31 agosto 2013

Anatomia de uma festa.

Talvez seja cafona. Talvez seja out of style. Mas a festa da Francisca foi do mais simples possível. Balões, muitos balões, muita alegria, muito carinho, muito mimo e um bolo maravilhoso, de limão e chocolate, onde não podia faltar a inseparável companheira da Francisca. Não houve tema, não houve etiquetas nas sobremesas, garrafas de água personalizadas e tudo o resto tão em voga. A Francisca teve uma festinha o mais simples possível, com os "Parabéns" cantados vezes sem conta, as velas a serem sopradas ad nauseum a cada " mais uma vez, pô fabore". Os "Parabéns" cantados ao telefone por quem não pode estar presente e sempre terminados pelas mãos dela a bater palminhas e a gritar com um sorriso " Bibáaaaaa, doooooix". A festa dela foi o mais simples possível. E ela teve um dia muito feliz, traduzido no sorriso mais bonito que conheço. Porque é nas coisas simples da vida, que se encontram verdadeiros tesouros e se fazem as memórias.  
P.S- o bolo foi feito pela "Gourmet and You". Uma delícia! 

30 agosto 2013

2

Existe aquilo a que chamam a "zero hour". A minha "zero hour" foi às 11h55 de uma Terça feira perfeita de Porto. Há uma foto nossa, ainda em versão all-in-one. A seguir a essa foto, não mais existimos como uma. Dizem também que a dor que se sente após a primeira golfada de ar que se respira é a mais dolorosa, a dor mais forte que algum dia se sente. Mas no meio do teu choro de dor por os pulmoes se expandirem pela primeira vez no começo da tua Vida, senti o alívio. Eras perfeita. Saudável. Pequenina. Minha. A tua mão prendeu-se no meu dedo antes de te levarem. A tua mão prendeu-se no meu dedo quando te trouxeram para mim de novo. Num acto de instinto. E no mais profundo do instinto que é este amor, digo-te Francisca: a minha mão estará sempre aqui, Francisca, para acolher a tua. Para secar as tuas lágrimas. Para te ensinar e para te ensinar com os erros. A mesma mão que te confortou na tua ( nossa) zero hour. A minha mão não te vai mostrar o caminho mas vai ajudar-te a perceber o caminho que escolheres. A minha mão não te vai amparar todos os golpes mas vai ajudar-te a levantar quando os golpes te forem quase tão dolorosos como a primeira golfada de ar. A minha mão não te dará o Mundo mas mostrar-te-á o que ele tem para te oferecer. A minha mão Francisca, é tua. Desde o primeiro segundo em que a seguraste, há dois anos atrás. Fazes hoje dois anos desde a "zero hour". És uma Menina. Falas pelos cotovelos. Sorris e cumprimentas quem por ti passa. Danças a cada acorde que ouves com verdadeira alegria. Tens mau feitio quando te dá para isso. És dorminhoca porque de manhã a cama tem mel. Há dois anos atrás olhei para ti e não percebi muito bem o que era suposto fazer contigo. Tinha de te fazer crescer e educar e amar e manter-te feliz, mas como? Não havia fórmula, livro ou receita para me ensinar. Hoje, olho para ti e vejo que independentemente do que quer que tenha achado que devia fazer, tudo o que precisava de saber estava em mim, no momento em que a tua vida segurou o meu dedo e pediu protecção. Parabéns Francisca. Pelos teus dois anos, pelos dias de sol e arco íris inventados, desenhados nos caracóis do teu cabelo. Parabéns, Francisca. 

28 agosto 2013

Eu é mais balões.

Andar por um dos maiores shoppings das redondezas a arrastar dois balões de happy birthday para a Cria, passar em frente à Zara e as botas, aquelas botas, passear-me Zara à frente, Zara atrás, esperar para desencantarem o meu número daquelas botas, ai as botas, balão para a frente, balão para trás e lá se traz os balões e mais um par de botas. Claro que podia ter ido buscar as botas e depois os balões, mas qual era a piada nisso? 

