22 outubro 2015

Back (to the future).

O Martin McFly não chegou. Senti-me a modos que defraudada. Creio que ele também se sentiria defraudado se visse que o futuro, afinal, não é o que lhe tinham prometido. Mas é o que há. Não chegou o Martin McFly, mas voltei eu a esta tabanca (é quase a mesma coisa... #sqn). Podemos não ter Governo, ser a Republica do Bananedo mas apeteceu-me escrever de novo (aleluia, aleluia).  
Os meses que passaram foram (e ainda são) meses que de tão maus, de tantas lições aprendidas a ferros da vida, acabam por se transformar em coisas boas, em coisas bonitas. Há sempre algo de bom, há sempre algo de que rir ou, pelo menos, que faça sorrir. Quando me despedi da minha Avó, lembro-me de lhe dizer, entre o ranho e as lágrimas e os soluços, que o cabelo dela estava macio mas despenteado e que o FCP iria ser campeão (estais a ouvir meus morcões? bámos lá a dar à perna). Coisas despropositadas mas que agora, à distância dos meses, sei que a fariam sorrir. A sombra do cancro continua a pairar na minha vida. O meu Pai. Mas sei que vai correr tudo bem. Não o sei por mim, sei-o pela Francisca. Tenho de o saber por ela, mesmo que não o saiba por mim. E por muito que eu saiba, cada vez mais sinto que de nada me serve este saber frio, rigoroso, científico, PSA's desta vida. No final do dia, de nada vale. Só aquilo que se sente deixa marcas. Por isso, de volta, em jeito de um brinde com o copo meio vazio aos olhos mas meio cheio na alma: ao futuro. 

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