Francisca andava a brincar. A correr, a saltar, a curtir a sua tarde. Francisca foi de queixo ao chão e acertou em cheio num brinquedo dos muitos espalhados pelo seu território. Sangue por todo o lado. Óh válha-me alguma coisinha. Limpar, desinfectar, tentar que o sangue parasse de pingar. Um lanho jeitoso. Bem, mais uma voltinha nas urgências, coisa gira de se fazer em dia feriado. Francisca rija, sem lágrimas, a dizer olá a toda a gente e a contar o seu episódio e eu aí valha-me qualquer coisinha, meu passarinho de queixo aberto. Cola no lanho. Adoro estas maravilhas das bio-coisas, como bioengenharia e biomedicina. Nada de pontos, nada de gritos, nada de cuidados extra, que diz que aquilo cai quando cicatrizar. Francisca preocupada que ia perder o seu episódio de Dra. Brinquedos. E eu a pensar valha-me qualquer coisinha, meu passarinho de queixo aberto. Mais um cromo na caderneta e a certeza de que a miúda é rija, pá!( gosto especialmente desta coisa retorcida que as Mães têm, esta coisa chamada culpa non-sense. Só se acolchoasse o chão e almofadasse o Mundo, repito para mim. Ou não a deixasse ser criança e brincar. Ah, a culpa non-sense, coisa maravilhosa. Isso e a dor de cabeça com que eu fiquei, tamanha camada de nervos que se me pôs quando a vi estendida numa poça vermelha no chão. Meu pequeno passarinho. )
01 maio 2014
De queixo no chão e as maravilhas das bio-coisas.
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3 comentários:
Um pequeno passarinho saltitante, solto e a crescer feliz, como todos os meninos e meninas deveriam crescer. Imagino o teu susto... Mas faz parte, e cá temos de nos aguentar!:-)
Ohh!! Nós ficamos pior que elas!!
As melhoras!
Um beijinho*
<3
beijo grande cheio de mimo, para a Francisca e para a mamã*
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