26 agosto 2013

Sabes que a tua chefe é uma gaja porreira...

... quando te intima a tirar férias e p'lo amor da Santa vai descansar, estás com péssimo aspecto, desampara a Loja uns dias, quero nem saber se ainda tens dias ou não, vaaaaaai, xô! Pronto. Eu sou uma moça bem mandada (para o que me convém, não vamos cá criar confusões) e por isso, vou. Mas só porque não se diz que não a uma chefe muito grávida na altura, que entretanto pipocou. Maneiras que sim, tenho uma chefe über fófinha e eu sou uma gaja que obedece à chefe, que isto manda quem pode, obedece quem deve. E é isto. 
p.s:(esclarecimento básico para dummies): o não ter dias de férias passa por alguém ter de cuidar quando a Cria adoece e a Defesa da Tese não se ter preparado sozinha. 

25 agosto 2013

Speaking of the Devil...

Em breve, a marca dos 2 anos será atingida. Dois anos de Francisca. Dois anos de mim enquanto Mãe. Acho discutível o facto de se começar a ser Mãe no momento em que se sabe que nunca mais estaremos sozinhas neste Mundo ou se se começa quando nos passam uma criança para os braços. Não vou por aí. Neste ano que passou, deixei a medicação que me ajudou a superar a depressão pós-parto numa gaveta. Continuam a estar no mesmo sítio onde os deixei. Claro que também continuo a ter os meus dias. Estaria a mentir se dissesse que não tenho dias em que me assusta de morte perceber que há alguém neste Mundo que vai sempre precisar de mim, que olha para mim à procura de respostas e soluções. Estaria a mentir se dissesse que não tenho dias em que ponho a cabeça entre as mãos e me pergunto se não estarei a fazer tudo ao contrário e "oh meu Deus, e se ela cresce e me odeia porque fiz tudo mal?". Tenho desses dias, ainda. Mas acredito que agora estão fora do âmbito do patológico. Já não tenho ataques de pânico quando a ouço chorar, aprendi a serenar-me. Aprendi e aceitei finalmente que não estava preparada para ser Mãe. Que não sou uma "natural" na coisa, como há muitas Mulheres que o são. Admito-o sem problema algum e quem tiver problemas com isso pode atirar-se aos cães. Tenho dias em que penso se serei capaz. Mas a diferença, é que agora, enfrento-os. Choro se me apetecer chorar porque "it's my party and I cry if I want to". Depois, desligo a emoção por uns segundos, páro e penso com a cabeça, agora lúcida, sem o Devil que me fez companhia no primeiro ano de Maternidade. Acredito que de certeza absoluta que estou a fazer muitas coisas mal. Mas acredito ainda mais que devo estar a fazer muitas mais coisas bem, porque a Francisca é uma criança feliz. Sobretudo, acredito que sou a melhor Mãe que sei. Aprendi a acreditar nisso. A depressão dói. É uma dor excruciante que põe tudo em causa, até se valemos a pena o oxigénio que consumimos.  Mas é uma dor que se consegue ultrapassar, no seu tempo certo. A caixa vai continuar ali, a lembrar-me do que ficou para trás. Para eu continuar a ver tudo o que vem para a frente, à nossa frente. Com um sorriso, especialmente, o dela. 

Bom dia, bom dia... ou...

... 'tá a acordar bem depressa "óh-gaja-da-comida", 'tá em sentido, direita, volver e um prato de Nestun. ( Estou acordada, estou acordada. Não estou nada, nãaaaaoooo, mais 5 minutos, mais 5 minutos, já vou).  Mánheeeee aaaaandaaaaa, Mánheeeeeeeeeeee Booooooooooooom diaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaa. Eu sabia que as minhas meias de leite minadas com cafés durante a gravidez iam ter algum efeito... Credo... Whatever... Just "shake it out, shake it out, shake it out, ohh whoa, 'Cause it's always darkest before the dawn..."
P.S- a bem da justiça, a minha rica Filha acordou eram quase dez da manhã, após ressonar desde as 21h30. Mas pronto, eu sou um bicho bastante dado ao sono. Não é defeito, é feitio mesmo. 

