[há um filme composto de fotos numa rede social que se auto-intitula como capaz de mostrar como e o que o meu ano foi. não, o meu ano não está ali. o meu ano ficou-me gravado em sítios distintos. não foi, nem nunca será, propriedade de quem no caminho se cruza e indaga. não, o meu ano gravou-se em sorrisos e lágrimas, entre tantas outras coisas boas e umas quantas más. guardei-o em sitios que não se traduzem em 0 e 1 e não à disposição para o público ver, aplaudir ou achincalhar. um dia, quando a memória dos dias me falhar, sei onde armazenei a cor dos dias que não quis esquecer. talvez esteja mesmo a ficar velha, mas cada vez mais, guardar é um verbo que me faz sentido]*
Que texto tão bonito!
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