31 outubro 2012

Hailloieen? Pão por Deus? Nada disso...

Pois que as memórias desta que vos escreve associadas ao 31 de Outubro/1 de Novembro em nada se coadunam com festas de Hailloieen ou andar a pedir doces. Nem disfarces, nem teias de aranhas, nem sacas carregadinhas de cáries e outras coisas que tal.  A memória transporta-me sempre para as viagens até atrás dos montes, para os lados do cú de Judas. Curva contracurva. A levar a viagem toda com arranjos de flores na tromba.  Curva contracurva. Costumavam ser de antúrios. Eu não gosto de antúrios. Nem de arranjos de flores para defuntos que são para serem admiradas, comentados e escrutinados pelos vivos. Manias, pronto. Isso dos arranjos e mais o pendurar-me no braço da minha Mãe, a implorar que p'lo amor dos santos e anjos, me deixasse ir embora dali, marcam esta altura do ano. Nunca fui boa a fazer conversa de sala no cemitério. Em boa verdade, em lado nenhum. 
Chapéus de bruxa? Doces? Isso é coisa que nunca assistiu as festividades (macabras) da minha infância. 

Imbuída do espírito da coisa que não festejo...

 ... passou-me pela cabeça hoje mandar a piquena vestida com o seu fato de abóbora para o infantário... Eu cá desconfio que o Educador da cria já acha que eu não fecho nem bem nem mal a mala, não fecho e pronto. Seria épico. "Bom dia, bom dia, aqui está a abóbora, porte-se bem piquena e esqueça lá a ideia de se transformar em carruagem". Poderia ter comprado antes um de demo que também me caiu no goto, com rabo e chifres e tudo, mas não quis dar a impressão à piquena que poderia dar azo ao seu lado possidónio trajada a rigor.
Mas diz que as criancinhas ainda não festejam estas coisas com esta tenra idade. Maneiras que no feriado vai ter de ser piquena, vamos dar numa de abóbora style. E depois, aqui que ninguém me ouve, há qualquer coisa de maquiavélico em vestir os petizes de coisas inusitadas porque olhe, a Mãe sou eu e deu-me na real gana. E tirar fotos, daquelas que quando tiver 15 anos, vai rezar para que os amigos não vejam. Leverage para mais tarde recordar... 

A indústria paneleira e eu...

Eu não sou dada à cozinha. Eu sou mais de sentar e perguntar, no expoente máximo da classe, "o que é o comer?". E isto porque Mêhóme insiste que ninguém vive só de meias de leite, cappuccinos, torradas e tostas mistas. B o r i n g!  O acordo vigente entre Mr&Mrs define que eu cozinho para a mai' belha (o arroz e o frango de sempre: náusea) e para cria mai' nova. Ele trata de (me) nos alimentar. Volta e meia, ponho a panela para confeccionar a porcaria do frango para a refeição gourmet da canina (náusea) e vou à minha vidinha. E não volto até que cheire a queimado. E haja fumo pela casa. E ache que entrou alguém à socapa e quer pegar fogo ao palheiro.
4 panelas tiveram um desfecho trágico, queimadinhas que só elas, desde que me desterrei no Alentejo. Daquelas panelas xpto para placas póneis. Caríssimas. As panelas a esturrar e eu a pensar que, em vez de investir em sapatos, invisto em panelas. Bonito. Por isso, agradeçam-me senhores que fazem panelas, vulgo paneleiros (sem duplos sentidos): eu mantenho o vosso negócio a fluir. 
De nada.

30 outubro 2012

Eu, a anónima...

Eu cá gosto muito de ser anónima.Sou esquisitinha e nhoquinhas, que isto cada um é como cada qual, já lá dizia o outro. Sou moça de recatos, é bom de ver. 
Maneiras que o viver numa cidade piquena também tem destas coisas chatinhas que é a perda da identidade anónima. Toda a gente conhece toda a gente ou quando não conhece todo o povo, conhece alguém que conhece o outro, que vai na volta até que vai lá a casa de vez em quando. Aborrece-me esta coisa de perda de liberdade. É que a identidade anónima rua acima, rua abaixo, é muito boa. Talvez apenas igualada pelo uso de uns óculos de sol de lentes bem escuras, que permitem observar tudo e todos nas suas indiscrições discretamente. Está bem que Portugal é um penico, mas esta merda de quem eu não conheço saber quem sou, de onde vim e para onde vou (que nem eu mesma sei), é um verdadeiro a b o r r e c i m e n t o. 
Ainda bem que os anos em que bebia em festas até o meu fígado se querer divorciar de mim, encerraram com o último traçar de capa. Se não, bem que poderia vir a ser a nova sensação do burgo... 

