Coisas que me apoquentam verdadeiramente...

Diz que o que está na moda é vender e comprar ouro. Eu, como bicho avesso às tendências fashiones em massa, ainda não aderi. Não é nada contra a adesão em manada mas é que o meu lado anti-carneirada é assim a dar ao forte. Claro que o eu ser tesa que nem um carapau, com pouco ou nenhum oiro para empenhar, não é factor nem o cerne da questão é esse. 

Deve ter sido a pensar nos que não têm onde cair mortos e em senhoras (es) que passam os seus dias a remexer nas voltas de oiro e com o ouvido cravejado de brincos de metais nobres na estereofonia sintonizada na Rádio Renascença, que puseram (intimaram (?) ) o António Sala a debitar as vantagens de vender e comprar oiro e tudo e tudo e mais alguma coisinha pelo caminho.

Maneiras que apesar da tentação ser grande com a voz de serpente do homem do-compre-ouro-ou-venda-ou-faça-qualquer-coisa-com-ele a coisa ainda não se deu aqui para os meus lados. Claro que o facto de eu ser pelintra e ter paixão por pichebeque em nada contribui para isso, é bom esclarecer.

Pelo andar da carruagem (não pode ser de cristal como a da Cinderela, senão lá se volta a pé para casa), decidem pedir ao João Chaves (eu sei que o senhor tem idade para ser meu Avô ... mas a voz não tem idade pois não??? Posso ter um affair platónico com a voz dele, certo?) para apregoar que se queres estar in e ter pilin há que botar as jóias de família no prego. 

Além do mais, se outrora a moda era em cada esquina uma loja do chinês com as últimas novidades em coisas-que-custam-um-euro-mas-usas-uma-vez-e-desfazem-se, hoje em dia o que é absolument fashione são as lojas onde até o microchip-do-cão-dá-para-tentar-vender-a-cem-mê-reis-a-grama. 

São modas senhor, são modas...