Trabalhar (só) com a cabeça é um luxo. As únicas emoções que dá é quando a coisa corre bem, dá satisfação e quando corre tudo ao contrário, dá dores de cabeça, na cabeça que se usa para trabalhar. Fora isso, é um luxo trabalhar com a cabeça. Dá uma liberdade enorme e uma sensação de controlo. Agora faz-se esta reacção e escolhe-se quando e como se vai parar. Controla-se os parâmetros que se quer testar, agora mais assim, agora mais assado, agora vai tudo para o espaço. É um luxo trabalhar (só) com a cabeça. Pode-se muito bem escolher deixar o coração à porta e ser um robot, sem sequer ficar contente quando corre bem ou a praguejar quando corre mal. Claro que, e aqui me desboco, não me é possível essa escolha, mas a bem da realidade dos factos, conheço umas quantas pessoas que estão muito próximo do status "pro" nessa condição. Deve ser por isso que eu seria uma médica ou profissional de saúde medíocre à luz do que exige: estaria sempre com o coração nas mãos enquanto a cabeça se achava no luxo de estar sozinha. Talvez um dia me deixe de luxos de sapatos e chegue ao luxo de trabalhar só com a cabeça.
05 julho 2013
O luxo de trabalhar com a cabeça.
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1 comentário:
Pois, lá está... Também ainda não descobri como trabalhar só com a cabeça... Deve ser por isso que estou sempre a lixar-me...
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