Make yourself at home (take II)...

 

Eu sou uma dona de casa (desesperada e) desorganizada. Vá, não sou desorganizada mas não sou a feliz proprietária de uma arca congeladora industrial. Maneiras que só hoje planeei o que vai ser o banquete para o povão nos festejos de primeiro ano de sua Alteza Texugueza e como tal, só hoje é que arranjei disponibilidade mental (ah ah ah, adoro esta expressão) para ir às compras. Ora pois então que isto não seria problema para ninguém não fosse o seguinte cenário: 

- Laland na sua versão feminina é a mujer-furacão pelos corredores desses hipermercados. Ela leva tudo à frente como se estivesse prestes a fugir de um cataclismo do qual só ela foi previamente avisada. Dá-me cabo do pouco sistema nervoso que me resta. O macho da Laland nem levanta o fofo do sofá para acompanhar esposa em tal empreitada (chamem-lhe burro) limitando-se a dizer "óh filha vai lá tu, eu tenho de ler o jornal"... 

- Tribo dos Meninos Perdidos é o inverso. Vão sempre os dois e quase começo a achar que que decidir se levam carapau ou dourada é um programa de família na cabeça deles.  Ir às compras com a Tribo é um fenómeno sociológico sobre o qual me debruçarei um dia, quiçá. A Sô Dona minha Mãe pára a cada dez segundos, vê tudo, volta atrás, apalpa, revira, manda Sô Doutor MêPai para a caixa para o homem passar (sempre) a vergonha do "a minha mulher já vem menina, não feche a conta" e ser fulminado por quem está atrás na fila e tem mais que fazer. MêPai também tem culpas no cartório no domínio das compras: não importa se tem utilidade, se já se tem a mesma coisa... se está em promoção, marcha. Foi assim que acabamos lá em casa com 4 berbequins, 832 pacotes de guardanapos e outros que tanto de papel higiénico, 3 aspiradores, arroz e massa para sobreviver a um dilúvio e a um crash bolsista por, pelo menos, 3 anos.  

Maneiras que não bastasse o 24/24 pega no meu pé, ainda tenho de ver como vou às compras sem levar estes emplastros de arrasto. Valei-me!