Já há várias semanas que não via a beleza do nevoeiro. Lá fora, agora, não se vê um palmo à frente do nariz. A minha vida é, muitas vezes, uma espécie de nevoeiro para mim própria. Sem ser certinha, programada, tudo se sucede numa série de coincidências inevitáveis e aleatórias, irónicas, por vezes. Porque o nevoeiro não delimita sombras nem entraves, mas também não permite antecipar obstáculos, acabo muitas envolta no mesmo e em colisões frontais com a realidade. Porque há dias em que também toda eu sou nevoeiro por dentro. Calma, densa, fechada. Sem esperar um Dom Sebastião.
14 julho 2013
Nevoeiro.
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1 comentário:
Anda para as terras que te viram nascer que vais enjoar de tanto nevoeiro :D!
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