13 maio 2014

Cada um sabe de si.

Tenho-me encontrado (esbarrado, capotado) com muita coisa, muita imagem, muito texto, muito farrabadó, sob o signo de "mudança de mentalidade(s)". Não sou avessa à mudança, a mudanças, mas confesso que, apesar de não ser avessa, toda a mudança me causa alguma inquietação, o medo do desconhecido, a incerteza. Mas não sou avessa a mudanças, sejam quais forem, com excepção de cortes de cabelo. Lamento, mas sou irredutível neste ponto. Mas, ultimamente, tenho visto muita coisa web fora, coisas que não gosto, coisas que não percebo, coisas que não fazem sentido na minha pequenez acéfala de quem não percebe, muito provavelmente, o conceito de "mudança de mentalidades". Não percebo o que uma mulher barbuda tem que ver com "mudança de mentalidades". Desculpem lá, travesti é uma coisa, mulher barbuda é isso e só isso, mulher barbuda. Não tenho nada contra, nem a favor, cada um sabe de si, mas não façam disso uma bandeira do que quer que seja e uma questão de "mudança de mentalidades". Quem se recusa a ingerir alimentos de origem animal, pois muito bem, estão no direito deles. Quem se recusa a abdicar dos alimentos de origem animal, como eu, pois muito bem, estou no meu direito. Onde é que aqui tenho de encaixar a etiqueta "mudança de mentalidades"? Cada um sabe de si. Claro que acho que há uma série de coisas em que a mudança de mentalidades se aplicaria. Sobretudo, na capacidade de deixar os outros viverem a vida deles, sob o signo do "cada um sabe de si" e do "a minha liberdade começa onde a do outro acaba"… o que, se formos bem a ver,  (não) nem sempre é assim tão simples. 

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