24 agosto 2013

Happy B'day Mofli!

4 anos! Hoje faz 4 anos a mai' belha, a esfregona de pelo, a agora inseparável Mómó da Francisca. Como todos os anos, teve direito a bolo (que eu depois enfardei). Pelo primeiro ano, teve um abracinho da mai' nova e um " paxabéns, Mómó!". Happy B'day, Mofli!!! 

Moral da estória...

... nunca (mais voltar a ) tentar passar despercebida com uma Yorkie e uma criancinha-fala-barato.  

23 agosto 2013

E de novo, Portugal arde...

Todos os anos, o triste fado repete-se. Portugal arde, os meios disponíveis não chegam, as críticas e os dedos apontados são mais que muitos. Todos os anos, milhares de pessoas tentam apagar fogos de Norte a Sul. Por terra e pelo ar. Todos os anos, milhares de pessoas tentam ajudar a mitigar os efeitos devastadores do fogo, que em segundos destrói o que levou anos a criar. Ontem, uma bombeira de 24 anos morreu. Chamava-se Rita. Deixou uma Filha de 4 anos. Uma criança ficou orfã de Mãe, enquanto esta ajudava o próximo, num acto de coragem e de bom coração. Não sei muito bem que justiça é esta, que raio de coisa será essa do Destino que permite que uma Mulher, uma Mãe, morra enquanto tenta salvar vidas, bens, a terra que nem lhe pertence. Não sei que merda de ironia da Vida é essa, que deixa uma Filha sem Mãe, que merda de preço é esse a pagar pela a ajuda ao próximo. Resta-me pensar que todo o apoio possível será dado à família da Rita e que um dia a sua Filha saberá que a Mãe foi uma verdadeira heroína, uma Mulher de bom coração. Resta-me acreditar que todo o apoio possível é dado a quem vai de encontro às labaredas que transformam a terra numa réplica do que se julga ser o inferno, o ar irrespirável pelas cinzas, o céu negro de fumo. E acima de tudo, resta-me agradecer aos Homens e Mulheres de bom coração que se sacrificam em nome do amor ao próximo. A todos que tentam travar e por fim a este triste fado, obrigada. 

22 agosto 2013

Bom dia, bom dia...

Nos últimos tempos, tenho apanhado imensos episódios de "Sex and the City" na Fox Life. Alguns já tinha visto, outros não, nunca vi a série de fio a pavio. Não sou a maior fã da Carrie, tirando os seus autefites e os seus sapatos (I die!!!). Sempre achei que em alguns pontos da estória, ela precisava de uma abanão e de um par de estalos a ver se se ligava à terra. Acho que em termos de personagem, sempre me senti mais perto da personalidade da Miranda do que da Carrie. Nem falo da Charlotte porque me dá um ataque de urticária e a Samantha, bem, a Samantha é a Samantha. Ontem colei na TV a ver (mais) um episódio. Mr. Big ia embora de New York. Nunca percebi muito bem porque alguém quereria sair de NYC mas isso sou eu. Quer dizer, eu trocava NYC por Chicago sem pestanejar, mas como troquei a minha Cidade D'ouro por um cú de Judas é melhor estar calada no que toca a sítios para viver. Adiante. Tudo muito mimimimimi, You can't leave New York. You're the Chrysler Building. The Chrysler Building would be all wrong in a vineyard. Eu também acho que sim, que um arranha céus daqueles no meio das vinhas é um desperdício, mas mais uma vez, é melhor calar-me no que toca a mudanças de Cidade e onde é que as coisas e pessoas encaixam, porque claramente, tenho moral zero para discutir esse assunto. Mas o que me ficou na cabeça do episódio de ontem, foi uma música e uma parte muito específica do episódio. Mr. Big vai à sua vida mas não sem antes deixar no seu apartamento vazio, por onde a Carrie entra disparada na esperança de ainda o encontrar e depois de levar com um rebentamento de bolsa de águas nuns LBT (que dor, senhores, que dor!), um vinil e um envelope. "Para quando te sentires sozinha" era a mensagem colada na capa do vinil de Moon River de Mancini. Fiquei com a música na cabeça. Hoje, decidi ouvi-la de manhã. Porque apesar de tudo, há qualquer coisa de Carrie em cada Mulher. E a música, é maravilhosa. Moon River...