Coisas que eu gosto e não me levam à falência...

 
Fotografias a preto e brancoMuitas. Todas juntas. Grandes, pequenas ou assim, assim. Dele, dela, deles, de todos, separados, juntos. Mas com alma. Sempre. 

...

Para a frente. Não há outra opção. 

Dear Monday...

A Francisca cresce a cada dia que passa. Sabe dizer onde está seu o nariz, as orelhinhas, a boca, os olhos, o umbigo, o cabelo. Corre a casa toda em busca do que não deve, com um especial fascínio por frascos com vaporizadores. Pede água, faz asneiras que me deixam os pelos de ponta, traquinices em cada canto desta casa, que é a nossa. Sabe dizer o que faz o patinho, a Mofli e a vaquinha. Bate palminhas a ela própria quando faz alguma coisa bem. Puxa um livro e senta-se na sua cadeira, a desfolhá-lo com verdadeira atenção. Tem sempre um sorriso nos lábios, um sorriso contagioso com o olhar matreiro rasgado. E depois, aquelas mãos pequeninas, aninhadas junto a mim, fazem-me de novo perceber que ela é a minha bebé. Será sempre a minha bebé de olhos rasgados, pequenina, quase minúscula
E são esses momentos, em que lhe aspiro o odor do corpo pequeno como se de uma droga poderosa se tratasse, que me elevam a um êxtase de tão pedrada, que me fazem querer alcançar aquela extra mile e não me contentar com o que já tenho enquanto se espera que a vida, num volte face qualquer do destino, se lembre de mim.  Mesmo a uma segunda-feira, de olheiras fundas e com a cabeça a latejar. 

28 outubro 2012

Oh no, she joined the Dark Side!

 Camisola "espanta-os-lobos": Zara
Kiko 380 Medium Gray 

27 outubro 2012

Encontramo-nos lá?

Porque o "amor é isto, o amor é isto e nada mais!"

Constatações do nível da qualidade da água...

A água desta terra come-me a pele, parece lixa. 
O meu cabelo parece uma vassoura. 
Acho que me vou começar a lavar com anti-calcário. 

Ah, sexta-feira...

Tirem-me de casa. Pelo amor da Santa... tirem-me de casa! Mães a tempo inteiro: têm todo o meu respeito. Eu cá não dou para isto, estou estafada da cabeça. E estouradinha das costas. E o meu cabelo está peganhoso. Quero sair de casa. Nem que seja para ir comprar alfaces. E vestir qualquer coisa sem ranho em cima, nem que seja por meia hora e para ir comprar alfaces. Ou meias. Bom, bom, era sapatos. A não esquecer: presentear educador e auxiliar da cria de sua Mãe no Natal (para efeitos de disclosure, continuo a odiar o Natal). Tenho de sair de casa. Não estou a fazer sentido nenhum. Por acaso, não tenho alface cá em casa... 
Bom fim-de-semana!

25 outubro 2012

Apresento-vos a Chica, a Bilontra paraquedista...

 
Esta é a Chica. Mora com esta família desde bebé. Ela e o irmão Chico (originalidade nos nomes foi o nosso forte). Têm agora 4 anos. Chica e Chico são bilontras. Obesos mórbidos, pequenas bolas de 4 patas.
Chica tem a especialidade paraquedista. Já caiu três vezes de alturas equivalentes a três andares. Começo a pensar que tem tendências suicidas. Nunca se magoou, nem partiu nada, nem torceu o rabo ou arranhou os bigodes. Calculo que a camada de adiposidade que carrega sejam um amortecer excelente. Ontem decidiu aquecer-se na máquina de secar roupa. Valeu-lhe eu ter ficado na cozinha após a ter ligado. Saiu a correr o mais rápido que o peso do lombo lhe permitiu.
Já só tem 3 vidas e meia. As voltinhas na máquina de secar foi a ida ao carrossel.  

