É sempre a mesma coisa. Sem-pre.
Sempre a mesma insatisfação. Sempre o mesmo desagrado.
Sempre a mesma rigidez, perfecionismo extremado. Juíza cega de mim própria...
Nunca nada é bom o suficiente aos olhos da que é Ré e Juíza, simultâneamente.
O cabelo não está bem, a cara não está bem, o corpo nunca estará bem.
A roupa não assenta como queria, os sapatos rasos ao chão não têm o esplendor que se desejaria.
A atitude não está correcta, as palavras não saem na hora certa. Nunca se agarra a deixa, vamos indo e vamos vendo... Portuguesa de gema.
Horas insatisfeitas na procura de uma perfeição etérea, vedada aos mortais, mas que não deixa de ser desejada na febre de quem quer mais, sempre mais. Talvez seja o querer mais, sempre mais, que vai deixando sempre menos um pouco de tudo...
É sempre a mesma coisa. Sem-pre.
E como sempre, hoje é sexta feira.
E ainda bem que sexta feira é sempre a mesma coisa. Sempre...
1 comentário:
Compreendo, compreendo, compreendo...
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