21 agosto 2013

Ah, a tradição perpetua-se!

Todos nós temos aquelas fotos maravilhosas (not!) que nos obrigavam a tirar na Escola. O mais comum, na Primária, era sentarem-nos numa secretária, com um livrinho aberto em frente e a segurar num lápis (shoot me , now!). Antes dessas, as do Infantário, com os bibes. Não tenho uma única foto decente. Em todas elas, ao longo dos anos em que fui sujeita ao olha-é-dia-de-foto-na-Escola, estou sinistra. Ou despenteada, ou com ar de quem me trouxe, ou com conjuntivite, ou estava mal da barriga, ou me tinha espalhado ao comprido 3 segundos antes de ouvir um "quero ver esse sorriso". Pois que ontem descobri que a tradição passou na genética da minha quota dos 50%. Vi as fotos escolares da Francisca do seu primeiro ano de Escola. Tive de me esforçar para não me rir como uma perdida. Nesse dia, a catraia estava com qualquer coisa nos olhos que fez com que chorasse e gritasse osjólhos, osjólhos Mánhe. Lá lhe passou, mas para a posteridade, ficou a minha rica Filha com ar de quem me trouxe, olhos inchados. Continua a ser a mais bonita de todas para mim, mas a bem da realidade, acho que as fotos Escolares não vão ser o forte dela. Tanto, que quando vi as fotos, só me ocorreu um "Reeeeeaaallyyyyyyy?" na cabeça. Quem vê "The Middlle", vai perceber. Hopefully, ela não será a Sue. Afinal, chama-se Maria Francisca e o problema não é ela, são as fotos escolares. 
P.S- se ela perguntar, está linda nas fotos. 

Do outro lado do azul, talvez...

Por esta altura, suponho que o S. está sobre o imenso azul do Atlântico. Ou ainda a arrastar-se por Barajas, onde se lamentava que ia esperar umas horas pelo voo que o levará a uma vida nova. A um recomeço. Foi mais um caso de ódio à primeira vista no meu historial de recomeços. Até hoje, ambos nos lembramos da primeira vez que nos vimos, apresentados por aquela que viria a ser a nossa Chefe comum. Eu pensei porque carga de água está este caramelo a olhar para mim assim. Ele pensou que raio está esta Barbie de T-shirt cor de rosa a fazer aqui. Levamos o nosso tempo. Em boa verdade, foi mais o S. que se esforçou por me conhecer e me integrar no meu novo (agora semi-antigo) local de trabalho. O ódio à primeira vista acabou por se converter numa grande Amizade. Crescemos juntos à medida que os anos do Doutoramento iam passando por nós. Rimos muito. Desabafamos muito sobre tudo, sobre nada, sobre quando tudo corria de mal a pior.  Discutimos ciência mas também sobre a catota do ribossoma, porque a vida se expande fora de batas brancas. O S. foi (e é) um pilar importante, muito importante para mim, quando o que mais queria era atirar tudo aos cães. Sempre me ajudou em tudo o que precisei. Sempre teve tempo para ouvir os meus disparates. Para se rir de mim comigo. Para perceber quando "agora não fales comigo que eu mordo". O S., por esta altura, talvez esteja sobre o imenso azul do Atlântico. Ou ainda por Barajas, talvez a pensar nos meus sábios conselhos (ou não) de que as dutty free são o melhor queima tempo em escalas. Honestamente, não sei bem onde o S. anda. Sei que hoje partiu para um recomeço, para uma vida nova, do outro lado do azul imenso do Atlântico. Honestamente, também sei que isso pouco importa. O S. fará sempre parte da minha Vida. Recomeçar não é simples, tem um preço associado. Mas sei que vai correr tudo bem, nesse novo País, nessa nova cultura. Sei que sim, porque sei que ele merece o melhor que esta nova vida tiver para lhe oferecer. O S. é uma das minhas Pessoas. E sempre será. 
(S. se leres isto, livra-te de me vires perguntar se agora estou a ficar mole e sensível. Ou se o fizeres, ao menos avisa primeiro que chegaste direitinho para eu não te soltar os cães) 

