Estou atacadíssima das Tourettes Estrebeiras da bela Cidade que me viu nascer. Apetece-me soltar uns palavrões bonitinhos e fófinhos, bem delicodoces e socialmente inapropriados, sobre a merda com que me deparo na versão 89.0 do que ela, a minha estagiária-fusão-de-Floribella-meets-Ovelha-Choné chama orgulhosamente (shoot me, now!) de relatório. Ah espera, aqui nestas zonas, um "merda" mandado à laia de vírgula não se usa, fica tudo a olhar e só falta começarem a dizer "amêeeee amêeee..." Tipo hoje , que espetei o salto do sapato novo na merda (ai, perdoem-me) da calçada e depois aquilo não queria sair e os sapatos eram novos e eu atacadíssima dos nervos e calores saiu-me baixinho, de verdade, baixinho: "merda". A senhora que passava quase se benzia e me agarrava pelo cabelo até me enfiar na água benta mais próxima. Mas só olhou, vá lá, se bem que com este calor até me tinha sabido bem. Ah espera, mas depois as borratadelas que pus de manhã, é melhor não, é chato e coiso e já me perdi no que estava a dizer. Ah, isso. Pois que apetece-me mandar a estagiária à merda também, mas ela ia começar a chorar e depois a Tourette atacava mais forte. Portanto, basicamente, estou atacadíssima dos nervos, tenho mais que fazer e apetece-me escrever em comentário no ficheiro word "isto está uma merda". E é isso. Estou atacadíssima das Tourettes Estrebeiras. Porque de vez em quando, não há melhor adjectivo ou interjeição que um belo "merda". Mas isso agora não interessa nada, tenho mais que fazer. Merda.
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Ai que essa estagiária merecia ouvir umas boas virgulas à moda do norte!
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