamos em frente ;)

M.P. disse...

:-)