...

Alguém tem de ter um emprego a sério...

Como alimentar cria doente em modo dieta...

 
- Junte os dois progenitores ou quem estiver a jeito no sítio onde alimenta a cria, têm é de ser dois; 
- Incuba um dos dois de tratar da parte de alimentar em si, o que basicamente consiste em despejar o máximo de comida possível goela abaixo; 
- Traga um computador para perto da criancinha; 
- Trate de ter um acordo de non-disclosure com o seu "cúmplice". O que se faz para alimentar criancinhas enfermas a mais ninguém diz respeito. Pode sempre usar leverage, caso sinta a sua boa imagem em perigo de andar nas bocas do mundo;
- Certifique-se que tem as cortinas/persianas corridas; 
- Ponha isto a tocar, com o volume no máximo; 
- Solte o seu lado dançante e dê o seu melhor na coreografia, como se estivesse no Dancing with the Stars;
-Verá como a criança abre a boca. De espanto ou de horror, mas abre. É a altura do seu parceiro enfiar o arroz no bucho da cria. Às duas por três, a criança lá acaba a comer ... Basicamente porque se não comer, não cresce e se não crescer, não pode sair da vossa alçada;
- Mission accomplished. Agora reze muito para que daqui a uns anos a sua criança não fique extraviada à conta de traumas ao estilo gangnam style. 

Coisas que me apoquentam verdadeiramente...

... a publicidade do Intermarché. 
Quando a criancinha diz, com uma voz que me mexe com o estômago: "Mãe vamos a uma festa?" e a Mãe, toda prazenteira, responde:" Sim, vamos!" , apetece-me ganir. Bem cá do fundinho... (sim filha, a nossa vida é tão deprimente que nos vestimos a rigor para a festa da mercearia. Aproveita que é o ponto alto do mês quiçá do ano...)

Olha, diz que sim...

Uma camisa de forças para lhe limpar o ranho não seria má ideia. E tão esperta que se pôs que quando vê o esguicho daquela coisa que dizem que é água do mar mas eu acho que é água del cano, já sabe ao que vai e berra como um bezerro. Ainda pensei que me viessem bater à porta, munidos de paus e tochas, para salvar a criança da Mãe ensandecida. Mas era só o esguicho que apoquentava a criança. Não que eu não ande no limiar da insanidade, mas isso é condição permanente. E agora lembrei-me que como em 15 dias é a segunda vez que vai ser "antibioticada", será que posso deduzir o preço dos antibióticos na mensalidade do infantário (co-lé-gio burra, diz-se co-lé-gio)? Se calhar não dá, mas podia ser. Diz Sô Doutor que a cria está virosa e cheia de coisas lá por dentro, coisas normais, diz ele, faz parte da praxe de entrada no infantário (co-lé-gio burra, diz-se co-lé-gio). Eu abano com a cabeça e digo que sim, pois claro, que está bom de ver e que isto do "conceito de normal" é muito relativo. E a bata branca diz que a cria tem umas coisas acabadas em -tivites enquanto eu tento que ela páre de subir e descer da cadeira, que é uma canseira de ver. E leve aqui o receituário para o antibiótico e mais umas gotas para por no nariz e nos olhos e daqui a 5 dias pode voltar e continuar na praxe. Eu gostava mais das da faculdade, pelo menos não acabava com ranho verde no cabelo. Eu, não ela. E se calhar, uma camisa de forças para por as gotas não seria má ideia. 

I carry your heart...

Parte do meu poema favorito. 
Na parede do nosso quarto, em cima da nossa cama. Para ti. 
Obrigada Vanilla pela sugestão da Mais cor

Assim não dá...

Querida Piquena Tés, 
Fica boa depressa, depressinha. A Mãe não gosta de ver sua Alteza Texugueza assim, afligi-lhe qulquer coisa cá dentro que não sabe bem o nome. E a Mãe também gosta de dormir a noite inteira sem ser divida em quartos de hora, com tosse sinistra e afins. E além do mais, a Mãe quando fica em casa porque a menina está virosa para ir para a escolinha, parece uma debulhadora: passa o dia a comer. 

