Todas nós temos um
merdas no nosso passado.
Um merdas é aquele ex-namorado que nenhuma de nós percebe onde estava com a cabeça quando decidiu enrolar-se com ele.
Não é giro, não é esperto, não é inteligente, não sabe beijar bem, não sabe fazer outros que mais bem e nem tão pouco tem uma pipa de massa para vos sustentar o resto da vida à la dondoca.
Portanto, é um merdas sem ponta por onde se lhe pegue mas que a dada altura da vossa acharam por bem que experimentar uma relação com um espécime desses.
Eu também tive o meu merdas. Para além destas coisas todas, o bicho tinha dupla nacionalidade. Era meio espanhol o que lhe dava imenso jeito na hora de comprar carros (e caramelos em Badajoz). Quanto a isso coitado, não tinha culpa de a Madre se ter encantado por um Lusitano. Mas tinha de culpa de ele e su madre tanto criticarem e cuspirem no País que os acolheu (e acho que ainda acolhe mas adiante). A porta da rua sempre foi serventia da casa. O mesmo se aplicou a mim que ganhei (finalmente) juízo e deixei o meu merdas na merda acabando a relação mais estranha e inexplicável da minha vida.
Maneiras que este jogo me deu uns nervos e calafrios desgraçados. Por todas as razões e mais algumas. E que jogo, óh que jogo! Que garra, motivação, união. Gostei!!! Foi sofrer até ao fim (mais uma vez) e com direito a prolongamento (Éh pá, já disse que este jogo me deu mini ataques de coração e de histeria??? Coentrãooooooo estás no meu coraçãaaaaaaao, seu homem do Norte carago! Beijinho repenicado) e penalties. Penalties gente!!
Gostava que tivéssemos ganho, fosse qual fosse a equipa. Mas a estes vizinhos, ainda mais. Mas não deu. Paciência. Nem sempre corre como se quer mas amiguinhos da selecção: podeis dormir (que eu deixo) de consciência tranquila que fizestes um belo de um jogo. A sair que seja assim, de cabeça erguida! Ala Selecção!!!
Mas mesmo não sendo este meu adorado (e falido) País campeão europeu de futebol, continua tudo bem! É que eu até gosto de Espanha e dos Espanhóis e das cidades espanholas e da comida espanhola e da Leti e do Rei-que-come-fora-do-prato e do Casillas e do Piquet e tudo e tudo... Mas gosto ainda mais do meu Portugal, mesmo que não seja campeão da bola, mesmo o da era amarga. Muito mais!
Puto da Galp (ou lá o que é que e eu não sei o teu nome, temos pena): e agora, que vais fazer com a tua vida? Arruma lá os tarecos...
P.S- E como é óbvio, também existe a versão merdas no feminino. Não são só as XX que têm ideias absolutamente deploráveis. SuperMaridão é um caso de estudo no que a isso toca, sendo eu a salvação da coroa (que é como quem diz da sua vida amorosa...)
3 comentários:
Também tive um merdas na minha vida. Mas o meu era "avec". :)
Adorei o texto... E eu também tive um merdas... Quando me lembro só me apetece fazer blheeercccc! E em tudo há uma coisa boa, vou deixar de ouvir o menino da galp a dizer "só fico se valer a pena!", muito gostava eu de saber para onde é que ele tenciona ir!
:) :) o que agora me fizeste rir!
E claro que eu também tive um merdas na minha vida! Um merdoso, mesmo! Acho que faz parte, não é?
E em relação ao jogo, eu também tive mini colapsos, mini ataques, mini tudo e mais alguma coisa! Que nervos!
Mas Viva Portugal!
Enviar um comentário