20 agosto 2013

Sometimes I get lost inside my mind...

Daqui a 10 dias a Francisca fará 2 anos. Gostava muito de dizer que o tempo passou a voar e que parece que foi ontem que me mostraram rapidamente uma bebé minuscula de olhos rasgados. Mas a verdade é que dei conta do tempo passar, do tempo ir passando. Por mim. Sobretudo, por ela. Em cada conquista. Em cada palavra nova. Em cada bocadinho em que a bébé enfezada se transformou na minha Menina de caracóis. Rufia. Doce. Irrequieta. Desafiadora. Sorridente. Sociável. Meiga. Arisca. Minha. Todas as noites, antes de adormecer, a minha mente é rasgada por um pensamento recorrente: por muito que não tenha nascido para ser Mãe, sou a melhor Mãe que sei. Mas quero tempo. Para aprender a ser ainda melhor, sem traços de perfeição. Quero tempo, para poder sempre somar os anos, fazer contagens mentais de quantos dias faltam para mais um aniversário e tempo, para o sentir passar por mim. Mas sobretudo, por ela. A cada novo dia, a cada desaire, a cada conquista. Porque enquanto me lembrar que o tempo passa, enquanto o sentir a voar sobre ela, terei capacidade para aproveitar. Cada bocadinho. Todos os dias. Faltam 10 dias para os 2 anos. E o tempo levou-me a minha bebé e trouxe-me a minha Menina. 

19 agosto 2013

Oh, fuck...

Chega o dia que sempre temi: o dia em que a minha Filha pega num daqueles coisos das criancinhas desenharem ( não sei como se chamam, perdoai-me) e pede para desenhar um carro, o gato, o sol e sei lá eu mais o quê. Eu não sei desenhar. A prova? "Aquilo" é uma flor no campo e o sol e a erva e essas coisas. Usem a imaginação, 'tá? E sim, a minha Filha tem a mão na coisa que apaga, após olhar para o Rembrandt da Mãe com uma expressão de "WTF?!? "Oh, fuck os "cenas" de desenho infantil, sim? 

Sim, há outras coisas boas...

... mas "apanhar" os dois últimos "Jambes Divines" após percorrer meio Porto, (tentar) testar a coisa e espalhar no pé, ter de ser socorrida a bem do nome do produto e "óh emigra ainda levas uma saca do Yetman, 'ca luxo" tem outro sabor assim. Sempre. Porque os (teus) chocolates adoçam os meus dias, mas há laços que adoçam muito mais a Vida. Há muitos anos. Por muitos mais. 


Winter, spring, summer, or fall, all you have to do is call and I'll be there, yeah, yeah,
you've got a friend.
If the sky above you should turn dark and full of clouds
and that old north wind should begin to blow,
keep your head together and call my name out loud.
Soon I will be knocking upon your door.
You just call out my name, and you know where ever I am
I'll come running to see you again.
Winter, spring, summer, or fall, all you have to do is call and I'll be there.
Hey, ain't it good to know that you've got a friend? People can be so cold.
They'll hurt you and desert you. Well, they'll take your soul if you let them,
oh yeah, but don't you let them.
You just call out my name, and you know where ever I am
I'll come running to see you again.
Winter, spring, summer, or fall, all you have to do is call, Lord, I'll be there, yeah, yeah,
you've got a friend. You've got a friend.
Ain't it good to know you've got a friend. Ain't it good to know you've got a friend.
Oh, yeah, yeah, you've got a friend. 
 P.S- Tenho de me dedicar a besuntar com a coisa, já que tanto trabalho deu a encontrar... 

