O que eu queria agora era uma botija de água quente. E que alguém me enfiasse na cama, me desse um cházinho quente com uma bolachinha ou um croissant com fiambre e dissesse para estar descansada, não me preocupar com nada e dormir. Em vez disso, arrastei-me da cama para fora, dei de comer ao cão e ao gato, vesti-me, vesti a piquena, dei-lhe o pequeno almoço, preparei-lhe a mochila para levar para a escola, mediquei-a, mediquei-me, deixei-a na escola e agora estou a tentar fazer algo de útil. Mas as letras dançam-me numa valsa estonteante, pesa-me a cabeça, não sei que vou fazer de jantar para alimentar a criança e esqueci-me de por a máquina da roupa a lavar, grande merda, é o meu drama de hoje, a máquina carregada e eu não carreguei no botão. O que eu queria agora era mesmo qualquer coisa que não o que tenho. Lamento, mas isto hoje não sai nada de inspiracional, bonitinho ou fófinho. Estou farta de doenças, achaques diversos, panelas e roupa para lavar. Sim, o pior é mesmo a roupa para lavar. Ou não.
03 fevereiro 2014
O mal é a roupa suja.
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3 comentários:
O mal é que a nossa vida não para para nos deixar descansar umas horas, para nos deixar por-nos boas... A vida segue sempre, com doenças, com trabalhos, com roupas e tachos para lavar, mesmo quando só precisávamos que tudo parasse por umas horas... As melhoras
Espero que te aguentes que isto de mãe doente não está com nada.
as melhoras, minha querida!
por aqui também estamos fartos de doenças.
que venha o bom tempo.
um beijinho*
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