Coisas que eu gosto e não me levam à falência...

Atum.
Lasanha de atum, empanada de atum, pão de atum, pizza de atum, atum com salada russa, sandes de atum, atum, atum, paté de atum, tomates recheados com atum, atum, empadão de atum, ovos recheados com atum.
Era muito mais chique eu dizer que gostava de ovas de não sei quê e de caviar e de ostras e afins. Mas o que eu gosto mesmo, é de atum. E pouco me importa que seja brega.  

Cenas da vida ranhosa...

Não fosse a quantidade absolutamente absurda de ranho verde que a cria destila a cada 5 minutos, intervalados com surtos de tosse na minha direcção (para onde mais haveria ela de tossir (?) ) e o a minha camisola ser de momento um klenex tamanho M, diria que hoje é um dia bom. Cenas da vida no maravilhoso mundo do ranho infantil ... 

Infectário strikes again...

...e desta vez, com vontade: ranho, muito ranho, olhos que nem abrem, tosse, choro de dez em dez minutos
Santas noites foi coisa que não se viu por cá. Maneiras que vou ali fechar os olhos por mais uns 10 minutos (deve ser) que é para os três cafés que tomei pela  alvorada metabolizarem. 
É que o dia promete. E de que maneira... 

22 outubro 2012

É Sprite, Sinhor!

Mêhóme chega a casa e vai direito ao frigorífico. Mêhóme solta um grito horrorizado de "tu queres matar-me???Olha que não tenho fortuna para vos deixar"
Não percebo nada e penso que Mêhóme está senil de vez, o pobre. Mêhóme vem para a  sala com a garrafa do líquido de limpar o chão na mão. Bem fresquinha, acabadinha de sair do frigorífico. 

Quem és tu?


Está-me no sangue gostar de gente refilona, combativa, assertiva. Que dizem merda de vez em quando porque se irritam, porque enough is enough. Que têm os seus ódios de estimação porque sim. De gente que se ergue em defesa de uma causa, mesmo que estúpida, mas que têm a coragem de assumir a sua posição. De quem se exalta e dá um murro na mesa no tempo exacto. De quem vive intensamente e sofre de maneira atroz as suas perdas, mas que celebra as vitórias com pura paixão. De quem não se cala quando lhe atiram bolotas e restos para o prato. Que se ergue sem medo, sem capas, sem muralhas. 
E às vezes, muitas vezes, sinto que o meu lado que em tempos foi o que eu gosto de paixão nos outros, está a definhar, a morrer aos bocadinhos, um dia de cada vez, um pouco mais moribundo com o atropelamento que a vida faz em mim. Olho-me ao espelho e por vezes não me reconheço. Quem és tu?

21 outubro 2012

Cá em casa, é so glamour ao Domingo...


... mas da Minnie aperaltada no meu pijama, o outefaite de Domingo!!! 
Andreia 119 

20 outubro 2012

Está preparada para ter filhos?

Roubado à Kiki. Já não aguento a barriga de tanto rir!!! 

Teste 1: Preparação

Mulheres: preparação para a gravidez
1. Vista um roupão e coloque um saco de feijões à frente.
2. Deixe ficar.
3. Passados 9 meses retire 15% dos feijões.

Homens: preparação para os filhos
1. Vá à farmácia, esvazie o conteúdo da sua carteira no balcão e diga ao farmacêutico para fazer o que quiser com o dinheiro.
2. Vá ao supermercado e combine um modo de o seu salário ser pago directamente para a conta bancária deles.
3. Vá para casa. Pegue no jornal e leia-o pela última vez.

Teste 2: Conhecimento
Escolha um casal que já tenha filhos e critique-os sobre os seus métodos de disciplina, falta de paciência, níveis baixíssimos de tolerância e sobre como permitem que os filhos corram como selvagens.
Sugira formas para melhorarem os hábitos de sono dos filhos, treino do bacio, maneiras à mesa e comportamento em geral.
Aproveite. Será a última vez na sua vida em que terá todas as respostas.

