Há alturas que penso e repenso a minha vida. Alturas em que me coloco apenas no papel de espectadora de mim. Vejo mentalmente, de forma mais ou menos vagarosa, os anos que passaram por mim. O que fiz e o que me fiz neles. Sempre em retrospectivas. Sempre o que foi. Sempre o que fiz: bem, mal, o que não consegui simplesmente. Aceitar, sempre, o que não foi como era suposto, esperado, desejado, aquilo que nunca chegou a ser. Agradecer por tudo de bom mas, sobretudo, agradecer por tudo de mau e o bem que isso me trouxe. Sempre em retrospectivas. Nunca em projecções futuras. Porque não sei desenhar mapas, porque não sei ler mapas, porque tudo é uma constante inconstante, hoje será ontem amanhã, presente que passará a ser passado mas que já foi um futuro. E nestas certezas, penso-me em retrospectiva. Aceito. E humildemente, agradeço por tudo que me faz o todo que sou.
13 novembro 2014
Sometimes I get lost inside my mind…
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