A notícia de duas mortes. Perguntam-me se conhecia. Respondi que não. Não lhes sabia o nome, se eram altos, se eram bem dispostos. Respondi que não conhecia. Nunca, sequer, os tinha visto. "Ah, ainda bem então! Ufa!". Dou por mim a pensar que é, talvez, na morte que me apercebo sempre que a natureza humana é, nos seus instintos mais básicos, do mais egoísta possível. E, no entanto, admito que não poderia ser de outra forma. Ou sobreviver seria absolutamente impossível.
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