07 janeiro 2013

Até sempre, Marradinhas...

O Marradinhas era irmão da Chica e do Chico. Digo era mas talvez devesse dizer que é, sempre o será. O Marradinhas era um gato grande, preto, imponente. Mas também muito meiguinho, muito melado, muito ternurento. Sempre suspeitamos que seria um gato especial, havia qualquer coisa no olhar vidrado dele que nos dava quase a certeza de que alguma coisa tinha feito curto circuito ali, dizíamos que lhe faltava uma aduela. O Marradinhas foi oferecido aos meus Sogros, juntamente com o Indie, para ajudar a atenuar a dor da perda da Mafalda, a siamesa. O Marradinhas era O gato, de porte imponente e coração de manteiga. Hoje, o meu marido jantava em casa dos Pais quando se começou a ouvir um miar aflito, choroso, de dor profunda. Viram-no arrastar-se, chorando. Correram com ele para as urgências veterinárias. Mas não havia nada a fazer. Uma embolia, disse a médica. Sem afluxo de sangue para as patas traseiras. Se sobrevivesse, teria dores insuportáveis, zero qualidade de vida. Um felino explicou, não se adapta às rodinhas como um cão. Nada a fazer, repetiu, a opção mais humana seria oferecer-lhe uma partida o mais tranquila possível. Eu não estava lá, soube-o pelo telefone e entre mensagens trocadas, de coração apertado, pequenino. E no meu peito abriu-se um buraco negro, imenso, de tristeza. O Marradinhas partiu hoje e tenho de acreditar que foi um gato feliz, acarinhado e que lhe foi dada a melhor vida que se poderia. E que na doença, se ofereceu a opção mais humana. Com todo o amor que se sentia e sente por ele. 

4 comentários:

raquel disse...

:(
sei bem o que custa tomar esta opção.
Já o tivemos que fazer em tempos, e em família. E foi muito, muito difícil. Mas teve que ser. E é assim que me lembro do Gil, com muuuita saudade mas com o coração descansado por ter sido muito amado, acarinhado e que no final não podiámos ter feito melhor por ele :(,
Um beijo grande para vocês*

Cláudia, Vila do Conde disse...

Ohhhh...tadito do Marradinhas...mas com certeza partiu sabendo que era muito amado e que tudo fizeram por ele...bjocas,linda****

Magui disse...

Eu não sou pessoa de gatos, sou pessoa de cães... Nunca perdi um gato porque nunca os tive, mas já perdi cães... Cães que eram como pessoas, como irmãos para mim e a perda é muito dura. Só quem passou entende!
Um beijinho enorme

M.P. disse...

É sempre uma grande tristeza perder um animal assim tão querido para nós, mas tenho a certeza que o Marradinhas foi um gato muito feliz. Um beijinho nosso