Tenho alturas na minha vidinha em que meto na cabeça que hei-de ser uma pessoa organizada. Daquelas que até gosto de ver desfilar, com a agenda pónei (que já para aqui debitei sobre). Que de cada vez que acaba alguma coisa em casa, põe numa listinha, no telefone ou na tal da agenda ou caderninho, que levanta dinheiro para ir às compras, quase certo, porque já fez uma estimativa de quanto lhe custaria a lista elaborada e que não sabe o que é o ainda-ontem-fui-às-compras-mas-já-não-há-polpa-de-tomate-iogurtes-e-porra-papel-de-cozinha-ou-rolo-não-importa-também-não-há. De vez em quando, também meto na cabeça que vou ter um daqueles frigoríficos cheios de legumes e frutas e cenas e coisas coloridas e saudáveis, dignos de fotos instagramadas rede fora. Também gostava de ter um frgorifico daqueles que tiram sumo e pedras de gelo, o que me leva a pensar que os meus sonhos andam um bocado pela rua da amargura, que se lixe mas é o frigorifico mais o sumo com gelo. Mas pronto, de vez em quando gosto de pensar que poderia ter um frigorifico colorido e saudável, uma lista de compras decente para que nada se acabe no para ontem, dinheiro na carteira para não usar o cartão e assim evitar capotamentos cerebrais quando me decido a ver quanto tostão ainda tenho no bocado de plástico. Depois, dá-se-me uma coisa má, enfardo meio kilo de gomas, um café, dois copos de água e passam-me estes devaneios.
18 fevereiro 2014
O frigorífico é que era!
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