O Inferno não deve ser muito diferente. Quer-se dizer, mesmo em termos paisagísticos, calculo que sejam ambos semelhantes, assim uma coisa de oh my eyes, my eyes, my eyes. Mas o Inferno não deve ser muito diferente em termos de temperatura. E quem gosta muito do calor, pois que bem, bom proveito. Eu quero ursos polares. Assim, de repente, lembro-me do Pólo Norte. Mas sim, o Inferno não deve ser muito diferente. Até porque penar já peno no calvário do "não caias, não caias, anda lá". Não me mata o calor por me mandar ao chão, talvez me mate a quantidade absolutamente estúpida de açúcar que acabo a ingerir. Já pareço uma agarrada com os pacotes de açúcar. E mesmo assim, o corpo recusa-se a colaborar. A respiração estupidamente lenta. O ouvir tudo um pouco ao longe. Ah e "não caias, não caias, não caias". Não há nada mais vulnerável do que cair no chão, inanimada. E isso, atormenta-me. Não o desligar momentaneamente, been there, done that, got tons of bruises e traumatismos. Mas atormenta-me a possibilidade da vulnerabilidade súbita. Não tenho culpa de o meu corpo reagir assim, de funcionar assim, de ter um coração lento, a seu ritmo. Independentemente disso, recuso-me a ficar prisioneira, fechada, em frente a uma ventoinha ou a um ar condicionado. A vida decorre. Um pouco mais açucarada nos azedos que esta Terra de bafo do Inferno me traz.
05 julho 2013
I'm on (a highway to) hell...
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