14 agosto 2013

She

Estava a conduzir quando começou. Pus mais alto e abrandei no impacto que a música me causou. E apesar de ser num contexto diferente, desta música ter feito parte da minha estória e de pensar que é das declarações de amor mais bonitas que já ouvi, quando chegou a parte do "the meaning of my life is she..." tinha-me entrado qualquer coisa para o olho. Ou se me deixar de coisas, tinha os olhos rasos de lágrimas. Porque posso dizer que "the meaning of my life is she", no amor mais profundo que aprendi e aprendo, que cresce desmesuradamente e me dá vida. Todos os dias. Até ao meu último dia. She. 

13 agosto 2013

De Trash TV e empatias improváveis.

Ontem fui-me à Trash Tv que é como quem diz, fui-me ao TLC com fé. De vez em quando, gosto que me pare o cérebro. Estava a dar o "What not to wear", coisa que muitos episódios comi na 'Mérica. O episódio retratava uma jovem estudante de Direito que se vestia de slut-I'm-a-part-time-stripper. Ela defendia que era a sua maneira de se proteger e de acharem que era uma idiota, de forma a que quando abrisse a boca, as pessoas ficassem um bocado desorientadas, jogando isso a seu favor. Tirando a parte de se vestir, literalmente, como slut, senti empatia com a lógica dela. Não me visto como uma slut. Mas tenho a perfeita noção de que me visto fora dos standards da minha profissão e até da minha condição de Mãe. Sei que sou uma ave rara do alto dos meus saltos altos. Aprendi  com o tempo e umas valentes bofetadas da Vida, que é muito útil ser uma personagem. Aprendi que é um mecanismo de defesa excelente. Todos temos os nossos. É fácil criar uma  personagem de quem somos na realidade, essa que fica vedada e com acesso interdito a estranhos. No fosso que a altura dos 13cm cria e distância olhares alheios de quem sou, do alto dos meus saltos, a Vida é bem mais fácil de levar. E bem melhor.

12 agosto 2013

Quedas

Os joelhos da minha Filha são uma orgulhosa caderneta de nódoas negras. Francisca corre, pula, salta. Às vezes, cai. Levanta-se, sempre. Mais ou menos chorosa, reclama com o sitio onde se espetou e segue na sua alegria. Olho para estes episódios e penso que um dia, cairá por força da gravidade da vida. É inevitável. O truque das quedas é saber levantar-se. Francisca aprenderá que ser uma fast healer é o melhor a fazer num Mundo que não sustém a respiração num tombo. Aprenderá que as feridas resultantes dessa gravidade apenas sangrarão o que ela permitir. Aprenderá a vive-las mas a sará-las o quanto antes, fechando-as, suturando-as, estancando rapidamente, impedindo assim que possíveis infecções surjam. A vida ensinou-me a ser uma fast healer. Suturo as minhas feridas o mais depressa que consigo. Não preciso de cicatrizes perfeitas, preciso de seguir em frente. Porque o Mundo não pára no desiquilibrio de uma queda, mas segue no momento em que se se levanta e se segue. Francisca aprenderá isso de mim, comigo. A ser uma fast healer. Quando eu não conseguir travar a inevitabilidade de alguns tombos. 

11 agosto 2013

É por causa destas coisas que nunca serei fada do lar...

