Aprendi a gostar do carinho de algumas (ênfase no "algumas") pessoas. Da preocupação delas. Aprendi a não desconfiar de perguntas e a não calcar e trancar tudo no meu peito. Aprendi a não responder em monossílabos ou pequenos grunhidos quando questionada sobre questões de saúde. Hoje, quando voltei ao estaminé, perguntaram-me pela minha Menina. E eu contei e deixei que a minha cara transparecesse a minha preocupação, a que me invade noite dentro em pesadelos e a que me faz doer o lado esquerdo. Pequenas cirurgias são as feitas nos outros, nos que não conheço ou que me dizem qualquer coisa nula. Nunca são as que são feitas nos meus e muito menos as que eu tomaria o lugar da minha Filha em menos de nada.
* Francisca precisa retirar as adenóides stat e ainda ser sujeita a mais uns procedimentos. A audição está já comprometida e eu nunca notei nada, nunca vi nada, não sei, não sei, não sei. Sei que eu sabia que não era normal tanta adenoidite, tanto antibiótico, tanta coisa que eu não consegui impedir. Não sei como o teria feito mas queria ter feito. Sei que a cirurgia é coisa rotineira, mimimimimi, nada de extraordinário, lálálá. Mas eu sou a Mãe. Eu sou a Mãe. E o que sinto bem cá dentro, bem, isso, não se explica.
3 comentários:
Como te compreendo... Já lá estive e não é isso que me fez mais forte ou mais resistente... Vocês hão-de sobreviver (todas sobrevivemos) e no fim ela vai ganhar qualidade de vida, mas até lá é normal teres o peito apertado...Um beijinho muito muito grande!
oh querida imagino como o teu coração de mãe está apertadinho, se fossem os meus eu estava igual. Desejo que corra tudo bem sem complicações. Beijinho bem grande para a princesa e para ti muita força e coragem que vai tudo correr bem.
Beijinhos
força princesa. vai correr td bem e a francisca vai ficar melhor de tanta mazela. bjinho
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