Teste 3: Noites
Para descobrir como serão as suas noites:
1. Passeie pela sala de estar entre as 17h e as 22h carregando um volume com cerca de 4 a 6 kg, com o rádio mal sintonizado (ou outro som insuportável) bem alto.
2. Às 22h pouse o saco, ponha o alarme para a meia noite e volte a dormir.
3. Levante-se às 23h e ande com o saco na sala de estar até à 1h da manhã.
4. Ponha o alarme para as 3 da manhã.
5. Como não consegue voltar a adormecer, levante-se às 2h da manhã e faça uma chávena de chá.
6. Deite-se às 2h45.
7. Levante-se novamente às 3h, quando o alarme tocar.
8. Cante no escuro até às 4h.
9. Ponha o alarme para as 5h da manhã. Levante-se quando tocar.
10. Faça o pequeno almoço.
Mantenha esta rotina durante 5 anos. Aparente estar cheia de energia!

Teste 4: Vestir crianças pequenas
1. Compre um polvo vivo e um saco de atilhos.
2. Tente colocar o polvo dentro do saco de forma a que não saiam braços
3. Complete esta tarefa em 5 minutos.

Teste 5: Carros
1. Esqueça o BMW. Compre uma carrinha de 5 portas.
2. Compre um cone de gelado de chocolate e coloque-o no porta-luvas. Deixe-o lá ficar.
3. Pegue numa moeda e coloque-a no Leitor de CDs.
4. Pegue numa embalagem de bolachas de chocolate e esmague-as no banco de trás.
5. Passe um ancinho ao longo dos dois lados do carro.

Teste 6: Passeio a pé
1. Espere.
2. Vá para a porta da frente.
3. Volte atrás.
4. Saia.
5. Volte para dentro novamente.
6. Saia novamente.
7. Desça as escadas.
8. Volte a subir as escadas.
9. Volte a descer.
10. Ande 5 minutos muito devagar.
11. Pare, inspeccione bem à volta e faça pelo menos 6 perguntas sobre cada pastilha elástica usada, papel sujo ou insecto morto que encontrar no caminho.
12. Retrace os seus passos.
13. Grite que já aguentou tudo o que podia até que os vizinhos venham cá fora ver.
14. Desista e volte para casa.
Agora está preparada para levar uma criança pequena a passear.

Teste 7: Conversas com crianças
Repita tudo o que diz pelo menos 5 vezes.

Teste 8: Compras
1. Vá ao supermercado. Leve consigo o mais parecido com uma criança em idade pré-escolar que encontrar – uma cabra adulta, por exemplo. Se tenciona ter vários filhos, leve mais do que uma cabra.
2. Faça as compras da semana sem perder a(s) cabra(s) de vista.
3. Pague tudo o que a(s) cabra(s) comerem ou destruírem.
Só deverá considerar ter filhos depois de conseguir fazer isto facilmente.

Teste 9: alimentar um bebé de 1 ano
1. Esvazie um melão.
2. Faça um buraco pequeno de lado.
3. Pendure o melão no tecto e balance-o.
4. Pegue numa taça de cornflakes ensopados em leite e tente enfiá-los à colherada no melão irrequieto, enquanto finge que é um avião.
5. Continue até que metade dos cornflakes desapareça.
6. Cole o que restar no seu colo, certificando-se de que uma grande parte cai no chão.

Teste 10: TV
1. Aprenda os nomes de todos os personagens dos Wiggles, Barney, Teletubbies e Disney (no nosso caso é mais dos Gormitis, Scan2Go, Super Heróis, etc).
2. Veja apenas isso na Televisão durante pelo menos 5 anos.

Teste 11: Desarrumação
Consegue aguentar a desarrumação das crianças? Descubra se sim ou não.
1. Espalhe manteiga no sofá e compota nas cortinas.
2. Esconda um peixe por trás da aparelhagem e deixe-o lá o verão inteiro.
3. Enfie os dedos na terra dos vasos e a seguir esfregre-os nas paredes.
4. Esvazie todas as gavetas, prateleiras e caixas da casa para o chão e siga para o passo 5.
5. Aleatoriamente, leve objectos de uma sala para a outra e deixe-os lá.

