Não acreditava que já tinha passado mais de um ano desde que aqui tinha escrito, tive de verificar as datas um par de vezes. Outubro de 2016 e esta tabanca foi deixada ao abandono. Passaram-se dias, que se transformaram em semanas, que completaram meses e, de repente, anos. A vida seguiu serena, no seu curso indomável de acontecimentos, alegrias e tristezas diversas. Não sei se foi só a falta de tempo, se foi a falta de vontade, se foi um belo mix das duas, que me fizeram "desligar" deste estaminé. Talvez tenha achado que não tinha mais nada de interessante para contar, que a minha vidinha não é assim tão incrível. Tem dias em que me sinto verdadeiramente aborrecida nela, enquanto outros há que acho que tenho uma vida do caraças. Fiz muitas coisas nos meses que passaram, conquistei muita coisa, perdi outras tantas, chorei que me fartei, rebolei de rir. Continuei a viver para além dos ecrãs e deste mundo virtual. Continuei a viver no mundo real, do acordar cedo e ir trabalhar. No mundo das doenças e das alegrias, das tristezas e dos talvez amanhã. Corri uma Maratona, uma meia de dúzia de meia maratonas, publiquei artigos, fui feliz, a Francisca foi para o primeiro ano, arranjei mais 3 gatos. Continuo a não saber o que quero ser quando for grande e tenho dias de profunda angústia e amargura provocadas por um cérebro falhado na produção de serotonina. Valham-me os químicos e os colos. E a certeza inabalável de que seja lá o que amanhã trouxer, lá estarei.
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