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12 julho 2015
Sometimes I get lost inside my mind...
Deveria ser a paisagem que mais serenidade poderia trazer. Plano. Geometricamente, faria também muito mais sentido que assim fosse, que o plano que se estendia à minha frente fosse capaz de me serenar ao invés das ruelas íngremes e sem ordem aparente. Que o infinito, com a sua linha a perder-se no horizonte do céu muito azul, estendido à minha frente sem pudor ou curva, me desse essa sensação. Não dá. Não sou daqui. Não pertenço aqui. Não quero ser daqui. Quero as minhas ruas desniveladas, o céu encoberto, o cinza, o nevoeiro cerrado. Quero o pão,quero as repas, a cruzeta e a carteira, não mala, não quero mala a ser carteira. E quero as sapatilhas e os cordões, quero dizer à Francsica que aperte o cordão da sapatilha e nunca de outra forma qualquer. Recordo-me muitas vezes de um outdoor que existia à entrada da Ponte da Arrábida, há muitos anos atrás (da Nike, acho eu): this is my planet, this is my world". Na época dos cidadãos do mundo, pode-se viver em "planetas" diferentes, mas nunca serão o Mundo. Nunca serão Casa.
Eu que estou aqui mas que não sou daqui compreendo isso tão bem... Se bem que os anos vão passando e eu já não me lembro como se dizem as palavras na minha língua que não é esta que mete acento em pagar!
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