Teste 12: Viagens longas com crianças
1. Faça uma gravação de alguém a repetir bem alto “Mãe”. Importante: não deve deixar mais de 4 segundos de intervalo entre cada “Mãe”. Inclua ocasionalmente um crescendo na voz até um nível supersónico.
2. Ponha esta gravação a tocar no carro, sempre que for a algum lado, nos próximos 4 anos.
Está preparado para fazer uma viagem longa com uma criança.

Teste 13: Conversas
1. Comece a falar com um adulto à escolha.
2. Peça a alguém para continuamente puxar a sua saia ou manga da camisa, enquanto toca a gravação “Mãe” referida acima.
Está preparada para ter uma conversa com um adulto com uma criança na sala.

Teste 14: Preparar-se para o trabalho
1. Escolha um dia em que tenha uma reunião importante.
2. Vista o seu melhor fato de trabalho
3. Pegue numa chávena de natas e junte um copo de sumo de limão.
4. Mexa bem.
5. Entorne metade na sua saia.
6. Ensope uma toalha com o resto da mistura
7. Tente limpar a saia com essa toalha.
8. Não mude de roupa (não tem tempo).
9. Vá para o trabalho.

Já está pronta para ter filhos. Aproveite!!!!

19 outubro 2012

Oreo, a expandir ancas desde a era do tacho pónei...

Eu nem ligo muito a Oreos, sou mais gomas. Ele baba com o raio da bolacha. Ele ouviu falar de Mousse de Oreo receita para a sua (minha prenda de aniversário) panela carérrima. Ele não se cala com a porra da Mousse de Oreo. Logo vou continuar a fazer de conta que não sei trabalhar com o tacho pipi enquanto ele prepara a coisa, não quero cá confusões de um destes dias lhe dar para me pedir um prato pipi e "ai e tal até fazes ali na caçoila". Para todos os efeitos, nem sei onde se carrega para ligar, faço-lhe reacção anafilática, xõ para longe do meu alcance.
Não fosse a panela do demo, não havia cá coisas dessas, mousses e sugar bombs que tais que me almofadam as ancas. A culpa é do tacho. De mais ninguém, está bom de ver!
'Simbora lontra, que agora até Mousse de Oreo te faz salivar... 

Doce...

 Que amargo... nem de boca gosto

Ah, Sexta feira...

A minha vida não é cor de rosa. A minha vida não é em gray scale. A minha vida pinta-se  sim de todas as cores, nas suas mais variáveis variações. Mas se há cor que poderia pautar a minha vida é o vermelho. Vermelho sangue, de paixão ou de dor. Houve alturas em que uma dessas duas nuances se sobrepôs à outra o que fez de mim uma pessoa de paixões e consequentemente, também de ódios. Amo com todas as minhas forças, entrego-me às minhas paixões cegamente, num sentimento quase visceral. E neste momento, amo ainda mais as Sextas feiras. Não porque tenha uma estrada para percorrer até ele, mas porque a Sexta feira é o começo de um fim de semana a três (mais os três quatro patas cá de casa). Porque a Sexta já não se pauta por viagens de comboio ou de carro, com mala a tiracolo, criança pendurada. Não é perfeito, mas está cada vez mais perto, ou assim tenho de acreditar... Que o que me falta para que sinta que tudo está no seu devido a lugar, a seu tempo, o ocupará. 
Bom fim de semana!

Pelo menos, ver ainda é de graça...

Chinese Laundry
 Jessica Simpson 
Eu, a fútil, discuto mentalmente comigo e eu própria qual destes dois pares irá colmatar a grande falha do meu roupeiro: a ausência de uns pumps nude. Drama, horror, tragédia, como é que é possível... 
Eu, a tesa, não tenho dinheiro para mandar tocar um cego. 
Eu, a tona, gasto o meu tempo a ponderar a altura do compensado à frente, condição indispensável para a minha bacia não ganir. 
Eu, a idiota, devia usar o meu tempo para outras coisas. Mas até prova em contrário, ver ainda é de graça. E a Piperlime mata-me o discernimento... 