Ah e tal puré ou empadão de atum, que eu brega que sou gosto muito de atum em lata. Quem nasceu para lagartixa pois que nunca será jacaré e eu gosto muito do meu atum. E muito gosto de o comer, tudo bem, mas sou capaz de ficar a olhar para as coisas à espera de sei lá, o Harry dos tachos ou assim me aparecer. O que me aborrece não é o descascar batatas ou a Bimby Maria me demorar mais 15 minutos a cozer as ditas do que apregoam no livro. Nada disso. O que me chateia é a minha máquina da louça ainda não esfregar coisas, tais como a porcaria do puré que seca e se cola e eu fico a olhar e "ai lá terá se ser à mão", que é como quem diz de luvas até aos cotovelos. É que eu cá acho que se tenho de esfregar as coisas antes de as meter na máquina bem que as lavo à mão, que é como quem diz, com luvas até aos cotovelos. 

10 agosto 2013

Oh, é só mais um dia de Inferno ...

... faz-se o que se pode. Basicamente, nada. Who cares? Nós, não. Claramente! 

09 agosto 2013

Sim, eu sou uma pessoa terrível.

Maria Francisca, bicho bom desta Mãe, irá completar dois anos no final deste mês. Assim num repente, ocorre-me que o ter-me nascido no final de Agosto foi, em termos de timming, perfeito: festas com colegas da Escola, a correrem-me casa fora e tudo a isso associado, creio que será coisa que pouco me apoquentará de futuro. Claro que quando for Adolescente pode-me correr mal e "festivais de Verão porque faço anos e eu quero de prenda" podem vir a ser o outro lado da moeda. Mas por agora e em anos futuros, fico toda contentinha com o panorama do final de Agosto. Sim, eu sou uma pessoa terrível. 

08 agosto 2013

Shinning on me now...

Como prenda, os meus colegas juntaram-se e ofereceram-me um relógio. Gosto muito de relógios. O meu primeiro relógio foi um flick flack de pulseira azul escura. Tinha 5 anos. Ainda o tenho. Ainda funciona. Acho que começou aí o meu gosto. Coleccionei dezenas de swatch ao longo dos anos. Lembro-me de quando aquele ou o outro me vieram parar ao pulso e pelas mãos de quem. Depois comecei a gostar de outros relógios. Tenho bastantes. Todos com uma estória associada, sem serem apenas objectos mas sim, parte da minha estória. Ironicamente, ando sempre atrasada. Este, foi-me dado no fim de um capítulo muito, muito, muito importante. Hoje, trago-os comigo no meu pulso. Mas sempre, shinning on me. Num cantinho muito especial. 

06 agosto 2013

Coisas muito úteis que aprendi com a minha Avó...

... Mulher doente é Mulher para sempre! Maneiras que mais uma voltinha mais uma viagem. Creio ter, segundo o ditado dela, autonomia para chegar aos 90... and counting! 

05 agosto 2013

Hoje foi o dia.

Um dia o corpo reclama tudo o que lhe tenho roubado: o descanso, alimentação decente, cuidados. Um "simples" arrancar do siso transforma-se num pesadelo de dores e coisas estranhas. Um dia o corpo reclama os danos que lhe vou fazendo. Hoje foi o dia. 

04 agosto 2013

Sweet...


... porque esse também é o sabor dos sonhos. Coloridos. Numa jarra de vidro. 

01 agosto 2013

Meu querido mês de Agosto...

Agosto morreu-me com a morte do meu Avô. Agosto deixou de me trazer os almoços intermináveis debaixo da figueira, com refresco de vinagre e sempre mais olhos que barriga. Agosto não mais traz a correria da festa da Senhora da Assunção, o calor insuportável às cinco da tarde a ver a procissão, enquanto a minha Avó se lamuriava porque nunca lhe dei a alegria de trajar de anjo na dita. Agosto não traz mais bailaricos e algodão doce colado nos lábios. Agosto não traz mais os fogos de artificio com que cresci e que esperava ansiosa. Agosto tornou-se um mês frio no pico do  Verão. Até ela. Agosto renasceu-me com a Francisca. Agosto trouxe a minha Filha para os meus braços. Esperei-a para um Setembro que sabia ser um Agosto.  Agosto, agora, é dela. E de novo, meu querido mês de Agosto!