Ele é mais bimby...

 
Como errar na preparação de pão de alho pré-congelado (que nós somos imensamente saudáveis, óh se somos): 
Por Mêhóme a fazer a porra do pão no forno. Torresmo de um lado, cru do outro. 
Valei-me! 

Gray, all over again...

Cinzento. 
A combinar com o País e com o dia lá fora. Este fofinho já vem a caminho do meu roupeiro (dança tipo choné gang nam style) que este Inverno deu-me para vestir de vestidos e em tons de cinzento. Podia dar-me para pior. Ao menos a cor não passa de moda. 
Tudo um bom investimento, portanto! 
Zara

Um dia, troco-te!

Ontem foi o dia. 
A Nespresso tem café muito bom e é gira e tem o George e mimimimi. Mas andava-me a irritar, logo a mim que já tenho irritanços q.b. Irritava-me a máquina só tirar cafés. Está bem que é uma máquina de café, mas nunca lhe pedi tostas mistas. Mas tirar uns cappuccinos ou umas coisas mais póneis não lhe fazia mal nenhum. Irritava-me não arranjar café para a coisa nesta cidade. Café da Nespresso a bem dizer, que de outras cápsulas arranjava pois. Mas o café sabia mal, levantava-me pelos e cabelos, azedava-me ainda mais o mau humor matinal, que quando acordo não sou fofinha. E irritava-me de cada vez que ia À Cidade perder meia juventude na loja da marca para trazer café, que para comprar online e entregarem de borla, tinha de investir dinheiro em café como quem investe em certificados de aforro. Irritava-me também os preços pseudo-burgueses das sleeves. Ontem acabou-se o café meio rasca que estávamos a usar cá em casa. Fomos ao supermercado e cápsulas compatíveis... biste-las. Mêhóme não dispensa o seu café a seguir ao repasto nocturno. A casa pode estar a pegar fogo, mas o café tem prioridade. Muito fino Mêhóme. Mêhóme panica. Eu sorrio e digo que as cápsulas desta fofura são apetecíveis e ai que tem nesquick e chá e cappuccino e outras coisas que nem sei o que são Mêhóme toldado pela perspectiva de não ter o seu café (tão fino) decide que é altura de arrumar as botas e fazer manguito à Nespresso. 
Sem cafeína no sistema, não se vive cá em casa. Somos uns agarrados, pronto. E agora posso-me viciar noutras coisas. Se bem que se fizesse tostas mistas, não seria mau de todo. 

Não há pão? Há sapatos!

Isto há dias que a minha cabeça dá cabo de mim. Literalmente. Alheia à minha vontade, ela pensa, repensa, faz filmes, compõe o genérico. Atira-se da ponte mas depois pensa que é má ideia e que estraga os sapatos e isso é que não e arrepende-se. Aqui também não há pontes por isso a questão fica logo resolvida por problemas espaciais. Pensa que a vida é para a frente que atrás vem gente, para logo depois entrar numa de "e agora? "E pensa, repensa, faz filmes e compõe um genérico capaz de fazer chorar as pedras da calçada. 
Acho que vou comprar um par de sapatos. Ou botins que diz que é o calçado da moda neste Outono-Inverno. E o Gaspar que me quer deixar descalça? Jamais, óh homem fantasma, que pareces saído da tumba. Já dizia a Maria Antonieta que se não há pão há scones (ou croissants. E não tinha uma bimby, que se tivesse de certo se teria lembrado de outra coisinha para encher bandulho). Cimbalta mantém a malta de pé e eu, que sou muito solidária, ajudo a lista dos Portugueses que tomam uns drunfes para aguentar o que quer que seja. Estou com o Povo, portanto. Aguento tudo. Menos as enrabadelas constantes do Gaspar, essa lesma falante. 
Ah, pois mas e os sapatos? Um par de sapatos vai operar maravilhas neste coração negro de tristeza e desânimo que hoje aqui habita.Vou escolher português para ajudar à economia nacional, tão fofinha que sou. E quando a crise me der o golpe fatal, ao menos caio bem calçada. 
Maldita cabeça, abençoados sapatos.